O Príncipe
O príncipe é certamente a obra mais lida de Maquiavel e uma das mais discutidas obras de todos os tempos. Dedicada a Lourenço de Médicis, sobre ela se têm debruçado os políticos de todas as feições ideológicas.
| Editora | Publicações Europa-América |
|---|---|
| Editora | Publicações Europa-América |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Nicolau Maquiavel |
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, ou Nicolau Maquiavel, em português, nasceu em Florença em 1469, no seio de uma antiga família florentina dedicada à administração pública. A educação do diplomata, filósofo, escritor e historiador renascentista foi fraca, devido aos parcos recursos dos pais, mas integrou o tradicional estudo da Gramática, da Retórica e do Latim. Em 1498, começou a sua carreira de serviço público, sendo nomeado, secretário da Segunda Chancelaria, onde desempenhou, entre outras, funções de conselheiro político e levou a cabo missões diplomáticas. Ao longo de catorze anos, Maquiavel observou a forma como os políticos pensavam, agiam e reagiam, e testemunhou um dos períodos mais convulsivos e tumultuosos da História da península Itálica, dominada por lutas de poder e guerras sangrentas entre cidades-Estado. Em 1512, com o regresso da família Médici ao poder florentino, Maquiavel é destituído dos seus cargos, acusado de conspiração, aprisionado, torturado e, finalmente, expulso da sua cidade. Refugiou-se em San Casciano com a mulher e os filhos, e aí escreveu De Principatibus, O Príncipe, um tratado de teoria política particularmente inovador para a época, que pretende servir de manual de liderança para os governantes do futuro. Foi também durante o seu exílio que escreveu Discurso sobre a Primeira Década de Tito Lívio (1517) e A Arte da Guerra (1519-1520). Após um brevíssimo regresso à vida pública, Nicolau Maquiavel, hoje considerado o fundador da filosofia política moderna, morreu na sua cidade-natal a 21 de junho de 1527.
-
O PríncipeAo longo da sua carreira Maquiavel procurou estabelecer um Estado capaz de resistir às ameaças exteriores. Os seus escritos denotam a preocupação de criar princípios segundo os quais o Estado assenta e os meios pelos quais ele possa ser indubitavelmente implementado e mantido.No seu trabalho mais conhecido e famoso, O Príncipe, o autor descreve o método pelo qual um príncipe pode adquirir e manter o poder político. Esta postura, por vezes confundida como uma defesa do despotismo e tirania, é baseada nas crenças de Maquiavel de que um governante não se rege pelas tradicionais normas éticas. Segundo o seu ponto de vista, um príncipe deveria preocupar-se apenas com o poder e regular-se apenas pelas regras que o levariam ao sucesso nas diversas acções políticas. Para Maquiavel, o Estado deve ser virtuoso e estável e as acções tomadas para defender essa estabilidade, por muito sórdidas ou cruéis que sejam, justificam-se. A sua máxima é a de que os fins justificam os meios.Esta edição conta com uma introdução e notas da autoria de José António Barreiros, eternizando uma das mais famosas obras da história da filosofia política. -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
O PríncipeO Príncipe, de Maquiavel, tem uma reputação nefasta. Diz-se que foi leitura de cabeceira de Napoleão, de Hitler e de Estaline, e Shakespeare utilizou a palavra «Maquiavel» na acepção de um intriguista que se compraz em sacrificar pessoas em prol de fins malevolentes. Trata-se, também, de uma obra incessantemente atacada pela religião: O Príncipe foi inscrito no Index de livros proibidos da Igreja Católica, e vituperado pelos reformadores protestantes.Habitualmente, O Príncipe é lido como um tratado político ou como uma obra de história ou de filosofia, mas, se analisado com mais atenção, constata-se que contém várias leis de sucesso genéricas, das quais o leitor, ou o gestor hodierno, pode tirar proveito.A diferença-chave entre o manual de Maquiavel e outros guias para príncipes que surgiram na mesma época reside no facto destes últimos terem sido, quase sem excepção, escritos para governantes que eram herdeiros do trono que viriam a ocupar. -
O PríncipeDesde 1532, data da 1ª edição de O Príncipe que Machiavelli é uma das mais destacadas figuras do pensamento político europeu. É enorme o interesse de Machiavelli como expressão de uma época. Daí que ele assuma singular importância, do ponto de vista culturológico. E o interesse referido é amparado, ou acrescido, por uma expressão verbal aliciantíssima que torna o secretário do governo de Florença assaz querido literariamente do grande público. Os temas maquiavélicos - permanentes da cultura europeia -, voltam a estar agudamente na ordem do dia. Decerto existe vincada afinidade entre o tempo italiano de Maquiavel e aquele que hoje vivemos em toda a Europa. -
O PríncipeUm dos grandes clássicos de todos os tempos, "O Príncipe" continua a ser uma obra perturbadoramente realista e profética sobre o que é necessário para se ser um príncipe... um rei... um presidente... um político. Quando, em 1512, Maquiavel foi retirado do seu posto na sua amada Florença, decidiu escrever um tratado sobre a liderança que fosse essencialmente prático e não idealista. -
O Príncipe - Anotações de Napoleão BonaparteO Príncipe é, certamente, a obra mais lida de Maquiavel e numa das mais discutidas obras de todos os tempos. Dedicada a Lourenço de Médicis, sobre ela se têm debruçado nos políticos de todas as feições ideológicas. Com Maquiavel rompe-se o equilíbrio secular, criado pelo Cristianismo, entre o real e o ideal, entre o Homem e Deus. Cria-se uma moral política baseada no realismo que é necessário conhecer para se compreender o fenómeno poder. Napoleão foi um seu leitor atento e os comentários que nesta obra lhe mereceu (e que figuram na presente edição)constituem um elemento precioso através do qual o leitor poderá simultaneamente fazer uma ideia de como o Corso encarava os negócios de Estado e de como interpretava o pensamento de Maquiavel. -
O PríncipeO Príncipe foi escrito em 1513, tendo tido a sua primeira edição póstuma em 1532. Como escreveu Antonio Gramsci, o aspeto mais original do livro, que se tornaria a obra italiana mais conhecida em todo o mundo, é não ser um tratado sistemático, mas “um livro vivo em que a ideologia e a ciência política se misturam na forma dramática de mito”. Num momento conturbado da história do que é hoje a Itália, em que as potências estrangeiras ameaçavam os prósperos mas frágeis estados regionais, Maquiavel, já afastado da política ativa, concentrou nesta obra a experiência adquirida em catorze anos de administração na República Florentina. É uma obra amarga e desencantada, em que traçou o perfil do príncipe ideal, analisou os motivos da ação humana e, separando a política da moral, abriu caminho ao moderno pensamento político. -
Le PrinceDans Folioplus philosophie, le texte philosophique, associé à une oeuvre d'art qui l'éclaire et le questionne, est suivi d'un dossier organisé en six points : - Les mots du texte : Prince, État, virtú / fortune, nécessité, guerre - L'oeuvre dans l'histoire des idées : Réalisme et machiavélisme - La figure du philosophe : Un humaniste dans l'action - Trois questions posées au texte : Le prince peut-il faire l'économie de la force ? Le bien et le mal ont-ils une place en politique ? Dans quelle mesuree le prince doit-il se préoccuper de son image ? - Groupement de textes : La raison d'État - Prolongements -
O PríncipeEm 1513, durante um dos momentos mais conturbados da História do território que hoje compõe a Itália, Nicolau de Maquiavel escreve, no exílio, O Príncipe, um tratado de filosofia política que aparta a política da moral, fundando assim aquilo que hoje conhecemos como o pensamento político moderno. Com inusitado pragmatismo e realismo, Maquiavel analisa governos e governantes do passado, de imperadores romanos a papas renascentistas, para, liberto de qualquer idealismo, identificar a verdadeira natureza do poder e dos seus mecanismos e traçar o retrato do príncipe perfeito, forte, determinado, que inspiraria, nos seus adversários e aliados, lealdade e temor em igual medida. Uma controversa receita para o poder que permanece, 500 anos depois da sua publicação, um dos textos mais lidos e estudados de sempre. «Os homens têm menos pudor em ofender alguém que se faz amar do que alguém que se faz temer.» -
O PríncipePartindo do cenário de uma Itália devastada pelas invasões e guerras iniciadas nos derradeiros anos do século XV, Maquiavel lança mão deste texto para incitar Lourenço de Médicis, senhor de Florença, a erguer, como Príncipe, o estandarte da liberdade que, unindo todos os italianos, leve por diante a expulsão dos exércitos estrangeiros e a fundação de um novo Estado, cujos principais alicerces sejam «as boas leis e as boas armas». Obra fundadora da ciência política moderna, é, também, um dos clássicos do pensamento estratégico, tendo granjeado a mais reverente atenção dos principais autores que, sobre esta matéria, posteriormente se publicaram.