Para além das revoluções árabes e dos seus falhanços, houve um conjunto de outras crises ou eventos ? a queda no preço do petróleo, o recuo dos Estados Unidos, a emergência de outras potências como a Rússia e a Turquia, protestos na Argélia, no Iraque, e no Líbano em 2019, exigências das populações por uma governação mais equitativa, a própria pandemia - que alteraram o Médio Oriente de uma maneira irreversível, e que talvez levem ao fim da velha ordem na região.
Durante anos, os regimes do Médio Oriente conseguiram manter um acordo tácito com as suas sociedades: autoritarismo musculado em troca de subsídios, estabilidade e emprego estatal. As revoluções árabes ? mesmo que maioritariamente falhadas - foram a primeira tentativa para contestar esse pacto social. Mas com estas crises da última década, esse acordo entre líderes e governados está cada vez mais ténue. Tudo isto tem feito que o Médio Oriente hoje seja um lugar diferente do que era há dez anos.
Francisco Serrano é um jornalista português especialista nas questões do Médio Oriente. Escreve habitualmente para e The Economist Intelligence Unit, para a Foreign Policy e para a World Politics Review.
Livro baseado numa viagem pelo Norte de África durante o ano de 2011, em plena primavera árabe.
Quatro capítulos. Quatro países: Argélia, Tunísia, Líbia e Egipto.
É a exploração em jornalismo narrativo de uma região agitada pela convulsão revolucionária.
Livro baseado numa viagem pelo Norte de África durante o ano de 2011, em plena primavera árabe. Quatro capítulos. Quatro países: Argélia, Tunísia, Líbia e Egipto. É a exploração em jornalismo narrativo de uma região agitada pela convulsão revolucionária.Ver por dentro:
Para além das revoluções árabes e dos seus falhanços, houve um conjunto de outras crises ou eventos ? a queda no preço do petróleo, o recuo dos Estados Unidos, a emergência de outras potências como a Rússia e a Turquia, protestos na Argélia, no Iraque, e no Líbano em 2019, exigências das populações por uma governação mais equitativa, a própria pandemia - que alteraram o Médio Oriente de uma maneira irreversível, e que talvez levem ao fim da velha ordem na região.
Durante anos, os regimes do Médio Oriente conseguiram manter um acordo tácito com as suas sociedades: autoritarismo musculado em troca de subsídios, estabilidade e emprego estatal. As revoluções árabes ? mesmo que maioritariamente falhadas - foram a primeira tentativa para contestar esse pacto social. Mas com estas crises da última década, esse acordo entre líderes e governados está cada vez mais ténue. Tudo isto tem feito que o Médio Oriente hoje seja um lugar diferente do que era há dez anos.
«O conhecimento das grandes tendências que marcaram a história dos média europeus e a história particular destes mesmos média em cada país europeu (sobretudo daqueles de que somos geográfica e culturalmente mais próximos) é absolutamente indispensável. Só assim poderemos compreender por que é que ainda hoje, quase seis séculos depois da ?descoberta? da prensa tipográfica, a paisagem imprensa europeia é tão contrastada, de uma região para outra do continente. E como é que, ao longo do século XX, a rádio e a televisão, as estruturas dos seus emissores como dos seus conteúdos, evoluíram também de maneira tão plurifacetada.»