Histórias Inquietas
«Desembarcámos. Há alguma coisa boa neste país? Os caminhos avançam a
direito e são duros e cheios de pó. Os campos férteis têm no meio kampongs de
pedra, cheios de caras brancas, mas todos os homens que se encontram são
escravos. Os Rajás vivem com o fio da espada estrangeira sobre a cabeça. Subimos
montanhas, atravessámos vales; ao pôr-do-sol entrávamos em aldeias.
Perguntávamos a toda a gente: Viste um homem branco assim e assim?Alguns
olhavam-nos com espanto; outros riam-se; as mulheres davam-nos comida; às
vezes, com medo e respeito, como se tivéssemos o espírito perturbado pela
visitação de Deus; mas outros havia que não compreendiam a nossa língua e outros
ainda que nos amaldiçoavam, ou bocejavam, perguntavam com desprezo pela razão
da nossa busca. Uma vez, quando já nos afastávamos, um velho atirou-nos: Desisti!»
| Editora | Biblioteca Editores Independentes |
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| Categorias | |
| Editora | Biblioteca Editores Independentes |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Joseph Conrad |
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Nostromo - Uma história da beira-marNostromo (1904) é um romance grandioso. Situa-se em Costaguana, um local imaginário situado na costa ocidental da América Latina. Simbólico e realista, todo o romance é dominado pela prata da mina de San Tomé e pelas suas consequências nas vidas de um conjunto de personagens. Este tesouro atrai homens gananciosos que impõem ao país uma sucessão de tiranias, e põe à prova e acaba por corromper homens venerados pelos seus elevados princípios morais. Apesar de já ter mais de 100 anos, esta obra revela tanto da América Latina contemporânea como qualquer um dos apurados relatos da turbulenta vida política daquela região.Com uma impressionante narrativa, espectacular na recriação da paisagem subtropical, Nostromo retrata uma sociedade em rebelião, e as oportunidades que as convulsões políticas e sociais oferecem à corrupção reflectem-se em cada página. -
O Agente Secreto - Livro de BolsoO Agente Secreto de Conrad é o indolente Adolphe Verloc, um agitador profissional ao serviço de uma embaixada. Apaixonado por Winnie, a sua mulher, que casara com ele para garantir uma vida tranquila para o irmão mais novo, Verloc é forçado a sair da sua modorra quando o secretário da embaixada para a qual trabalha lhe exige que leve a cabo um atentado de modo a obrigar a polícia a desempenhar uma ação repressiva contra os anarquistas revolucionários. Sem outra alternativa a não ser cumprir a ordem que lhe é dada, Verloc decide lançar um engenho explosivo contra o Observatório de Greenwich, o símbolo máximo do espírito científico que reinava na altura. No entanto, algo corre muito mal8Publicado pela primeira vez em 1907, numa época marcada por uma intensa agitação política, O Agente Secreto é atualmente considerado um dos melhores romances policiais de sempre. -
Mocidade“Mocidade — uma Narrativa já é toda dessa angústia tolhida à secretária, de uma disciplina de escrita levada a cabo com muitos sofrimentos; é de 1898 e transfigura a peripécia trágica de uma viagem do próprio Conrad nos tempos de Marselha, quando andou pelo mar no Palestine (registe-se que é Judea na novela), navio abandonado por causa de um incêndio, a 14 de Março de 1883. As ondas gigantescas, a fúria maligna das chamas ficaram entre as descrições mais poderosas da sua ficção. Retêm-se por uma enorme força de ‘imagem’ e de palavra, mesmo que Virginia Woolf pretenda o contrário. É no seu Common Reader: — "Compramos um livro de Conrad e o que retemos não é aquela onda gigantesca que partiu tabiques e arrastou marinheiros; não é aquele pôr-do-sol ou aquele incêndio em pleno mar; é antes a grandeza que o homem revela a enfrentar a onda, em ser corajoso, bom, fiel, num universo indiferente e perigoso." "Ter coragem", "ser bom", "ser fiel", expressões simplificadoras e moralizantes de uma virtude mais oculta e fugidia; pois se há "coragem" nas acções criadas por Conrad, se há "ser bom" e "ser fiel", nunca se lhes pega o triunfo exemplar na batalha contra as forças adversas, antes a redutora evidência de um esforço inútil, quando não da morte, que será sempre destituída de heroísmos, quando muito lamento de outros tempos, os da mocidade — únicos poupados pelo Mal do mundo.”Aníbal Fernandes, na sua introdução a este livro -
Coração de Trevas e No Extremo Limite«Coração de Trevas é talvez o mais intenso dos contos elaborado pela imaginação humana. ( ) O segundo, No Extremo Limite, não é menos trágico. A chave da história é um facto que não revelaremos e que o leitor descobrirá gradualmente.» -
O Naufrágio do TitanicÉ desde modo que Joseph Conrad termina as suas primeiras reflexões sobre o naufrágio do Titanic. Na noite de 14 de Abril de 1912, em que o Titanic embateu num iceberg, Joseph Conrad, escritor e antigo marinheiro, acabava de escrever Acaso. A notícia fez com que voltasse de novo à secretária. Dez dias depois enviava à The English Review o artigo «Algumas Reflexões sobre o Naufrágio do Titanic», com opiniões que viriam a ser confirmadas pela bibliografia posterior. O autor de Linha de Sombra e O Negro do Narciso criticava a arrogância tecnológica do progresso. Num segundo artigo, de Julho de 1912, Conrad aprofundou as críticas, denunciando a escassez de botes salva-vidas e a pretensa estanquidade das divisões do navio. Este livro reúne ainda o artigo «A Protecção dos Transatlânticos» e uma carta «Ao Director do Daily Express». -
O Negro do Narciso, Coração de Trevas, Linha de Sombra e Outras HistóriasEste livro reúne cinco das principais novelas de Conrad. -
Lorde JimÉ um dos mais belos romances de Conrad, a par de Coração das Trevas, O Agente Secreto e Nostromo. -
Coração das TrevasO livro que inspirou o filme Apocalypse Now.Uma visão da África colonial que os anos tornaram polémica.Um romance assombroso que nos mergulha nas profundezas da selva africana e do turvo coração humano.Kurtz resume-o na perfeição: O horror! o horror!Aqui levanta-se o véu do inferno colonial, dissecando-se os limites da experiência humana. -
Lord JimJim é um romântico. Influenciado por leituras de juventude, de aventuras e heroísmo, e por uma rígida educação paterna, que lhe incutiu os valores da bravura e da nobreza, entra para a marinha mercante, em busca de cumprir esses ideais. Contudo, quando o momento chega, não resiste à pressão dos seus companheiros e abandona à morte todos os passageiros do navio, o Patna. O navio salva-se, Jim perde-se. Atormentado pela sua consciência, isola-se, sente-se perseguido pelas imagens do seu crime, pelo falhanço em viver de acordo com a imagem que tinha de si. Procura a redenção, uma nova oportunidade de se mostrar leal, bravo, herói. Conseguirá? Lord Jim, livro maior de Conrad, a par de Coração das Trevas, consagrou definitivamente o autor como um dos grandes da literatura inglesa. A sua influência é marcante e perdura até aos dias de hoje. Saul Bellow, por exemplo, prestou sentida homenagem a Conrad no seu discurso de aceitação do prémio Nobel. É um livro marcante e uma leitura inolvidável. A história do Homem contra si mesmo, de falhanço e redenção. Em suma, uma história da humanidade. ESTA EDIÇÃO INCLUI: Nota introdutória · Texto de Virginia Woolf sobre a obra de Joseph Conrad · Lista de personagens -
Freya das Sete IlhasMas tornou a voltar-se para o brigue. Ver a sua tão acalentada propriedade, que tinha a animá-la qualquer coisa pertencente à alma de Freya, único ponto de apoio de duas vidas neste vasto mundo, a segurança da sua paixão, a companheira de aventuras, a força que arrebataria a calma e adorável Freya, que ia trazê-la até ao seu peito e transportá-la e levá-la até ao fim do mundo; ver essa coisa bela, que dava um merecido corpo ao seu orgulho e ao seu amor, aprisionada na ponta de um cabo de reboque, não era uma agradável experiência. Havia nela qualquer coisa de pesadelo, como ver em sonhos, por exemplo, uma ave marinha carregada com um peso de correntes. [Joseph Conrad]
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet