Antologia Poética - Miguel Torga
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Querido Leitor: Gostaria de conversar contigo alguns momentos no pórtico desta antologia. Para já, quero que saibas que hesitei muito antes de me decidir a organizá-la. Perguntava a mim mesmo se seria legítimo desirmanar cada um dos poemas que nela agora figuram dos outros com que emparelham em livros entendidos como unidades redondas. Temia, além disso, a precariedade do critério que os escolhesse. Nem sempre um autor é bom juiz em causa própria. [...] Mas como a minha vida é um extenso rol de perplexidades e nunca saí de nenhuma em perfeita paz de espírito, resolvi averbar à conta mais uma parcela e levar a empresa por diante. É que, contra todas as razões, seduzia-me a perspectiva de reviver o longo caminho órfico que iniciei às cegas, calcorreei a tactear e estou em vias de concluir de olhos abertos, no espanto de quem vê finalmente, a plena luz, a fundura dos abismos a que desceu.
Miguel Torga, pseudónimo literário de Adolfo Correia Rocha, nasceu em São Martinho de Anta, Trás-os-Montes, a 12 de Agosto de 1907, e faleceu em Coimbra, a 17 de Janeiro de 1995. Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, colaborou na revista Presença, e dirigiu as revistas Sinal e Manifesto. Em 1976 foi distinguido com o Grande Prémio Internacional de Poesia das Bienais Internacionais de Knokke-Heist, em 1980 com o Prémio Morgado de Mateus, em 1981 com o Prémio Montaigne (Alemanha), em 1989 com o Prémio Camões e em 1992 com os prémios Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e Figura do Ano da Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira, bem como o Prémio Écureuil de Literatura Estrangeira (Bordéus). A sua obra encontra-se traduzida em diversas línguas.
Ver por dentro:
| Editora | Dom Quixote |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Miguel Torga |
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Tales & More Tales From the MountainThese brief and telling stories of rustic life and love are set in the remote and barren Tras-os-Montes - "over the mountains" - region of North East Portugal. The author speaks of the men and women living there, complex in emotion and thought, and elusive and thrifty with words. -
Poesia Completa - Vol. IIEsta edição especial, cartonada, da sua obra poética completa, inclui também os poemas publicados nos Diários. -
Novos Contos Da Montanha«Na tua ideia, o que escrevo, como por exemplo estas histórias, é para te regalar e, se possível for, comover. Mas quero que saibas que ousei partir desse regalo e dessa comoção para te responsabilizar na salvação da casa que, por arder, te deslumbra os sentidos.» Miguel Torga -
Bichos«Querido leitor: São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecer ufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-te uma vez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, e eu sou instintivamente grato e correto [...]» Miguel Torga -
Diário - Volumes I a IVEste diário ( ) não é uma crónica dos meus dias, mas a parábola delesCoimbra, 3 de Agosto de 1970.O Diário de Torga, publicado originalmente em edição de autor, em 16 volumes, constituem o retrato de um homem, de um escritor e de um tempo.Publicados ininterruptamente entre 1941 e 1993, dão-nos uma apaixonante visão do país e da sociedade portuguesa da época, com todas as transformações que ao longo desse tempo a marcaram. -
Diário - Volumes V a VIII"Este diário (...) não é uma crónica dos meus dias, mas a parábola deles" Coimbra, 3 de Agosto de 1970. O Diário de Torga, publicado originalmente em edição de autor, em 16 volumes, constituem o retrato de um homem, de um escritor e de um tempo. Publicados ininterruptamente entre 1941 e 1993, dão-nos uma apaixonante visão do país e da sociedade portuguesa da época, com todas as transformações que ao longo desse tempo a marcaram. -
Diário - Volumes IX a XII"Este diário (...) não é uma crónica dos meus dias, mas a parábola deles" Coimbra, 3 de Agosto de 1970. Os Diários de Torga, publicados originalmente em edição de autor, em 16 volumes, constituem o retrato de um homem, de um escritor e de um tempo. Publicados ininterruptamente entre 1941 e 1993, dão-nos uma apaixonante visão do país e da sociedade portuguesa da época, com todas as transformações que ao longo desse tempo a marcaram. Miguel Torga na sua faceta mais intimista e reveladora -
Diário - Volumes XIII a XVI"Este diário (...) não é uma crónica dos meus dias, mas a parábola deles"Coimbra, 3 de Agosto de 1970.Os Diários de Torga, publicados originalmente em edição de autor, em 16 volumes, constituem o retrato de um homem, de um escritor e de um tempo. Publicados ininterruptamente entre 1941 e 1993, dão-nos uma apaixonante visão do país e da sociedade portuguesa da época, com todas as transformações que ao longo desse tempo a marcaram.Miguel Torga na sua faceta mais intimista e reveladora -
VindimaO primeiro romance de Miguel Torga é uma homenagem ao Douro, às suas gentes e às suas paisagens. Um livro para todos os que amam esta extraordinária região.«Cingido à realidade humana do momento, romanceei um Doiro atribulado, de classes, injustiças, suor e miséria. E esse Doiro, felizmente, está em vias de mudar. Não tanto como o querem fazer acreditar certas más consciências, mas, enfim, em muitos aspectos, é sensivelmente diferente do que descrevi. Desapareceram os patrões tirânicos, as cardenhas degradantes, os salários de fome. As rogas descem da Montanha de camioneta, a alimentação melhorou, o trabalho é menos duro. Também o rio já não tem cachões, afogados em albufeiras de calmaria.E, contudo, julgo sinceramente que não cansarás ingloriamente os olhos na contemplação do painel que pintei.» Miguel Torga, 1988 -
Grape HarvestO primeiro romance de Miguel Torga é uma homenagem ao Douro, às suas gentes e às suas paisagens. Um livro para todos os que amam esta extraordinária região. «Cingido à realidade humana do momento, romanceei um Doiro atribulado, de classes, injustiças, suor e miséria. E esse Doiro, felizmente, está em vias de mudar. Não tanto como o querem fazer acreditar certas más consciências, mas, enfim, em muitos aspectos, é sensivelmente diferente do que descrevi. Desapareceram os patrões tirânicos, as cardenhas degradantes, os salários de fome. As rogas descem da Montanha de camioneta, a alimentação melhorou, o trabalho é menos duro. Também o rio já não tem cachões, afogados em albufeiras de calmaria. E, contudo, julgo sinceramente que não cansarás ingloriamente os olhos na contemplação do painel que pintei.» Miguel Torga, 1988