A Imagem-Movimento: Cinema I
Este estudo não é uma história do cinema. É uma taxinomia, uma tentativa de classificação das imagens e dos signos. Mas este primeiro volume vai limitar-se a determinar os elementos, e mesmo assim os elementos de ma só parte da classificação.
[…]
Tratamos nesta primeira parte da imagem-movimento e das suas variedades. A imagem-tempo será objecto de uma segunda parte. Os grandes autores de cinema pareceram-nos confrontáveis não só com pintores, arquitectos e músicos, mas também com pensadores. Eles pensam com imagens-movimento e com imagens-tempo, em vez de conceitos. A enorme proporção de nulidade na produção cinematográfica não é uma objecção […] não é por isso que o cinema deixa de fazer parte da história da arte e do pensamento, sob as formas autónomas insubstituíveis que esses autores souberam inventar e fazer passar apesar de tudo.
Gilles Deleuze
| Editora | Documenta |
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| Editora | Documenta |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Gilles Deleuze |
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A Filosofia Crítica de KantNuma exposição tão sintética quanto rigorosa. Gilles Deleuze põe ao alcance dos leitores aquilo que constitui a «filosofia crítica de Kant». Deleuze situa-nos aqui no coração da «revolução copernicana» de Kant: a faculdade de conhecer como legisladora, a submissão necessária do objecto ao sujeito, o homem verdadeiro legislador da Natureza. Neste contexto, é importante o problema da relação entre as três faculdades activas (imaginação, entendimento, razão), que é analisado nas três grandes Críticas (Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade de Julgar). -
NietzscheFilósofo umas vezes enaltecido e outras tantas amaldiçoado, Nietzsche é um pensador a redescobrir. É isso que Gilles Deleuze nos propõe nesta obra de síntese, em que o pensador e o seu pensamento nos surgem numa abordagem inovadora. Isto sem esquecer, evidentemente, o lado poético da filosofia de Nietzsche. -
FoucaultComo define Foucault "ver" e "falar", de forma a constituir uma nova compreensão do Saber? Nesta perspectiva, o que é um "enunciado", na sua diferença com as palavras, as frases e as proposições? Como determina Foucault as relações de forças, de forma a constituir uma nova concepção do Poder? Por que institui ele um terceiro eixo, que permite "transpor a linha"? Que Linha do Fora é esta, sempre invocada por Foucault? E qual o seu sentido político, literário, filosófico? Em que é que a "morte do homem" é um acontecimento nem triste nem catastrófico, antes uma mutação das coisas e do pensamento? Este livro propõe-se analisar as perguntas e respostas de Foucault, que formam uma das grandes filosofias do século XX, operando um devir da linguagem e da vida. -
BergsonismoLeitor atento de Bergson (1859-1941), Gilles Deleuze retoma aqui o que há de mais belo e atual no pensamento do filósofo, esclarecendo os conceitos de intuição, duração, memória e impulso vital. -
Empirismo e Subjetividade - Ensaio Sobre a Natureza Humana Segundo HumeO paradoxo coerente da filosofia de Hume é apresentar uma subjetividade que se ultrapassa e que nem por isso é menos passiva. A subjetividade é determinada como um efeito, é uma "impressão de reflexão". O espírito devém sujeito ao ser afetado pelos princípios. A natureza só pode ser cientificamente estudada em seus efeitos sobre o espírito, mas a única e verdadeira ciência do espírito deve ter por objeto a natureza. "A natureza humana é a única ciência do homem". - Gilles Deleuze -
A Imagem-movimento - Cinema 1“Gilles Deleuze nunca considerou escrever uma história do cinema. A imanência do seu próprio pensamento exigiu e orientou-o a adoptar um ponto de vista totalmente novo, porque a teoria do cinema não é uma história do cinema. Deleuze, além do interesse filosófico do cinema, que, aliás, mesmo Bergson tinha descurado, estava preocupado com uma classificação de imagens e de signos (Peirce) do cinema. Neste sentido, Cinema 1 (e, mais tarde, Cinema 2) tendem para uma descrição sincrónica. Deleuze expõe-nos, pois, uma classificação das imagens e dos signos cinematográficos. É uma tentativa de tipologia a que se agrega uma homenagem a Henri Bergson sob a forma de três teses sobre o movimento que vão contribuir, sobretudo, para a formação dum novo discurso. Serão lembradas Matière et mémoire e L’Évolution créatrice, principalmente, no sentido do cinema em vez da ciência. As quatro grandes variedades de movimento tomarão uma posição inicial, zarpando de filme em filme numa rota rizomática em que Deleuze nos conduz ao encontro de diferentes escolas de montagem. A Imagem-Acção aparece sob a forma de todo o cinema 'clássico’ mas é com a sua crise interna que Deleuze nos adverte do balanço das situações sensoriais motoras em benefício das situações ópticas e sonoras puras com que a Nova Vaga francesa nos vai fazer descobrir outras acções, inibidas ou com a sua pura feição erradia. Godard, Rivette ou Bresson são diferentes exemplos duma originalidade em que o cinema se deixa conjugar com o nome próprio, desenvolvendo objectos para um discurso, reacções que perdem o seu trajecto e descobrem uma nova trajectória, ou, então, o espaço ganha uma fragmentação substancialmente táctil. Em suma, o cinema neo-realista será a grande viragem desta produção moderna de que Deleuze se servirá para verificar uma amplificação do ponto de vista cerebral mas igualmente a renovação duma concepção do cérebro.”Rafael Godinho (na introdução a este livro). -
A Imagem-Tempo - Cinema 2Gilles Deleuze, numa obra dedicada ao “fenómeno” cinematográfico provocou, no início dos anos 1980, um encontro extremamente original entre a filosofia e o cinema. Desde então, a maneira de pensar, de teorizar ou de fazer a sua história sofreram uma transformação radical. O cinema, segundo Deleuze, serve-nos de bússola para um percurso que apresenta instâncias extremamente problemáticas, apreciadas pelo autor como uma arte do devir. -
Diferença e Repetição"Trata-se de uma obra-prima do pensamento do século XX, um desses livros incontornáveis, aonde regressamos repetidas vezes, na certeza de que vamos sempre descobrir coisas novas. De certo modo, todo o Deleuze está ali (...) Li este livro na altura em que saiu, e ainda hoje conservo essa sensação de quem, página a página, vê o mundo à sua volta transformar-se completamente." Eduardo Prado Coelho, Público, 20/12/2000 -
O Mistério de ArianaGilles Deleuze afirmou-se como um dos mais proeminentes filósofos europeus contemporâneos. Aliando um conhecimento rigoroso dos grandes textos da filosofia com uma originalidade marcante, é autor de uma obra singular que levou Foucault a dizer um dia que «o nosso século será deleuziano». Em Deleuze a filosofia comprometia-se sem ambiguidades nem cedências com a vida, o que explica que se desdobre em temáticas completamente marginais à ortodoxia filosófica. O seu pensamento atravessava todos os domínios, mais ou menos estanques, passando pela política e a psicanálise, ou então pela arte. Lado a lado com análises da pintura de Francis Bacon ou de interpretações únicas sobre o cinema, permanecia um permanente interrogar da literatura, a que dedicou páginas memoráveis. O Mistério de Ariana é um excelente testemunho da intensidade filosófica de Deleuze. -
Francis Bacon - Lógica da SensaçãoFrancis Bacon - Lógica da Sensação apresenta-nos o trabalho filosófico de Gilles Deleuze em confronto com a obra de Francis Bacon, um dos maiores pintores do século XX. Tendo como base a lógica não-racional da sensação Deleuze inaugura neste ensaio uma nova concepção da estética. O texto divide-se em 17 sequências, através das quais vamos descobrindo uma composição de conceitos, bem como as ligações entre as artes visuais e as áreas da filosofia, da literatura e da música.