História das Relações Internacionais Contemporâneas
Portugal não ficou à margem dos grandes ciclos de mudança internacional na época contemporânea, como os das revoluções liberais e das duas grandes guerras mundiais, que se cruzaram com transformações económicas e políticas profundas, ou como o das descolonizações do século XX, indissociável das guerras coloniais sustentadas para tentar impedir a independência dos territórios africanos. Todos esses foram momentos de tensão nas relações internacionais portuguesas.
Entre rutura e continuidade, as relações de Portugal com o mundo nos últimos duzentos anos marcaram sucessivas conjunturas nacionais. A preocupação com os destinos dos territórios coloniais e com a própria independência face a Espanha, bem como a quase contínua exportação de mão-de-obra para outros países, foram temas recorrentes das conexões internacionais portuguesas. Mas também nelas ocupou, quase sempre, um lugar relevante a inserção económica e política em alianças mais amplas.
Combinar uma informação sustentada sobre o passado com as renovadas interrogações que o presente necessariamente convoca foi a intenção das diversas contribuições para este volume sobre Portugal e o Mundo na Época Contemporânea, da autoria de reconhecidos académicos e coordenado por António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro.
Coordenação de António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro
Com a colaboração de Jorge M. Pedreira, Miguel Bandeira Jerónimo, Nuno Severiano Teixeira e Pedro Aires Oliveira
| Editora | Objectiva |
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| Editora | Objectiva |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Costa Pinto, Nuno Gonçalo Monteiro |
Nuno Gonçalo Monteiro é investigador, coordenador do Instituto de Ciências Sociais e docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sua área de investigação preferencial é a história social e política do Antigo Regime e do primeiro liberalismo. Entre mais de duzentos e cinquenta títulos, é autor de O Crepúsculo dos Grandes (2.ª ed., 2003), Elites e Poder (3.ª ed., 2012), coautor da História de Portugal (11. ª ed., 2021), co-coordenador de Um reino e suas Repúblicas no Atlântico (C. Brasileira, 2017), de Political Thought in Portugal and its Empire, c.1500–1800 (CUP, 2021) e de 1822. Das Américas portuguesas ao Brasil (2022).
Nuno Gonçalo Monteiro, um dos mais reputados historiadores portugueses da atualidade, reúne neste livro (4.ª edição revista) um conjunto de ensaios sobre o regime senhorial, as elites nobiliárquicas e os poderes locais durante a dinastia de Bragança (1640-1832).
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Os Camisas Azuis e Salazar - Rolão Preto e o Fascismo em PortugalEm Fevereiro de 1932, um grupo de estudantes fascistas criou em Lisboa um jornal académico, A Revolução. Quase todo o grupo fundador pertencia ao sector estudantil do Integralismo Lusitano, movimento monárquico de direita radical, fundado nos anos 10, sob inspiração da Action Française. Meses mais tarde, o grupo decidiu convidar para seu director Francisco Rolão Preto, o membro da Junta Central do Integralismo Lusitano que se encontrava mais próximo do ideal fascista que todos professavam. Lançado no Verão desse ano, o Movimento Nacional-Sindicalista rapidamente se organizou à escala nacional, sob a chefia carismática de Rolão Preto. O Nacional-Sindicalismo, expressão do fascismo enquanto movimento em Portugal, foi um fenómeno político tardio. Fundado em 1932, em plena transição para um regime autoritário, representa o último combate de uma «família política» que desempenhou um papel importante no processo de crise e de derrube do liberalismo português, mas que foi secundarizada na edificação de uma alternativa ditatorial estável no início dos anos 30. Tão estável que a resolução desta crise acabaria por produzir uma das ditaduras de direita mais longa da Europa do século XX. -
Governar em Ditadura - Elites e decisão política nas ditaduras da era do fascismoOs ditadores não governam sozinhos, existindo sempre uma elite governante e instituições políticas nos seus regimes. Este livro explora uma área pouco desenvolvida do estudo das ditaduras fascistas e de direita: a estrutura de poder. A velha e rica tradição de estudos sobre as elites pode dizer-nos muito sobre a estrutura e o funcionamento do poder político nas ditaduras associadas ao fascismo, quer através dos modelos de recrutamento da elite política que expressa a extensão da sua ruptura e/ou continuidade com o regime liberal, quer pelo estudo do tipo de chefia ou pelo poder relativo das instituições políticas no novo sistema ditatorial. Analisando quatro regimes associados ao fascismo (Alemanha nazi, Itália fascista, Espanha de Franco e Portugal de Salazar) sob esta perspectiva, o livro examina a tríade ditador-executivo-partido único numa perspectiva comparativa. «A qualidade deste livro [...] reside onde ela mais interessa: na análise. Apoiados por uma impressionante variedade de dados e investigação em arquivos, os capítulos demonstram os constrangimentos pessoais e institucionais que os quatro ditadores e as suas ditaduras encontraram [...]» -
O Colapso de Império e a RevolAs invasões francesas; a partida da família real para o Rio de Janeiro; o colapso do antigo regime colonial; o primeiro pronunciamento liberal; a independência do Brasil; as lutas entre liberais e absolutistas; o triunfo final do liberalismo: são diversos os episódios que marcam decisivamente o período da História portuguesa aqui estudado (1808/1830). Foi um tempo de ruturas dramáticas, com repercussão a quase todos os níveis da vida social e política, aquele de que se ocupa este primeiro volume de uma série pensada e escrita com o objectivo de inscrever a história portuguesa nos marcos mais amplos dos processos contemporâneos ibero-americanos. -
Os Camisas Azuis e Salazar - Rolão Preto e o Fascismo em PortugalEm Fevereiro de 1932, um grupo de estudantes fascistas criou em Lisboa um jornal académico, A Revolução. Quase todo o grupo fundador pertencia ao sector estudantil do Integralismo Lusitano, movimento monárquico de direita radical, fundado nos anos 10, sob inspiração da Action Française. Meses mais tarde, o grupo decidiu convidar para seu director Francisco Rolão Preto, o membro da Junta Central do Integralismo Lusitano que se encontrava mais próximo do ideal fascista que todos professavam. Lançado no Verão desse ano, o Movimento Nacional-Sindicalista rapidamente se organizou à escala nacional, sob a chefia carismática de Rolão Preto. O Nacional-Sindicalismo, expressão do fascismo enquanto movimento em Portugal, foi um fenómeno político tardio. Fundado em 1932, em plena transição para um regime autoritário, representa o último combate de uma «família política» que desempenhou um papel importante no processo de crise e de derrube do liberalismo português, mas que foi secundarizada na edificação de uma alternativa ditatorial estável no início dos anos 30. Tão estável que a resolução desta crise acabaria por produzir uma das ditaduras de direita mais longa da Europa do século XX. VER POR DENTRO Ver página inteira -
História Social Contemporânea - Portugal 1808-2000Ao longo da época contemporânea, sobretudo do século XX, foi aos indicadores sobre a sociedade que mais se recorreu quando se pretendeu destacar o “atraso” ou desfasamento português face a outros países europeus. Invocava-se então a elevadíssima mortalidade infantil, as altas taxas de analfabetismo ou a persistente emigração para identificar as arrastadas maleitas portuguesas, cuja responsabilidade se atribuía, sobretudo, ao regime político, em particular ao Estado Novo. Este volume procura responder a essas interrogações, oferecendo um retrato analítico e cronologicamente fundamentado da história social contemporânea portuguesa, cujos primórdios foram marcados pelo colapso imperial, pela independência do Brasil e pela vitória do liberalismo em 1834, depois de arrastados conflitos. -
O Fim do Império PortuguêsA guerra colonial marcou a sociedade portuguesa dos anos 60 e 70 do século XX e está na origem da forma peculiar do derrube do Estado Novo e da institucionalização da democracia.Esta obra pretende sintetizar e discutir o período do fim do império português, salientando sobretudo as atitudes da comunidade internacional perante a guerra, a resistência tenaz do salazarismo à descolonização, a indissociabilidade da descolonização e da transição à democracia, e o legado deste processo, quer para a consolidação democrática em Portugal quer para os novos países independentes de expressão portuguesa. -
O Regresso das Ditaduras?Sabia que, entre novas e antigas, as ditaduras comandam hoje mais de um terço do mundo? Pois é, os regimes autoritários estão de regresso, e impõe-se identificá-los e aos seus mecanismos. Cresceram em número, mas sobretudo em variedade. Destacam-se em quase todo o território da ex-URSS, assomam na Turquia e na Hungria e dominam potências como a Rússia e a China ou países com grande importância estratégica, como a Arábia Saudita, as Monarquias do Golfo ou a Venezuela. O presente ensaio apresenta e explica o mapa-mundo actual das ditaduras. Disseca os modos de dominação predominantes e salienta como, cada vez mais, os regimes autoritários “se vestem como democracias”. Assinala continuidades e mudanças e permite uma premente visão global do autoritarismo político contemporâneo, confirmando-o no pólo oposto da governação democrática. -
O Regresso das Ditaduras?Sabia que, entre novas e antigas, as ditaduras comandam hoje mais de um terço do mundo? Pois é, os regimes autoritários estão de regresso, e impõe-se identificá-los e aos seus mecanismos. Cresceram em número, mas sobretudo em variedade. Destacam-se em quase todo o território da ex-URSS, assomam na Turquia e na Hungria e dominam potências como a Rússia e a China ou países com grande importância estratégica, como a Arábia Saudita, as Monarquias do Golfo ou a Venezuela. O presente ensaio apresenta e explica o mapa mundo actual das ditaduras. Disseca os modos de dominação predominantes e salienta como, cada vez mais, os regimes autoritários “se vestem como democracias”. Assinala continuidades e mudanças e permite uma premente visão global do autoritarismo político contemporâneo, confirmando-o no pólo oposto da governação democrática. -
A Minha Luta - Mein KampfDitado ao seu fiel secretário Rudolf Hess em 1923, na prisão de Landsberg onde cumpria uma pena de cinco anos depois do golpe falhado em Munique A Minha Luta é, de certa forma, o manifesto do nacional-socialismo tal como Hitler o entendia. Apesar do seu estilo errático e por vezes alucinado, a obra contém a sua visão programática para a sociedade alemã com alusões pouco veladas de eugenismo e uma ênfase obsessiva na questão racial, por exemplo, mas também sobre o papel da mulher alemã ou dos sindicatos , para uma nova política externa (a referência constante à necessidade de espaço vital, mas também à política de alianças a levar a cabo) e, ainda, premonitoriamente, sobre os judeus. No fundo, 10 anos antes de chegar ao poder, o que viria a ser a política interna e externa do III Reich levada a cabo por Hitler já estava plasmada em livro. Embora algumas das suas ideias, em termos geopolíticos, reflictam os medos e anseios dos Alemães, fruto da sua posição geográfica no continente europeu a eterna obsessão com as alianças que pudessem contrariar o «cerco», o aperto entre a França e a Rússia, agora pela mão do bolchevismo noutros aspectos o texto é mais perturbador, em especial na questão do eugenismo, no futuro dos povos de Leste e, essencialmente, no destino a dar aos judeus «Mein Kampf (A Minha Luta) podia também chamar-se Mein Kopf (A Minha Cabeça). [...] Adolf Hitler escreve, no fundo, uma confissão, no sentido agostiniano de profissão de fé. Ou seja, explica ao que vem e para onde vai. O problema [...] é que não foi tomado a sério.» Nuno Rogeiro in Indy/Independente Biografia do Autor: Adolf Hitler (1989-1945) nasceu na Áustria, na altura ainda parte do império austro-húngaro. Aos três anos, a família mudou-se para a Baviera. Em 1905, Hitler abandona a escola e parte para Viena, onde levaria uma existência boémia e teve o seu primeiro contacto com ideias racistas e anti-semitas. Tentou inscrever-se na faculdade de Belas Artes, sendo rejeitado por duas vezes e levando depois uma existência miserável por falta de dinheiro. Quando rebentou a Grande Guerra, alistou-se no exército da Baviera, como cidadão austríaco, e serviu como mensageiro. Foi ferido na batalha do Somme, em 1916, e bombardeado com gás mostarda, em 1918. Viria a ser condecorado. Depois da guerra, manteve-se no Exército e serviu no serviço de informações. Foi aqui que, ao acompanhar os diferentes grupúsculos políticos, ficou a saber da existência do Partido dos Trabalhadores Alemães, que integrou em 1919; mais tarde, o partido viria a mudar o nome para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Hitler saiu do Exército em 1920 e passou a trabalhar a tempo inteiro para o partido. Os seus dotes retóricos em público granjearam-lhe muita popularidade e após algumas convulsões internas conseguiu que o elegessem chefe do partido. Em 1923, Hitler tentou um putsch, com a ajuda de várias figuras, entre elas o general Ludendorf, herói de guerra alemão. A conjura fracassou e os cabecilhas foram presos. Foi na prisão que Hitler começou a ditar Mein Kampf a Rudolf Hess.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes.
