Falares e Ditarenhos do Alentejo
Uma dúzia de anos a calcorrear os lugares mais recônditos das terras calmas que se espraiam para além do Tejo. Uma dúzia de anos a escarafunchar no escarafuncho que outros apaixonados pelo assunto por cá deixaram. Uma dúzia de anos a conversar com aqueles que ainda alimentam o sumo da identidade do falar sulista. Uma dúzia de anos a envolver centenas de voluntários nesta «caça» ao falar e ao ditarenho em vias de extinção por conta da globalização do mundo. Uma dúzia de anos a «agarrar» o que é para agarrar, e a descartar o que é para descartar.
O resultado dessa odisseia de doze anos pelos trilhos foscos do linguarejar do Sul chama-se Falares e Ditarenhos do Alentejo: uma obra com mais de 6000 significados de palavras em «alentejanês»; uma obra com mais de trezentas expressões que correm de boca em boca pelo território sulista; uma obra com artigos sobre algumas das palavras e expressões mais icónicas do território, aventando a sua origem e explicação; uma obra com uma narrativa ficcional – Alentejanando – emergida desta seara generosa de Alentejo que ainda se vai falando.
| Editora | Editora Epopeia |
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| Editora | Editora Epopeia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Luis Miguel Ricardo |
Luís Miguel Ricardo é natural de Ferreira do Alentejo, é licenciado em Filosofia da Cultura e em Formação Educacional, é pós-graduado em Ciências Criminais, é mestre em Ciências da Educação, é professor do Ministério da Educação, é formador no Instituto do Emprego e da Formação Profissional, é jornalista/colaborador no Diário do Alentejo, é presidente da ASSESTA – Associação de Escritores do Alentejo, assina o programa radiofónico «Falares e Ditarenhos do Alentejo» na Rádio Voz da Planície, e escreve textos em órgãos de comunicação social.
Na literatura, tem publicadas, a solo, as seguintes obras: Falares e Ditarenhos do Alentejo, documentário, ano de 2017; Heróis à Moda da Bola, romance, ano de 2012; Verão 86, romance, ano de 2011; Operação Dominó, romance, ano de 2009; Ritos do Desespero, romance, ano de 2006.
Em projetos coletivos publicou os seguintes títulos: Contos ASSESTA – Água, contos, ano de 2019; Contos ASSESTA – Alentejo, contos, ano de 2015; Stories do Alentejo, contos, ano de 2013; Contos do Caneco, contos, ano de 2013; Coletânea de Contos Fialho de Almeida, contos, ano de 2011; Heróis à Moda do Alentejo, contos/documentário, ano de 2010.
Desde o ano de 2010 que se dedica ao trabalho de recolha e preservação dos falares regionais do Alentejo. Falares e Ditarenhos do Alentejo / edição revista e atualizada é o culminar de 12 anos de recolha, seleção e catalogação de termos, expressões e histórias do património linguístico alentejano.
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A Ciência dos SímbolosAs primeiras tentativas de classificação coerente, de comparação sistemática e interpretação dos símbolos remontam ao séc. XVI. Após 50 anos, a evolução das ciências humanas permitiu estudar signos, símbolos e mitos nas suas relações com os métodos e os princípios das suas diversas interpretações. O leitor não deve esperar encontrar aqui um dicionário de símbolos que o ajudará a compreender uma língua obscura a partir de uma tradução dos seus signos, antes a exposição dos princípios, métodos e estruturas da simbólica geral, ou ciência dos símbolos. Nada está mais próximo desta língua dos símbolos do que a música: se se ignora o solfejo e as regras da harmonia, da mesma forma que se recusa a aprendizagem da gramática de uma língua, o melhor dicionário do mundo não permite entender realmente, e ainda menos falar. Penetrar no mundo dos símbolos, é tentar perceber as vibrações harmónicas, «adivinhar uma música do universo». -
Tudo do AmorA procura pelo amor continua mesmo perante as maiores improbabilidades. TUDO DO AMOR, ensaio marcadamente pessoal e uma das obras mais populares de bell hooks, indaga o significado do amor na cultura ocidental, empenhando-se em desconstruir lugares-comuns e representações que mascaram relações de poder e de dominação.Contrariando o pensamento corrente, que tantas vezes julga o amor como fraqueza ou atributo do que não é racional, bell hooks defende que, mais do que um sentimento, o amor é uma acção poderosa, capaz de transformar o cinismo, o materialismo e a ganância que norteiam as sociedades contemporâneas. Tudo do Amor propõe uma outra visão do mundo sob uma nova ética amorosa, determinada a edificar uma sociedade verdadeiramente igualitária, honesta e comprometida com o bem-estar colectivo. -
A Natureza da CulturaNesta obra, A. L. Kroeber reúne artigos seus publicados entre 1901 e 1951. São textos de cariz teórico, em que autor desenvolve a sua própria concepção sobre o lugar e o método da antropologia cultural. -
O SagradoDesde a sensação de terror que o sagrado inspirava aos primeiros homens até à teoria do sobrenatural ou do transcendente que atribuímos hoje a certos fenómenos misteriosos, o autor examina as diferentes formas de exprimir este sentimento através das múltiplas manifestações religiosas. -
«O Modo Português de Estar no Mundo» - O Luso-Tropicalismo e a Ideologia Colonial Portuguesa (1933-1961)Prémio de História Contemporânea da Universidade do Minho O livro fornece pistas para se compreender a persistência, mais de 20 anos após a independência das antigas colónias portuguesas, de um discurso transversal ao espectro político e ideológico nacional que acentua a imunidade dos portugueses ao racismo, a sua predisposição para o convívio com outros povos e culturas e a sua vocação ecuménica. -
Os Domínios do ParentescoOs domínios do parentesco situam-se na confluência de duas linguagens: a da etnologia, que se esforça por situar as regiões, os contornos e as fronteiras desses domínios, e a das sociedades que a etnologia observa e a que vai buscar as terminologias, as classificações e as regras. Esclarecer estas duas linguagens e relacioná-las é um dos objectivos deste livro, que se pretende uma iniciação à chamada antropologia do parentesco. Falar de parentesco é também e é já falar de outra coisa (numa e noutra linguagem); qual a natureza da relação entre o parentesco e os outros sectores de representação? Que significa a assimilação do parentesco a uma linguagem ou a sua definição como região dominante em certos tipos de sociedade? Que significam as regras de casamento? - são algumas das perguntas que esta obra tenta reformular e às quais procura por vezes responder. Uma análise do vocabulário técnico, um glossário inglês/português, uma importante documentação bibliográfica, reflexões sobre os autores, análises de textos e o balanço de uma investigação pontual: tais são os elementos de informação e de reflexão que aqui se propõem. -
Cultura e ComunicaçãoUma análise concisa das teorias estruturalistas dos fenómenos antropológicos, destinada a esclarecer os conceitos da «semiologia» com base no pressuposto de que os gestos, na comunicação não verbal, apenas adquirem significado como membros de conjuntos, à semelhança do que ocorre com os sons na linguagem falada. -
O Bode ExpiatórioEm O Bode Expiatório, René Girard, um dos críticos mais profundos e originais do nosso tempo, prossegue a sua reflexão sobre o «mecanismo sacrificial», ao qual devemos, do ponto de vista antropológico, a civilização e a religião, e, do ponto de vista histórico e psicológico, os fenómenos de violência coletiva de que o século XX foi a suprema testemunha e que mesmo hoje ameaçam a coabitação dos humanos sobre a Terra.Ao aplicar a sua abordagem a «textos persecutórios», documentos que relatam o fenómeno da violência coletiva da perspetiva do perseguidor tais como o Julgamento do Rei de Navarra, do poeta medieval Gillaume de Machaut, que culpa os judeus pela Peste Negra, Girard descobriu que estes apresentam surpreendentes semelhanças estruturais com os mitos, o que o leva a concluir que por trás de cada mito se esconde um episódio real de perseguição.A arrojada hipótese girardiana da reposição da harmonia social, interrompida por surtos de violência generalizada, através da expiação de um bode expiatório constitui uma poderosa e coerente teoria da história e da cultura.