A Imaginação Simbólica
Edições 70
2022
15,30 €
Envio previsto até
A Imaginação Simbólica, de 1964, é uma apologia do símbolo, figura poética e onírica que nos conduz infinitamente além do sensível, por oposição à clara demarcação de sentido dos restantes signos. Trata-se de recuperar uma forma perdida de nos relacionarmos com as imagens e as palavras, uma que nos liberta da experiência do mundo empobrecida pelo positivismo e do pensamento domesticado pela lógica e o criticismo, cingido ao conceito e ao preceito, de laços cortados com o indizível.
Respondendo a uma aspiração por transcendência que hoje recrudesce, a uma ânsia por reconexão com a «profundidade vital do apelo ontológico», Durand contrapõe a esta desmistificação do mundo uma remitificação alheada de sistemas religiosos, e, portanto, também de dogmas e de cisões entre fiéis e sacrílegos. Como mediação entre a sensibilidade e a transcendência, a tarefa da arte é superar a desvalorização operada pela profusão massificada de signos, o ornamentismo e o entretenimento.
Comentando pensadores como Aristóteles, Descartes, Kant, Freud e Jung, Durand demonstra como, no lugar da superficialidade do signo realista e racionalista, e para lá da sua rígida circunscrição semiótica, podem haver símbolos que nutram a imaginação livre rumo a uma forma de compreensão epifânica e em comunhão.
Respondendo a uma aspiração por transcendência que hoje recrudesce, a uma ânsia por reconexão com a «profundidade vital do apelo ontológico», Durand contrapõe a esta desmistificação do mundo uma remitificação alheada de sistemas religiosos, e, portanto, também de dogmas e de cisões entre fiéis e sacrílegos. Como mediação entre a sensibilidade e a transcendência, a tarefa da arte é superar a desvalorização operada pela profusão massificada de signos, o ornamentismo e o entretenimento.
Comentando pensadores como Aristóteles, Descartes, Kant, Freud e Jung, Durand demonstra como, no lugar da superficialidade do signo realista e racionalista, e para lá da sua rígida circunscrição semiótica, podem haver símbolos que nutram a imaginação livre rumo a uma forma de compreensão epifânica e em comunhão.
| Editora | Edições 70 |
|---|---|
| Coleção | Perspectivas do Homem |
| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Gilbert Durand |
Gilbert Durand
Gilbert Durand (1921–2012) foi um filósofo francês. Discípulo de Bachelard, dedicou o seu pensamento ao estudo da mitologia e dos símbolos e à reabilitação da imaginação. Durante a Segunda Guerra Mundial, lutou na Resistência Francesa. Foi professor de Antropologia e Sociologia na Universidade de Grenoble e, em 1966, fundou o Centre de Recherche sur l’Imaginaire. Recebeu o título Doutor Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa.
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