Sabemos que as guerras implicam reconfigurações importantes nas sociedades e que os períodos imediatos de pós-guerra são simultaneamente períodos de incertezas e de esperança. No entanto, sabemos pouco sobre os diversos percursos da violência no quotidiano das sociedades pós-guerra, no longo-prazo. Este estudo procura compreender, para além das transformações ocorridas, a complexidade das relações, continuidades e mimetismos entre lógicas e períodos de guerra e de paz em dois países: El Salvador e Guiné-Bissau. A partir das experiências e percepções de jovens não privilegiados, em sociedade periféricas e em contextos urbanos marcados por adversidades constantes, questiona-se a utilidade e pertinência dos enquadramentos de reflexão e de intervenção internacional baseados na identificação entre pós-guerra, pós-crise e pós-violências e na reprodução de políticas de reconstrução estandardizadas, centradas no Estado e na superação rápida de crises circunscritas.
Investigadora do ces, membro do Núcleo de Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz e do Observatório sobre Género e Violência Armada. Desde outubro de 2006, é doutoranda no Programa sobre Política Internacional e Resolução de Conflitos na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Relações Internacionais (2002). Realizou ainda Mestrado em Estudos Africanos no iscte.
Sabemos que as guerras implicam reconfigurações importantes nas sociedades e que os períodos imediatos de pós-guerra são simultaneamente períodos de incertezas e de esperança. No entanto, sabemos pouco sobre os diversos percursos da violência no quotidiano das sociedades pós-guerra, no longo-prazo. Este estudo procura compreender, para além das transformações ocorridas, a complexidade das relações, continuidades e mimetismos entre lógicas e períodos de guerra e de paz em dois países: El Salvador e Guiné-Bissau. A partir das experiências e percepções de jovens não privilegiados, em sociedade periféricas e em contextos urbanos marcados por adversidades constantes, questiona-se a utilidade e pertinência dos enquadramentos de reflexão e de intervenção internacional baseados na identificação entre pós-guerra, pós-crise e pós-violências e na reprodução de políticas de reconstrução estandardizadas, centradas no Estado e na superação rápida de crises circunscritas.
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O encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham.