Manifesto em Defesa de Uma Morte Livre
| Editora | Parsifal |
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| Editora | Parsifal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Miguel Real |
Miguel Real é escritor e ensaísta. Dos vários livros que publicou, destacam‑se os romances A voz da terra, pelo qual recebeu o Prémio Literário Fernando Namora, O feitiço da Índia, que mereceu o Prémio SPA Autores, e os ensaios Nova teoria do mal, Nova teoria da felicidade, Portugal — um país parado no meio do caminho, Nova teoria do Sebastianismo e Nova teoria do pecado. Sobre a vida e obra de José Saramago, escreveu, entre outros, Narração, maravilhoso, trágico e sagrado em Memorial do convento e Pessoa & Saramago. Participou em José Saramago. Nascido para isto, organizado por Carlos Reis, e em José Saramago: A escrita infinita, organizado por Carlos Nogueira. Em setembro de 2022 publicou, na Companhia das Letras, As 7 vidas de José Saramago, aclamada biografia do Prémio Nobel português.
O Ultimo Minuto na Vida de Saramago é o seu primeiro romance nesta chancela.
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A Guerra dos MascatesMiguel Real oferece-nos com A Guerra dos Mascates a narrativa de um confronto entre pequenos comerciantes e aristocratas que mobilizou a totalidade da população das cidades de Recife e Olinda no século XVIII. Revoltados contra o poder dos mazombos - senhores todo-poderosos do Pernambuco, proprietários de engenhos de açúcar e herdeiros da elite que expulsou os Holandeses do território -, os mascates insurgem-se contra a exploração de que são vítimas e decidem fazer uma sublevação. Na linha da frente está Vidal Rabelo, cujo casamento com a nobre Leonor Barbalho foi impedido de consumar e que tudo fará para recuperar a «sua recém, recém, recém senhora», nem que seja raptando-a, se for preciso. A seu lado, entre tantos outros, perfilam-se Julinho Telles Fernandes, a corajosa Violante Dias e o grande lutador pela libertação dos escravos Lula Aparecido da Silva. Amor romântico e ódio colectivo, febre de fé e febre de dinheiro, dignidade social e vingança pessoal, conjugam-se na descrição de personalidades inesquecíveis do cândido ao malévolo para compor um romance deliciosamente irónico que confirma Miguel Real como um dos mais portentosos ficcionistas da actualidade. -
A Voz da TerraJúlio Telles Fernandes - brasileiro viúvo e rico - chega a Lisboa com duas missões secretas: interceder junto do Marquês de Pombal pela independência do Pernambuco e entregar nas mãos da judia Violante Dias, prima da sua falecida mulher, um anel que há muito vem passando de geração em geração. A Voz da Terra narra a história da passagem da Lisboa supersticiosa, marinheira e imperial dos Descobrimentos - a Cidade de Santo António, governada pela Voz do Céu - para a Lisboa burguesa, racional e geométrica, consequência do Terramoto - a cidade do Marquês de Pombal. -
Nova Teoria do MalEste é um pequeno livro de Filosofia sobre a origem e as consequências do mal, que tenta explicar por que razão a acção de um homem com poder que humilha outro, retirando-lhe direitos, confere prazer interior a esse homem. A motivação do autor prende-se com o facto de, por exemplo, um ministro que corta do orçamento as verbas para transplantes estar indirectamente a contribuir para a morte de vários indivíduos, sem, no entanto, alguém poder dizer que esse ministro era um homem mau. Mas, na verdade, as consequências do seu acto têm o mesmo efeito de um assassínio. Livro polémico, que nos ajuda a perceber que o mal não é só aquilo que pensamos. «Hoje, sempre que vos apareça no ecrã da televisão um economista com funções governamentais - não duvideis: eis a face explícita do mal, aquele que levou a Europa à decadência e se prepara para, alegremente, destruir o planeta.» - Miguel Real -
O Feitiço da Índia - O Feitiço da Índia Três portugueses, em três épocas diferentes, deixam-se encantar pela Índia e pelas suas mulheresO Feitiço da Índia narra a história de três homens:José Martins, o primeiro português a tocar solo indiano, ido como degredado na armada de Vasco da Gama. Casado em Alfama com a moura Rosa, apaixonou-se por Rhema em Cochim, casou-se de novo e morreu em Goa, enfeitiçado pela Índia;Augusto Martins, o único português (não luso-indiano) a permanecer em território de Goa após a invasão das tropas da União Indiana em 18 de Dezembro de 1961. Casado em Lisboa com a mulher-a-dias Rosa, apaixonou-se em Salcete pela menina Rhema, filha de um brâmane, gerando Sumitha, morrendo em Goa enfeitiçado pela Índia;A história do narrador, descendente de José Martins e filho de Augusto Martins, que, em 1975, após o reatamento das relações entre Portugal e a União Indiana, partiu para Goa à procura do pai e ali permaneceu até hoje, vivendo com Rhema e Sumitha, enfeitiçado pela Índia.Através da experiência destas personagens inesquecíveis - e com a ironia e a qualidade a que Miguel Real nos habituou -, O Feitiço da Índia oferece-nos o retrato fascinante de Goa e da costa do Malabar, na Índia, em três épocas marcantes da sua história. -
Nova Teoria da Felicidade´Este pequeno livro de filosofia versa sobre a origem e as consequências da felicidade ou da falta dela, sobre o que é ser feliz (seguindo o pensamento de outros filósofos, como Matias Aires) e sobre o que na sociedade actual é impedimento para a vida plena e feliz. Em diálogo com outro livro do autor (Nova Teoria do Mal), procura estabelecer uma relação lógica mas não dependente entre os dois conceitos.«Nova Teoria do Mal escandalizou. Fico feliz se Nova Teoria da Felicidade também escandalizar, embora o tema seja menos polémico. Escandalizar, para espíritos pobres, significou, em Nova Teoria do Mal, aprovar ou não aprovar entusiasmadamente. Desejaria que Nova Teoria da Felicidade escandalizasse de outro modo - que a sua recepção fosse remetida ao mais absoluto silêncio e que cada leitor, suspendendo os seus preconceitos cristalizados, meditasse sobre as teses nele apresentadas. Meditasse com o sangue da memória e a sabedoria da experiência, reflectisse sobre as quatro ou cinco teses nele defendidas animado do mesmo temor e do mesmo delírio com que as desenvolvi. Ao fim e ao cabo, trata-se da vida pessoal de cada leitor - saber se é possuidor de uma vida satisfeita, uma vida realizada ou uma vida feliz. Ou, simplesmente, uma vida frustrada.» -
Nova Teoria do SebastianismoNova Teoria do Sebastianismo é um ensaio que reflecte sobre o mito sebastianista como alucinação racionalmente falsa mas sentimentalmente verdadeira e nos dá a conhecer os autores que trataram o tema, desde Bandarra e Padre António Vieira até aos filósofos contemporâneos, passando por Fernando Pessoa, António Quadros, António Sérgio e Eduardo Lourenço. O presente título insere-se numa colecção na qual foram já publicados dois outros títulos de Miguel Real: Nova Teoria do Mal e Nova Teoria da Felicidade enquanto propostas para uma ética do século XXI. «Ser sebastianista hoje [...] significa, não a esperança no indefinido regresso de D. Sebastião, nem acreditar neste como o Messias regenerador da sociedade portuguesa, [...] mas ter plena consciência de que em Portugal só se atinge um patamar próspero de vida se algo (uma instituição) ou alguém dotado de elemento carismático nos prestar um auxílio que nos retire, por meios extraordinários, do embrutecimento e empobrecimento da vida quotidiana: a subserviência rastejante ao Partido, a cunha do «Senhor Doutor», a crença no resultado do totoloto ou do euromilhões, a promessa a Nossa Senhora de Fátima ou santo congénere... Esse algo ou alguém, quando negado em Portugal, impele à emigração, forçando o português a buscar no estrangeiro o que, devido às políticas de auto-favorecimento das elites, lhe é negado na sua terra natal.» -
O Último Europeu: 2284Em 2284, a Europa é maioritariamente composta por Baldios governados por clãs guerreiros que escravizam as populações esfomeadas; subsiste, porém, um território isolado por um cordão de segurança com uma sociedade que, por via da ciência e da tecnologia, atingiu um nível altíssimo de felicidade individual, pois todos os desejos podem ser consumados, ainda que apenas mentalmente. Nesta Nova Europa, as relações sexuais são livres e não se destinam à procriação: as crianças, desconhecendo os pais, nascem nos Criatórios em placentas sintéticas e seguem para Colégios onde, sem a ajuda de livros, andróides especializados incrementam as suas competências como futuros Cidadãos Dourados. As famílias reúnem-se por afinidades, ninguém trabalha e nem sequer existem nomes, para que ninguém se distinga, já que todas as conquistas se fazem em nome da comunidade. Mas este mundo aparentemente perfeito sofre uma inesperada ameaça: a Grande Ásia, lutando com graves problemas de demografia, acaba de invadir a Europa... Um velho Reitor, estudioso do passado, é chamado a liderar uma equipa que possa refundar algures a Nova Europa e a deixar testemunho da sua História. Vinte e cinco anos depois da queda do Muro de Berlim, Miguel Real constrói uma utopia sublime no contexto de um novo paradigma civilizacional, revelando o seu talento de escritor e filósofo e, ao mesmo tempo, chamando a atenção para o esgotamento da Europa actual. -
Portugal: Um País Parado no Meio do Caminho 2000-2015Neste ensaio, Miguel Real reflecte sobre os efeitos da interrupção do processo de modernização europeia de Portugal nos últimos quinze anos e o que representam para diferentes grupos sociais antes e depois dessa interrupção figuras como Siza Vieira e Olga Roriz, Joana Vasconcelos, Cristiano Ronaldo ou José Mourinho. O presente título insere-se numa colecção na qual foram já publicados três outros títulos de Miguel Real: Nova Teoria do Mal, Nova Teoria da Felicidade e Nova Teoria do Sebastianismo. -
Nova Teoria do Pecado«O pecado constitui a categoria filosófica e religiosa sobre a qual a Europa cristãassentou as suas constantes culturais e civilizacionais e sobre a qual edificou a base fundamental do Poder, o poder religioso, mas sobretudo o poder político e social. Quando se refere que a Europa cristãergueu a sua civilização com base na categoria religiosa de pecado diz-se, consequentemente, que ela assentou a sua civilização sobre o modo singular de viver com a emoção primária de Medo e com o sentimento de Culpa. Medo e Culpa constituem as duas colunasético-morais que sustentam o edifício do Pecado. Por isso, Pecado, Medo e Culpa constituem o triânguloético-religioso abordado neste ensaio.» -
Cadáveres às CostasUm romance admirável sobre Portugal (e a mentalidade portuguesa), um país que ainda não conseguiu curar das feridas do seu passado histórico recente. Após a morte do pai, um jovem abandona o curso de Direito e aluga um pequeno apartamento no sótão de um palacete de Lisboa, com o fito de escrever um romance. Aí vive a família Peralta Perestrêllo, cuja matriarca centenária – d. Consolação, há muito acamada – é visitada no dia 13 de Maio de 2017 pela aparição da irmã Lúcia, após o que consegue erguer-se e dar uns passinhos. Filho, nora e netos ficam hesitantes quanto a acreditar no suposto milagre; mas cada um a seu modo (e também a Igreja, chamada imediatamente para avaliar a situação) descobre como retirar dividendos do episódio – o mesmo acontecendo, aliás, com o jovem escritor que, sem ideias para o seu romance de estreia, tem subitamente um filão ao dispor, para não falar do seu interesse pela neta mais nova da miraculada... Porém, entre as aparições, a depressão da mãe viúva, a história secular do palacete e o passado e presente da família Peralta, que não se recomenda, chegará a escrever uma página que seja? Cheio de humor (mas também de crítica e até de alguma verrina), Cadáveres às Costas é um romance admirável sobre Portugal (e a mentalidade portuguesa) que, apesar do século xxi, ainda não conseguiu curar-se de muitas das feridas do passado.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.