A nova questão da habitação em Portugal examina desenvolvimentos recentes do nexo finança-habitação. Após um período de explosão do crédito para a construção e compra de casa própria, segue-se agora uma crescente procura internacional dirigida ao imobiliário nacional em busca de elevadas rendibilidades.
Estes desenvolvimentos decorrem da última crise internacional e do programa de ajustamento. Os desequilíbrios estruturais do país não foram resolvidos, saindo reforçado o peso político do sector imobiliário. Neste contexto, assumem relevância os estímulos fiscais e as engenharias financeiras que transformam a habitação num ativo financeiro, enquanto o rendimento de muitas famílias escasseia para aceder a este bem essencial. Outras políticas são necessárias para cumprir o direito à habitação.
Investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde integra o Núcleo de Estudos sobre a Ciência, Economia e Sociedade.
Economista, doutorada em Economia e Filosofia pela Universidade Erasmus de Roterdão, Holanda, a sua investigação tem incidido sobre as implicações epistémicas, sociais e políticas da ciência económica, nomeadamente o papel desta na construção de mercados e outras instituições sociais.
Tem também abordado os temas da financeirização e o endividamento das famílias, participando em diversos projetos de investigação nestas áreas. O seu trabalho está publicado em livros e revistas científicas, nacionais e estrangeiras.
O endividamento das famílias constitui uma das transformações mais marcantes da sociedade portuguesa, tendo adquirido maior relevância com a crise económica, que colocou a descoberto a vulnerabilidade gerada pela dívida.
Mas o endividamento das famílias não é uma peculiaridade nacional. É um fenómeno partilhado pela generalidade das economias capitalistas desenvolvidas, evidenciando a presença de causas comuns. Destaca-se a crescente hegemonia de políticas neoliberais de promoção dos mercados financeiros, resultando numa crescente imbricação dos Estados, das empresas e das famílias com a finança, sendo a dívida das famílias uma das suas principais manifestações.
Reunindo os contributos de investigadores das áreas da economia política, economia comportamental, psicologia cognitiva e social e do direito, este livro aborda a problemática da dívida de um modo abrangente. Analisa a relação entre a decisão individual no campo financeiro e os seus contextos, e debate o modo como a sociedade lida com a dívida e com o incumprimento do devedor.
A nova questão da habitação em Portugal examina desenvolvimentos recentes do nexo finança-habitação. Após um período de explosão do crédito para a construção e compra de casa própria, segue-se agora uma crescente procura internacional dirigida ao imobiliário nacional em busca de elevadas rendibilidades.Estes desenvolvimentos decorrem da última crise internacional e do programa de ajustamento. Os desequilíbrios estruturais do país não foram resolvidos, saindo reforçado o peso político do sector imobiliário. Neste contexto, assumem relevância os estímulos fiscais e as engenharias financeiras que transformam a habitação num ativo financeiro, enquanto o rendimento de muitas famílias escasseia para aceder a este bem essencial. Outras políticas são necessárias para cumprir o direito à habitação.
O endividamento das famílias constitui uma das transformações mais marcantes da sociedade portuguesa, tendo adquirido maior relevância com a crise económica, que colocou a descoberto a vulnerabilidade gerada pela dívida.
Mas o endividamento das famílias não é uma peculiaridade nacional. É um fenómeno partilhado pela generalidade das economias capitalistas desenvolvidas, evidenciando a presença de causas comuns. Destaca-se a crescente hegemonia de políticas neoliberais de promoção dos mercados financeiros, resultando numa crescente imbricação dos Estados, das empresas e das famílias com a finança, sendo a dívida das famílias uma das suas principais manifestações.
Reunindo os contributos de investigadores das áreas da economia política, economia comportamental, psicologia cognitiva e social e do direito, este livro aborda a problemática da dívida de um modo abrangente. Analisa a relação entre a decisão individual no campo financeiro e os seus contextos, e debate o modo como a sociedade lida com a dívida e com o incumprimento do devedor.
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Na obra 'Governança, ESG e Estrutura Organizacional', Rubens Ifraim Filho e Agliberto Alves Cierco confeccionaram um verdadeiro manual prático de implementação e manutenção da Governança e ESG aliadas aos aspectos da Estrutura Organizacional: dos princípios norteadores, contexto e explicações, à inserção nos mais variados desenhos, estruturas e novos arranjos e transformações organizacionais. Propõe-se, portanto, uma análise à luz de inovadora perspectiva tripartite. Do inglês, ESG consiste em Governança Ambiental, Social e Corporativa, conceito que avalia as operações das principais empresas conforme o impacto em três eixos da sustentabilidade - o Meio Ambiente, o Social e a Governança. Este livro atende claramente a uma demanda ferramental urgente da comunidade empresarial e demais stakeholders, pois pormenoriza um tema contemporâneo e absolutamente necessário, uma vez que as corporações são consistentemente avaliadas conforme o comprometimento mediante a tríade do acrônimo.