A Travessia Redonda
Georgina é uma mulher que faz uma longa travessia neste mundo, quer em termos geográficos quer em termos existenciais. Nasceu na primeira metade do século passado e morreu com cento e três anos em Janeiro de 2021.
Podemos dizer que era filha da pobreza, embora as circunstâncias da vida lhe desbravassem caminhos de algum bem-estar e felicidade. A sua mãe morreu quando tinha apenas quatro anos, o seu pai era um simples trabalhador agrícola, que perante a morte da sua esposa, sentiu-se impotente para levar adiante a sustentação da sua numerosa prole. Aos oito filhos que viram a luz do mundo na sua casa, deu-lhes o mais inverosímil dos destinos.
Quando Georgina atinge a idade adulta, foge da Madeira em direcção a Londres na companhia de Maurício que nutre por ela um grande amor. Em Londres, após um período de extensiva felicidade na companhia de Maurício, seu esposo, experimentará uma dolorosa perda. Nesta cidade conhece Tomás, que a leva até ao Brasil para a frenética cidade de São Paulo. Aqui volta a ser feliz temporariamente.
Após o regresso à sua Ilha querida, a Madeira, viverá de forma simples, num quarto arrendado na cidade do Funchal, assistindo a alguns momentos do boom de desenvolvimento que a Madeira teve nos últimos anos, é uma mulher atenta às peripécias do devir histórico, onde se contam as vicissitudes políticas, os escândalos e o medo do Covid-19. O fim da sua “travessia redonda” aconteceu em plena pandemia Covid-19.
Esta mulher nasceu para subir as montanhas da felicidade, mas também para descer a pique os vales da decepção pintados de dor e morte. Reconhece a sorte que a existência lhe ofereceu, colocando-lhe pessoas honestas, desinteressadas na sua vida, mas também por cada uma delas mais tarde ou mais cedo, têm-lhe sido dadas chagas tremendas de dor e desapontamento.
| Editora | Edições Esgotadas |
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| Coleção | Percursos |
| Categorias | |
| Editora | Edições Esgotadas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Luís Rodrigues |
José Luís Rodrigues nasceu no Estreito de Câmara de Lobos – Jardim da Serra, Madeira, a 04/10/1968.
Estudou na Escola Primária do Jardim da Serra, Escola Preparatória do Estreito de Câmara de Lobos e em 1982 ingressou no Seminário Diocesano do Funchal, onde estudou durante 8 anos até ingressar na Universidade Católica Portuguesa, para fazer o Curso de Filosofia e Teologia durante 5 anos, mais um ano de pastoral, vulgo, estágio, completando a sua vida académica em 1995.
É padre da Diocese do Funchal. Foi ordenado presbítero a 11 de Abril de 1996. Após a sua ordenação sacerdotal fez parte da equipa responsável do Seminário Diocesano do Funchal, de 1996 a 1998.
Foi Pároco de Porto Santo de 1997 a 2000, onde deu aulas de Educação Moral e Religiosa. Em Outubro do ano 2000 foi nomeado Pároco de São José no Funchal e 2001 Pároco de São Roque do Funchal.
Após o período da paroquialidade e leccionação em Porto Santo, cursou na Universidade Pontifícia de Salamanca, um Máster em Comunicação Social. Esta formação suplementar permitiu-lhe uma participação muito activa em diversos órgãos de comunicação Social, nomeadamente Diário de Notícias do Funchal, o extinto Jornal da Madeira e no Posto Emissor do Funchal durante dois anos onde teve dois programas sob a sua responsabilidade.
Os três anos subsequentes a 2000 voltou a dar aulas na Escola da Apel de Educação Moral e Religião Católica.
Tem quatro livros publicados, dois de poemas, “Regresso ao Mar” (ano de 2003) e em Novembro de 2020, publicou o seu segundo livro de poesia: “Pedaços de Esperança”, sob a chancela das Edições Esgotadas.
Tem também um livro de crónicas de temáticas variadas que passam pela actualidade religiosa, política e social, publicadas nos jornais quotidianos do Funchal: “Crónicas do Fundo do Esquecimento” (Roma Editora, Dezembro de 2003).
Fez o prefácio para o livro Paróquia e Freguesia de São Roque do Funchal (Agosto de 2006).
No ano de 2013 lançou o livro “Para que serve acreditar? O que a fé não deve ser” (editora o Liberal, 2013), no âmbito do Ano da Fé e da celebração dos 500 anos da Diocese do Funchal que se celebrou no dia 12 de Junho de 2014.
Colaborou com um longo artigo sobre o Diálogo entre ciência e fé, para um livro de vários autores publicado sob a chancela da Imprensa Académica da Universidade da Madeira.
Tem uma participação no livro lançado em 2021, “A Condição de Ilhéu, Arquipélago da Madeira”, com a coordenação de Nelson Veríssimo e Catarina Duff Burnay, da Colecção Estudos e Documentos, Universidade Católica Portuguesa.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet