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Detalhes do Produto
- Editora: Palimage
- Categorias:
- Ano: 2015
- ISBN: 9789897031359
Sinopse
Este romance pretende contribuir para estimular a curiosidade e o interesse pela História
Económica, Social, Institucional, Cultural e das Mentalidades vigentes no Portugal do séc.
XVI. Simultaneamente, não existindo qualquer obra romanceada, ou de ficção literária,
sobre a Infanta D. Maria, construiu-se uma história à sua volta, respeitando a biografia
da Infanta, não abdicando, naturalmente, de a ficcionar, enriquecendo o texto com pequenas
histórias
que dão cor e sabor ao todo.
D. Leonor, irmã de Carlos V, prometida ao príncipe João (III) chega a Lisboa. D. Manuel I
não resistiu. Casou ele com a noiva do filho. Em 1521, nasce a infanta D. Maria
(personagem principal). D. João III é seu irmão, tal como D. Henrique, cardeal, Inquisidor
Geral da Santa Inquisição e futuro rei de Portugal. No mesmo ano, morre D. Manuel. A viúva
(mãe da Infanta) vai para Espanha, sem a filha, porque o povo não deixa. A Infanta tem uma
educação com os/as melhores Mestres do país. É riquíssima e tem um paço onde organiza
serões com os mais relevantes intelectuais nacionais e estrangeiros. É chamada a primeira
Universidade Feminina. Camões ter-se-á apaixonado por ela. Teve oito propostas de
casamento, sem êxito (por ex. Henrique VIII, Francisco, Filipe II), razão pela qual
Carolina Michaelis de Vasconcelos lhe chamará a Sempre Noiva. D. João III contrariou
sempre o seu casamento pelo desfalque nacional que o seu dote iria provocar. É considerada
a mais rica da cristandade
, a mais culta e bela.
A trama envolve a luta interior da Infanta pela sua independência intelectual, moral e
ética contra vários inimigos e adversários (os irmãos: o Rei, a rainha D. Catarina, tia e
irmã de Carlos V e o Inquisidor Geral, o irmão D. Henrique), e também uma organização
(dirigida pelo seu principal inimigo, um padre dominicano) apoiada pelo Vaticano e pela
Inquisição. A Infanta luta pela liberdade religiosa num mundo de ódios da Reforma e
Contra-Reforma, sob a constante pressão psicológica de
estar noiva de
. Tudo isto nos tempos do Renascimento, da Expansão e dos Descobrimentos. O mentor da
Infanta, homem culto, pintor e perfumista, guarda o segredo duma biblioteca milenar
profana
, multi-cultural com espólio em tabuinhas de madeira, de argila, papiro, códices, etc.
Obras consideradas perdidas. Para a situar e destruir, o padre assina um acordo com uma
figura estranha, o Inominável. Os amigos da Infanta são perseguidos, os serões culturais
suspensos. A grande amiga, Paula, filha de Gil Vicente conhece as masmorras da Inquisição,
assim como seu mentor. Ocorre um auto-de-fé no Rossio. A Infanta envolve-se num amor
impossível. Tece um plano para libertar o velho mentor, que o amante executa, submetendo o
padre à fogueira (simulada) para confessar por escrito os seus crimes (e outros que não
fez, à maneira da Inquisição). O amante será deportado para o Brasil, mas luta pelo
regresso ao país. Há um golpe para assassinar a Infanta. O velho mentor transmite os
segredos da biblioteca Immaginarium Libre à Infanta (desde a forma de localização,
entrada, iluminação, espólio, etc.), sendo assassinado. O inimigo dominicano ajudado pelo
Inominável entra na biblioteca e
morre
, o testemunho da vingança
passa
para outro religioso, Simão Rodrigues (jesuíta que denunciou Damião de Góis à
Inquisição). Há troca epistolar entre os amantes, infelizmente, desencontrada no tempo.