O Zen e a Arte da Escrita
Neste livro único, Ray Bradbury reúne textos escritos ao longo de trinta anos, nos quais partilha com o leitor a sua experiência e entusiasmo pela própria arte da escrita. Com uma capacidade comunicativa ímpar, Bradbury escreve como quem conversa, incentiva e ensina com conselhos práticos a percorrer pelos nossos próprios pés o trabalhoso caminho da arte da escrita – desde o cultivar de uma ideia original ao desenvolver de uma voz e de um estilo.
Pelo meio, o famoso autor de Fahrenheit 451, de Crónicas Marcianas e de outros 25 romances e mais de 600 contos, oferece-nos uma visão pessoal da sua própria carreira. Uma porta de entrada privilegiada, feita de muitas curiosidades e acidentes biográficos, que nos revela os bastidores de um dos mais singulares universos da literatura.
«Um gigante da escrita. Um dos autores mais populares e prolíficos da América.» - Los Angeles Times
«Bradbury é um verdadeiro original.» - Time
«Um dos maiores escritores da literatura norte-americana. Um grande contador de histórias, um criador de mitos.» - The Washington Post
| Editora | Cavalo de Ferro |
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| Categorias | |
| Editora | Cavalo de Ferro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ray Bradbury |
Ray Bradbury (Illinois, 1920 – Califórnia, 2012) é um dos mais influentes escritores norte-americanos do século XX e autor de mais de trinta obras de ficção, entre as quais se contam os célebres romances Fahrenheit 451, Crónicas Marcianas ou A Morte é um Acto Solitário, assim como centenas de contos. Escreveu igualmente para teatro, televisão e cinema, incluindo a famosa adaptação cinematográfica de John Huston do clássico Moby Dick.
Ao longo da sua carreira, obteve inúmeros prémios e distinções como a National Book Foundation's Medal for Distinguished Contribution to American Letters, em 2000, a National Medal of Arts, em 2004 e o Pulitzer Prize Special Citation, em 2007. A sua obra está publicada em mais de 45 países.
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Fahrenheit 451Fahrenheit 451, a temperatura a que o papel do livro de incendeia e arde...Guy Montag era um bombeiro cuja tarefa consistia em atear fogos e não apagar fogos, ao contrário do que a sua profissão pode sugerir.O sistema era simples. Os livros deviam ser queimados, juntamente com as casas onde estavam escondidos, os seus proprietários presos e executados.O sucesso deste estado de obediência e paz social devia-se sobretudo ao cuidado com a educação. As crianças iam à escola mas não aprendiam a ler. Tudo corria bem a Montag, que nunca questionara fosse o que fosse, até conhecer uma jovem de 17 anos que lhe falou de um passado em que as pessoas não tinham medo. E depois conheceu um professor que lhe falou de um futuro em que as pessoas podiam ler e pensar. E Guy Montag apercebeu-se subitamente daquilo que tinha de fazer... -
A Morte É Um Acto SolitárioUm clássico da literatura norte-americana, e uma obra fundamental de Ray Bradbury. Numa decadente e fantasmagórica Venice, Califórnia, outrora exuberante estância balnear pujante de vida e movimento, ponto de encontro de estrelas de cinema, turistas e veraneantes, e agora envolta em sombras e nevoeiro, ocorrem misteriosas mortes e desaparecimentos. No cais, local onde se situava a antiga feira popular, em vias de desmantelamento, o corpo de um homem é encontrado debaixo de água, encarcerado no interior de uma jaula de leão submersa. Um jovem escritor, testemunha involuntária deste e de outros acontecimentos insólitos, junta-se ao relutante detetive Elmo Crumley na tentativa de resolver o caso. Enquanto as mortes se sucedem, e as pistas para identificar o assassino parecem apenas depender da inspiração e intuição do primeiro, desfila uma galeria extravagante de personagens, composta por ex-divas do cinema mudo, uma cantora de ópera retirada dos palcos ou um barbeiro com um passado duvidoso, todas elas pertencentes a um mundo e a um tempo cujo lugar já não existe. «Bradbury é um verdadeiro original.» - Time «Um dos maiores escritores da literatura norte-americana. Um grande contador de histórias, um criador de mitos.» - The Washington Post -
Fahrenheit 451Com uma mensagem mais relevante do que nunca, venha descobrir o clássico profético de Ray Bradbury sobre o poder da resistência à tirania política.Guy Montag é um bombeiro. O seu emprego consiste em destruir livros proibidos e as casas onde esses livros estão escondidos. Ele nunca questiona a destruição causada, e no final do dia regressa para a sua vida apática com a esposa, Mildred, que passa o dia imersa na sua televisão.Um dia, Montag conhece a sua excêntrica vizinha Clarisse e é como se um sopro de vida o despertasse para o mundo. Ela apresenta-o a um passado onde as pessoas viviam sem medo e dá-lhe a conhecer ideias expressas em livros. Quando conhece um professor que lhe fala de um futuro em que as pessoas podem pensar, Montag apercebe-se subitamente do caminho de dissensão que tem de seguir.Mais de sessenta anos após a sua publicação, o clássico de Ray Bradbury permanece como uma das contribuições mais brilhantes para a literatura distópica e ainda surpreende pela sua audácia e visão profética.Prefácio de Jaime Nogueira Pinto. -
Teremos Sempre ParisNesta selecção de contos inéditos, o inimitável Ray Bradbury encanta-nos de novo com a sua prosa fluente e cantante. Imagina coisas extraordinárias e observa com especial acutilância as fraquezas humanas, as pequenas falhas de carácter. Os seus contos são eternos. Teremos Sempre Ray Bradbury. -
Um Cemitério para Lunáticos ou Uma Nova História de Duas CidadesNa noite de Halloween, um jovem argumentista de Hollywood recebe uma mensagem anónima para ir à meia-noite ao cemitério contíguo aos estúdios da Maximus Films, onde será surpreendido por uma «grande revelação». Ali depara com a figura arrepiante do antigo proprietário dos estúdios, supostamente morto há vinte anos. Terá visto bem, ou terá sido uma ilusão, uma partida de mau gosto? Em breve, ocorrerão outros estranhos acontecimentos ligados a um misterioso passado e a um monstro que anda à solta.Na tentativa de resolver todos estes enigmas, contando com a ajuda do detective Elmo Crumley e de uma plêiade de personagens excêntricas da Sétima Arte, o escritor vê-se enredado numa teia de segredos e escândalos que abrem a porta ao leitor ao mundo perdido dos anos dourados do cinema americano.Escrito com humor e imaginação delirante, Um Cemitério para Lunáticos é um dos romances mais icónicos de Ray Bradbury, um livro inclassificável, algures entre uma autobiografia inventada e um livro policial, que evoca, entre sombras e luzes artificiais, um passado deslumbrante.«Nenhum escritor é comparável a Ray Bradbury.» The New York Times -
Fahrenheit 451Guy Montag é um bombeiro. O seu emprego consiste em destruir livros proibidos e as casas onde esses livros estão escondidos. Ele nunca questiona a destruição causada, e no final do dia regressa para a sua vida apática com a esposa, Mildred, que passa o dia imersa na televisão.Um dia, Montag conhece a sua excêntrica vizinha Clarisse e é como se um sopro de vida o despertasse para o mundo. Ela apresenta-o a um passado onde as pessoas viviam sem medo e dá-lhe a conhecer ideias expressas em livros. Quando conhece um professor que lhe fala de um futuro em que as pessoas podem pensar, Montag apercebe-se subitamente do caminho de dissensão que tem de seguir.Mais de sessenta anos após a sua publicação, o clássico de Ray Bradbury permanece como uma das contribuições mais brilhantes para a literatura distópica e ainda surpreende pela sua audácia e visão profética. -
Fahrenheit 451Como uma mensagem mais relevante do que nunca, venha descobrir o clássico profético de Ray Bradbury sobre o poder da resistência à tirania política. Guy Montag é um bombeiro. O seu emprego consiste em destruir livros proibidos e as casas onde esses livros estão escondidos. Ele nunca questiona a destruição causada, e no final do dia regressa para a sua vida apática com a esposa, Mildred, que passa o dia imersa na sua televisão. Um dia, Montag conhece a sua excêntrica vizinha Clarisse e é como se um sopro de vida o despertasse para o mundo. Ela apresenta-o a um passado onde as pessoas viviam sem medo e dá-lhe a conhecer ideias expressas em livros. Quando conhece um professor que lhe fala de um futuro em que as pessoas podem pensar, Montag apercebe se subitamente do caminho de dissensão que tem de seguir. Mais de sessenta anos após a sua publicação, o clássico de Ray Bradbury permanece como uma das contribuições mais brilhantes para a literatura distópica e ainda surpreende pela sua audácia e visão profética. -
A Árvore de HalloweenCarregada de abóboras sorridentes e velas irrequietas, a Árvore tem histórias eternas para contar, e esta noite de Halloween será como nenhuma outra! Uma viagem através do tempo e dos ventos nocturnos, até aos túmulos egípcios, onde as múmias se vestiram de silêncio para um sono de milhares de anos. Mas é o dia dos mortos, e os fantasmas encontram doces nos parapeitos das janelas e são chamados a sentar-se à mesa, para a ceia anual na companhia dos vivos.E depois viajamos até às ilhas dos sacerdotes druidas, para conhecer a noite do terrível Samhain, que vem ceifar as almas.Passamos pelo tempo em que as fogueiras ardiam à espera das bruxas, reluzindo por toda a Europa. Uma breve paragem para conhecer os pesadelos das gárgulas, em Notre Dame, e depois seguimos para o México, onde os cemitérios se iluminam para o festival da morte e as guitarras inquietam a noite...Os sinos estão prestes a dar as doze badaladas, e regressamos, por fim, para junto da Árvore de Halloween, agora que conhecemos a sua história. Autor de obras tão incontornáveis como Fahrenheit 451 ou As Crónicas Marcianas, de entre as mais de trinta que escreveu, Ray Bradbury é um dos mais aclamados autores de ficção do nosso tempo. Escreveu para teatro e cinema, nomeadamente o argumento que deu origem à célebre adaptação de Moby Dick para o cinema, realizada por John Huston, e pela qual Bradbury foi nomeado para um Oscar. Em 2000, foi condecorado pela National Book Foundation com uma medalha pela sua Distinta Contribuição para a Literatura Americana. O Sr. Bradbury vive em Los Angeles com sua mulher, Marguerite. -
Cântico à HumanidadeHá um Universo e a Alma e o Ser. Há o maravilhoso cheiro do Verão e o aterrorizador silêncio da solidão. Há o imprevisível, o inesquecível e o arrebatador. E há um papagaio velho que conheceu Ernest Hemingway e Charles Dickens que, por fim, regressa. E há uma avó eléctrica que abraça o coração do futuro e uma mãe com um filho nascido noutra dimensão. E há Marte e uma Cidade Perdida. E há a nossa própria humanidade, o nosso próprio sonho, o nosso próprio medo. E, por detrás, no fundo, no fim, há Ray Bradbury, um mestre do fantástico e do imaginário. Embarque numa jornada mágica, empolgante e irresistível que o transportará para um mundo de descoberta e emoções, conduzido pela mão de Ray Bradbury, um dos maiores escritores do século XX. Ray Bradbury é autor de mais de trinta livros, e um dos mais importantes escritores da literatura norte-americana contemporânea. Duas das suas obras mais conhecidas, Fahrenheit 451 e Crónicas Marcianas, já foram anteriormente publicadas por esta editora. -
O Homem IlustradoSobre o corpo do Homem Ilustrado vão desenhar-se, até nascer o dia, as histórias do passado e do futuro, da Terra e do Espaço, de galáxias em espiral que se estendem a perder de vista.E vamos num passeio até Marte,num foguetão feito de sonhos e sucata. Uma aterragem numa cidade que ganhou vida e aguarda os terráqueos para o dia da vingança. Uma corrida louca pela auto-estrada, para fugir do fim do mundo, ou o adormecer sereno e sem esperança, ao cair da última noite. Uma passagem pelo tempo em que a Terra baniu escritores e textos, e pelo planeta onde os exilados vivem os seus livros malditos, guardados por bruxas e feitiços do caldeirão.Os contos de Ray Bradbury escutaram as últimas palavras de astronautas à deriva pelo Espaço; são páginas cobertas de poeira cósmica, e da chuva intensa e fria de Vénus.Ray Bradbury é um autor essencial na literatura norte–americana contemporânea. O Homem Ilustrado é, por muitos, considerado uma das suas melhores obras, ao lado de Fahrenheit 451 e de Crónicas Marcianas.
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».