Cinema e Povo - Representações da Cultura Popular no Cinema Português
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Nos anos 1960 e 1970, os realizadores percorreram Portugal em busca da autenticidade de um país rural, à laia de «camponeses do cinema», como dizia António Reis. Este livro trata o cinema documentário e ficcional de vocação etnográfica na sua ligação com a representação da cultura popular de matriz rural e a identidade nacional. Pretende tornar visível este cinema quer na história da etnologia portuguesa, quer na história do cinema português. A obra releva a questão da fixação por este cinema dos conceitos de ruralidade, pastoralismo, tradição, raízes e autenticidade, partindo desta filmografia enquanto produtora de um discurso de objectificação da cultura popular portuguesa e de uma ideia do país, ou da memória do país, cuja homogeneidade vai questionar. O livro trata os usos da imagem a partir de várias modalidades identificadas: o arquivo etnográfico, o documentário etnográfico, a imaginação ou poética de inspiração etnográfica e, finalmente, o cinema revolucionário e o discurso ideológico. Comum a todos eles é o facto de redundarem num cinema que se imagina próximo do povo que é filmado por razões que oscilam entre a produção e recolha de informação científica e as motivações românticas ou políticas.
| Editora | Edições 70 |
|---|---|
| Coleção | Arte & Comunicação |
| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Catarina Alves Costa |
Catarina Alves Costa
É professora, antropóloga e documentarista. Estudou Antropologia Social, fez o Mestrado em Antropologia Visual na Universidade de Manchester e o Doutoramento na Universidade Nova de Lisboa. Entre 1994 e 2000 trabalhou no Museu Nacional de Etnologia. É Professora Auxiliar da Universidade Nova de Lisboa e Coordenadora do Mestrado em Antropologia - Culturas Visuais. Em 2000 fundou, com Catarina Mourão, a produtora Laranja Azul. Recebeu vários prémios internacionais pelo seu trabalho como realizadora.
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