Confissão
Confrontado com a crise existencial que o acompanhou durante grande parte da vida, Tolstói, cuja escrita é imortalizada com Guerra e Paz e Ana Karenina, refugiou-se na escrita produzindo este testemunho premente sobre a sua infância, fé, filosofia e posição social. Em Confissão, uma súmula do pensamento de Tolstói, o leitor pode conhecer os conflitos do homem e a arte do escritor.
Mais uma obra editada pela Alêtheia Editores, no âmbito da colecção de clássicos da literatura mundial, inaugurada com a publicação de Coração de Cão, de Mikhail Bulgakov, e que conta também com Cartas de Inglaterra, de Eça de Queirós.
Excerto
«Na minha busca por respostas às questões da vida senti o mesmo que um homem perdido numa floresta.»
«Eu mesmo não sabia o que pretendia: temia a vida, desejava fugir-lhe, e no entanto ainda ambicionava algo dela.»
| Editora | Alêtheia |
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| Categorias | |
| Editora | Alêtheia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Lev Tolstói |
Também conhecido como Léon Tolstói ou Lev Nikoláievich Tolstói (9 de setembro de 1828 - 20 de novembro de 1910) foi um escritor russo muito influente na literatura e política do seu país.
Junto a Fiódor Dostoievski, Tolstói foi um dos grandes da literatura russa do século XIX. As suas obras mais famosas são Guerra e Paz e Anna Karenina.
Membro da nobreza, entre 1852 e 1856 realizou três obras autobiográficas: Meninice, Adolescência e Juventude.
Tolstói serviu no exército durante as guerras do Cáucaso e durante a Guerra de Criméa como tenente. Esta experiência convertê-lo-ia em pacifista.
Associado à corrente realista, tentou reflectir fielmente a sociedade em que vivia.
Cossacos (1863) descreve a vida deste povo.
Anna Karenina (1867) conta as histórias paralelas de uma mulher presa nas convenções sociais e um proprietário de terras filósofo (reflexo do próprio Tolstói), que tenta melhorar as vidas de seus servos.
Guerra e Paz é uma monumental obra, onde Tolstói descreve dezenas de diferentes personagens durante a invasão napoleônica de 1812, na qual os russos pegaram fogo a Moscovo.
Tolstói teve uma importante influência no desenvolvimento do pensamento anarquista, concretamente, considera-se que era um cristão libertário. O príncipe Kropotkin lhe citou no artigo Anarquismo da Enciclopédia Britânica de 1911.
Nos seus últimos anos depois de várias crises espirituais converteu-se numa pessoa profundamente religiosa, criticando as instituições eclesiásticas em Ressurreição, o que provocou a sua excomunhão.
Tolstói tentou renunciar as suas propriedades em favor dos pobres, mas a sua família impediu-o. Tentando fugir da sua casa morreu na estação ferroviária de Astapovo.
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A Morte De Ivan Ilitch«Este livro tão breve, uma das maiores obras-primas do espírito humano, tem sido, desde a sua publicação, um motivo de controvérsia para a crítica: trata-se de uma obra sobre a morte ou de uma obra que nega a morte?»António Lobo Antunes -
Guerra e Paz - Livro IUnanimemente se reconhece em Guerra e Paz a maior obra da literatura russa e uma das maiores da literatura europeia do século XIX. Escrita entre 1865 e 1869, esta novela épica descreve a história de cinco famílias contra a invasão da Rússia pelas tropas Napoleónicas. Tolstói criou 580 personagens, algumas históricas, outras ficcionadas, sendo uma das criações literárias mais extensas da história da literatura. O enredo alterna entre a história de família e os quartéis generais de Napoleão estendendo-se aos campos de batalha Austerlitz e Borodino. Num cenário de campanha militar, batalhas titânicas, religião, amor, ódio e traição, Tolstói questiona-se quanto à predestinação da vida fazendo um duro julgamento à figura de Napoleão. A essência do ser e o sentido da vida são temáticas privilegiadas na sua obra pregando o pacifismo teológico no final da vida. Fica a memória de uma obra difícil de esquecer, um livro recomendado a todos os adoradores de História e pessoas que desejem conhecer com alguma profundidade a cultura russa da época. -
Guerra e Paz - Livro IIUnanimemente se reconhece em Guerra e Paz a maior obra da literatura russa e uma das maiores da literatura europeia do século XIX. Escrita entre 1865 e 1869, esta novela épica descreve a história de cinco famílias contra a invasão da Rússia pelas tropas Napoleónicas. Tolstói criou 580 personagens, algumas históricas, outras ficcionadas, sendo uma das criações literárias mais extensas da história da literatura. O enredo alterna entre a história de família e os quartéis generais de Napoleão estendendo-se aos campos de batalha Austerlitz e Borodino. Num cenário de campanha militar, batalhas titânicas, religião, amor, ódio e traição, Tolstói questiona-se quanto à predestinação da vida fazendo um duro julgamento à figura de Napoleão. A essência do ser e o sentido da vida são temáticas privilegiadas na sua obra pregando o pacifismo teológico no final da vida. Fica a memória de uma obra difícil de esquecer, um livro recomendado a todos os adoradores de História e pessoas que desejem conhecer com alguma profundidade a cultura russa da época. -
Guerra e Paz - Livro IIIUnanimemente se reconhece em Guerra e Paz a maior obra da literatura russa e uma das maiores da literatura europeia do século XIX. Escrita entre 1865 e 1869, esta novela épica descreve a história de cinco famílias contra a invasão da Rússia pelas tropas Napoleónicas. Tolstói criou 580 personagens, algumas históricas, outras ficcionadas, sendo uma das criações literárias mais extensas da história da literatura. O enredo alterna entre a história de família e os quartéis generais de Napoleão estendendo-se aos campos de batalha Austerlitz e Borodino. Num cenário de campanha militar, batalhas titânicas, religião, amor, ódio e traição, Tolstói questiona-se quanto à predestinação da vida fazendo um duro julgamento à figura de Napoleão. A essência do ser e o sentido da vida são temáticas privilegiadas na sua obra pregando o pacifismo teológico no final da vida. Fica a memória de uma obra difícil de esquecer, um livro recomendado a todos os adoradores de História e pessoas que desejem conhecer com alguma profundidade a cultura russa da época. -
Guerra e Paz - Livro IVUnanimemente se reconhece em Guerra e Paz a maior obra da literatura russa e uma das maiores da literatura europeia do século XIX. Escrita entre 1865 e 1869, esta novela épica descreve a história de cinco famílias contra a invasão da Rússia pelas tropas Napoleónicas. Tolstói criou 580 personagens, algumas históricas, outras ficcionadas, sendo uma das criações literárias mais extensas da história da literatura. O enredo alterna entre a história de família e os quartéis generais de Napoleão estendendo-se aos campos de batalha Austerlitz e Borodino. Num cenário de campanha militar, batalhas titânicas, religião, amor, ódio e traição, Tolstói questiona-se quanto à predestinação da vida fazendo um duro julgamento à figura de Napoleão. A essência do ser e o sentido da vida são temáticas privilegiadas na sua obra pregando o pacifismo teológico no final da vida. Fica a memória de uma obra difícil de esquecer, um livro recomendado a todos os adoradores de História e pessoas que desejem conhecer com alguma profundidade a cultura russa da época. -
A Sonata de KreutzerA Sonata de Kreutzer, escrita em 1889 é, com A Morte de Ivan Ilitch, uma das mais importante novelas de Tolstói.«A Sonata de Kreutzer é uma obra-prima de estética magnificamente realizada que nos ensina a desprezar essa mestria e esse conseguimento: é essa a sua enganadora estratégia.» - Gary Saul Morson«Misteriosa, a proximidade de Tolstói com o leitor é de todo desconcertante em A Sonata de Kreutzer.» - Harold Bloom«Quando [Tolstói] voltou de novo à arte da novela, a sua imaginação tinha adquirido o obscuro fervor da sua filosofia. A Morte de Ivan Ilitch e A Sonata de Kreutzer são obras-primas, mas obras-primas de um género singular; a sua terrível intensidade não resulta da predominância da visão imaginativa, mas da sua concentração; possuem, como as figuras reduzidas das pinturas de Bosch, violentas energias comprimidas.» - George Steiner -
A Morte de Ivan Iliitch«(...) esta é realmente a história não da Morte de Ivan mas da Vida de Ivan. A morte física descrita na história é parte da Vida mortal, é apenas a última fase da mortalidade. De acordo com Tolstói, o homem mortal, o homem pessoal, o homem individual, o homem físico, vai pelo seu caminho físico para o caixote do lixo da natureza; de acordo com Tolstói, o homem espiritual regressa à região sem nuvens do amor divino universal, um lugar de felicidade neutra tão caro aos místicos orientais. A fórmula tolstoiana é: Ivan viveu uma vida má e visto que uma vida má é apenas a morte da vida, este viveu uma morte viva.»Do Posfácio -
O Que é a Arte?De um autor enorme, conhecido sobretudo como romancista, esta é uma obra influente de reflexão sobre a natureza da arte, intelectualmente provocadora e destemida, só ao alcance de alguém com a coragem e a honestidade intelectual de Tolstói. Um conjunto de reflexões que não perdeu actualidade, pois o debate permanece aceso: afinal, o que pode ser considerado arte? As obras de, por exemplo, Damien Hirst serão arte? Quem as rotula como tal? Com que fundamento? Tolstói faz estas mesmas perguntas, e responde-lhes, relativamente aos artistas seus contemporâneos. -
Khadji-MuratPlano Nacional de Leitura.Livro recomendado para a Formação de Adultos como sugestão de leitura.Publicada postumamente em 1912, Khadji-Murat é a última obra de grande fôlego de Tolstoi. Uma história de luta e vingança. A história trágica e sublime do chefe guerreiro que decide abandonar os seus companheiros, que combatem obstinadamente contra a tirania do czar e, para reivindicar a sua própria liberdade, se alia ao inimigo russo. No seu estilo inconfundível, Tolstoi descreve os lugares e as paisagens do Cáucaso, um mundo inocente e, ao mesmo tempo, violento, que o escritor conhecera na juventude Uma obra que captou a imaginação de gerações de leitores e que não perdeu a sua actualidade, fazendo ainda luz sobre a cruel história contemporânea daquelas conturbadas regiões. -
O Diabo e Outros ContosReúnem-se aqui seis dos melhores contos de Tolstói. Os dois primeiros são sombrias parábolas sobre as tentações carnais. Em «O Diabo» (1889-90), um jovem não consegue resistir a uma bela camponesa com quem tivera um caso antes de se casar. Por sua vez, «O Padre Sérgui» retrata a vida de um soldado que, para resistir às tentações, se torna monge e, mais tarde, pedinte. Dos restantes contos, destaca-se «Depois do Baile» que é, nas palavras de George Steiner, um «conto formidável», um «exemplo em que a técnica e a metafísica se tornaram inseparáveis», pois no «vocabulário de Tolstói, um baile tem ressonâncias ambíguas, é ao mesmo tempo uma ocasião de graça e elegância e um símbolo de consumada artificialidade».
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».