O Português à Descoberta do Brasileiro
De um lado ao outro do oceano Atlântico, que língua une ou separa essas duas margens que se chamam Portugal e Brasil? Fernando Venâncio, o autor de Assim Nasceu Uma Língua, livro encantador e êxito incontestado, provoca-nos, diverte-nos e desafia-nos com a sua nova obra, O Português à Descoberta do Brasileiro. Com veemência e uma desassombrada ironia, Venâncio rejeita duas formas de os portugueses olharem para a língua tal qual é falada pelos brasileiros. Rejeita a devoção derretida do «ai que giro» e denuncia os gritos de horror perante o que portugueses puritanos acham ser atrocidades lexicais e semânticas dos brasileiros.
O Português à Descoberta do Brasileiro é um hino à liberdade, um livro que se distancia e ri das formas de conservadorismo e autoritarismo linguístico, afirmando a soberania de todos os falantes da língua portuguesa, estejam em que lado do Atlântico seja. O famigerado AO90 só veio gerar áreas de caos e desconforto, tentando caçar e amarrar o que se deseja que seja
| Editora | Guerra & Paz |
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| Categorias | |
| Editora | Guerra & Paz |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Fernando Venâncio |
Fernando Venâncio (Mértola, 1944) inaugurou a sua carreira linguística aos dois anos de idade, quando passou do aconchego alentejano para a capital, extasiando-se com os modos de exprimir-se dos lisboetas. Aos dez anos, novo êxtase o esperava, agora em Braga, essa herdeira do território criador do idioma, e orgulhosa disso até à intolerância. Em 1970, quando Portugal se tinha tornado um fascinante mapa de falares, sotaques e soluções gramaticais, vai instalar-se num mundo inteiramente outro, o de língua neerlandesa. Aí se forma, em Amesterdão, em Linguística Geral, iniciando também a docência universitária em língua e cultura portuguesas: primeiro em Nimega, depois em Utreque, finalmente, e de novo, na capital holandesa. Nunca deixaram de inquietá-lo as formas e as estruturas da sua língua materna, e também os processos históricos na origem delas. Assim Nasceu Uma Língua é o relato, aqui e ali pormenorizado, dessa permanente inquietação.
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Último Minuete em Lisboa«Gostaram Camilo e Eça deveras um do outro? Chegaram algum dia à fala Florbela Espanca e Mário de Carvalho? Sempre ganhou Saramago o Grande Prémio do Romance? Entrevistou alguém o Barão de Branquinho da Fonseca? Ou conseguiu localizar o magala de Luiz Pacheco? E que faria você se o romance da sua vida desaparecesse sem deixar rasto?Este livro vive de muitos factos, de várias suposições, de alguns devaneios. Nele, avança-se gradualmente do relato mais histórico para a mais desvairada fantasia. Quando tudo terminar, a literatura dançará ainda um último minuete, invisível, na calçada portuguesa.» -
Beijo Técnico e Outras Histórias« São histórias curtas, não raro curtíssimas, outras nem por isso. Quase todas enigmáticas, desafiadoras, aqui e além improváveis. Mas todas têm consistência, e nenhuma é absurda. O mundo onde elas valem passa-nos sempre por perto. Há assassinatos por um jackpot, novelas mexicanas na caixa do supermercado, auto-estradas novinhas a separar amantes. Há um ouvinte cândido de miúdas com cio, paquidermes na sala de estar, triângulos amorosos prevendo o dia de amanhã. Em suma: a exacta realidade, tal como você a conhece.» -
Assim Nasceu Uma LínguaFernando Venâncio conta-nos a história da língua portuguesa com paixão, elegância e um fino humor. Com rigor e precisão de paleontólogo, Fernando Venâncio começa no primeiro gemido da nossa língua, que remonta há séculos, tão distantes que Portugal ainda nem existia, passando pelos primeiros escritos, até à fala contemporânea que ainda hoje conserva registos, em estado fóssil, dessa movimentação primordial. Máquina do tempo que nos permite recuar à época em que o idioma se formou, Assim Nasceu Uma Língua faz-nos peregrinos numa caminhada que toca a língua galega ou o português brasileiro, evidenciando as profundas derivas que deram forma ao nosso idioma, a que Fernando Venâncio chama «um idioma em circuito aberto».
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Pragmática LinguísticaUma visão comum sobre o que é uma língua diz-nos, simplificadamente, que ela é um conjunto de termos - um léxico - e um conjunto de regras para a formação de outros termos e de frases - uma gramática. Contudo, léxico e gramática são apenas as pedras e a estrutura de um edifício que fica inerte se não for usado. Uma língua só é viva na medida em que os falantes a usam. O Essencial sobre Pragmática Linguística debruça-se precisamente sobre o uso da língua, sobre as práticas linguísticas dos falantes e sobre a comunicação. O que está em observação são as actividades humanas em que entram as línguas. Muitas das acções humanas pressupõem o uso de uma língua. Ao perguntarmos, prometermos, pedirmos, afirmarmos, descrevermos, etc., usamos uma língua. O uso da linguagem está também presente nos actos de compra e venda, nos veredictos judiciais, na feitura das leis, no ensino, na publicidade e em todos os episódios da vida social. Mesmo o acto de votar é um acto linguístico: é dizer "sim" ou "não" a determinado partido ou questão política. Mas a observação dos actos linguísticos não esgota a pragmática linguística, pois esta ocupa-se ainda de outros grandes temas, como a diferença entre dizer e implicitar, a prática da delicadeza no uso da linguagem, a estrutura da conversação e a relação do acto linguístico com o seu contexto. -
Classificações Bibliográficas - Percurso de uma TeoriaNo mundo da globalização da informação, que se quer plural e imparcial, urge estudar as classificações bibliográficas como meios privilegiados de a organizar e veicular. Esta obra aborda as classificações bibliográficas como modelos dinâmicos de organização do conhecimento. Pretende avaliar as vantagens e as fragilidades deste tipo de linguagem, no que respeita à representação e à recuperação do conhecimento, criando novos pontos de referência, bem como na contextualização teórica e dinâmica estrutural. Este estudo apresenta dois eixos estruturantes: uma reflexão crítica sobre algumas questões teóricas que constituem este tipo de classificações e um estudo analítico-sintético de alguns sistemas de classificação mais utilizados em bibliotecas nacionais e internacionais. -
Sistema da ModaA moda é uma realidade já largamente analisada sob uma perspectiva jornalística, estética, sociológica e psicológica. Faltava, porém, uma análise semântica do vestuário feminino, coisa que o autor nos proporciona com este livro. Partindo da descrição e da classificação da moda escrita, tal como se apresenta nas revistas da especialidade, Barthes elabora uma análise estrutural do vestuário feminino. Analisa o contributo do discurso verbal para o sistema da moda, o qual motiva as pessoas a consumi-la. Por outro lado, debruça-se também sobre a estrutura e o “jogo” de significados desse próprio discurso. O livro, redigido entre 1957 e 1963, constitui hoje um clássico da semiologia aplicada. -
Dicionário de Verbos ConjugadosCONSIDERAÇÕES PRELIMIMARES: Relevância do verbo na estrutura da frase · Caracterização dos verbos FLEXÃO VERBAL: Modos e tempos · As pessoas e os números · Aspecto · Voz ESTRUTURA DA FORMA VERBAL: RADICAL e tema, característica e desinência · Formas rizotónicas e formas arrizotónicas · Conjugação · Formação dos tempos simples VERBOS AUXILIARES: Conjugação perifrásica · Voz activa · Voz passiva IRREGULARIDADE VERBAL CONJUGAÇÃO PRONOMINAL VERBOS CONJUGADOS (MODELOS) OS VERBOS PORTUGUESES PARTICÍPIOS DUPLOS -
Assim Nasceu Uma LínguaFernando Venâncio conta-nos a história da língua portuguesa com paixão, elegância e um fino humor. Com rigor e precisão de paleontólogo, Fernando Venâncio começa no primeiro gemido da nossa língua, que remonta há séculos, tão distantes que Portugal ainda nem existia, passando pelos primeiros escritos, até à fala contemporânea que ainda hoje conserva registos, em estado fóssil, dessa movimentação primordial. Máquina do tempo que nos permite recuar à época em que o idioma se formou, Assim Nasceu Uma Língua faz-nos peregrinos numa caminhada que toca a língua galega ou o português brasileiro, evidenciando as profundas derivas que deram forma ao nosso idioma, a que Fernando Venâncio chama «um idioma em circuito aberto».