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Sinopse

Permanece difusa a dúvida que acompanhará Tiago na intimidade das suas memórias: terá sido este tempo de pandemia feito de Dias Desacontecidos, ou o seu contrário. Da esperança do novo mundo, renascido a partir de uma pandemia, Tiago, porém, vê a realidade de sempre dobrar a esquina e voltar a aproximar-se, indiferente e pastosa. Entretanto, por estes dias, os edifícios adquiriram uma ímpar beleza, transformando desaparecimentos em vidas que reaparecem em lugares improváveis e diluindo fronteiras temporais em que o passado, presente e futuro se apresentam por distinta ordem. É nesta inquietude dos dias que, gradualmente, o tempo linear se transforma em circular: como se fosse um longo e eterno abraço. A cidade, mote e palco destas 25 histórias, responde, como sempre, às vicissitudes do tempo: vigorosa nas crises, tranquila nas radicais manifestações, bela nas intempéries, afirmativa na desesperança, poética nas angústias, mas sempre estimulante, mesmo quando uma pandemia a despovoa. “A Cidade dos Dias Desacontecidos” é uma singularíssima forma de narrar uma cronologia sem tempo, onde as vidas, mesmo as desaparecidas, são infinitas e as que surgem se renovam em cada delicado acontecimento.

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Autor

Pedro Ribeiro da Silva

Cansou-se de escrever de forma convencional e tecnocrática sobre as cidades. Urbanista de profissão, passou um longo tempo a redigir relatórios, regulamentos e pareceres. Mais tarde, a lê-los e corrigi-los, voltou a cansar-se. Nas autarquias onde trabalhava, exaltava-se quando lhe chamavam consultor respondendo que só sabia “pôr-a-mão-na-massa”. Começou a perceber que uma história sobre a cidade fazia mais pelos conceitos urbanos do que os grossos volumes de um Plano Diretor Municipal. Que uma boa narrativa produz mais efeito do que um conjunto numérico de quadros do Instituto Nacional de Estatística. Que um relato escrito, com pessoas lá dentro, é bem mais percetível do que um licenciamento urbanístico. Resolveu, então, ao fim de três décadas, comunicar de distinta forma sobre o mesmo assunto de sempre. Acha que a vida é demasiado curta, porque só realmente se aprende a fazer novas coisas a cada três décadas. No caso das cidades, com a sua existência milenar, nem esse intervalo de tempo será suficiente. Por isso, nunca será um descritor de belas cidades, mas antes alguém que as percorre, com um crayon de criança na mão, desenhando irrequietas palavras, enquanto caminha, olha e sente o amor das pessoas que as compõem.

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