O Fim da História e o Último Homem
À medida que o século XXI se aproxima, Francis Fukuyama pede que regressemos a uma questão que tem sido levantada pelos grandes filósofos do passado: a história da humanidade segue uma direcção? E, se é direccional, qual o seu fim? E em que ponto nos encontramos em relação ao «fim da história»?
Nesta análise empolgante e profunda, Fukuyama apresenta elementos que sugerem a presença de duas poderosas forças na história humana. A uma chama «a lógica da ciência moderna», a outra «a luta pelo reconhecimento». A primeira impele o homem a preencher o horizonte cada vez mais vasto de desejos através do processo económico racional; a segunda é, de acordo com Fukuyama (e Hegel), nada menos do que o próprio «motor da história».
Segundo a tese brilhantemente defendida pelo autor, estas duas vertentes conduziriam, ao longo dos tempos, ao eventual colapso de ditaduras de direita e de esquerda, como temos vindo a testemunhar, impelindo as sociedades, mesmo as culturalmente distintas, para a democracia capitalista liberal, vista como o estádio final do processo histórico. A questão principal surge então: será que a liberdade e a igualdade, tanto política como económica - o estado de coisas no presumível «fim da história» -, podem criar uma sociedade estável na qual o homem se sinta finalmente satisfeito? Ou será que a condição espiritual deste «último homem», privado de saídas para materializar a sua ânsia de poder, inevitavelmente o conduzirá, a ele e ao mundo, ao regresso ao caos e ao derramamento de sangue?
A resposta de Fukuyama é, simultaneamente, uma fascinante lição de filosofia da história e uma investigação que nos desafia irresistivelmente a reflectir sobre a questão suprema do sentido e do destino da sociedade e do homem.
| Editora | Gradiva |
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| Editora | Gradiva |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Francis Fukuyama |
Francis Fukuyama nasceu em 1952 em Chicago, nos Estados Unidos da América. Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Harvard, é investigator no Center on Democracy, Development and the Rule of Law, da Universidade de Standford.
Escreveu o célebre O Fim da História e o Último Homem, onde defende que a generalização a nível planetário da democracia liberal pode indicar que se atingiu o último patamar da evolução sociocultural da humanidade, e que se encontrou o derradeiro regime político.
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As Origens da Ordem PolíticaO mais recente livro de Fukuyama é uma viagem à história da humanidade, analisando as primeiras formas de Estado e as suas interpretações mais recentes. Reportando um vasto leque de conhecimentos - desde a história até à biologia evolutiva, passando pela arqueologia e a economia - este autor americano escreveu um livro brilhante e provocador, que propõe novas interpretações para a origem das sociedades democráticas, colocando questões essenciais sobre a natureza da política e o descontentamento que tem provocado. -
Ordem Política e Decadência PolíticaAs Origens da Ordem Política foi classificado por David Gress, no The Wall Street Journal, como sendo «magistral na sua sabedoria e admirável na sua ambição». Michael Lind, no The New York Times Book Review, descreveu o livro como «um grande empreendimento, escrito por um dos intelectuais mais importantes do nosso tempo», enquanto no The Washington Post Gerard DeGrott afirmou que «esta é uma obra que será lembrada. Aguardamos pelo segundo volume.» O segundo volume finalmente chegou, completando a obra de ciência política mais importante das últimas décadas. Partindo da questão essencial de como as sociedades desenvolvem instituições políticas fortes, impessoais e responsabilizáveis, Fukuyama narra os acontecimentos desde a Revolução Francesa até à chamada Primavera Árabe, bem como as relevantes disfunções da política contemporânea norte-americana. Examina os efeitos da corrupção nas instituições governativas, e as razões porque algumas sociedades conseguiram extirpá-la com sucesso. Explora os diferentes legados do colonialismo na América Latina, África e Ásia, e oferece um relato lúcido da razão de algumas regiões se terem desenvolvido e prosperado mais rapidamente do que outras. Com coragem, ajusta também contas com o futuro da democracia, face ao aparecimento de uma classe média global e à paralisia política no Ocidente. Uma magistral e decisiva narrativa da luta pela criação de um estado moderno e eficaz, Ordem Política e Decadência Política está destinado a tornar-se um clássico. -
Identidades - A Exigência de Dignidade e a Politica do RessentimentoO célebre autor de As Origens da Ordem Política e de Ordem Política e Decadência Política escreveu Identidades para alertar para que a política internacional é actualmente dominada por eleitores que consideram terem sido desconsiderados na sua dignidade: étnica, nacional, religiosa, sexual. A «política de ressentimento» dirige as democracias europeias e americana.«Ambicioso e provocador. Este livro sábio vai provocar debate.» Publishers Weekly -
A Construção de Estados - Governação e Ordem Mundial no Século XXIFrancis Fukuyama tornou-se conhecido por prever a chegada do «fim da História», com o predomínio da democracia liberal e do capitalismo global. O tema do seu último livro é, por isso, surpreendente: a construção de novos Estados-nação. O fim da História nunca foi visto como um processo automático, afirma Fukuyama, e as comunidades políticas bem governadas foram sempre a sua condição necessária. «Os Estados fracos ou falhados são fonte de muitos dos mais graves problemas existentes no mundo», afirma. Nesta obra, sistematiza o que sabemos – e, sobretudo, o que não sabemos – sobre como criar instituições públicas bem-sucedidas em países em vias de desenvolvimento, de forma que estas beneficiem os seus cidadãos. Trata-se de uma lição importante, especialmente numa altura em que os Estados Unidos se confrontam com as suas responsabilidades no Afeganistão, no Iraque e noutros locais.Fukuyama inicia A Construção de Estados com uma descrição da enorme importância conquistada pelo «Estado». Rejeita a noção de que possa haver uma ciência da administração pública e analisa as causas da actual fraqueza do Estado. Termina o livro com uma discussão sobre as consequências que a existência de Estados fracos pode ter na ordem internacional e sobre as condições que legitimam a intervenção da comunidade internacional em apoio daqueles. -
As Origens da Ordem PolíticaO mais recente livro de Fukuyama é uma viagem à história da humanidade, analisando as primeiras formas de Estado e as suas interpretações mais recentes. Reportando um vasto leque de conhecimentos - desde a história até à biologia evolutiva, passando pela arqueologia e a economia - este autor americano escreveu um livro brilhante e provocador, que propõe novas interpretações para a origem das sociedades democráticas, colocando questões essenciais sobre a natureza da política e o descontentamento que tem provocado.Ver por dentro: -
Ordem Política e Decadência Política: Da Revolução Industrial à Globalização da DemocraciaO segundo volume da grande obra de referência sobre a história do estado moderno.As Origens da Ordem Política foi classificado por David Gress, no The Wall Street Journal, como sendo «magistral na sua sabedoria e admirável na sua ambição». Michael Lind, no The New York Times Book Review, descreveu o livro como «um grande empreendimento, escrito por um dos intelectuais mais importantes do nosso tempo», enquanto no The Washington Post Gerard DeGrott afirmou que «esta é uma obra que será lembrada. Aguardamos pelo segundo volume.» O segundo volume finalmente chegou, completando a obra de ciência política mais importante das últimas décadas. Partindo da questão essencial de como as sociedades desenvolvem instituições políticas fortes, impessoais e responsabilizáveis, Fukuyama narra os acontecimentos desde a Revolução Francesa até à chamada Primavera Árabe, bem como as relevantes disfunções da política contemporânea norte-americana. Examina os efeitos da corrupção nas instituições governativas, e as razões porque algumas sociedades conseguiram extirpá-la com sucesso. Explora os diferentes legados do colonialismo na América Latina, África e Ásia, e oferece um relato lúcido da razão de algumas regiões se terem desenvolvido e prosperado mais rapidamente do que outras. Com coragem, ajusta também contas com o futuro da democracia, face ao aparecimento de uma classe média global e à paralisia política no Ocidente. Uma magistral e decisiva narrativa da luta pela criação de um estado moderno e eficaz, Ordem Política e Decadência Política está destinado a tornar-se um clássico.Francis Fukuyama nasceu em Chicago, EUA. Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Harvard, é investigador-principal na Universidade de Standford. Fukuyama foi investigador da RAND Corporation e director-adjunto da equipa de planeamento político do Departamento de Estado norte-americano.É autor de vasta obra, nomeadamente de O Fim da História e As Origens da Ordem Política.Ver por dentro: -
IdentityCurrently in Bill Gates's bookbag and FT Books of 2018Increasingly, the demands of identity direct the world's politics. Nation, religion, sect, race, ethnicity, gender: these categories have overtaken broader, inclusive ideas of who we are. We have built walls rather than bridges. The result: increasing in anti-immigrant sentiment, rioting on college campuses, and the return of open white supremacy to our politics.In 2014, Francis Fukuyama wrote that American and global institutions were in a state of decay, as the state was captured by powerful interest groups. Two years later, his predictions were borne out by the rise to power of a series of political outsiders whose economic nationalism and authoritarian tendencies threatens to destabilise the entire international order. These populist nationalists seek direct charismatic connection to 'the people', who are usually defined in narrow identity terms that offer an irresistible call to an in-group and exclude large parts of the population as a whole.Identity is an urgent and necessary book: a sharp warning that unless we forge a universal understanding of human dignity, we will doom ourselves to continual conflict. -
Identity: The Demand for Dignity and the Politics of ResentmentIncreasingly, the demands of identity direct the world's politics. Nation, religion, sect, race, ethnicity, gender: these categories have overtaken broader, inclusive ideas of who we are. We have built walls rather than bridges. The result: increasing in anti-immigrant sentiment, rioting on college campuses, and the return of open white supremacy to our politics.In 2014, Francis Fukuyama wrote that American and global institutions were in a state of decay, as the state was captured by powerful interest groups. Two years later, his predictions were borne out by the rise to power of a series of political outsiders whose economic nationalism and authoritarian tendencies threatens to destabilise the entire international order. These populist nationalists seek direct charismatic connection to 'the people', who are usually defined in narrow identity terms that offer an irresistible call to an in-group and exclude large parts of the population as a whole. Identity is an urgent and necessary book: a sharp warning that unless we forge a universal understanding of human dignity, we will doom ourselves to continual conflict. -
Liberalismo e Seus DescontentesO liberalismo – o irmão de modos mais suaves em comparação com os mais ardentes nacionalismo e socialismo – nunca foi tão divisivo quanto hoje. No populismo de Putin, na administração Trump e nos governantes progressistas um pouco por todo o mundo, por vezes tem prosperado, outras vezes sucumbido, às políticas de identidade, ao autoritarismo, às redes sociais e a uma comunicação social cada vez mais fragilizada. Desde que surgiu após as guerras religiosas na Europa, que o liberalismo é atacado tanto por conservadores como por progressistas, tendo sido recentemente considerado uma doutrina «obsoleta». Nesta brilhante e concisa exposição, Francis Fukuyama define os casos a favor e contra as premissas clássicas do liberalismo: o primado da lei, a independência do poder judicial, a prevalência dos meios em relação aos fins e, acima de tudo, a tolerância. Conciso, objectivo e sempre pertinente, esta é reflexão política no seu melhor. -
The End of History and the Last ManThree years ago, Fukuyama began an explosive debate about the future of the world in the post-Cold War era with an article entitled "The End of History and the Last Man". Now he has expanded on his original themes to address the fundamental and far-reaching themes of the approaching Millennium.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.