
Poderá gostar
Detalhes do Produto
- Editora: Palimage
- Categorias:
- Ano: 2022
- ISBN: 9789897032837
- Número de páginas: 432
- Capa: Brochada
Sinopse
Diz-nos Mia Couto, num dos seus textos de intervenção: «A pergunta poderia ser: qual é a responsabilidade do escritor para com a democracia e os direitos humanos? É toda. Porque o compromisso maior do escritor é com a verdade e com a liberdade. Para combater pela verdade o escritor usa uma inverdade: a literatura. Mas é uma mentira que não mente.», Couto, Mia. «Que África escreve o escritor africano?», Pensatempos - Textos de Opinião. Lisboa: Caminho, 2005, p. 59. Para depois acrescentar: «o escritor não é, apenas, aquele que escreve. É aquele que produz pensamento [...]. Mais do que isso, o escritor desafia os fundamentos do próprio pensamento.», p. 63.
Jacques Derrida tem, em «Cette étrange institution qu’on appelle la littérature», uma formulação que nos parece ajudar a situar melhor a posição do escritor, nesse seu duplo compromisso: «mesmo se elas o fazem de modo desigual e de forma diferente, a poesia e a literatura têm como traço comum o suspender da ingenuidade «tética» da leitura transcendente. Isso dá também conta da força filosófica dessas experiências [literárias e poéticas], uma força de provocação a pensar a fenomenalidade, o sentido do objeto, mesmo o ser como tal, uma força pelo menos potencial, uma dynamis filosófica.», Derrida, Jacques. «Cette étrange institution qu’on appelle la littérature» in Dutoit, Thomas; Romanski, Philippe (dir.), Derrida d’ici, Derrida de là. Paris: Galilée, 2009, p. 265.