A Banda
Escrita e composta por Chico Buarque em 1966, A banda venceu o II Festival de Música Popular Brasileira, para o qual foi escrita, e conheceu um sucesso imediato nesse mesmo ano.
Afonso Cruz viu na letra desta canção a celebração da vida e a vitória da música sobre a prisão das rotinas cinzentas e burocráticas. A banda passa e a música liberta-nos e relembra-nos que, antes de sermos o que somos, podíamos ser o que quiséssemos.
Colecção com curadoria de Afonso Cruz.
| Editora | Alfaguara |
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| Categorias | |
| Editora | Alfaguara |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Chico Buarque |
Escritor, compositor e cantor popular brasileiro, Francisco Buarque de Hollanda nasceu a 19 de junho de 1944, no Rio de Janeiro. Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, cedo se habituou a conviver com o mundo das artes e das letras. As reuniões da casa paterna eram frequentadas por intelectuais e artistas, entre os quais Vinicius de Moraes, que mais tarde viria a assinar uma meia dúzia de temas em parceria com o jovem Chico Buarque (incluindo Valsinha), e também pelos amigos da sua irmã Heloísa - Baden Powell, Óscar Castro Neves, Alaíde Costa. Da irmã receberia as primeiras lições de violão e de João Gilberto as primeiras influências musicais. Em meados dos anos sessenta, no início da bossa-nova e em pleno movimento de agitação social, Chico Buarque abandonou o curso de Arquitetura para se dedicar definitivamente ao violão e à escrita.
Em 1965 gravou o primeiro single, com as canções Sonho de um Carnaval e Pedro Pedreiro. Compôs a música para o espetáculo Morte e Vida Severina, baseado no poema homónimo de João Cabral de Melo Neto, exibido no Teatro da Universidade Católica em S. Paulo e que veio a vencer o Festival de Teatro Universitário de Nancy, em França. Musicou igualmente o Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. O tema A Banda, interpretado por Nara Leão em 1966, tornou-se um sucesso internacional. Nesse mesmo ano viria a editar o seu primeiro LP, Chico Buarque de Hollanda. A peça Roda Viva, mais tarde proibida pela censura, é levada à cena com os seus próprios textos. E nessa época colaborava já com grandes nomes da música popular brasileira, como Tom Jobim, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Elis Regina, Gal Costa e Maria Bethânia.
A mestria do erudito e a espontaneidade do popular coexistem no ritmo e nas palavras dos seus temas, e Chico Buarque rapidamente se tornou um dos mestres da música popular brasileira e um dos criadores do chamado samba urbano. O lirismo de Realejo, Lua Cheia ou de Carolina alterna com as intervenções de protesto, de ironia e de crítica social de temas como Deus lhe Pague e Meus Caros Amigos. A coerência das suas opiniões forçá-lo-ia inclusive ao exílio, estabelecendo-se em Roma durante perto de dois anos.
De volta ao Brasil em 1970, lança novos sucessos: Construção, O que Será (À Flor da Terra), Morena de Angola, etc.
Estreada no Rio de Janeiro em julho de 1978, A Ópera do Malandro é sem dúvida a sua experiência teatral de maior êxito. Baseada em The Beggar's Opera (A Ópera do Mendigo, 1728) de John Gay e em Die Dreigroschenoper (A Ópera dos Três Vinténs, 1928) de Bertolt Brecht e Kurt Weill, seria ainda adaptada ao cinema em 1986 por Ruy Guerra.
As aparições em palco do cantor tornaram-se entretanto cada vez mais raras. Nos anos oitenta, o espetáculo realizado no Canecão, no Rio de Janeiro, baseado no disco Francisco, é tido como "o maior espetáculo da década". E em 1994 De Volta ao Samba assinala mais uma vez a sua passagem pelos palcos do Rio de Janeiro e da Europa e o revisitar de velhos temas.
Nos últimos anos, Chico Buarque consagrou-se por longos períodos à ficção, tendo-se retirado no seu apartamento parisiense para trabalhar nos romances Estorvo (1991) e Benjamim (1995). Numa das suas passagens por terras portuguesas (maio de 1997), o autor deu conta da sua vontade de mostrar o "Brasil real", participando designadamente no lançamento do livro de Sebastião Salgado sobre o Movimento dos Sem-Terra.
Em 2017 venceu o prémio Roger Caillois pelo conjunto da sua obra. Em 2019 foi distinguido com o Prémio Camões, a distinção de maior prestígio da Língua Portuguesa.
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BudapesteJosé Costa é um escritor anónimo pago para produzir artigos de jornal, discursos políticos, catas de amor, monografias e autobiografias romanceadas que outros assinam. Um dia, regressando de um congresso de escritores anónimos em Istambul, é obrigado a fazer uma escala forçada em Budapeste. Fascinado pela língua magiar, «segundo as más-línguas, a única língua que o Diabo respeita», José Costa retorna à capital húngara, passando a ser Zsoze Costa, e tornando-se amante de Kriska, a sua professora. A obsessão de dominar completamente o novo idioma leva-o a viver num tresloucado vaivém entre o Rio de Janeiro, onde vive com a sua mulher Vanda, e Budapeste, onde passa a viver com Kriska. Budapeste é a história de um escritor dividido entre duas cidades, duas mulheres, dois livros e duas línguas, uma intrigante e por vezes divertida especulação sobre identidade e autoria. -
BenjamimNuma narrativa de suspense constante, com múltiplas perspectivas e camadas, imbuída do lirismo que lhe é característico, Chico Buarque conduz o leitor a uma experiência vertiginosa. Um romance fortíssimo e tumultuoso, justamente elogiado pela crítica como um dos mais originais textos da literatura brasileira contemporânea. -
Tantas PalavrasPela primeira vez em Portugal, a vida e a palavra de Chico Buarque num só volume. Tantas Palavras reúne todas as letras escritas por Chico Buarque desde Tem mais samba (1964), que ele considera o marco zero da sua carreira. Num texto a que não faltam humor e emoção, revelando saborosas histórias, o leitor acompanha Chico Buarque na sua fascinante trajectória de homem e de artista, para com ele desembocar na serena maturidade de um músico que se afirmou também como grande romancista. -
O Irmão AlemãoAos 22 anos Chico Buarque descobriu que tinha um irmão alemão. Da busca para saber o que lhe acontecera nasce este romance. Magistralmente conduzida por um narrador obsessivo, delirante, megalómano e profundamente solitário sem o querer ser, a narrativa enreda o leitor numa trama em que realidade e devaneio se confundem permanentemente. A páginas tantas, a busca passa a pertencer igualmente ao leitor, também ele desesperadamente procurando esse irmão desconhecido -
Leite DerramadoUm homem muito velho espera a morte numa cama de hospital. Membro de uma família tradicional, desfia, num monólogo dirigido a quem quiser ouvir, a história da sua linhagem, desde os antepassados portugueses ao avô que lutou pelo fim da escravatura. Um sucesso no Brasil e em Portugal, o romance venceu o Prémio Portugal Telecom de Literatura, o Prémio Jabuti e foi eleito o livro do ano pela revista Bravo. -
BudapestePrémio Camões 2019. José Costa é um ghost-writer de talento fora do comum. Ao serviço da Agência Cultural Cunha & Costa, escreve a pedido e sempre anónimo: cartas, artigos, discursos ou livros para terceiros. Ao terminar uma biografia romanceada encomendada por um bizarro executivo alemão, vê-se perante um dilema criativo, seduzido pelo desafio de escrever por fim “alta literatura”. Combinando profundidade e sentido de humor, o terceiro romance de Chico Buarque ganhou o Prémio Jabuti em 2003 e o IV Prémio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura, em 2005. -
EstorvoPrémio Camões 2019. Estorvo, primeiro romance de Chico Buarque, é um texto notável, que se mantém constantemente no limite entre o sonho e a vigília, entre a realidade e a alucinação. E o olho mágico que separa os dois homens talvez seja a melhor metáfora da visão deformada com que o narrador, e o leitor com ele, olha o mundo que lhe é tão familiar e ao mesmo tempo tão distante. E talvez uma metáfora do mundo em que vivemos, em que é tão fácil sentirmo-nos sós. -
Essa GenteUm escritor decadente enfrenta uma crise financeira e emocional enquanto o Rio de Janeiro colapsa à sua volta. Tragicomédia urgente, o novo romance de Chico Buarque, o primeiro depois da atribuição do Prémio Camões, encara de frente o Brasil do agora. Ao seu melhor estilo, Chico Buarque esfuma as fronteiras entre vida, imaginação, sonho e delírio, e constrói uma narrativa engenhosa, tão divertida quanto trágica, em cujas entrelinhas se descortinam as contradições de um país ameaçando despedaçar-se, assim como as deliciosas incoerências e ilusões da gente como nós. -
My German BrotherCiccio already has many problems: romantic failure, an older brother who seems intent on breaking the heart of every beautiful woman in São Paulo, a distant and larger-than-life father. When Ciccio finds, among the many of his father’s books that line the walls of their house, a troubling letter dated ‘December 21, 1931. Berlin’, his existential crisis only intensifies. It seems that his father once had a child with another woman – a German son whose fate remains unclear. Ciccio sets out on a mission to locate his lost half-brother, and to win the respect of his father. But as Brazil's military government cracks down on dissent, and rumours of arrests and disappearances spread, while Ciccio has been out looking for his German brother, he finds that he has taken his eye off his immediate family... In writing My German Brother, acclaimed Brazilian novelist and musician Chico Buarque was driven by the desire to find out what happened to his own German half-brother – whether he survived the war in a bomb-ravaged Berlin, whether he had joined the ranks of the Hitler Youth. His novel has been a project of a lifetime, one that makes use of what happened, what might have happened, and pure imagination, in order to weave together the threads of narrative and arrive at a truth. -
Anos de Chumbo e Outros ContosUma jovem que vai à praia com o tio e acaba por ir longe demais. Um grande artista alvo de sabotagem. Dois irmãos em conflito. Uma mulher que perdeu tudo. Um homem que passeia por Copacabana com Pablo Neruda e outros notáveis. Um fã fervoroso da escritora Clarice Lispector. Um casal numa primeira viagem que tem tudo para dar errado. Um lar incendiado pela traição. Imersos na atmosfera muito particular da ficção de Chico Buarque - marcada pelo sagaz poder de observação e pelo contraste entre o lírico e o cómico -, os contos que compõem este volume ilustram a sordidez e o patético da condição humana. São oito narrativas em que o sexo, a perversidade, o desalento e o delírio compõem um surpreendente labirinto de vidas cruzadas. O impressionante domínio da linguagem do autor é posto ao serviço da concisão da forma e da denúncia da barbárie do presente: a estreia de Chico Buarque no conto é arrebatadora.
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O Leão Que Temos Cá DentroNão tens de ser grande nem valente para encontrares a tua voz. Nem sempre é fácil ser pequeno. Mas quando o Rato parte em viagem à procura do seu rugido, descobre que até a mais pequenina criatura pode ter um coração de leão. -
Truz-Truz"Truz Truz! Quem é?! É a menina pequenina que tem uma meia rota no pé?" Assim começa esta pequena grande adivinha, contada em verso e cheia de humor, que dá vida a um bairro e a todas as personagens fascinantes que podemos encontrar no nosso dia a dia. -
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O Coala Que Foi CapazO Kevin é um coala que gosta de manter tudo na mesma, exatamente na mesma. Mas quando um dia a mudança surge sem ser convidada, o Kevin descobre que a vida pode estar cheia de novidades e ser maravilhosa! Dos criadores de O Leão Que Temos Cá Dentro, esta é uma história bem engraçada para quem acha que a mudança é um bocadinho preocupante. -
Era Uma Vez Um UnicórnioSabes como nasceu o primeiro unicórnio? Tudo aconteceu numa floresta encantada, quando uma menina chamada Carlota descobriu uns pequenos cavalos a tentar voar e reparou que um deles não saía do chão. Ele estava muito triste, mas a Carlota encontrou uma maneira muito doce de fazer o seu novo amigo feliz. O que terá sido? -
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Graças e Desgraças da Corte de El-Rei TadinhoPlano Nacional de LeituraLivro recomendado para o 3º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada."Não se trata do retrato de mais um rei de Portugal. El-Rei Tadinho, sua futura mulher (uma fada desempregada, que entretanto se fizera passar por bruxa) e restante família vivem algumas desgraças ora do campo do quotidiano ora do fantástico. O rei oferece a filha (que não tem! — só mais tarde dá pelo engano) em casamento a um dragão; a única bruxa do reino, embora contrariada, decide ajudá-lo; o dragão engana-se e casa com esta última... É impossível não se achar graça, tal a ironia, a prodigiosa imaginação e o alucinante desenvolvimento. (A partir dos 8/9 anos)." -
O meu primeiro livro de IogaRasteja como um crocodilo, estica-te como uma raposa e salta como um gafanhoto para descobrires o mundo maravilhoso do IOGA!