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Morte de Judas seguido de O Ponto de Vista de Pôncio Pilatos

Paul Claudel

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Sinopse

Este Claudel ligado à diplomacia viveu em Nova Iorque e Boston; esteve em várias cidades da China — o que lhe deu oportunidade para as belas prosas poéticas de Connaissance de l’Est (1900) e de L’Oiseau noir dans le soleil levant (1927); e a este desfile de honrosos cargos de embaixada acrescentemos Praga, Roma, Rio de Janeiro, Tóquio, Copenhaga, Washington…

A sua imagem começou, com este fervoroso catolicismo associado às honras de uma bem-sucedida carreira diplomática, a ser roída por uma sonora animosidade; o Claudel-poeta-dramaturgo-ensaísta-prosador, que surgia enfeitado com fortes brilhos de Estado, era católico de missa diária e fazia-o com uma exibição que parecia mentirosa perante as realidades sociais da sua vida; mas também complicava um pouco as vontades de maledicência, por não ser fácil negá-lo como grande poeta.

Isto não impediu que bastantes personalidades da literatura francesa o tivessem deixado ferido por incomodadas memórias. André Gide, seu inimigo de estimação, dizia que Claudel «era um senhor iludido, a julgar que se chegava ao Céu numa carruagem-cama»; Claudel respondia, dizendo que «Gide era um senhor que ia chegar ao Inferno de metro».

Réplicas como estas circulavam como pormenor picante na conversa dos meios literários de Paris; mas, bem mais elucidativo e duradouro, é o que ficou escrito.

[Aníbal Fernandes]

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Autor

Paul Claudel

Poeta francês, dramaturgo e diplomata, cujo trabalho mostra a influência do Catolicismo, de S. Tomás de Aquino e Dante. De todos os seus trabalhos é de destacar Cinq Grandes Odes - Cinco Grandes Odes - (1910) e Les Soulier de Satin - O Sapato de Santanás - (1929).

Nasceu em Villeneuve-sur-Fère-en-Tardenois, em Aisne (cidade onde se desenrola a peça), no seio de uma família de fazendeiros de classe média.

Após terminar os seus estudos, em Paris, tornou-se diplomata em 1898. Dois anos depois entrou para a Abadia de Ligugé como oblata da ordem Beneditina.

Casou-se em 1906 com Sainte-Marie Perrin e dado que era diplomata passou a maior parte dos anos, até 1934, fora de França: América, China, Brasil, Itália, entre outros, e já como embaixador em Tóquio e Washington (1927-1933) e, finalmente, em Bruxelas. Em 1935 retirou-se para o seu castelo em Brangues (Isêre).

Apesar da oponência Nazi, Paul Claudel consegue escrever uma Ode triunfal para Pétain, em 1940, e outra, mas desta vez para o General De Gaulle, em 1944, sem ser acusado de oportunismo. Em 1944 foi eleito para a Academia Francesa e no dia 1 de Maio de 1950 foi honrado pelo Papa numa cerimónia pública e inaudita.

Morreu em Paris em Fevereiro de 1955.

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