A Viagem Espírita

Quinta e última das obras clássicas da Codificação do Espiritismo, «A Génese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo», é um livro que, conhecido e estudado, proporciona uma oportunidade excecional de imersão em grandes temas de interesse universal, abordados de forma lógica, racional e reveladora. A obra divide-se em três partes: a primeira analisa a origem do planeta Terra, de forma coerente, fugindo às interpretações misteriosas e mágicas sobre a criação do mundo; a segunda aborda a questão dos milagres, explicando a natureza dos fluidos e os factos extraordinários contidos no Evangelho; a terceira aborda as predições do Evangelho, os sinais dos tempos e a geração nova, que marcará um novo tempo no mundo com a prática da justiça, da paz e da fraternidade.Ao revelar-nos o mundo invisível que nos cerca, no meio do qual vivíamos sem disso suspeitar, assim como as leis que o regem, as suas revelações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem após a morte, o espiritismo é uma verdadeira revelação na aceção científica da palavra.  

Os Princípios da Doutrina Espírita, segundo os ensinamentos de Espíritos superiores. As respostas dos Espíritos às perguntas de todos os homens.«Vós, que negais a existência dos Espíritos, preenchei o vácuo que eles ocupam. E vós, que vos rides deles, ousai rir-vos das obras de Deus e da Sua omnipotência.»O Livro dos Espíritos, publicado pela primeira vez em 1857, é o marco fundador do Espiritismo. Com perguntas feitas pelo autor e respostas dadas pelos Espíritos, este livro junta as vozes da Terra e do Céu, sendo o Guia Fundamental desta doutrina.

«É natural, entre os que se ocupam com o Espiritismo, o desejo de poderem pôr-se em comunicação com os Espíritos. Esta obra destina-se a facilitar-lhes o caminho?»Publicado pela primeira vez em 1861, O Livro dos Médiuns é o guia essencial para médiuns, evocadores e todos os que desejam comunicar com os Espíritos.Esta é a segunda obra da Doutrina e, enquanto complemento aos fundamentos teóricos contidos n'O Livro dos Espíritos, expõe toda a vertente prática do Espiritismo.

Um Código de Moral Universal, sem Distinção de Culto. «Esta obra é para uso de todos. Dela se podem extrair os meios para conformar com a moral de Cristo o respetivo proceder. As instruções que provêm dos Espíritos são verdadeiramente as que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.» O Evangelho Segundo o Espiritismo , publicado em 1864, é considerado a terceira obra da Doutrina Espírita fundada por Allan Kardec. Através das mensagens dos Espíritos superiores recebidas mediunicamente, este livro explica-nos o legado moral deixado por Jesus, tentando deste modo esclarecer muitos dos males que assombram a humanidade.

Os Princípios da Passagem da Vida Corporal à Vida Espiritual.«Todo o homem experimenta a necessidade de viver, de se divertir, de amar e ser feliz. Dizei ao moribundo que ele viverá ainda; que a sua hora ainda não chegou; dizei-lhe sobretudo que será mais feliz do que porventura tenha sido no passado, e o seu coração rejubilará.»O Céu e o Inferno, publicado pela primeira vez em 1865, é o quarto tomo fundamental do Espiritismo. Dividido em duas partes, «Doutrina» e «Exemplos», contém tanto a visão do autor acerca da vida eterna, explicando os conceitos bíblicos à luz do Espiritismo, como testemunhos narrados por espíritos das suas experiências para além da morte.  

A Origem do Espiritismo. «Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual. O Espiritismo e a Ciência completam-se reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, acha-se na impossibilidade de explicar certos fenómenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.» Publicado pela primeira vez em 1868, "A Génese" é o quinto tomo fundamental do Espiritismo. Dividido em três partes — a Génese, os Milagres, e as Predições —, aborda várias questões de ordem filosófica e científica, como a criação do Universo e dos mundos, ou o surgimento do Espírito. Nova edição revista, com melhor leitura.

Esta obra, refere-se às noções elementares do mundo invisível pelas manifestações dos espíritos e contém o resumo dos princípios da Doutrina Espírita e resposta às mais notórias objeções que podem ser apresentadas contra o Espiritismo. Allan Kardec ressalta que o Espiritismo é, ao mesmo tempo, ciência experimental e doutrina filosófica. Como ciência prática, tem a sua essência nas relações que se podem estabelecer com os espíritos. Como Filosofia, compreende todas as consequências morais decorrentes dessas relações. Concluindo, Allan Kardec menciona que o Espiritismo é uma ciência que trata da origem e destino dos Espíritos, bem como das suas relações com o mundo corporal. Em 1857 publica o Livro dos Espíritos e em 1859 a presente obra.

Com este livro, em 18 de abril de 1857, raiou para o mundo a era espírita. O Livro dos Espíritos é o código de uma nova fase da evolução humana e sobre ele se ergue todo um edifício: o da Doutrina Espírita. Ele é a pedra fundamental do Espiritismo, o seu marco inicial. “O Livro dos Espíritos” não é, porém, apenas, a pedra fundamental ou o marco inicial do Espiritismo. Porque é o seu próprio delineamento, o seu núcleo central e ao mesmo tempo o arcabouço geral da doutrina. Examinando-o, em relação às demais obras de Kardec, que completam a codificação espírita, verificamos que todas essas obras partem do seu conteúdo. Até a publicação desta obra, os problemas espirituais eram tratados de maneira empírica ou apenas imaginosa. Com ela, o espírito e os seus problemas saíram do terreno da abstração, para se tornarem acessíveis à pesquisa experimental. O sobrenatural tornou-se natural. Tudo se reduziu a uma questão de conhecimento das leis que regem o Universo. A obra agora editada, vê, ao fim de 160 anos, uma tradução do original Francês para português de Portugal, apresentando notas e comentários dos tradutores. Além de se tratar de uma nova e mais rigorosa tradução do original francês (sem preconceitos ou fins religiosos - o que nos leva, em algumas passagens, a sublinhar diferenças em relação às versões hoje mais correntes), os tradutores elevam o texto a uma condição literária que até hoje este nunca teve em português, incluindo notas que esclarecem e contextualizam o texto original. Nunca O Livro dos Espíritos foi tão belo na nossa língua.

Quando se fala em Espiritismo, o nome Allan Kardec, pseudónimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, é inultrapassável. Linguista de formação, nascido em 1803, desde cedo se dedicou à causa espírita. A fundação da  Revista Espírita e da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas é apenas um exemplo desta sua entrega. Allan Kardec viria a falecer em 1869, tendo deixado uma vasta obra publicada. Entre ela, poderão destacar-se os livros que constituem a codificação do Espiritismo- O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Génese. Nestas Obras Póstumas, que consistem na compilação de escritos de Allan Kardec levada a efeito depois da sua morte por colaboradores seus, são apresentados alguns dos documentos mais importantes para a compreensão do mundo moderno. Deles sobressai o cerne do pensamento de Allan Kardec, centrado sobre a fundamentação do Espiritismo enquanto verdadeira nova religião da Humanidade, de modo a contribuir para um mundo mais justo e solidário.

A oração é o grito de auxílio que o Homem, colocado num mundo em que tantas vezes é confrontado com a adversidade, dirige às entidades que julgam regê-lo. Verdadeiro sustentáculo da fé, funciona como ponte entre o humano e o divino, um elo de união entre o criador e a criatura, um canal aberto para melhor comunicar com Deus e Lhe dar a conhecer os nossos problemas. Mais do que uma simples reflexão ou uma afirmação de fé, a oração funciona como um verdadeiro pedido de ajuda. Acrescentando-se-lhe a fé necessária e a pureza das intenções nela depositada, são muitas as hipóteses de sermos ouvidos pelo criador. Para os espíritas, a oração não se limita a uma fórmula proferida ao poder divino apenas nos momentos de adversidade. Ela tem de ter a fé como base, tendo também de provir do coração. Como diria Allan Kardec, “pedi e obtereis”. Uma obra que não se limita aos adeptos do espiritismo, antes se adequando a todos aqueles que vêem na oração uma forma íntima e pura de entrar em contacto com Deus.