Islamismo e Multiculturalismo - As Ideologias Após o Fim da História
O final da competição ideológica da Guerra Fria foi percebido como o «fim da história », no sentido de fim da evolução ideológica da humanidade, com a universalização do capitalismo e do modelo ocidental de democracia liberal parlamentar. Esta percepção, derivada duma visão eurocêntrica e associada à ideia novecentista de que a economia política é o campo natural da luta ideológica, levou a uma visão redutora do mundo e ao subestimar do potencial de atracção de outras ideologias, cujo cerne é «cultural», ou com raízes fora da cultura do Ocidente, E esse o caso do multiculturalismo, a mais recente e influente ideologia ocidental da diferença, bem como o ao islamismo, uma poderosa ideologia de ambição universalista, cujas raízes intelectuais se encontram no Islão. Assim, neste livro, propõe-se uma análise sistemática e crítica destas duas ideologias, que têm merecido um escasso interesse no âmbito das publicações da Ciência Política e Relações Internacionais, apesar da sua relevância na política interna e internacional. Especificamente, a abordagem incide sobre as raízes filosóficas, os principais pensadores, as características distintivas e as versões em que estas ideologias se materializam. É ainda analisado o potencial de expansão do islamismo e as suas relações com o multiculturalismo, incluindo as suas estratégias de difusão nas sociedades europeias e ocidentais, bem como estudado o impacto que estes dois ideários têm na actual percepção histórica do passado.
Índice
Introdução
1. O islamismo como ideologia não ocidental de ambição universalista
2. A conexão cultural na Europa: a diáspora muçulmana e as populações autóctones dos Balcãs
3. A nova ideologia ocidental da diferença: o multiculturalismo
4. As alternativas estratégicas do islamismo nas sociedades ocidentais
5. A (re)leitura do passado à luz da ideologia do presente: o caso do Andalus
Conclusão
Recensão:
Revista Relações Internacionais - A Caminho da Eurábia? Islamismo e Multiculturalismo no Espaço Europeu
| Editora | Almedina |
|---|---|
| Coleção | Fora de Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Pedro Teixeira Fernandes |
José Pedro Teixeira Fernandes é docente do ensino superior e investigador, lecionando nas áreas de Relações Internacionais e de Estudos Europeus. Tem diversos artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais e vários livros nas suas áreas de especialização. Integra o painel de analistas e comentadores de política internacional do Jornal 2 da RTP. É autor de diversos artigos de opinião e análise de questões internacionais na imprensa escrita, nomeadamente, no jornal Público
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Teorias das Relações Internacionais - Da Abordagem Clássica ao Debate Pós-PositivistaEm Teorias das Relações Internacionais: da abordagem clássica ao debate pós-positivista, o autor descreve o percurso intelectual da disciplina de Relações Internacionais, desde a primeira cátedra instituída após a fundação da Sociedade das Nações, até aos seus desenvolvimentos contemporâneos. Neste percurso, são analisados os grandes debates teóricos que marcaram a evolução académico-científica das Relações Internacionais, desde o debate fundador que opôs realistas a idealistas, passando pelo debate behaviorista e pelo debate inter-paradigmático, até ao mais recente debate pós-positivista. Para além deste itinerário centrado nos seus desenvolvimentos anglo-saxónicos, mas onde não é negligenciado o contributo da embrionária produção teórica portuguesa, são também analisadas algumas das teorias contemporâneas com mais potencial explicativo do Mundo em devir e que procuram antecipar as relações internacionais do século XXI. Índice de Conteúdos Parte I Os Debates (Re)Fundadores das Relações Internacionais Parte II O Mundo em Devir na(s) Teoria(s) das Relações Internacionais Na página pessoal do autor está disponível um excerto desta obra. -
A Questão de Chipre - Implicações para a União Europeia e a Adesão da TurquiaSituada no extremo oriental do mar Mediterrâneo, próxima da Turquia, da Síria e do Líbano, a ilha de Chipre é o território da União Europeia geograficamente mais afastado de Portugal. A distância geográfica acompanha a distância no (des)conhecimento da realidade política, social, económica e cultural do país. Chipre só tem visibilidade nos media quando as negociações de adesão da Turquia à União Europeia colidem com o problema da reunificação e as posições do governo cipriota. Como é que se chegou a esta situação invulgar para a actual island of peace europeia? Porque é que a ilha foi dividida em 1974, de uma maneira que faz lembrar a Alemanha durante a Guerra Fria? Qual a razão porque este novo Estado-membro da União Europeia entrou truncado em mais de 1/3 do seu território e em cerca de 1/5 da sua população? Porque falhou o plano Plano Annan, no seu objectivo de reunificar as duas partes da ilha em 2004? Que se pode esperar do novo processo negociai relançado em 2008? Quais as consequências da perpetuação deste conflito para o futuro europeu e a adesão da Turquia? A análise em profundidade destas questões, numa abrangente perspectiva histórica, política e de relações internacionais, é o objecto central deste livro que preenche um vazio face à inexistência de estudos portugueses, de perfil académico-científico, sobre este importante assunto da política europeia e internacional. Índice 1. Da Antiguidade heleno-romana ao domínio de Veneza 2. Sob um império islâmico: dhimmis no devlet-i al-i Osman 3. Sob um império ocidental: Britannia rules 4. Entre a soberania limitada e a divisão da ilha 5. As tentativas de reunificação e a integração europeia de Chipre -
O Regresso da Geopolítica - Europa, Médio Oriente e IslãoA geopolítica está de regresso. A crise financeira e económica internacional que se projetou sobre a Zona Euro e o referendo britânico para saída da União Europeia abalaram os alicerces da construção europeia lançados no Pós-guerra Mundial. No mundo exterior, uma sucessão de acontecimentos despertou os europeus para a turbulência em curso às suas portas, na periferia Leste e Sul. A anexação da Crimeia pela Rússia e a guerra no Leste da Ucrânia, a tentativa de golpe de estado na Turquia, a guerra na Síria e os múltiplos e intrincados conflitos do Médio Oriente - do Iraque, da Líbia e do Iémen -, são acontecimentos demasiado próximos para poderem ser ignorados. Numa era de globalização, a geopolítica europeia está, mais do que nunca, ligada ao Leste euroasiático, ao Sul do Mediterrâneo e ao Médio Oriente. Mas estas duas últimas regiões estão em explosão demográfica e convulsão política quase permanente. Grupos islamistas-jihadistas como a Al-Qaeda e o Daesh banalizam a violência e o terror. Ao mesmo tempo, uma imparável vaga de refugiados e migrantes ruma à Europa rica, aumentando as tensões intraeuropeias. No mundo do século XXI, a paz perpétua de Immanuel Kant continua a ser um ideal longínquo. -
A Europa em CriseO século XXI começou mal para a Europa e o Ocidente. A crise financeira iniciada em 2007/2008 nos EUA transformou-se na crise mais grave do pós-II Guerra Mundial. Em pouco tempo a União Europeia e a zona euro ficaram no centro do turbilhão. Será que o capitalismo globalizado se tornou uma paixão nociva? Quais são as raízes mais profundas desta crise? Como será possível ultrapassá-la? Hoje tornou-se claro que a crise é também demográfica, ética e de estilos de vida. Está em causa a sustentabilidade do modelo europeu e a influência euro-ocidental no mundo. Todavia, como portugueses e europeus, traz-nos uma oportunidade única de reflexão sobre o nosso futuro coletivo. -
Ciberguerra - Quando a Utopia se Transforma em RealidadeApesar dos enormes ganhos de bem-estar que a economia e sociedade em rede trouxe consigo, esta contém os germes de uma sociedade de risco, pela ambivalência intrínseca da tecnologia. Na origem encontra-se uma utopia nascida no ambiente da Guerra-Fria e da contracultura dos anos 60 do século XX. Hoje, os computadores, o acesso à Internet e a tecnologia digital estão imbrincados em qualquer aspeto da vida humana. Transformada em realidade, a utopia da Internet alterou ainda as formas convencionais de fazer a guerra e introduziu vulnerabilidades na economia e sociedade. No catálogo das novas vulnerabilidades o risco mais extremo é a possibilidade de uma ciberguerra. -
O Regresso da Geopolítica - Europa, Médio Oriente e IslãoA geopolítica está de regresso. A crise financeira e económica internacional que se projetou sobre a Zona Euro e o referendo britânico para saída da União Europeia abalaram os alicerces da construção europeia lançados no Pós-guerra Mundial. No mundo exterior, uma sucessão de acontecimentos despertou os europeus para a turbulência em curso às suas portas, na periferia Leste e Sul. A anexação da Crimeia pela Rússia e a guerra no Leste da Ucrânia, a tentativa de golpe de estado na Turquia, a guerra na Síria e os múltiplos e intrincados conflitos do Médio Oriente - do Iraque, da Líbia e do Iémen -, são acontecimentos demasiado próximos para poderem ser ignorados. Numa era de globalização, a geopolítica europeia está, mais do que nunca, ligada ao Leste euroasiático, ao Sul do Mediterrâneo e ao Médio Oriente. Mas estas duas últimas regiões estão em explosão demográfica e convulsão política quase permanente. Grupos islamistas-jihadistas como a Al-Qaeda e o Daesh banalizam a violência e o terror. Ao mesmo tempo, uma imparável vaga de refugiados e migrantes ruma à Europa rica, aumentando as tensões intraeuropeias. No mundo do século XXI, a paz perpétua de Immanuel Kant continua a ser um ideal longínquo. VER POR DENTRO Ver página inteira -
Geopolítica em Tempo de Paz e GuerraGeopolítica em Tempo de Paz e Guerra reúne um conjunto de textos que refletem sobre a complexidade, as zonas cinzentas e as contradições do mundo atual. No passado, a guerra era precedida por uma declaração e terminava com um armistício ou com a rendição (in)condicional de um dos beligerantes. Hoje, temos inúmeros conflitos multifacetados, difusos e disputados por vezes na sombra, conflitos que escapam a uma categorização binária. Não há armistício, nem rendição, para guerras que não foram declaradas. Neste início de século, assistimos a uma luta perigosa pelo poder mundial, marcada pela rivalidade sino-americana; confrontamo-nos com uma extraordinária transformação da geopolítica da energia, na qual a América do Norte readquiriu centralidade e o Médio Oriente e a Venezuela perderam influência relativa; e deparamo-nos com uma União Europeia que continua com a sua crónica debilidade político-militar, algo que se tornou mais crítico com o Brexit e com Donald Trump nos EUA. É um mundo globalizado simultaneamente moderno, pré-moderno e pós-moderno. Nele, as fronteiras entre a paz e a guerra, mas também entre a verdade e a mentira, diluíram-se de forma assustadora. -
Geopolítica em tempo de paz e guerraGeopolítica em Tempo de Paz e Guerra reúne um conjunto de textos que refletem sobre a complexidade, as zonas cinzentas e as contradições do mundo atual. No passado, a guerra era precedida por uma declaração e terminava com um armistício ou com a rendição (in)condicional de um dos beligerantes. Hoje, temos inúmeros conflitos multifacetados, difusos e disputados por vezes na sombra, conflitos que escapam a uma categorização binária. Não há armistício, nem rendição, para guerras que não foram declaradas. Neste início de século, assistimos a uma luta perigosa pelo poder mundial, marcada pela rivalidade sino-americana; confrontamo-nos com uma extraordinária transformação da geopolítica da energia, na qual a América do Norte readquiriu centralidade e o Médio Oriente e a Venezuela perderam influência relativa; e deparamo-nos com uma União Europeia que continua com a sua crónica debilidade político-militar, algo que se tornou mais crítico com o Brexit e com Donald Trump nos EUA. É um mundo globalizado simultaneamente moderno, pré-moderno e pós-moderno. Nele, as fronteiras entre a paz e a guerra, mas também entre a verdade e a mentira, diluíram-se de forma assustadora. -
Elementos de Economia Política InternacionalSituada no cruzamento da Economia e das Relações Internacionais, a Economia Política Internacional é uma disciplina recentemente instituída nos curricula académicos. O seu objeto de estudo são as complexas interações entre o económico e o político com origem em atores estaduais e não estaduais e projetando-se sobre a riqueza e o poder. Assim, no livro Elementos de Economia Política Internacional são expostas diferentes perspetivas de abordagem e alguns instrumentos teórico-conceptuais de base. São ainda analisadas matérias centrais deste campo de estudos, ligadas ao sistema comercial e financeiro internacional. Entre estas, mereceram particular destaque a arquitetura económico-financeira mundial, a integração económica internacional centrada na experiência da Europa e a globalização da economia política internacional. A análise é completada com dois estudos de caso: o primeiro sobre a unificação monetária europeia e a crise da zona euro; o segundo sobre o declínio do Japão e a ascensão da China na economia global. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
A Construção Sonora de Moçambique - 1974-1994Nataniel Ngomane: «Um trabalho pioneiro e, desde logo, importantíssima ferramenta referencial para trabalhos futuros não somente na área musical e sonora…» O que nos é apresentado neste livro de Marco Roque de Freitas é, efetivamente, uma abordagem teórica sistematizada da experiência musical de Moçambique, abordagem assente na base sólida que cobre o período de transição, sobretudo política — de 1974 a 1994 —, e «identificando os principais processos que levaram à sua relação com a construção social». Essa experiência musical é acrescida da experiência sonora, no sentido já descrito, como elemento com função central na construção da nação moçambicana. Desse ponto de vista, mesmo considerando a existência de alguns trabalhos de natureza similar em Moçambique, não temos nenhuma dificuldade em considerar este, na sua profundidade e intensidade, como um trabalho pioneiro e, desde logo, importantíssima ferramenta referencial para trabalhos futuros não somente na área musical e sonora, mas também noutras áreas das artes e outras, como da história de Moçambique, da antropologia, ciências políticas, entre muitas outras. [Nataniel Ngomane] Nesta obra é robusta a evidência da importância dos media para a análise etnomusicológica. Os processos da radiodifusão e da produção discográfica fazem parte de uma narrativa que sublinha o papel da tecnologia e dos procedimentos industriais e comerciais na configuração da música — e não apenas na sua reprodução, bem como a sua relação com os territórios e as populações de Moçambique. De facto, a extensão e diversidade cultural e territorial de Moçambique coloca à investigação desafios de enorme dimensão. O presente trabalho, fruto de uma investigação etnomusicológica extensa, aprofundada e centrada em Maputo e na sua área de influência mais próxima, constitui um importante testemunho daquilo que falta compreender, e das limitações com que ainda nos deparamos no projeto de conhecer a música em Moçambique. [João Soeiro de Carvalho] -
Orofobias... Marias... E Outros Mistérios (Temas de Psicanálise)"Orofobias... Marias... e outros Mistérios" congrega uma serie de Temas de Psicanálise, onde a partir da prática se teorizam e desenvolvem algumas observações inovadoras. Isso acontece sobretudo na primeira parte do livro, que roda em torno do conceito de "Orofobia", quadro clinico introduzido pelo autor. O texto percorre depois várias "Marias..." que dalguma forma se completam, alongando se nas angustias contempladas nesse quadro. Analisam se também os " Sentimentos de Mistério: Secreto ...Sagrado... Sexual" e os "Sentimentos de Justiça: Socorro! que com elas se interligam. A segunda parte do livro assume carácter mais pedagógico. Desenvolve textos sobre a Psicanálise, as Psicoterapias, os seus exercícios práticos, focando a sua aplicação em quadros graves, nomeadamente psicóticos. Nela se tentam precisar definições e conceitos. Índice Prefácio (A. Coimbra de Matos) Introdução Primeira Parte Orofobia: uma digressão contra-fusional Maria Vazia ou a gravidez perpétua (orofobia no feminino) Maria Narcisa ou a erotização do narcisismo Maria Triste já sonha Mistérios (Secreto... Sagrado... Sexual) Sentimentos de Justiça... Socorro Angústias Identificação... Projecção... Identificação Projectiva Segunda Parte Psicanálise e Psicoterapias dinâmicas Psicoterapia: conceito e definição Sobre a Psicanálise nas Psicoses Psicoterapia Analítica na EsquizofreniaVários -
Antropologia e Filosofia - Ensaios em torno de Lévi-StraussEnsaios em torno de Lévi-Strauss Os ensaios aqui recolhidos inspiram-se diversamente em Claude Lévi-Strauss: ou porque lhe usam o método para analisar as narrativas que são alguns contos populares portugueses; ou porque se referem directamente aos conceitos elaborados por Lévi-Strauss a propósito da história, do pensamento selvagem ou do inconsciente; ou ainda porque se inspiram na sua atitude reflexiva para interrogar os temas do tempo, do silêncio e da dor. ÍNDICE 1. CONTOS POPULARES PORTUGUESES: UMA ANALISE ESTRUTURAL - I 2. CONTOS POPULARES PORTUGUESES: UMA ANÁLISE ESTRUTURAL - II 3. DO MITO COLECTIVO AO MITO INDIVIDUAL 4. O MÉTODO ESTRUTURAL 5. DO PENSAMENTO SELVAGEM 6. A NATUREZA E A HISTÓRIA 7. O INCONSCIENTE ESTRUTURAL 8. O SILÊNCIO NA COMUNICAÇÃO 9. A TÉCNICA E A EXPERIÊNCIA DA DOR 10. TEMPO E REPETIÇÃOVários -
No Labirinto - O Líbano entre guerras, política e religiãoEntre Maio de 2OO5 e Julho de 2OO6, Miguel Portas esteve por três vezes no Líbano, país que já conhecia de outras viagens. Na qualidade de jornalista ou de eurodeputado, o autor tem visitado ainda, com regularidade, a Síria, Israel e os territórios ocupados da Palestina. No Labirinto é um livro que nasce em Beirute, em plena guerra. Antigo e moderno, ocidental e oriental, democrático e tribal, tolerante e guerreiro, o Líbano escapa aos clichés e ideias feitas. Marcado por múltiplas ingerências, bizarros protagonistas e estranhos jogos de alianças, condensa, em si, todos os conflitos e contradições do Médio Oriente. No país dos cedros, nada é o que parece... Parte I O nascimento de uma nação Promessa Ilusão Loucura Jogo Renascimento Parte II Trinta e três dias de guerra Viagem Palestina Israel Hezbollah Islamismo Crime Castigo pós-Guerra Está disponível em pdf o capítulo «Promessa», da Parte I. -
Crime ou Castigo? - Da Perseguição contra as Mulheres até à Despenalização do AbortoCRIME OU CASTIGO?, apresenta uma discussão histórica detalhada do problema do aborto. Desde a Antiguidade até aos dias de hoje, as concepções religiosas e sociais sobre o aborto foram mudando e esse é o primeiro tema deste livro. A autora analisa igualmente a evolução da lei, desde a criminalização do aborto no século XIX até à sua despenalização no século XX, com a excepção de Portugal, um dos poucos países europeus onde se manteve a criminalização das mulheres. O livro apresenta ainda um estudo empírico com mulheres portuguesas acerca do impacto que a realização de um aborto teve na sua vida. Índice 1. Urna Perspectiva Histórica dos Conhecimentos sobre Contracepção e Aborto 2. O Controle Populacional na Antiguidade 3. Da Era Cristã à Reforma 4. Da Reforma ao NeoMalthusianismo 5. O Século XIX e o Neomalthusianismo 6. O Século XX 7. Diferentes Legislações sobre Aborto no Mundo 8. O Abono no Mundo Actual 9. A Situação em Portugal 10. Aborto, uma Questão Polémica; Porquê Gravidezes Indesejadas? 11. As Consequências da Interrupção da Gravidez na Vida da Mulher 12. Existirá uma Nova Ética sobre o Aborto? 13. Conclusão -
Betão - Arma de Construção Maciça do CapitalismoPartindo do episódio da queda da Ponte Morandi, em Génova, em 2018, como caso exemplar da obsolescência programada, Anselm Jappe desenvolve a premissa de que o betão — um dos materiais de construção mais utilizados no planeta, produzido em quantidades astronómicas e com irreversíveis consequências sanitárias e ambientais — encarna por excelência a lógica desmesurada, descartável e destrutiva do capitalismo. Ensaio que associa a crítica do valor à crítica da arquitectura e do urbanismo contemporâneos, rememorando o historial problemático deste material — das intenções dos seus entusiastas às reservas dos seus detractores, da sua expansão durante a Revolução Industrial ao declínio de técnicas sustentáveis e ancestrais —, Betão (2020) é um protesto contra a uniformização económica, social e estética do mundo, uma recusa da habitação como activo rentável e um alerta para as insidiosas leis da mercadoria e do crescimento infinito. -
Terrorismo e Crime OrganizadoO autor reúne nesta coletânea ou antologia de (20) textos, diversos trabalhos e apontamentos que produziu entre 1993 e 2021, ao longo de quase três décadas, sobre temas do terrorismo e do crime organizado. Os textos correspondem a artigos publicados em revistas técnicas (7), em proceedings ou livros de atas de congressos e outras reuniões em sede de cooperação internacional (4) e outros simplesmente apresentados em diversos certames e em vários países (7) - em Portugal, Luxemburgo, Grécia, Uzbequistão e Bélgica - mas que nunca foram publicados em letra de forma e finalmente dois apontamentos absolutamente inéditos (redigidos em 2007 e 2019). Sem prejuízo da abordagem de interfaces e zonas de penetração recíproca e instrumental entre o terrorismo e a criminalidade organizada – como são definitivamente os casos do narcotráfico, do crime económico-financeiro, da corrupção, do tráfico de armas, do tráfico de seres humanos e da extorsão, ao melhor e inconfundível estilo mafioso – abordam-se temáticas tão distintas ou umbilicalmente conexas como a radicalização ideológica, a identificação das ameaças, o financiamento, a cooperação e colaboração internacional. Mas também tópicos de insuspeito relevo e interesse acrescentado como a saúde mental, as motivações e identidade psicossocial, as migrações e os refugiados, ou a segurança área e de eventos internacionais. O critério (cronológico) seguido na sucessiva apresentação dos textos, documenta a gradual projeção do terrorismo puramente políticoideológico e etnonacionalista e separatista, para a esfera do terrorismo de 28 matriz ‘jihadista’. Uma involução pontuada pelo surgimento de organizações terroristas de escopo e espetro de ação global como a ‘Al-Qaeda’ e o ‘ISIL-ISIS-Da’esh’. No contexto do crime organizado, descortina-se outra estabilidade e permanência dos principais focos de atividade e das correspondentes ameaças. As alterações mais sensíveis de perfil, decorrem sobretudo da revolução tecnológica e do crescente peso e influência das novas tecnologias de comunicação e informação (algo que aliás é igualmente visível em todos os padrões ou domínios de ação terrorista ou do extremismo ideológico criminal).