«Caro Professor Germain» - Cartas e Excertos
Neste volume, reúnem-se pela primeira vez as cartas que Albert Camus e o seu professor primário, Louis Germain, trocaram ao longo dos anos, repletas de carinho e admiração mútuos. Junta-se ainda o texto «A escola», excerto de O Primeiro Homem, romance inacabado de Camus, onde Germain é transmutado em Bernard. «Caro Professor Germain» é um livro de homenagem à relação entre aluno e professor.
| Editora | Livros do Brasil |
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| Editora | Livros do Brasil |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Albert Camus |
Albert Camus nasceu em Mondovi, na Argélia, a 7 de novembro de 1913. Licenciado em Filosofia, participou na Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial e foi então um dos fundadores do jornal de esquerda Combat. Em 1957 foi consagrado com o Prémio Nobel da Literatura pelo conjunto de uma obra que o afirmou como um dos grandes pensadores do século XX. Dos seus títulos ensaísticos destacam-se O Mito de Sísifo (1942) e O Homem Revoltado (1951); na ficção, são incontornáveis O Estrangeiro (1942), A Peste (1947) e A Queda (1956). A 4 de janeiro de 1960, Camus morreu num acidente de viação perto de Sens. Na sua mala levava inacabado o manuscrito de O Primeiro Homem, texto autobiográfico que viria a ser publicado em 1994.
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O EstrangeiroMeursault recebe um telegrama: a mãe morreu. De regresso a casa após o funeral, enceta amizade com um vizinho de práticas duvidosas, reencontra uma antiga colega de trabalho com quem se envolve, vai à praia até que ocorre um homicídio. Romance estranho, desconcertante sob uma aparente singeleza estilística, em O Estrangeiro joga-se o destino de um homem perante o absurdo e questiona-se o sentido da existência. Publicado originalmente em 1942, este primeiro romance de Albert Camus foi traduzido em mais de quarenta línguas e adaptado para o cinema por Luchino Visconti em 1967, sendo indubitavelmente uma das obras-primas da literatura francesa do século xx. Esta edição, revista de acordo com o texto fixado peplo autor, conta com prefácio de António Mega Ferreira. -
A QuedaNum bar de marinheiros em Amsterdão, um homem que se apresenta como juiz-penitente enceta conversa com um desconhecido. Entre copos de genebra e deambulações pelas ruas daquela cidade de canais concêntricos, a fazer lembrar os círculos do inferno, recorda a sua vida passada como respeitável advogado parisiense, insuperável na defesa de causas nobres e nas conquistas amorosas. Mas à medida que a confissão se desenrola as ambiguidades acumulam-se, os motivos ocultos revelam-se, os triunfos desabam. Narrativa mordaz, de uma ironia brilhante, A Queda descreve uma viagem de decadência até às mais obscuras infâmias do homem moderno. Publicado pela primeira vez em 1956, foi o último livro de ficção lançado em vida por Albert Camus. -
A PesteNa manhã de um dia 16 de abril dos anos de 1940, o doutor Bernard Rieux sai do seu consultório e tropeça num rato morto. Este é o primeiro sinal de uma epidemia de peste que em breve toma conta de toda a cidade de Orão, na Argélia. Sujeita a quarentena, esta tornase um território irrespirável e os seus habitantes são conduzidos até estados de sofrimento, de loucura, mas também de compaixão de proporções desmedidas. Uma história arrebatadora sobre o horror, a sobrevivência e a resiliência do ser humano, A Peste é uma parábola de ressonância intemporal, um romance magistralmente construído, que, publicado originalmente em 1947, consagrou em definitivo Albert Camus como um dos autores fundamentais da literatura moderna. -
O Mito de SísifoUm homem carrega uma pedra enorme até ao cimo de uma montanha, com grande esforço e sofrimento físico. Aí chegado, deixa que a pedra se solte das mãos e role pela encosta abaixo. E novamente todo o processo se inicia, repetindo-se por toda a eternidade. Não há castigo mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança, terão pensado os deuses que assim condenaram Sísifo.Publicado pela primeira vez em 1942, O Mito de Sísifo é considerado um dos mais influentes ensaios do século xx, uma exposição pungente do pensamento existencialista, peça central na filosofia do absurdo de Albert Camus. A tradução é de Urbano Tavares Rodrigues. -
O Primeiro HomemO manuscrito por terminar de O Primeiro Homem foi descoberto nos destroços do acidente de automóvel que vitimou Albert Camus, em 1960. Embora tenha permanecido inédito durante mais de trinta anos, tornou-se um bestseller imediato quando finalmente foi publicado em 1994. O «primeiro homem» é Jacques Cormery, um rapaz que vive uma vida sem igual. O escritor francês, Nobel da Literatura em 1957, convoca o panorama, os sons e as texturas de uma infância circunscrita pela pobreza e pela morte de um pai, mas redimida pela beleza austera de Argel, pelo amor que Jacques tem à mãe e à avó, e por um professor que transformará a sua visão do mundo. O mais autobiográfico de todos os romances de Camus – que lhe chamou o seu Guerra e Paz e é ele próprio Jacques Cormery – oferece ao leitor um olhar singular sobre a vida do autor e sobre os temas poderosos transversais a toda a sua escrita: a consumação brilhante da vida e obra de um dos maiores romancistas do século XX. -
A Morte FelizEscrito quando o autor tinha vinte e poucos anos, mas apenas revelado após a sua morte, em 1971, o texto de A Morte Feliz é, em certa medida, a base a partir da qual se construiu a obra maior de Albert Camus, O Estrangeiro. Esta é a história de Patrice Mersault, um operário franco-argelino, cujos passos acompanhamos até à casa da sua vítima e daí, em fuga, pelo exílio que impôs a si mesmo. O mar, o sol, as mulheres, a busca pela felicidade e a aceitação da morte constituem linhas-mestras neste texto que é um estudo sobre a luta do ser contra os grilhões da sua existência, mas também uma espantosa janela sobre a imaginação de um jovem autor, que se viria a revelar um dos maiores da literatura mundial do século XX. -
O Exílio e o ReinoO Exílio e o Reino é um conjunto de seis histórias de Albert Camus que decorrem em cenários tão distintos quanto a Europa, o Brasil e África. Um só tema, no entanto, as percorre a todas: o exílio, aqui abordado desde o monólogo interior até à descrição realista. «O Reino, por sua vez, que também é referido no título», explica Camus, «coincide com uma certa vida livre e despojada que teremos de reencontrar, para podermos enfim renascer. O Exílio, de certo modo, mostra-nos as vias de acesso a essa outra vida, desde que saibamos nele recusar ao mesmo tempo a servidão e a posse.» Publicado originalmente em 1957, poucos meses antes de Camus receber o Prémio Nobel da Literatura, este volume foi a última obra literária lançada em vida pelo autor. -
O Homem RevoltadoEscrito por um dos mais influentes pensadores do século xx, O Homem Revoltado é um ensaio em torno de dois conceitos-chave na obra de Albert Camus: o absurdo e a revolta. O impulso para a revolução é, para Camus, uma das dimensões essenciais do ser humano, expressa não só a nível individual, na constante luta do homem com a sua existência, mas também coletivo, nas sucessivas rebeliões populares contra a ordem instituída. Contudo, e pondo-se do lado da liberdade humana e da defesa da dignidade, o autor faz um apelo à reflexão – sobre as consequências da revolta, sobre os riscos da tirania, sobre as lições que se impõem no pós-Segunda Guerra Mundial. Eloquente, apaixonado, polémico, este texto abalou o panorama cultural francês assim que foi revelado em 1951 e, duramente criticado por Jean-Paul Sartre, acabaria com a amizade entre os dois autores. -
The OutsiderAlbert Camus' portrayal of a man confronting the absurdity of human life became a classic. Yet it is also a book filled with quiet joy in the physical world, and this new translation sensitively renders the subtleties and dreamlike atmosphere of The Outsider.'My mother died today. Or maybe yesterday, I don't know.'In The Outsider (1942), his classic existentialist novel, Camus explores the alienation of an individual who refuses to conform to social norms. Meursault, his anti-hero, will not lie. When his mother dies, he refuses to show his emotions simply to satisfy the expectations of others. And when he commits a random act of violence on a sun-drenched beach near Algiers, his lack of remorse compounds his guilt in the eyes of society and the law. Yet he is as much a victim as a criminal.Albert Camus' portrayal of a man confronting the absurd, and revolting against the injustice of society, depicts the paradox of man's joy in life when faced with the 'tender indifference' of the world.Sandra Smith's translation, based on close listening to a recording of Camus reading his work aloud on French radio in 1954, sensitively renders the subtleties and dream-like atmosphere of L'Étranger.Albert Camus (1913-1960), French novelist, essayist and playwright, is one of the most influential thinkers of the 20th century. His most famous works include The Myth of Sisyphus (1942), The Plague (1947), The Just (1949), The Rebel (1951) and The Fall (1956). He was awarded the Nobel Prize for Literature in 1957, and his last novel, The First Man, unfinished at the time of his death, appeared in print for the first time in 1994, and was published in English soon after by Hamish Hamilton.Sandra Smith was born and raised in New York City and is a Fellow of Robinson College, University of Cambridge, where she teaches French Literature and Language. She has won the French American Foundation Florence Gould Foundation Translation Prize, as well as the PEN Book-of-the-Month Club Translation Prize. -
Myth Of SisyphusThroughout history, some books have changed the world. They have transformed the way we see ourselves - and each other. They have inspired debate, dissent, war and revolution. They have enlightened, outraged, provoked and comforted. They have enriched lives - and destroyed them. Now Penguin brings you the works of the great thinkers, pioneers, radicals and visionaries whose ideas shook civilization and helped make us who we are. Inspired by the myth of a man condemned to ceaselessly push a rock up a mountain and watch it roll back to the valley below, The Myth of Sisyphus transformed twentieth-century philosophy with its impassioned argument for the value of life in a world without religious meaning.
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».