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Detalhes do Produto
- Editora: Sistema Solar
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- Ano: 2022
- ISBN: 9789895680283
- Número de páginas: 96
- Capa: Brochada
Sinopse
Este Claudel ligado à diplomacia viveu em Nova Iorque e Boston; esteve em várias cidades da China — o que lhe deu oportunidade para as belas prosas poéticas de Connaissance de l’Est (1900) e de L’Oiseau noir dans le soleil levant (1927); e a este desfile de honrosos cargos de embaixada acrescentemos Praga, Roma, Rio de Janeiro, Tóquio, Copenhaga, Washington…
A sua imagem começou, com este fervoroso catolicismo associado às honras de uma bem-sucedida carreira diplomática, a ser roída por uma sonora animosidade; o Claudel-poeta-dramaturgo-ensaísta-prosador, que surgia enfeitado com fortes brilhos de Estado, era católico de missa diária e fazia-o com uma exibição que parecia mentirosa perante as realidades sociais da sua vida; mas também complicava um pouco as vontades de maledicência, por não ser fácil negá-lo como grande poeta.
Isto não impediu que bastantes personalidades da literatura francesa o tivessem deixado ferido por incomodadas memórias. André Gide, seu inimigo de estimação, dizia que Claudel «era um senhor iludido, a julgar que se chegava ao Céu numa carruagem-cama»; Claudel respondia, dizendo que «Gide era um senhor que ia chegar ao Inferno de metro».
Réplicas como estas circulavam como pormenor picante na conversa dos meios literários de Paris; mas, bem mais elucidativo e duradouro, é o que ficou escrito.
[Aníbal Fernandes]
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