Imagine que você é um dos executivos mais festejados do país. Que seu nome está diariamente nas capas de revistas e de jornais e que o que você faz ou deixa de fazer impacta o resultado diário da bolsa de valores. Imagine, então, que você é demitido. Esta é a primeira vez que Manoel Horácio conta sua versão sobre a demissão do cargo de CEO da Telemar em 2001, hoje Oi, então recém-privatizada e que, sob sua gestão, havia se tornado a empresa mais eficiente do setor de telecomunicações do país. Essa história eletrizante, envolvendo ciúmes corporativos, acionistas com interesses de curto prazo e intensa cobertura da mídia, é uma das muitas que Horário, 76, relata neste livro. Executivo com fama de reestruturador, ele fez história como gestor que envolvia as pessoas nas decisões, tocava música clássica enquanto trabalhava e, nas palestras e conversas com a equipe, declamava poesias de Fernando Pessoa e Fernando Sabino. De tudo o que fez na carreira de muitas décadas, só manifesta um pesar: não ter comandado a Ericsson, empresa onde cresceu e apareceu para o Brasil. Em O Equilibrista, título que remete duplamente ao prêmio que ganhou em 1989 e à sua habilidade de conciliar os interesses pessoais e profissionais, Horácio também conta sobre o relacionamento com acionistas, sua experiência em conselhos e sua habilidade de se relacionar com os jornalistas.
Quis o destino que as vidas de Snu Abecassis e Sá Carneiro se cruzassem um dia, para nunca mais voltarem a ser iguais. A «Princesa que veio do frio», como se referiam a ela, era uma mulher obstinada, forte e cheia de vida. Fundadora das Publicações Dom Quixote, Snu criou uma linha editorial que não se cansava de enfrentar o regime. Ela era uma mulher que não tinha medo de nada. Assim foi Snu na vida profissional, mas também na pessoal, cuja grande paixão com Sá Carneiro desafiou todas as leis do Estado Novo. Por Sá Carneiro, Snu pediu o divórcio, o que era um escândalo na época. Por Snu, Sá Carneiro abandonou um casamento ultra conservador (não conseguindo, porém, de imediato o divórcio). Contra tudo e contra todos, assumiram uma união de facto, muito mal vista na época, e comportavam-se como marido e mulher. Mesmo sabendo que a sua carreira política poderia ficar ameaçada por esta união, Sá Carneiro não desarmou nunca, chegando a dizer inclusive em 1977 que «Se a situação for considerada incompatível com as minhas funções, escolherei a mulher que amo». Este livro vai fazê-lo reviver uma das mais emocionantes histórias de amor já vividas em Portugal, uma história inspiradora interrompida apenas pelo trágico acidente/atentado de Camarate, onde ambos ambos perderam a vida. Revivendo a história de Snu e Sá Carneiro o leitor terá ainda a oportunidade de viajar por alguns dos capítulos mais importantes da história da democracia em Portugal, nos quais Sá Carneiro era um dos protagonistas principais.Ver por dentro:
«As histórias que aqui se contam são reais. Nada do que aqui é posto na boca destas mulheres é inventado, nem mesmo as expressões ou os comentários. […] Por outro lado, todas as histórias estão relacionadas com a condição feminina, conduzindo muitas vezes a situações dramáticas na vida das mulheres, que são nossas contemporâneas.»
Quem quiser saber como é a vida em tempo de guerra, tem de perguntar a uma mulher. Com início a 20 de Abril de 1945, o dia em que Berlim viu pela primeira vez a face da guerra, a autora deste diário descreve o quotidiano de uma cidade em ruínas, saqueada pelo exército russo. Durante dois meses, afasta a angústia e as privações sofridas, e concentra-se no relato objectivo e racional das suas experiências, observações e reflexões. Apesar dos constantes bombardeamentos, de actos de violação, do racionamento alimentar e do profundo terror da morte, este diário traça- nos uma perspectiva única de uma mulher dotada de um optimismo notável, que não se deixa abater pelas agruras sofridas. Quem ler este diário, jamais o esquecerá.Ver por dentro: