Democracia Liberal - A Política, o Justo e o Bem
“Este é um livro notável, cuja importância seria difícil exagerar. Apresenta-se como umconjunto de ensaios, mas possui uma coerência interna que não escapará ao leitor. Essacoerência é rara entre nós, e não é frequente entre os politólogos contemporâneos. Exprimeuma atitude política, ou um olhar sobre o fenómeno político, que escasseia na atual atmosferaintelectual. E, no entanto, essa atitude está entre as fundadoras das democracias liberais emque vivemos, ou que herdámos dos nossos antepassados. Talvez por isso mesmo, por serfundadora, seja hoje quase esquecida. Mas o esquecimento das fundações e dos fundadores éum risco para a democracia liberal.”
João Carlos Espada in Prefácio
| Editora | Almedina |
|---|---|
| Coleção | Fora de Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Pedro Rosa Ferro |
Pedro Rosa Ferro é licenciado em Economia, pós-graduado em Economia Europeia, Executive MBA e Doutor em Ciência Política. Exerceu funções de direção no sector financeiro. Atualmente, é professor na AESE-Escola de Direção e Negócios (Lisboa), Diretor do Programa de Alta Direção de Empresas (PADE), na mesma instituição, e Professor Convidado no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa.
-
É Possível Aprender a Dirigir? - Lições da Literatura e da História sobre o Governo das OrganizaçõesEste livro versa sobre aspectos essenciais do governo das organizações, inspirado em casos da literatura e da história do Ocidente. Subjacente à perspectiva aqui adoptada há uma dupla ideia de fundo. Em primeiro lugar, uma ideia de algum modo idealista: a educação, formação ou desenvolvimento pessoal não dispensam a experiência, o contacto com a grandeza. E, como reverso, uma ideia realista sobre a natureza do homem, que concita uma certa humildade pessoal e a disponibilidade para aceitar a imperfeição humana. Esses casos servem como janela e como espelho (ainda que um espelho especial, radiográfico, desmascarador, revelador). Abrem horizontes e exploram o vasto e contraditório mundo da condição humana. E, ao mesmo tempo, convidam a olhar para dentro de si. Pedro Rosa Ferro in Apresentação -
Virtude Política - Uma Análise das Qualidades e Talentos dos GovernantesEste livro debruça-se sobre a relevância, a natureza e a emergência da virtude política pessoal. Primeiro, analisa a relevância da pessoa do político e as qualidades dos governantes, enfrentando os adversários presumíveis dessa importância: a regência impessoal da lei, a preponderância da forma do regime, a prioridade do poder legal e formal sobre o poder pessoal, a suficiência dos mecanismos institucionais, o império da necessidade, a substituição do conceito de virtude pelo de interesse próprio utilitário e o advento da «ciência política». Depois, debruça-se sobre a natureza e conteúdo da virtude política. Detém-se na peculiaridade e eventual carácter de exceção face à do homem comum; no carácter eminentemente prudencial da profissão política, frente às pretensões filosóficas, científicas ou técnicas; na centralidade da coragem política, em articulação com a questão do género (masculino ou feminino) dessa qualidade; e, por último, na problemática do carisma e da grandeza política.Trata-se de matéria vasta e suscetível de múltiplas aproximações; o autor circunscreveu-a a partir da obra de Harvey Mansfield (por razões que veremos mais à frente), filósofo político contemporâneo que dedicou ao príncipe parte significativa da sua reflexão política, na academia e no espaço público -
É Possível Aprender a Dirigir? Lições da Literatura e da História sobre o Governo das OrganizaçõesEste livro versa sobre aspectos essenciais do governo das organizações, inspirado em casos da literatura e da história do Ocidente. Subjacente à perspectiva aqui adoptada há uma dupla ideia de fundo. Em primeiro lugar, uma ideia de algum modo idealista: a educação, formação ou desenvolvimento pessoal não dispensam a experiência, o contacto com a grandeza. E, como reverso, uma ideia realista sobre a natureza do homem, que concita uma certa humildade pessoal e a disponibilidade para aceitar a imperfeição humana. Esses casos servem como janela e como espelho (ainda que um espelho especial, radiográfico, desmascarador, revelador). Abrem horizontes e exploram o vasto e contraditório mundo da condição humana. E, ao mesmo tempo, convidam a olhar para dentro de si. Pedro Rosa Ferro in Apresentação VER POR DENTRO Ver página inteira -
Virtude Política - Uma Análise das Qualidades e Talentos dos GovernantesEste livro debruça-se sobre a relevância, a natureza e a emergência da virtude política pessoal. Primeiro, analisa a relevância da pessoa do político e as qualidades dos governantes, enfrentando os adversários presumíveis dessa importância: a regência impessoal da lei, a preponderância da forma do regime, a prioridade do poder legal e formal sobre o poder pessoal, a suficiência dos mecanismos institucionais, o império da necessidade, a substituição do conceito de virtude pelo de interesse próprio utilitário e o advento da «ciência política». Depois, debruça-se sobre a natureza e conteúdo da virtude política. Detém-se na peculiaridade e eventual carácter de exceção face à do homem comum; no carácter eminentemente prudencial da profissão política, frente às pretensões filosóficas, científicas ou técnicas; na centralidade da coragem política, em articulação com a questão do género (masculino ou feminino) dessa qualidade; e, por último, na problemática do carisma e da grandeza política.Trata-se de matéria vasta e suscetível de múltiplas aproximações; o autor circunscreveu-a a partir da obra de Harvey Mansfield (por razões que veremos mais à frente), filósofo político contemporâneo que dedicou ao príncipe parte significativa da sua reflexão política, na academia e no espaço público VER POR DENTRO Ver página inteira -
Política, Ciência e ConsciênciaNa base de qualquer visão e prática políticas está sempre uma ideia ou teoria sobre a pessoa humana: sobre a sua dignidade, razão e liberdade e, de algum modo, sobre os seus fins e o seu bem, que são o alicerce último dos seus direitos e dos seus deveres. Dessas questões primeiras dependem todas as outras. Nos ensaios agora coligidos, procurei discutir e sondar, de modo impressionista, a inter-relação problemática entre esses estratos pré-políticos e os problemas propriamente políticos. De qualquer modo, poderei adiantar a minha convicção de que um conceito de democracia liberal neutro, moralmente "incolor, inodoro e insípido", não é sustentável e - se não for animado por uma antropologia razoável - tende a ser preenchido por algo negro, fedorento e amargo. -
Política, Ciência e ConsciênciaNa base de qualquer visão e prática políticas está sempre uma ideia ou teoria sobre a pessoa humana: sobre a sua dignidade, razão e liberdade e, de algum modo, sobre os seus fins e o seu bem, que são o alicerce último dos seus direitos e dos seus deveres. Dessas questões primeiras dependem todas as outras. Nos ensaios agora coligidos, procurei discutir e sondar, de modo impressionista, a inter-relação problemática entre esses estratos pré-políticos e os problemas propriamente políticos. De qualquer modo, poderei adiantar a minha convicção de que um conceito de democracia liberal neutro, moralmente "incolor, inodoro e insípido", não é sustentável e - se não for animado por uma antropologia razoável - tende a ser preenchido por algo negro, fedorento e amargo. -
Caminhar sobre a Água - Fé, Razão e PolíticaPedro Rosa Ferro apresenta neste livro uma reflexão sobre os actuais problemas do demoliberalismo, nas suas dimensões política, económica e cultural. A obra começa com uma abordagem às «Mazelas e sequelas políticas do Coronavírus», em termos que vão proporcionar o seu roteiro e fio condutor: indaga a «virtude governativa», em sentido lato, da classe política; critica a necessidade e operacionalidade de um salto para «novos paradigmas» institucionais (incluindo um novo sistema global de gestão política e social do planeta); discute o confronto entre o liberalismo clássico, o liberalismo vanguardista iliberal contemporâneo e o democratismo populista iliberal; e sonda a possibilidade de discernir valores morais objetivos, capazes de unir os seres humanos e de lhes proporcionar paz, liberdade e condições para uma vida plena; bem como as contradições de uma sociedade e de uma «política sem Deus», ou mesmo contra Ele. -
Caminhar sobre a Água - Fé, razão e políticaPedro Rosa Ferro apresenta uma reflexão sobre os atuais problemas do demoliberalismo, nas suas dimensões política, económica e cultural.Entre outros temas, o autor indaga a «virtude governativa», em sentido lato, da classe política, critica a necessidade e operacionalidade de um salto para «novos paradigmas» institucionais, discute o confronto entre o liberalismo clássico, o liberalismo vanguardista iliberal contemporâneo e o democratismo populista iliberal, e sonda a possibilidade de discernir valores morais objetivos, capazes de unir os seres humanos.
-
A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»