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Um bom conto – segundo Hemingway – deve ser como um icebergue: o que se vê é sempre menos do que aquilo que se mantém oculto debaixo de água e que é o que dá densidade, mistério, força e significado ao que flutua à superfície. Os contos deste livro cumprem cabalmente esta premissa.

Na primeira coletânea de narrativas curtas de Roberto Bolaño, Sensini, um velho escritor sul-americano exilado, ensina outro escritor mais jovem, também expatriado, os meandros dos prémios literários da província; Arturo Belano, com dezasseis anos, falta às aulas para ir ao cinema e às livrarias e passar as tardes na rua com um misterioso mexicano do Norte, sempre armado; Rogelio Estrada, filho de um comunista chileno, conta a sua vida ligada à máfia russa, em Moscovo; William Burnes, um pacato cidadão norte- -americano que protege duas mulheres do que elas chamam «o assassino», vê-se envolvido num «assassínio errado»; Joanna Silvestri, antiga diva do cinema porno, conta o reencontro amoroso com o seu antigo parceiro, Jack Holmes. Estas e outras histórias remetem para outros romances, outros escritores, outras personagens do universo ficcional de Bolaño – um complexo e fascinante organismo vivo, em permanente expansão.

«Um escritor que inventou novas formas literárias – e uma voz muito independente e crítica.»

Mario Vargas Llosa

«Desde Gabriel García Márquez que nenhum autor latino-americano tinha redesenhado o mapa da literatura mundial de forma tão marcante como Roberto Bolaño.»

The Washington Post

«Um dos autores mais influentes e respeitados da sua geração. Ao mesmo tempo divertido e, de certo modo, intensamente aterrador.»

John Banville


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Autores Roberto Bolaño
Roberto Bolaño

Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile, filho de pai camionista e de mãe professora. A sua infância foi vivida em várias cidades chilenas (Valparaíso, Quilpué, Viña del Mar ou Cauquenes) e a passagem pela escola atormentada pela dislexia. Aos quinze anos a família mudou-se para a Cidade do México. Durante a adolescência leu vorazmente, escreveu poesia - e abandonou os estudos para regressar ao Chile poucos dias antes do golpe que depôs Salvador Allende. Ligado a um grupo trotsquista, foi preso pelos militares e libertado algum tempo depois. De volta ao México, fundou com amigos o Infrarrealismo, um movimento literário punk-surrealista, que consistia na «provocação e no apelo às armas» contra o establishment das letras latino-americanas e suas figuras de proa, de Octavio Paz a García Márquez. Nos anos setenta, Bolaño vagabundeou pela Europa - lavou pratos em restaurantes, trabalhou nas vindimas ou como guarda-nocturno de parques de campismo -, após o que se instalou em Espanha, na Costa Brava, com a mulher e os dois filhos. Aí, dedicou os últimos dez anos da sua vida à escrita. Fê-lo febrilmente, com urgência, até à morte (em Barcelona, em Julho de 2003), aos cinquenta anos.
A sua herança literária é de uma grandeza ímpar, sendo considerado o mais importante escritor latino-americano da sua geração - e da actualidade. Entre outros prémios, como o Rómulo Gallegos ou o Herralde, Roberto Bolaño já não pôde receber o prestigiado National Book Critics Circle Award, o da Fundación Lara, o Salambó, o Ciudad de Barcelona, o Santiago de Chile ou o Altazor, atribuídos a 2666, unanimemente considerado o maior fenómeno literário da última década.

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