José Régio e a Política
Contrariamente à ideia de que José Régio viveu ensimesmado, encerrado numa torre de marfim, alheio ao mundo que o rodeava e aos grandes problemas com que os homens se debatiam, a verdade é que, ao longo da sua vida, ele nunca deixou de tomar posições marcadamente políticas através de textos que publicou, ou por outras formas mais directas, individualmente, ou pela participação em movimentos de cariz oposicionista e democrático. Neste livro são estudadas a suas ideias políticas e as intervenções de carácter cívico que pontuaram a sua vida, desde 1925, até ao ano da sua morte, em 1969. Uma antologia de escritos políticos de sua autoria permite compreender melhor uma das facetas menos conhecidas de José Régio.
| Editora | Livros Horizonte |
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| Coleção | Intervenções |
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| Editora | Livros Horizonte |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Ventura |
António Ventura, Professor Catedrático Emárito da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi Diretor do Departamento de História, do Centro de História da Universidade de Lisboa e da Área de História das Faculdade de Letras de Lisboa. É autor de uma vasta bibliografia sobre História Contemporânea, com mais de três centenas de trabalhos publicados. Tem colaboração em diversas publicações periódicas nacionais e estrangeiras.
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O 5 de Outubro Por Quem o ViveuPela primeira vez num só volume, colocamos à disposição do público um conjunto pouco vulgar de fontes escritas pelos mais conhecidos jornalistas coevos e pelos militares e civis actores do 5 de Outubro, desde os mais destacados elementos da revolução até ao mais obscuro voluntário da Rotunda.Com organização e notas de António Ventura, professor catedrático de História Contemporânea e director do Centro de História da Universidade de Lisboa, aqui se reconstituem as jornadas revolucionárias de 3, 4 e 5 de Outubro de 1910, através de testemunhos que nos ajudam a compreender os antecedentes, o curso dos acontecimentos e as motivações daqueles que tudo arriscaram em nome da mudança de regime. No seu conjunto, estes escritos elaborados por participantes, testemunhas ou contemporâneos com visões parcelares dos acontecimentos, constituem, na sua pluralidade e até pelo carácter contraditório de alguns, um conjunto valioso para a compreensão da Revolução republicana, cem anos depois. -
O Combate de Flor da Rosa: Conflito Luso-Espanhol de 1801A guerra que opôs portugueses e espanhóis, em 1801, teve como palco privilegiado o Alto Alentejo. Nessa breve campanha de duas semanas, que se saldou pela derrota das forças lusitanas e pela perda de Olivença e seu termo, apenas ocorreram acções militares com algum significado em Arronchesw, Flor da Rosa e Campo Maior. O presente estudo incide sobre o segundo daqueles combates, com a publicação de alguns documentos inéditos sobre o evento. -
Os Constituintes de 1911 e a MaçonariaNo presente livro é estudado um momento determinado da História da primeira República, e avalia-se a relação entre a Maçonaria e os deputados maçons que tomaram assento na Assembleia Nacional Constituinte de 1911, cujo centenário agora se comemora. Procura-se responder a quatro questões fundamentais: quantos maçons tomaram assento nas Constituintes? Que papel desempenharam como representantes da Maçonaria? Que influência tiveram na elaboração da Constituição? Que responsabilidades tiveram na eleição do primeiro Presidente da República? -
A Grande Guerra por Quem a ViveuO ano em que se assinala o centenário do fim da Grande Guerra «A seleção dos depoimentos obedeceu a duas preocupações principais: manter um certo equilíbrio entre autores consagrados, alguns dos quais ganharam créditos no panorama literário nacional, como Jaime Cortesão, Augusto Casimiro, André Brun e Carlos Selvagem, a par de outros que permaneceram praticamente esquecidos, e cuja bibliografia se limitou à obra que escreveram sobre a sua experiência de guerra. Procurámos contemplar as três frentes de combate – Europa, Angola e Moçambique –, com as suas especificidades. Privilegiámos a transmissão da experiência vivida, o medo e a coragem, o desespero e a esperança, o humor e o drama. Sentimentos e sensações mescladas, numa experiência única vivida durante o maior drama que a humanidade conheceu até então, e que se julgava que jamais se repetiria, dada a sua dimensão apocalíptica. Vãs esperanças. Vinte anos depois, novo conflito iria eclodir, ainda mais sangrento e destruidor, como que a demonstrar que o Homem persiste em não aprender com os erros cometidos.» -
Os Postais da Primeira RepúblicaPrimeiro de uma série de seis irresistíveis álbuns ilustrados, em parceria com a Comissão para as Comemorações do Centenário da República 1910-2010. -
Portugal na Grande Guerra: Postais ilustradosPortugal entrou oficialmente na Grande Guerra em 1916. No entanto, os primeiros combates com o adversário haviam começado em África, em 1914. Neste ano, surgiram em Portugal os primeiros postais ilustrados alusivos às expedições portuguesas a Angola e Moçambique, e à guerra em geral, de cariz patriótico e de solidariedade com os Aliados. Ao longo do conflito, a participação portuguesa continuou a ser tema de inúmeros postais, tanto de produção nacional como de outros países aliados. As colecções de postais aqui representadas dão a conhecer um universo sugestivo, onde a tragédia se mistura com o humor, a ingenuidade e o heroísmo. -
A Marinha de Guerra Portuguesa e a MaçonariaA presença de militares na Maçonaria Portuguesa foi uma constante desde o século XVIII, constituindo um dos grupos mais representados nos seus quadros. Neste livro estuda-se a presença de oficiais da Marinha de Guerra naquela associação, com maior destaque para o segundo quartel do século XIX e as primeiras décadas do século XX, até 1935, ano em que a Maçonaria foi proibida. Deste estudo podemos concluir que algumas das figuras fundamentais da História da Marinha Portu-guesa estiveram ligadas à Maçonaria, em diversos con-textos políticos e com diferentes evoluções nos seus percursos biográficos; exerceram cargos de destaque tanto na Marinha como fora dela, e os seus nomes ficaram associados, àquela instituição militar. A obra inclui quase duas centenas de biografias de oficiais da Marinha, com referência especial aos seus currículos maçónicos. -
Chefes de Governo Maçons: Portugal (1835-2016)A Maçonaria exerceu uma influência marcante na vida do nosso país, desde a sua implantação, no século XVIII. A ela pertenceram militares e professores, comerciantes e fun-cionários públicos, clérigos e artistas, proprietários e traba-lhadores. E também políticos de diversas orientações, fazendo jus ao pluralismo de opiniões que sempre caracte-rizou a Maçonaria. É assim natural que nos últimos trezen-tos anos muitos governantes tivessem ligações à Maço-naria. O presente álbum incide sobre os chefes de governo que pertenceram à Maçonaria, desde a implantação defi-nitiva do Liberalismo em 1834. Englobando, em número de 34, os que foram comprovadamente Maçons, e não os que a tradição considerava como tal, a obra contém as bio-grafias genéricas de cada um, dando um especial enfoque à vertente maçónica com o maior pormenor possível, as quais são acompanhadas de documentos, na maior parte iné-ditos, comprovativos dessa filiação. Por outro lado, é profu-samente ilustrada com retratos, obras de arte diversas - esculturas, pinturas, monumentos - e reprodução fac-simi-lada de documentos originais. No conjunto, uma obra pois reveladora de aspectos desconhecidos da vida de algumas figuras que marcaram profundamente a nossa vida política nos últimos dois séculos, que, pela sua qualidade, carácter inédito e não especulativo, irá constituir uma referência incontornável para quem queira conhecer melhor a nossa História Contemporânea. -
A Maçonaria Portuguesa e a Grande Guerra (1914-1918)Fiel aos grandes valores instituídos, a Maçonaria desde sempre teve influência em ocorrências históricas mar-cantes. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi uma delas. A nível individual, como prescreviam as suas obe-diências, também ela tomou posição em relação a esse conflito. Houve quem fosse a favor da participação portu-guesa por via da manutenção das colónias, na altura sob o ataque alemão, e quem, consciente dos nossos fracos recursos militares, discordasse dela. Dualidade de posi-ções que espelhava o pensamento de Portugal, já sob a égide da jovem República, desejoso, por um lado, de se afirmar na cena internacional e, por outro, temendo não estar à altura de uma participação nessa guerra, como, aliás, opinava a Inglaterra. Em retaliação do aprisiona-mento de navios germânicos ancorados em portos portu-gueses, a Alemanha declarou-nos guerra e assim se de-cidiu por fim a nossa participação nesse conflito mundial. Com o conhecimento e autoridade que detém nesta matéria, revela-nos António Ventura, nesta sua investiga-ção, as diferentes posições da Maçonaria nessa guerra, o peso que elas tiveram, e os nomes dos muitos maçons que nela perderam a vida. -
Mais Postais da Primeira RepúbDepois do Sucesso do primeiro álbum de postais da primeira república, António Ventura mostra ao público centenas de outras preciosidades históricas que permitem conhecer melhor Portugal entre 1910 e 1926, bem como a produção artística e fotográfica reproduzida nos postais. O extraordinário impacto visual e a pertinência do tema, no auge das comemorações da República, farão deste livro uma oferta de Natal perfeita.
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Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
NovidadeSobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
NovidadeA Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
O Infinito num JuncoA Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir – contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo,La Vanguardia e The New York Times(Espanha). -
O Anticrítico«O Anticrítico» é uma compilação dos ensaios de Diogo Vaz Pinto — textos de crítica literária, e não só —, escritos entre 2014 e 2023, incluindo alguns inéditos. «Não tenho conta para as vezes todas em que, para ir com a rábula insultuosa que me tecem, pegando uns onde outros deixaram, numa cooperativa de imbecis que, sinceramente, me comove, já me quiseram tirar a condição que vem de tudo o que faço. Mais difícil seria desmontar alguma coisa. Resta que, ou ignoram muito vermelhuscos, ou a ideia é revogar-me a carta, licença, prostrar-me na indigência de eu ser uma qualquer abominação, «Bicho», monstro que ligam com tudo o que é baixo, e mesmo assim paira sobre eles sem explicação. Um Chernobyl encarnado. Crítico não sou. Ou só pseudo. Videirinho e jornaleiro, pilha-galinhas e o mais que eu coso bem ao meu estuporado currículo. Pois seja, eu fico então gordo disso tudo. E viro-me do avesso. Sou o anticrítico, então! Roubando esta de Augusto de Campos sem pudor. Há muito que não me retiram do sentido a ideia de que o principal é cortar com a impostura disto tudo. A gloríola da mediocridade, o sentido gregário, essa ratada ficção ligando os «egozinhos de porta-aberta» do nosso meio literato.» -
Terra QueimadaEnsaio profético e demolidor, TERRA QUEIMADA (2022) expõe a forma como o complexo internético se tornou «motor implacável de vício, solidão, falsas esperanças, crueldade, psicose, endividamento, vida desbaratada, corrosão da memória e desintegração social». Nele, Jonathan Crary faz uma crítica radical da digitalização do mundo e denuncia realidades inegáveis: a incompatibilidade entre um planeta habitável e a economia consumista e técnica, a atomização provocada pelas redes sociais, a era digital como fase terminal do capitalismo planetário. «Se é possível um futuro habitável e comum no nosso planeta», conclui, «esse futuro será offline, dissociado dos sistemas e da actividade do capitalismo 24/7, que destroem o mundo». -
Mário Cesariny e Antonio Tabucchi - Cartas e outros TextosFernando Cabral Martins: «O surrealismo português já tinha atingido no final dos anos sessenta uma definição que tornava possível, de um ponto de vista exterior, descomprometido, fazer uma avaliação de conjunto.» Antonio Tabucchi veio a Portugal no rasto de um poeta: Fernando Pessoa, ou melhor Álvaro de Campos, de quem lera por acaso o poema «Tabacaria». Quis aprender a língua do autor do poema e para isso inscreveu-se na cadeira de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Pisa, que então frequentava. O seu mestre foi uma professora especial, bela, inteligente e culta, Luciana Stegagno Picchio. Antonio quis conhecer o país onde se falava aquela língua e ao qual pertencia aquele poeta e, na Primavera de 1965, com o seu Fiat 500, chegou a Portugal. Aí conheceu uma portuguesa com quem falou de Pessoa, e com quem continuou a trocar correspondência até ao ano seguinte, quando se tornaram namorados, vindo depois a casar (1970). Mas até lá, veio amiúde a Portugal […] e começou a interessar-se pelo Surrealismo português, sobre o qual havia muito pouco material crítico, praticamente nada, em vista da sua futura tese de licenciatura. Conheceu então (1967) dois membros ilustres daquele movimento, dois grandes poetas, Alexandre O’Neill e Mário Cesariny de Vasconcelos, com quem passou muitas horas, primeiro para os entrevistar e depois, com sempre maior intimidade, já com laços de amizade, só pelo prazer de estarem juntos. [Maria José de Lancastre] Esta é a história de um desencontro. Cesariny, como o surrealismo, considerava a universidade um inimigo, e Tabucchi, para todos os efeitos, era em 1971 um universitário. Mesmo se, no caso dele, havia por parte do poeta o agrado de ver como a sua poesia e o seu lugar no surrealismo português eram reconhecidos — pela primeira vez — por um leitor com a distância crítica e a óbvia inteligência de Antonio Tabucchi. Aqui, nos textos que documentam o contacto directo entre ambos do final dos anos 60, pode ver-se uma ilustração do modo como a história do surrealismo foi sendo feita, com que ritmo e a partir de que posições. E que implica a consciência, por parte do poeta, da importância do sentido que a crítica atribui à História, capaz (ou não) de tornar o passado digno do presente, ou vice- -versa. E manifesta, por parte do jovem crítico italiano, a intuição da grandeza de um movimento que evoluía na sombra, num carceral jardim à beira-mar. [Fernando Cabral Martins]
