Despeço-me da Terra da Alegria
Ruy Belo foi um dos poetas contemporâneos que mais longe levou a aventura da criação da linguagem e da relação desta com as coisas do quotidiano. Recentemente homenageado no Salão do Livro de Paris, Ruy Belo é unanimemente considerado como um dos expoentes da poesia portuguesa da segunda metade do século XX. Inserido no âmbito da edição da obra poética deste autor, que a Editorial Presença se encontra a dinamizar tal como o mesmo o fez em vida, o volume «Despeço-me da Terra da Alegria» é tanto um esplêndido hino à vida como a última marca visível de uma morte longamente preparada. Este título inclui uma introdução de Eduardo Prado Coelho.
| Editora | Presença |
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| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ruy Belo |
Doutorado em Direito Canónico pela Universidade de S. Tomás de Aquino, em Roma, e licenciado em Filologia Românica e em Direito pela Universidade de Lisboa, lecionou no ensino secundário e foi leitor de Português na Universidade de Madrid. Foi diretor literário de uma editora; chefe de redação da revista Rumo; adjunto do Diretor do Serviço de Escolha de Livros do Ministério da Educação Nacional; bolseiro de investigação da Fundação Calouste Gulbenkian; tradutor de numerosos autores franceses e colaborador em várias publicações periódicas. Vítima de um edema pulmonar, a sua morte precoce, em 1978, colheu de surpresa uma série de escritores que lhe dedicam, no mesmo ano, uma Homenagem a Ruy Belo. Iniciada em 1961, mas mantendo-se, na confluência da poesia dos anos 50, equidistante quer de um dogmatismo neo-realista quer do excesso surrealista, mas incorporando aquisições dessas duas formas de comunicação estética, para António Ramos Rosa, «A poesia de Ruy Belo é uma incessante reflexão sobre o tempo e a morte e a incerta identidade do sujeito que em vão procura o lugar originário onde se encontraria o ser na sua totalidade [...]. A incerteza e uma profunda frustração, muitas vezes impregnada de uma trágica ironia, dominam esta procura do lugar ontológico e da degradação existencial». (Incisões Oblíquas, Lisboa, 1987, p. 66). Abarcando a crítica irónica da realidade social e a denúncia das diversas problemáticas que equacionam o homem, desde a sua vivência espiritual e religiosa até ao envolvimento concreto e existencial, a poesia de Ruy Belo é uma «forma de intervenção, de compromisso, de luta por um mundo melhor [...] sem [...] o poeta pactuar com a demagogia, com o oportunismo que afinal representa não ver primordialmente na arte criação de beleza, construção de objectos tanto quanto possível belos em si mesmos» («Nota do Autor» a País Possível, 1973).
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Na Senda da PoesiaPlano Nacional de Leitura.Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.Esta nova edição dos ensaios "Na Senda da Poesia", de Ruy Belo, segundo volume das obras do autor de "Aquele Grande Rio Eufrates" na editora Assírio & Alvim, acrescenta alguns outros publicados após a primeira edição do livro ainda em vida do poeta. Alguns dos ensaios haviam sido censurados na edição de 1969, incluindo-se agora, nesta edição, as passagens que foram sujeitas aos cortes dos censores políticos. Temos assim: 3 entrevistas ao poeta, reflexões várias sobre poesia ou poetas (Ruy Cinatti, Herberto Helder, Sena, Manuel Bandeira, Régio, Casais Monteiro, Sebastião da Gama, entre outros). A edição é da responsabilidade de Maria Jorge Vilar de Figueiredo. -
Poemas de Ruy Belo ditos por Luís Miguel Cintra“Escolhi uma sequência de poemas que vão percorrendo cronologicamente os vários livros e que de certo modo se continuam, quis acompanhar um percurso e ser fiel àquele grande fluxo de palavras, ao grande rio de poesia que é a obra do Ruy.”Luís Miguel Cintra -
A Margem da Alegria"Em 1996 o Teatro da Cornucópia construiu e apresentou um espectáculo a partir do longo poema de Ruy Belo "A Margem da Alegria”. Seis actores e uma voz off, num cenário de Cristina Reis, dividiam entre si os versos do poema, e, como um coro, habitavam em conjunto essa imensa expressão da paixão pela vida. Dissemos nessa altura que não se tratava bem de um espectáculo. Era antes uma “celebração”. E disse eu então: “A ideia deste espectáculo partiu da vontade de prestar um testemunho. O testemunho íntimo de uma geração às voltas com o seu envelhecimento. Orgulhosa ou envergonhada do que pensou. Reconhecendo-se ou não na sua pele. A minha geração é o reino da paixão. Do excesso. Quis a morte do bom-senso. Esta é a nossa poesia em 1974. Assim continuamos a sentir? Como se ama agora? Dizer este poema, representar este texto, obriga-nos a uma verdadeira celebração da emoção.”Alguns anos depois é o registo dessas mesmas vozes, a cru, já sem palco, sem também o alaúde de Paulo Galvão que tocava cantigas de amigo de D. Dinis nem os vídeos de Ricardo Resende e Cristina Reis ou as fotografias de Duarte Belo, mas com a memória desse espectáculo, e com a mesma distribuição de texto, que fica neste disco.Que ele seja agora testemunho deste imenso rio de versos. Seja essa imensa generosidade uma arma contra o nosso tempo amargo de egoísmo e mesquinhez.”Luís Miguel Cintra na apresentação deste livro. -
Todos os Poemas I"A muito poucas pessoas que não eu deve — assim o espero — importar a minha vida particular, coisa que não gostaria de ter mas que afinal tenho, como quem veste um pijama para a travessia da noite — oh! estas minhas incorrigíveis alusões culturais — ou lava os dentes, pelo menos, ao começar o dia. No entanto, a minha suprema ambição — o meu ideal inatingível até porque ideal, mas sempre presente como um limite — longe de ser a figura de César ou mesmo a de Shakespeare (que, aliás, nos legou uma figura incomparável do ditador romano) — é a de um simples mineral, com a sua impassibilidade e a sua adesão à terra, a que acabarei por voltar não só por condição como por desejo profundamente, longamente sentido e só satisfeito no dia em que a minha voz passar a ser a voz da terra, mais importante, no fundo, do que todas as palavras que me houver sido dado proferir à sua superfície, ao longo da minha vida mais ou menos curta mas ao fim e ao cabo sempre curta, se encarada na perspectiva do destino do homem como espécie e da vida deste planeta como seu ambiente de sempre e para sempre."Ruy Belo (excerto da introdução) -
Todos os Poemas II“A poesia de Ruy Belo é uma daquelas que é feita de diferentes modos e formas e, ao mesmo tempo, de motivos constantes, de retomadas e variações. Ele é capaz da mestria no poema curto e, em particular, nesse tipo de forma fixa especialmente disponível para o jogo da composição verbal, que é o soneto, e contudo também capaz de se entregar, num misto de vertigem e de rigor de construção, ao poema longo. Capaz de construir um livro que é uma arquitectura de poemas e um outro que é rigorosamente um único e longuíssimo poema. Para além disso, é uma poesia que pratica uma grande diversidade de entoações, tonalidades, ritmos e formas; que é canto elegíaco, declaração, narrativa, meditação, invenção da memória e escuta do que virá, encontro e despedida com as paisagens do mundo e os rostos do amor; uma poesia que muda de voz, cola e integra diferentes registos discursivos que podem ir da citação erudita ou do jogo dos conceitos à reconstrução do falar coloquial; que explora, por vezes obsessivamente, figuras da sonoridade das palavras e figuras da construção sintáctica.A sua poesia é por vezes intensamente dolorida, quase desesperada, mas é também temperada pela auto-ironia, e essas várias modalidades fazem sobressair um modo da alegria que pode ser a vibração de um acordo profundo com a terra ou apenas uma réstia de luz, um pequeno fulgor restante.”Manuel Gusmão, in Phala 86 (excerto) -
Todos os Poemas III“Deixa-te estar aqui perdoa que o tempo te fique na face na forma de rugas perdoa pagares tão alto preço por estar aquiperdoa eu revelar que há muito pagas tão alto preço por estar aquiprossegue nos gestos não pares procura permanecer sempre presentedeixa docemente desvanecerem-se um por um os dias e eu saber que aqui estás de maneira a poder dizer sou isto é certo mas sei que tu estás aqui”“Tu Estás Aqui” (excerto), in Todos os Poemas III -
Todos os PoemasPlano Nacional de LeituraLivro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.Esta edição segue o estabelecimento de texto efectuado por Gastão Cruz e Teresa Belo, passando o presente volume a constituir a edição de referência da poesia de Ruy Belo. Respeitou-se o critério de iniciais maiúsculas e minúsculas usado nas últimas edições de cada livro publicadas em vida do Autor.Os textos publicados em «Os Poucos Poderes», a que o autor não atribuiu a designação de poemas, mas de «legendas em verso», serão parte de uma edição autónoma.«O poeta, sensível e até mais sensível porventura que os outros homens, imolou o coração à palavra, fugiu da autobiografia, tentou evitar a todo o custo a vida privada. Ai dele se não desceu à rua, se não sujou as mãos nos problemas do seu tempo, mas ai dele também se, sem esperar por uma imortalidade rotundamente incompatível com a sua condição mortal, não teve sempre os olhos postos no futuro, no dia de amanhã, quando houver mais justiça, mais beleza sobre esta terra sob a qual jazerá, finalmente tranquilo, finalmente pacífico, finalmente adormecido, finalmente senhor e súbdito do silêncio que em vão tentou apreender com palavras, finalmente disponível não já tanto para o som dos sinos como para o som dos guizos e chocalhos dos animais que comem a erva que afinal pôde crescer no solo que ele, apodrecendo, adubou com o seu corpo merecidamente morto e sepultado.»Ruy Belo -
O Tempo das Suaves Raparigas e Outros Poemas de AmorEste precioso volume reúne alguns dos mais belos poemas de amor presentes na obra de Ruy Belo, um dos maiores poetas do século XX em Portugal. -
Na Margem da Alegria«Poeta consciente dos seus processos e da dimensão de artesania do seu trabalho, Ruy Belo é frequentemente tomado pelo arrebatamento e pela veemência.Tendo aprendido comEliot e Pessoa a íntima relação entre vir numa tradição e conquistar a singularidade, a sua poesia pode tornar-se uma poesia da poesia e, entretanto, assumir-se como risco corrido na linguagem, ou seja, aventura que na linguagem se expõe e corre riscos. É que na sua obra vibra de uma ponta a outra uma inquietação que começou por ser religiosa e depois se despediu da crença e se tornou inquietação ontológica emetafísica, é certo,mas imanente à circunstância terrestre do humano, experiência do confronto entre a repetida e magoada descoberta da finitude da nossa condição e o compromisso insistente com o desejo da ilimitação do finito. Assim constantemente renasce e se expande essa conversa que se ergue na solidão e mais do que redimi-la a partilha connosco. Essa conversa, sustentada por uma fala, que se desdobra como numintensomonólogo dramático, irónica ou comovida e comovente, é como se nos falasse ao ouvido, como se tivesse umsegredo a dizer- -nos e, contudo, embora esse segredo fosse já público, nós continuássemos a não saber qual fosse.» Manuel Gusmão -
Homem de Palavra(s)Trinta dias tem o mêse muitas horas o diatodo o tempo se lhe iaem polir o seu poemaa melhor coisa que fezele próprio coisa feitaruy belo portugalêsNão seria mau rapazquem tão ao comprido jazruy belo, era uma vez
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet