Os Imperdoáveis
Sobre Cristina Campo escreveram:
Giorgio Manganelli
«Cristina Campo acostava-se à linguagem como o crente ao texto sagrado.»
Pietro Citati
«Ela amava, sobretudo, a ritualidade e a liturgia: Deus tornado visível nas expressões do rito
E adorava Bizâncio: o esplendor das pedras, a luz das vestes, a exactidão soberana dos gestos imutáveis
»
Mario Luzi
«Os Imperdoáveis que livro esplêndido! Uma área textual que só no Ocidente se define como mística, quando representa melhor o vasto território comum à iluminação poética e à religiosa.»
O seu nome era Vittoria Guerrini, mas escolheu um outro: Cristina Campo. Cristina de «portadora de Cristo». E Campo, numa referência aos campos de concentração («campos de dor», como ela, a dada altura, escreve). Nasceu em Bolonha, em 1923, e está lá sepultada (a sua morte ocorreu em 1977).
Traduziu e comentou textos da Bíblia e T.E. Lawrence, Hölderlin, Santo Efrém e Homero, T.S. Eliot, velhos missais orientais e contos maravilhosos, Emily Dickinson, Djuna Barnes, Simone Weil, os Padres do Deserto, Marcel Proust e São João da Cruz, entre outros.
| Editora | Assírio & Alvim |
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| Coleção | Teofanias |
| Categorias | |
| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Cristina Campo |
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O Passo do AdeusCristina Campo (Vittoria Guerrini, de seu nome verdadeiro) nasceu em Bolonha, em 1923, e está lá sepultada (a sua morte ocorreu em 1977). "Mas as suas cidades são outras. Florença, ali passou a juventude, teceu amizades […] Roma, para onde se transfere, com grande sofrimento, acompanhando o pai que foi dirigir o Conservatório de Santa Cecília, e que se torna, pouco a pouco, o seu lugar da terra, amado com aquela desolada e irreversível paixão que era, talvez, a sua forma não apenas de amar, mas de viver. […] Mas as suas cidades são outras. […] Em qualquer sítio da terra, onde Cristina Campo estivesse, era sempre Bizâncio […] quer dizer, buscava a perfeição como uma trapista, com as garras daqueles leões que são representados junto aos Padres do Deserto. […] A obra poética de Cristina Campo tem duas partes: uma é esse conjunto de poemas denominado Passo d'addio e que foi publicado em 1956; a restante produção foi reunida depois da sua morte, e a proveniência é vária: cadernos que deixou, cartas a amigos e esporádicas colaborações em revistas." (excertos do prefácio) -
Sob Um Falso NomeSobre Cristina Campo escreveram: Marie-José Tramuta, La Quinzaine littéraire «Estilista incomparável, mística intransigente e tradutora virtuosa até ao espanto: Cristina Campo desconcerta e fascina.» António Guerreiro, Expresso «Podemos com toda a justiça dizer que foi uma imperdoável, para utilizarmos a palavra que ela própria erigiu em categoria do espírito. Imperdoável, isto é, não contemporânea do seu próprio tempo, estranha em relação ao contexto, em posição excêntrica e movida pela paixão do absoluto.» João Bénard da Costa, Público «Reencontrar Cristina Campo é da mesma ordem do imperdoável. Ela esteve comigo afinal todo o tempo e só agora lhe pergunto, ao lê-la, como é possível que isto nos esteja a acontecer.» O seu nome primeiro era Vittoria Guerrini e escolheu o de Cristina Campo. Mas, na verdade, manteve muitos outros, como o comprova este volume que reúne os seus ensaios «escondidos». «Sob um falso nome» assinou textos onde aborda a Liturgia cristã e Truman Capote, o papel da música no teatro de Shakespeare e autores como Simone Weil, Djuna Barnes, Virginia Woolf, Jorge Luis Borges, entre outros. Procurava uma «atenta leitura da realidade e da arte. Logo, uma leitura total, em planos múltiplos: poético, humano, espiritual, religioso e simbólico»
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Cartas a um Jovem AteuNo livro Cartas a um Jovem Ateu, Nuno Tovar de Lemos, sj estabelece um diálogo fascinante entre um jovem biólogo e ele próprio, explorando questões de fé e amor. Uma obra cativante, editada pela Frente e Verso, que nos leva a refletir sobre as complexidades da vida e da fé. Ateus ou não, todos temos perguntas sobre Deus, a Igreja, a vida: ser ateu ou agnóstico? Que fazer quando Deus nos desilude? Haverá algo depois da morte? Que se ganha em ter fé? Estas e muitas outras perguntas preenchem as páginas deste livro, dando vida e corpo às cartas que o compõem, num diálogo constante entre o autor e o seu correspondente imaginário. Mais do que simples respostas, estas cartas constituem uma profunda reflexão sobre a vida, o amor, as relações, Deus e cada um de nós. Com o bónus de se lerem como um romance, cheio de revelações sobre os protagonistas. Imperdível! -
Confissões«O êxito, o valor e a sedução das Confissões estão sobretudo no facto de nelas Santo Agostinho «confessar» com sinceridade, humanismo e flagrância os problemas da sua vida de homem religioso e atormentado, que são afinal os problemas de todos nós. As suas dúvidas, interrogações e respostas, sendo ecos da vida humana, refletem também ecos da nossa vida e por isso permanecem vivas e atuais.»Lúcio Craveiro da Silva, S.J.«Talvez que a mais profunda atualidade de Agostinho resida, justamente, no seu fantástico e sublime anacronismo. Queremos dizer, na sua incompatibilidade profunda – ao menos na aparência – com a pulsão cultural que domina hoje não apenas o Ocidente mas o mundo inteiro.»Eduardo Lourenço -
História das Religiões - Da Origem dos Deuses às Religiões do FuturoEste livro é uma viagem. E «viajar é estar vivo»...Por onde vamos viajar? Por uma geografia que se estende da Escandinávia até África e do Brasil até à China, com epicentro na região do Crescente Fértil. A cronologia principia no terceiro milénio a.C. É espantosa a influência que estas tradições religiosas tiveram na nossa cultura. Pense-se nas ideias de Juízo Final, de ressurreição e de Paraíso.Ou nos revivalismos a que algumas deram lugar, como no caso das mundividências celta e escandinava, com a sua celebração da Natureza, visível na obra de Tolkien. Quem não conhece O Senhor dos Anéis?Na primeira parte, são apresentados seis politeísmos antigos: as religiões étnicas (com exemplos de Moçambique e do Brasil); as religiões da Mesopotâmia (em especial, da Suméria); a fabulosa religião do Antigo Egito; os casos dos Celtas e dos Nórdicos; e as religiões da Grécia e da Roma antigas, sementes da ideia de Europa. Há ainda um capítulo sobre o Zoroastrismo - o monoteísmo dual que foi a religião oficial da Pérsia durante doze séculos.Na segunda parte, uma mão experiente propõe-nos uma antevisão dos modelos religiosos do futuro: o teocrático; o da religião oficial nacional; o secular radical; e o multirreligioso. A terceira parte é dedicada ao Taoismo, a joia espiritual da China Antiga. O Tao Te Ching de Laozi é, depois da Bíblia, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo. Um seu continuador, Zhuangzi, também maravilhou muitos pensadores ocidentais, de Heraclito a Heidegger.Vale a pena a experiência desta leitura. Como escreveu Tolkien, «nem todos os que vagueiam estão perdidos». Fizemos, por isso, uma obra rigorosa e muito didática. Embarque connosco, porque - dizia Eduardo Lourenço - «mais importante do que o destino é a viagem»! -
Se Deus é Bom, Porque Sofremos?Reflexões intensas e provocadoras sobre o sofrimento e a bondade de Deus: um e outra contradizem-se? Que se entende por bom quando se fala de Deus? Como sofremos e porquê? Perguntas difíceis para respostas exigentes, numa obra que não faz concessões à facilidade. Segundo o autor, "o sofrimento toca a todos", podendo "revoltar alguns e desanimar outros". No entanto, "há sempre um senso comum de que, no fundo, pode não ser assim tão mau. Antes, até nos pode fazer crescer; e vale a pena tentar ajudar outros: pelo menos para que não lhes aconteça coisa pior". Cada leitor é convidado pelo P. Vasco Pinto de Magalhães, a "parar, agradecer a realidade e tentar relê-la com olhos Bons", pondo "por escrito o caminho que fez e vai fazendo: as luzes e as sombras, os sucessos e as crises. Estas, quando partilhadas, podem ajudar muito o próprio e os outros. Não se trata de eliminar o sofrimento, mas de saber viver e crescer com ele. Trata-se de pôr a render, comunicando, a maior riqueza que temos: a nossa realidade, (onde anda Deus!), sem esconder fragilidades". -
Papa Francisco JMJ Lisboa 2023 - Discursos e HomiliasNum mundo abalado por incertezas, escândalos e divisões, surge um convite à unidade, à compreensão mútua e à ação concreta. Independentemente das diferenças que nos separam, somos todos parte de uma única família humana, que partilha sonhos, aspirações e o desejo de um mundo melhor. Francisco apresentou um conjunto de propostas sobre temas que tocam as vidas dos jovens: fé, justiça social, cuidado com o meio ambiente, diálogo inter-religioso e a importância da solidariedade global. Cada página é um testemunho da capacidade de liderança espiritual do Papa, que transcende fronteiras e conecta gerações, inspirando-nos a olhar além das adversidades e a construir um mundo de amor, de compaixão, de tolerância. Uma mensagem de esperança para «todos, todos, todos»! -
NovidadeVem para Fora! - A Promessa do Maior Milagre de JesusNeste novo e fascinante livro, o padre James Martin, SJ, explora a história do maior milagre de Jesus – a ressurreição de Lázaro dos mortos. Ele faz uma fusão entre a exegese bíblica com reflexões diferenciadas sobre a história de Lázaro, representada na cultura mais ampla da arte, da literatura, do cinema. Sempre focado sobre o que Jesus quer dizer quando chama cada um de nós a «LEVANTAR-SE». De forma meditativa e cuidadosa, o autor conduz-nos, versículo a versículo, oferecendo reflexões profundas sobre as lições de Jesus sobre amor, família, amizade, tristeza, frustração, medo, raiva, liberdade e alegria. Assim, James Martin ajuda-nos a abandonarmos as crenças limitantes que nos impedem de experienciar a presença de Deus em nossas vidas. Precisamos apenas de nos abrir à história transformadora de Lázaro e confiar que Deus pode usá-la para nos libertar, e darmos início, como Lázaro, a uma nova vida. -
100 Minutos com o AlcorãoO Corão é tão precioso para os Muçulmanos, que muitos conseguem recitá-lo de cor do início ao fim. No entanto, para aqueles que estão fora do Islão, é um livro fechado. Baseado num modelo introduzido por Shah Wali Allah em meados do século XVIII, o presente livro tem por objectivo tornar a profunda orientação do Corão acessível a todos. Ficará certamente surpreendido por ler sobre inúmeras personagens históricas, que poderá também encontrar nos livros Cristãos e Judeus. Para os Muçulmanos, este pequeno livro poderá revelar novos aspectos sobre o Corão. Fácil de ler, torná-lo-á acessível mesmo para os não-Muçulmanos. -
Construindo uma Ponte - Como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem Estabelecer uma Relação de Respeito, Compaixão e SensibilidadeEste livro constitui um modesto convite para que a Igreja Católica crie uma maior proximidade pastoral relativamente à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros). Mais especificamente ainda, trata da aproximação entre a Igreja e os católicos LGBT ao mesmo tempo que analisa igualmente de que modo a comunidade LGBT poderá empreender um diálogo mais frutífero com a Igreja institucional. Trata-se de uma «ponte» de dois sentidos, embora o ónus do lançamento da primeira pedra para a construção dessa ponte recaia sobre a Igreja. O papa Francisco assumiu, de múltiplas maneiras, a liderança na construção de pontes: para começar, tornando-se o primeiro Papa a usar a palavra «gay» em público e, a propósito deles, aproveitando para perguntar, porventura na sua declaração mais famosa: «Quem sou eu para julgar?»