Pão & Vinho
Ebook Adobe Digital Editions
Instruções de funcionamento
Ver por dentro:
| Editora | Dom Quixote |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Paulo Moreiras |
Paulo Moreiras nasceu em Agosto de 1969, na cidade de Lourenço Marques, Moçambique. Em Outubro de 1974 aterrou em Portugal. Quis ser desenhador, cientista, inventor, marinheiro, antropólogo, mas não foi nada disso. Perdeu-se muitas vezes e achou-se outras tantas. Erra mais do que acerta, mas não deixa de ser feliz por isso.
Começou na banda desenhada, navegou pela poesia e desaguou no romance com o elogiadíssimo A Demanda de D. Fuas Bragatela (2002). Seguiram-se Os Dias de Saturno (2009), O Ouro dos Corcundas (2011) e A Vida Airada de Dom Perdigote (2023). N’O Caminho do Burro (2021) reuniu os seus melhores contos. Também escreve sobre gastronomia, com destaque para Elogio da Ginja (2006) e Pão & Vinho – Mil e Uma Histórias de Comer e Beber (2014). Gosta do que faz e daquilo que quer fazer.
-
O Ouro dos CorcundasA guerra entre Absolutistas e Liberais está ao rubro quando Vicente Maria Sarmento retorna a Chão de Couce, após receber a notícia da morte do pai. Mas esse regresso tem um sabor duplamente amargo; em Lisboa, onde viveu os últimos anos, Vicente Maria pertenceu a um bando de salteadores e esteve preso no Limoeiro, donde só saiu por obra e graça dos malhados, que assaltaram a cadeia para libertar os partidários de D. Pedro. Antes de seguir para casa da mãe, para sossego do corpo e do espírito, Vicente Maria dirige-se para a Venda do Negro, acabando a noite nos braços da puta Tomásia, que nunca esqueceu e a quem promete casamento e vida honesta. Contudo, o seu regresso reacende na vila antigos ódios e paixões e os seus inimigos estragam-lhe os planos. Não lhe resta, pois, senão juntar-se a um novo grupo de bandidos, esperando que as pilhagens lhe rendam o bastante para se pôr a milhas dali com a amada. Quem também se vê em apuros é D. Miguel, atacado por todos os lados, a quem as vénias dos corcundas já de nada servem.Projectado o assalto a uma família de fidalgos ricos em viagem, é numa curva da estrada que o bando intercepta uma carruagem, sem saber que os destinos de Portugal se jogam nesse preciso instante. E é pela ousadia de Vicente Maria que, afinal, se alterará o rumo da História, embora os livros injustamente o omitam.Com uma linguagem poderosa e um humor digno da melhor literatura picaresca, o presente romance é uma homenagem aos heróis anónimos que ajudaram a construir as respectivas nações e um fresco sublime das lutas liberais. -
A Demanda de D. Fuas BragatelaNascido em Trancoso no dia em que D. Dinis dava os últimos suspiros, D. Fuas Bragatela estava destinado a ser alfaiate, mas nele outros sonhos fervilhavam. Saiu, por isso, de casa muito novo, serviu a vários amos (com quem nada aprendeu senão os rigores da vida) e, depois de muitas peripécias, acabou a combater na batalha do Salado, donde não trouxe honra nem glória, apenas uma fome dos diabos. Arribou seguidamente a Salamanca, fazendo-se passar por licenciado em Medicina, e regressou à pátria com o cheiro da peste colado às narinas. Mas foi então que descobriu a demanda da sua vida: um dos maiores tesouros da Cristandade... Num romance que constitui um retrato notável do Portugal medieval - e no qual não faltam alcoviteiras que fabricam hímenes, clérigos que vendem pedaços de céu, meirinhos corruptos, estalajadeiros manhosos, donzelas a transbordar de carnes e rapagões esfomeados -, Paulo Moreiras oferece- nos as irresistíveis aventuras de uma personagem quixotesca, na qual existe um pouco de todos nós, portuguesinhos à beira-mar plantados.Ver por dentro: -
O Ouro dos CorcundasA guerra entre Absolutistas e Liberais está ao rubro quando Vicente Maria Sarmento retorna a Chão de Couce, após receber a notícia da morte do pai. Mas esse regresso tem um sabor duplamente amargo; em Lisboa, onde viveu os últimos anos, Vicente Maria pertenceu a um bando de salteadores e esteve preso no Limoeiro, donde só saiu por obra e graça dos malhados, que assaltaram a cadeia para libertar os partidários de D. Pedro. Antes de seguir para casa da mãe, para sossego do corpo e do espírito, Vicente Maria dirige-se para a Venda do Negro, acabando a noite nos braços da puta Tomásia, que nunca esqueceu e a quem promete casamento e vida honesta. Contudo, o seu regresso reacende na vila antigos ódios e paixões e os seus inimigos estragam-lhe os planos. Não lhe resta, pois, senão juntar- se a um novo grupo de bandidos, esperando que as pilhagens lhe rendam o bastante para se pôr a milhas dali com a amada. Quem também se vê em apuros é D. Miguel, atacado por todos os lados, a quem as vénias dos corcundas já de nada servem. Projectado o assalto a uma família de fidalgos ricos em viagem, é numa curva da estrada que o bando intercepta uma carruagem, sem saber que os destinos de Portugal se jogam nesse preciso instante. E é pela ousadia de Vicente Maria que, afinal, se alterará o rumo da História, embora os livros injustamente o omitam. Com uma linguagem poderosa e um humor digno da melhor literatura picaresca, o presente romance é uma homenagem aos heróis anónimos que ajudaram a construir as respectivas nações e um fresco sublime das lutas liberais.Ver por dentro: -
Pão e VinhoCom crise ou sem ela, o pão e o vinho nunca faltaram na mesa dos Portugueses, fazendo parte da sua matriz identitária; nas últimas décadas, tornaram-se até produtos de culto, multiplicando-se pelo País fora as padarias que vendem pães de todo o tipo e os produtores de vinho que oferecem verdadeiros elixires a que ninguém resiste. O presente livro aborda as origens destes dois elementos tão típicos da nossa gastronomia, mas vai muito mais longe, resgatando do património etnográfico as tradições a eles associadas. Adivinhas, provérbios, superstições, contos e lendas, manifestações religiosas e culturais, apontamentos sobre o seu uso na culinária, bem como um sem-número de curiosidades divertidas e inesperadas, compõem uma obra irresistível sobre a história do pão e do vinho que tantas vezes se confunde, afinal, com a da nossa existência e sobrevivência. -
A Vida Airada de Dom PerdigotePor ocasião do baptizado do filho varão, Felipe III de Espanha e II de Portugal promove festejos imperdíveis na cidade de Valladolid, sede da Corte e capital do império. E, se para aquele umbigo do mundo – onde desaguam todos os vícios, velhacarias e vilanias – concorrem nobres e ladrões, damas e rameiras, será mais do que certo que, depois de um périplo por Badajoz, Sevilha, Trujillo ou Toledo, siga também para lá Tanganho Perdigão Fogaça, conhecido por Dom Perdigote, a fim de cumprir o seu destino. Mas nem tudo se apresenta de feição a este espadachim nascido no ano em que morre Camões; claro que, entre as muitas peripécias vividas, encontra o amor da sua vida e conhece o pintor El Greco, o escritor Quevedo e até o autor do Quixote; porém, será envolvido na tentativa de assassinar um dramaturgo que integra a embaixada inglesa, enviada para ratificar a paz entre as duas nações. Quem o irá salvar? Na senda do seu romance de estreia – A Demanda de Dom Fuas Bragatela, aplaudido entusiasticamente pelo público e pela crítica –, Paulo Moreiras regressa ao género pícaro, em que é mestre, para nos oferecer uma obra-prima de rigor e divertimento que já fazia falta à nossa literatura. Sublime. -
Os Dias de Saturno - Amor, Alquimia e os Prazeres da Mesa, num Maravilhoso Romance de AventurasAmor e comida são os ingredientes principais deste romance, em que o cómico e o trágico seguem lado a lado, por entre segredos, acasos e embustes, sempre na busca de quem somos. É na Lisboa do século XVIII, desmedida e faustosa, a fervilhar de vida e infestada de ratoneiros, tabernas, comédias e casas de pasto, que perambulam as personagens deste romance cheio de reviravoltas: entre elas, o poeta satírico Tomás Pinto Brandão, «alfaiate dos costumes», ou o padre Rafael Bluteau, autor do Vocabulário Português e Latino; destacam-se, no entanto, o médico da corte João Curvo Semedo e o mestre cozinheiro Domingos Rodrigues, ambos secretos alquimistas e bons garfos. É certo que as suas experiências arriscadas nem sempre resultam como esperado; e agora, que o cozinheiro agoniza no leito, o seu filho adoptivo, portador de uma estranha marca de nascença, sai à procura de um velho médico e, de caminho, tropeça na rapariga dos seus sonhos... e em sarilhos.Reflexão sobre o que a vida nos reserva de inescapável, o romance Os Dias de Saturno trata a alquimia das emoções sem nunca esquecer os prazeres da mesa. Galardoado com o Prémio Gourmand na categoria Melhor Livro de História Culinária no ano da sua publicação original, oferece-nos uma leitura realmente deliciosa e intemporal, ao estilo cuidado e imaginativo a que Paulo Moreiras já nos habituou.
-
Comeres de África Falados em PortuguêsMais de 270 receitas de países africanos, de Angola a São Tomé e Príncipe, passando por Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. Comeres de África Falados em Português é um receituário, amorosamente coligido por Maria Augusta Carvalho, numa manifestação de acrisolada afeição pela herança culinária derivada da miscigenação, medrada nos produtos locais e nos resultantes do jogo das trocas entre o Oriente e o Ocidente, benéfica consequência da demanda dos Descobrimentos. Da fundada leitura dos ingredientes de cada receita, logo nos apercebemos quão profunda foi a referida miscigenação. São, aliás, inúmeras obras de todos os matizes a salientarem a importância do vai e vem dos produtos, sejam eles a batata, o tomate, o milho maís, as pimentas, os citrinos, ou as malaguetas, diferentes das conhecidas por piripiri ou gindungo do Congo (inhé-bóbó, em S. Tomé), que, por seu turno, são variantes do pimento vindo das Antilhas, no bornal de Colombo. As riquezas comestíveis do fascinante continente africano carecem, na sua maioria, de estudo no que tange às expressões culinárias, conforme as regiões e povos delas originários.Ver por dentro: