O Cunho do Editor
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A figura do editor está em declínio. Outrora determinante para a formação de um critério de qualidade e de um público lúcido e competente, vê-se hoje reduzido a mero intermediário entre autor e leitor. Na nossa época, impera a lógica do imediatismo, da velocidade e do lucro a todo o custo, em prejuízo de uma sociedade esclarecida e participativa. Nesta coleção de ensaios sobre o mundo da edição, Calasso, o célebre editor da Adelphi e ensaísta por mérito próprio, desmistifica a ideia de que o leitor sabe o que quer ler e de que a leitura de seja o que for é, por si só, benéfica. Baseando-se nos exemplos de editoras como a Gallimard, a Einaudi, a Suhrkamp e a Farrar, Straus & Giroux, Calasso lança os prolegómenos para o princípio da «edição como género literário», mostrando como um editor da estirpe que representa escreve, com os livros que publica, o melhor livro de todos: o seu catálogo.
| Editora | Edições 70 |
|---|---|
| Coleção | Extra Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Roberto Calasso |
Roberto Calasso
Roberto Calasso (1941-2021) foi um editor, escritor e ensaísta italiano. Em 1962 junta-se à recém-criada Adelphi, onde trabalha ininterruptamente e da qual se torna diretor editorial em 1971 e diretor-geral em 1990. A partir de 1999, torna-se presidente da editora. Paralelamente à sua atividade editorial, Calasso desenvolve uma carreira como escritor e ensaísta. Nas suas obras, indaga os mitos e o passado para investigar o presente do ser humano.
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The Book of All BooksA book that begins before Adam and ends after us. In this magisterial work by the Italian intellectual superstar Roberto Calasso, figures of the Bible and its whole outline emerge in a new light: one that is often astonishing and disquieting, as indeed—more than any other—is the book from which they originate Roberto Calasso’s The Book of All Books is a narration that moves through the Bible as if through a forest, where every branch—every verse—may offer some revelation. Where a man named Saul becomes the first king of a people because his father sent him off to search for some donkeys that had gone astray. Where, in answer to an invitation from Jerusalem’s king, the queen of a remote African realm spends three years leading a long caravan of young men, girls dressed in purple, and animals, and with large quantities of spices, to ask the king certain questions. And where a man named Abraham hears these words from a divine voice: “Go away from your land, from your country and from the house of your father toward the land that I will show you”—words that reverberate throughout the Bible, a story about a separation and a promise followed by many other separations and promises. The Book of All Books, the tenth part of a series, parallels in many ways the second part, The Marriage of Cadmus and Harmony. There, gods and heroes of the Greek myths revealed new physiognomies, whereas here many figures of the Bible and its whole outline emerge in a new light: one that is often astonishing and disquieting, as indeed is the book—more so than any other—from which they originate. -
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