Entre Dois Séculos
«Como na época de Camões, o nosso mundo toma constantemente novas qualidades. Os textos reunidos neste livro falam dos dois séculos tumultuosos em que me tem sido dado viver... Os protagonistas são o século XX — o Breve Século de que fala Hobsbawm — e os anos iniciais da nova centúria e do novo milénio. De um e outros tenho sido testemunha, às vezes um modesto participante. Recusando as artimanhas de Cassandra, interrogo as marcas do humano nos sucessos da história e os signos do absoluto na literatura. Posso assim fazer minhas as sábias palavras de Alberto Caeiro: ‘Como uma criança antes de a ensinarem a ser grande, fui verdadeiro e leal ao que vi e ouvi.’» Amadeu Lopes Sabino
A muitos de nós é dado o privilégio único de cruzar dois séculos, mas poucos saberão relatar a fascinante riqueza dessa experiência de vida como o autor.
| Editora | Bizâncio |
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| Editora | Bizâncio |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Amadeu Lopes Sabino |
Amadeu Lopes Sabino nasceu em Elvas em 1943. Licenciado em Direito, foi jornalista, advogado, funcionário da União Europeia. É ficcionista e ensaísta. Entre os últimos romances publicados destacam-se A lua de Bruxelas (Campo das Letras, Porto, 2009), A cidade do homem (Sextante, Lisboa, 2010), As Claras madrugadas (Editorial Bizâncio, Lisboa, 2015) e O todo ou o seu nada (Editorial Bizâncio, Lisboa, 2019). Em 2014, publicou na Editorial Bizâncio a recolha de ensaios Entre dois séculos – Viagem ao passado próximo.
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O Todo ou o Seu NadaEm O Todo ou o seu Nada, o autor recria, com as liberdades próprias do ficcionista, a vida atribulada e aventurosa de João Falcato, homem de sete fôlegos e personagem multifacetada do século XX português: marinheiro e náufrago, viajante, escritor, professor, jornalista, vinicultor. Contador de histórias, viveu uma existência ora trágica, ora mediana. Criador de ilusões, possuía a sabedoria para, entre a tristeza e a alegria escolher a alegria, e entre o nada e a tristeza escolher a tristeza. -
A Cidade do HomemRomance, ficção documentada, relato das errâncias de um narrador europeu do século XXI através do universo mental do iluminismo, A Cidade do Homem é a biografia imaginada de António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799), magistrado e poeta árcade que viveu, trabalhou e poetou em Portugal e no Brasil. Participante ativo nas polémicas que, durante o consulado de Pombal, agitaram o Reino e a Europa, foi juiz militar em Elvas e autor de O Hissope, sátira à querela protocolar entre o bispo e o deão da Sé da cidade alentejana. Presente desde o início no imaginário do protagonista, o Brasil torna-se o cenário da narrativa com a transferência de Cruz e Silva para a Relação do Rio de Janeiro em 1776. A partir desse ano, servidor da Justiça e de Apolo, julgou e poetou nas capitanias do Sul, sobretudo em comarcas do Rio e de Minas, privando com os juristas e árcades locais. Em 1792, seria membro do tribunal que julgou e condenou na capital do Brasil os inconfidentes mineiros, entre eles os seus companheiros mais próximos nas lides judiciais e na poesía. Numa digressão através da História e das ideias em busca da polis racional, A Cidade do Homem centra-se-se na condenação dos conspiradores à morte ou ao degredo, evocando uma época que, na Europa, em Portugal e no Brasil nas vésperas da independência, prenunciou os antagonismos e as hecatombes do nosso tempo. -
Tempo de FugaPara Jorge Mathias, a espionagem é um divertimento. Melómano por vocação e alto funcionário do ministério da Economia do salazarismo por indiferença, vende aos serviços secretos do exército espanhol pequenos segredos que faz passar por grandes. Através do Partido Comunista, em que milita com pouca convicção, muda de vida e parte para a República Democrática Alemã, redator na Radio Berlin International. Curioso e hedonista, acabará por se envolver numa conspiração contra o regime da Alemanha de Leste, implicando opositores e homens do aparelho, agentes secretos da Alemanha Ocidental e sabe-se lá de onde mais.Tempo de Fuga, a confissão de Jorge Mathias, é um relato de eventos extraordinários, ora irónicos, ora hilariantes, ora audazes, sempre impensáveis. -
As Claras MadrugadasMichel Lidzkiéum homem em fuga, como milhões de outros no século XX. Judeu, foge de tudo, atédo judaísmo.Nos anos 60 e 70 do século passado, Michel Lidzki convive com o filho da companheira belga: Baudouin Dunesme, activista estudantil, operário, militante maoista e antissionista que adere de alma e corpoàguerrilha dos inimigos de Israel.Biografia ficcionada, crónica, narrativa histórica,«As Claras Madrugadas»trata da oposição-atração entre Michel e Baudouin, um capítulo da pequena história e da História com maiúscula do século XX. -
Felix Mikailovitch“No decorrer da nossa conversa privada, Anne-Marie tinha-me dito que, aos sábados de manhã, ia ao mercado da place Flagey comprar frutas e legumes frescos. Seria acaso da conversa ou código de reencontro? Era vegetariana às vezes, disse rindo, outras vezes carnívora, outras tudo, outras nada. No sábado seguinte ao jantar oferecido ao príncipe, saí cedo de casa, armado de gabardina e guarda- chuva, e às oito e meia estava sentado a uma mesa chegada à vitrina do café Flagey, na esquina da chaussée d’Ixelles, lugar ideal para observar o movimento na praça. Uma hora mais tarde já tinha lido duas vezes as gordas do Le Soir, fumado um maço de cigarros e bebido três supostos cafés de filtro, mais precisamente três chávenas de água com cheiro a café. Chuviscava e fazia frio no exterior. Apesar dos vidros embaciados da vitrina, não perdi uma imagem do que se passava no mercado, mas não vi rastos de Anne-Marie. Levantei-me e, aproveitando uma aberta, dei uma volta à praça. Preparava-me para, à beira do desânimo, continuar a esperar no mesmo café, quando a vi descer, sob uma sombrinha minúscula, a rue des Cygnes. Todas as minhas dúvidas desapareceram. Não valia a pena encontrar pretextos. Rendi-me.” -
A Lua de Bruxelas"Em A Lua de Bruxelas, publicada por ocasião do segundo centenário do nascimento de Almeida Garrett, ficcionei a passagem atribulada do poeta pela Bélgica da primeira metade do século XIX." [Do Prefácio de Amadeu Lopes Sabino]“A um sinal da vidente, a bola de cristal, idêntica no tamanho e na transparência à que a criada flamenga oferecera a Luísa no dia da chegada a Bruxelas, iluminou-se como uma lâmpada. A vidente apagou a vela e, na obscuridade da quadra miserável, recitou uma lengalenga num dialeto inidentificável. A bola brilhava mais e mais, refulgia agora, astro fasto ou nefasto, e os olhos da mulher refletiam essa luz mágica.— A Lua! — exclamava. — O prazer e a culpa numa mesma e única identidade. Não é vulgar, um destino assim. O melhor e o pior numa total confusão. Oh, meu Deus! Não é possível!— Não é possível?! — perguntava ele, entre a curiosidade e o receio. Governada pela dúvida, a vidente era agora uma Lady Macbeth. João Baptista via-se transportado à Idade Média e esforçava-se por reter os pormenores da cena, para mais tarde a integrar numa novela histórica.— A Lua, a maldita, a enganadora Lua de Bruxelas. Tudo pode acontecer quando ela aparece. O melhor e o pior. Acontece sempre o melhor e o pior. Mas eu prefiro não entrar em pormenores. Não quero ver, não quero ver…” -
Quinas e Flores-de-LisMaria Sabina Ramos de Albuquerque (1898-1991) foi uma mulher contemporânea do seu tempo. Poetisa, jornalista, declamadora, professora, foi sufragista e feminista da primeira hora. Aliás, foi a primeira mulher a dirigir no Rio de Janeiro. Em Quinas e flores-de-lis, com imaginação do ficcionista, Amadeu Lopes Sabino reconstitui o tempo, o espírito e o ambiente da época em que Maria Sabina foi, no Rio de Janeiro, então capital da República, um dos protagonistas de uma vivência intelectual e social marcante. A narrativa, em que participam também Cecília Meireles, seu marido, o pintor Fernando Correia Dias e Manuel Bandeira, preenche o vazio e certo esquecimento em torno de Maria Sabina. - Anamaria Filizola -
Vidas BissextasEntre a ficção do real e a realidade da ficção, este livro relata as peripécias terrenas de membros de uma confraria secreta que recusa aplicar à vida dos homens as regras astronómicas que corrigem a discrepância entre o ano de calendário e o tempo de translação da Terra em volta do Sol. São bissextos porque só aceitam a irregularidade da sucessão das eras. Entre Aurélio de Lemos, melómano erudito e desertor contumaz, e Maria Sabina de Albuquerque, diseuse de poesia que cala uma paixão secreta pelo marido suicida de Cecília Meireles, não há convergências, mas há pontos de interseção. Fernando Ribeiro de Mello, editor falido, tentado por visões dignas de Santo Antão, acusado por Natália Correia dos desastres das vendas da poetisa, dialoga no Além com Wilhelm Furtwängler, maestro admirável, genial, extravagante e talvez indigno porque regeu a Berliner Philharmoniker até à morte de Hitler. Luís Miguel Nava, que, qual D. Sebastião, quis apossar-se de Marrocos, e o Mariano que procura em Madrid o futuro do passado partilham, sem o saber, a mesma busca da fusão da memória e do desejo capaz de proteger o homem da insignificância. Teófilo, amador de arte, jornalista (acabaria monge budista), não entrevistou, como pretendia, Mark Rothko, mas conseguiu que Pierre Soulages descobrisse, numa noite passada em Monserrate nos braços de uma jovem camponesa de Sintra, o negro de Monserrate, o outre noir, o além-negro.
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».