ISFC - 40 Anos de História
A 11 de Setembro de um ano que viria a ser marcadamente trágico na vida do PSD, 1980, um grupo de 40 personalidades profundamente ligadas à vida do partido apadrinharam a constituição de uma associação de tipo fundacional que tinha como objectivos fundamentais a “defesa e a divulgação do ideal democrático e o estudo dos fenómenos culturais, sociais, económicos e políticos”. Foi registada em cartório como “Instituto Progresso Social e Democracia”.
Mais de quatro décadas com intervenção relevante de natureza social, cultural e política garantiram significativo prestígio do Instituto Sá Carneiro na sociedade portuguesa, ao encontro de uma convicção deixada pelo fundador do partido num depoimento para o centésimo número do “Povo Livre”, a de que “mais importante que a doutrinação é levar as pessoas a pensarem, a criticarem e a discernirem”.
O livro que agora se publica tenta sintetizar 40 anos de vida de um Instituto, lado a lado com a vida do país, uma espécie de braço armado do PSD na formação política e como produtor de ideias.
| Editora | Alêtheia |
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| Editora | Alêtheia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Joana Reis |
Joana Reis (1980) é doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela mesma instituição. É jornalista de política na CNN Portugal. Antes passou pela TVI, onde apresentou o programa Ephemera – Objectos com História (TVI24). É autora de várias obras dedicadas à história política contemporânea portuguesa.
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A Transição Impossível - A Ruptura de Francisco Sá Carneiro com Marcello CaetanoEste livro parte da ruptura de Francisco Sá Carneiro com Marcello Caetano para explicar a impossibilidade de transição de um regime autoritário para a democracia em Portugal, nos anos em que Marcello esteve à frente dos destinos do país (1968-74). A subida ao poder do novo Presidente do Conselho suscitou enormes expectativas de mudança, mas a esperança de abertura do regime depressa caiu por terra. Explorando o que falhou e os motivos pelos quais fracassou o processo de transição ansiado por muitos, ocupa lugar cimeiro o argumento de que Marcello Caetano foi sempre um homem avesso à democracia, que se manteve inconvertível até ao fim. A guerra no Ultramar como entrave para a liberalização, a falta de entendimento com a «ala liberal» e a possibilidade de ter havido equívocos iniciais entre personalidades do regime e aqueles que aceitaram integrar, na qualidade de independentes, as listas da União Nacional nas eleições de 1969 são aqui também destacadas. O livro percorre a luta da «ala liberal», defensora de uma transição de regime pacífica e faseada, vinda de dentro, mostrando a revisão constitucional de 1971 e as eleições presidenciais do ano seguinte como as grandes oportunidades perdidas por Marcello Caetano ensejo para uma transição de regime que, sob o seu comando, se revelava impossível. -
A Transição ImpossívelEste livro parte da ruptura de Francisco Sá Carneiro com Marcello Caetano para explicar a impossibilidade de transição de um regime autoritário para a democracia em Portugal, nos anos em que Marcello esteve à frente dos destinos do país (1968-74).Ver por dentro: -
Melo e Castro - O Provedor que Dizia sim à DemocraciaEste livro conta a história de vida de um homem que fez carreira no quadro político do Estado Novo, um apoiante de primeira linha de Marcello Caetano, arrojado, inquieto e destemido, empenhado numa evolução para a democracia, sem revolução, semelhante àquela que veio a cumprir-se em Espanha, com Adolfo Suárez. Melo e Castro pela proximidade que tinha com o Presidente do Conselho foi o mentor da «Ala Liberal» no processo de transição no Parlamento e o seu desaparecimento prematuro foi um dos factores determinantes para o bloqueio de qualquer abertura do regime. O livro percorre os vários cargos que ocupou no Estado Novo, com destaque para os anos em que foi Subsecretário de Estado da Assistência Social de Salazar, mas mostra sobretudo a vasta obra e a marca que deixou como Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Desde os ensinamentos do colégio dos jesuítas aos anos de boémia como estudante na Universidade de Coimbra, aqui se conta o percurso de vida entrelaçado com episódios da história, mas também se revelam alguns dissabores e nalguns casos guerras acesas, a mais grave das quais o obrigou a deixar a Misericórdia há cinquenta anos.Ver por dentro: -
Uma Campanha Americana: Humberto Delgado e as presidenciais de 1958Toda a história da campanha presidencial de Humberto Delgado: a maior ameaça democrática que o Estado Novo enfrentou .Em 1958, em plena ditadura, as eleições preparavam-se para ser mais uma encenação para manter aparências. Mas, ao contrário do que Salazar desejaria, a corrida para a Presidência da República foi um agitar sem precedentes das águas paradas do Estado Novo: Humberto Delgado, um homem do regime e militar no activo, juntou-se à oposição e candidatou-se, apesar da censura, das intimidações da PIDE e do desfecho previsível e condicionado nas mesas de voto.Influenciado pelos anos que viveu nos EUA, o «General sem Medo» lançou-se numa campanha com um profissionalismo comunicacional inédito no país, de aproximação às pessoas, com slogans e soundbites que perduraram muito além do período eleitoral – como «Obviamente, demito-o» ou «o medo acabou» –, e encheu praças e auditórios pelo país numa onda de entusiasmo democrático há muito apagado. Como este livro reconstitui, a campanha de Humberto Delgado foi um verdadeiro «terramoto político», e a maior ameaça que o Estado Novo enfrentou nos seus 40 anos de existência. -
Professor Mário PintoMário Pinto serviu Portugal, os Portugueses e a Igreja como jurista, deputado, ministro e sobretudo como uma voz viva, empenhada e dedicada aos valores da democracia e da fé, da cidadania e da educação, da liberdade e do compromisso.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»