Dublinesca
Samuel Riba considera-se o último editor literário e sente-se perdido desde que se retirou. Um dia tem um sonho premonitório que lhe indica claramente que o sentido da sua vida passa por Dublin. Convence então uns amigos para irem ao Bloomsday e percorrerem juntos o próprio coração do Ulisses de James Joyce. Riba oculta aos seus companheiros duas questões que o obcecam: saber se existe o escritor genial que não soube descobrir quando era editor e celebrar um estranho funeral pela era da imprensa, já agonizante pela iminência de um mundo seduzido pela loucura da era digital. Dublin parece ter a chave para a resolução das suas inquietações. Neblina e mistério. Fantasmas e um humor surpreendente. Enrique Vila- Matas regressa com um romance que parodia o apocalíptico ao mesmo tempo que reflecte sobre o fim de uma época da literatura. Um romance deslumbrante, aberto às mais diversas leituras, uma verdadeira prenda povoada de surpresas. Simplesmente genial.
| Editora | Teorema |
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| Editora | Teorema |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Enrique Vila-Matas |
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Chet Baker Pensa na Sua ArteÉ meia-noite, em fundo toca Bela Lugosis Dead, do grupo Nouvelle Vague, e nem sequer a música me impede de pensar nessa realidade «bárbara, brutal, muda, sem significado, das coisas» de que falava Ortega. Olho pela janela e vejo a vida inerte, e parece-me que esse tipo de realidade bárbara e muda é especialmente percebida hoje por quem - como já Musil pensava - acha que no mundo não existe já a simplicidade inerente à ordem narrativa, essa ordem simples que consiste em poder dizer às vezes: «Depois de aquilo ter acontecido aconteceu isto, e depois aconteceu outra coisa, etecetera». Tranquiliza-nos a simples sequência, a ilusória sucessão de factos. -
Marienbad Eléctrico«Esta novela de Vila-Matas é um tributo à arte pura, ou talvez melhor dizendo: à crença. Através de uma troca epistolar entre a fascinante artista Dominique Gonzalez-Foerster e um tal EVM, o relato discorre sobre a natureza e os efeitos da estética do mesmo modo em que era vista por Duchamp: como um auto de fé. Meditativa, filosófica até à iluminação, na sua brevidade refulgem as presenças de Rimbaud, ( ) de Bioy Casares, mas, sobretudo, de Holmes e Watson, como se esti?véssemos lendo um Conan Doyle da utopia». Iván Ríos Gascón, Milenio (México) «Marienbad eléctrico é o livro da amizade entre a artista e o escritor. É o eco das suas conversas e muito mais. Como frequentemente na obra de Vila-Matas, o livro que lemos não é exactamente o que cremos ler. A chave que nos é dada abre-se no nada, tal é a revelação a que nos leva, por vezes com uma graça um pouco diabólica». Xavier Person, Le Matricule des Anges «Poucas vezes vi uma conjunção tão exacta de interesses artísticos como os destes dois criadores, um sentimento tão partilhado acerca de que a arte é sempre mais intensa como experiência do que como resultado». Manuel Rodríguez Rivero, Babelia -
Mac e o Seu ContratempoMac acaba de perder o emprego e passa os dias no Coyote, o bairro de Barcelona onde vive. Está obcecado com o seu vizinho, um escritor famoso e reconhecido, e sente-se mal cada vez que este o ignora. Um dia ouve-o falar com a livreira do bairro sobre a sua obra Walter e o seu contratempo, um livro de juventude cheio de passagens incongruentes, e Mac, que acalenta a ideia de escrever, decide então modificar e melhorar este primeiro relato que o seu vizinho preferiria deixar no esquecimento -
Esta Bruma InsensataESTA BRUMA INSENSATA é um romance sobre a energia inextinguível que nasce daausência e sobre a tensão entre a fé na escrita e a rejeição radical desta. EnriqueVila-Matas, um dos melhores narradores dos nossos dias, concebe o paradoxo de a única originalidade possível surgir da arte da citação, num lúcido e brilhante duelo entre duas formas de entender a criação literária. -
Perder TeoriasConvida para ir a Lyon a um simpósio internacional sobre o romance, um duplo do escritor Vila-Matas é deixado por um táxi no hotel sem que ninguém ali lhe dê as boas vindas. Na solidão do quarto redige uma teoria geral do romance, incidindo especialmente nos cinco elementos que os textos devem reunir para pertencerem ao novo século, enquanto a organização que o convidou a ir a Lyon continua sem entrar em contacto com ele. De regresso a Barcelona, parece-lhe descobrir a futilidade do ensaio em si e da viagem também, e inclusive talvez a futilidade de tudo, de maneira que acabará por destruir a teoria, embora esta pudesse servir a alguém para escrever "Dublinesca". -
MontevideuLivro do ano 2022 para o El Mundo. E se a vida é aquilo que nos acontece por ter literatura? Em pleno período de transformação pessoal e literária, o narrador deste romance começa a observar sinais em portas e em quartos contíguos, símbolos que estabelecem comunicação entre Paris e Cascais, Montevideu, Reiquiavique, St. Gallen e Bogotá, e que o vão devolvendo silenciosamente à literatura, ao desejo de transformar em estampas de vida certas experiências que, no mínimo, pedem aos gritos para serem narradas. «Converteste-te nos últimos tempos num escritor ao qual as coisas acontecem de verdade. Oxalá compreendas que o teu destino é o de um homem que deveria estar já a desejar elevar-se, renascer, voltar a ser. Repito-te: elevar-se. Nas tuas mãos está o teu destino, a chave da porta nova». Montevideu é uma ficção verdadeira, um grande tratado sobre a ambiguidade do mundo como traço característico do nosso tempo, um romance em que o melhor Vila-Matas encontra a forma de nomear novamente as coisas quando parece que tudo já foi dito; façanha tanto mais admirável porque o núcleo central da sua obra não é outro senão a modernidade do romance.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet