Pão Seco

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Quando a fome grassa no Rife, uma família parte para Tânger em busca de uma vida melhor. Nas noites passadas ao relento, nos becos da cidade, o pequeno Muhammad, orgulhoso e insolente, descobre a injustiça e a compaixão, a tirania da autoridade, a loucura labiríntica da miséria, o consolo das drogas, do sexo e do álcool. E é na prisão que um companheiro lhe desvenda as maravilhas da leitura, mudando para sempre a sua vida.

Estreia do autor em Portugal, em tradução directa do árabe, Pão Seco foi publicado originalmente em 1973, na tradução inglesa de Paul Bowles (For Bread Alone), quando os editores de língua árabe não estavam ainda preparados para o caos narrativo, a linguagem crua e a indisciplina gramatical que desafiavam a tradição e o «bom gosto».

«Verdadeiro documento do desespero humano» (Tennessee Williams), obra de culto proibida até recentemente nos países árabes por tocar em tabus da sociedade magrebina, este avassalador romance autobiográfico consagrou o autor e continua a iluminar o caminho de várias gerações de renegados marroquinos.

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Editora Antígona
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Autores Muhammad Chukri
Muhammad Chukri

Muhammad Chukri (1935-2003) aprendeu a ler aos 21 anos. Nascido numa pequena aldeia nas montanhas do Rife, em Marrocos, durante os anos de ferro do protectorado espanhol, viveu uma infância e juventude marcadas pela fome extrema, a violência absurda e a fuga para a frente. Foi na escrita que encontrou refúgio e salvação: uma escrita «desde o interior da pobreza» (Bernardo Atxaga), dura e áspera, seca como o pão sem conduto, de uma ferocidade insaciável e amoralidade inclemente.

Escritor maldito, com uma obra breve e intensa, repleta de humanidade e amor à justiça, Chukri publicou novelas e colecções de contos - O Louco das Rosas (1979), A Tenda (1985) -, memórias dos dias de transgressão em Tânger, na companhia de Paul Bowles, Jean Genet, Tennessee Williams, Samuel Beckett e William Burroughs, bem como o segundo e terceiro volumes da sua singular autobiografia - O Tempo dos Erros (1992) e Rostos (2000) -, a de um pedinte, ladrão, contrabandista, professor universitário e boémio.

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