Padres do Deserto - Palavras do Silêncio
Diz o Principezinho que “o que torna o deserto belo é o ele esconder um poço algures” (24). Os Padres do deserto são esses escavadores de poços que continuam a fazer de nossos desertos lugares a revisitar em sua boa companhia. O leitor destas páginas experimentará, muito provavelmente, o desejo de percorrer o mesmo êxodo espiritual que orienta ao encontro do essencial “sem palavras”. Num mundo que ameaça caminhar para a desertificação, a resposta poderá vir, mais uma vez, de onde menos se espera: do silêncio que fala por si (e por nós), dos que sabem estar sós. Vale, por isso, a pena escutar de novo as palavras do silêncio, para aprendermos a ouvir mais e a falar melhor. As “palavras de ouro” selecionadas neste livro são centelhas de fogo que se soltam desses homens (e mulheres) “érbios de Deus” e abrasados pelo amor ao próximo.
| Editora | Universidade Católica |
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| Editora | Universidade Católica |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Isidro Pereira Lamelas |
É natural de Penude-Lamego e membro da Ordem Franciscana desde 1985. Licenciado em Teologia (UCP 1990), especializou-se em Estudos Patrísticos, no Instituto Patrístico Augustinianum de Roma. Frequentou Instituto Oriental de Roma (1997-1998), tendo concluído o Doutoramento na Universidade Gregoriana (1998). Desde 2000 leciona na Faculdade de Teologia da UCP. Ao longo destes anos tem promovido a tradução e estudo das fontes do cristianismo antigo, com especial atenção para o período pré-constantiniano e os autores galaico-lusitanos. Foi, entre 2013 e 2018, diretor da revista Didaskalia e, desde então, continua na Equipa editorial da revista Ephata, publicada pela Faculdade de Teologia. É ainda Diretor da revista Itinerarium, publicada pelos Franciscanos OFM. Tem publicados numerosos artigos e vários livros sobre o cristianismo das origens e a literatura patrística, de entre os quais destacamos os mais recentes: Gaudeo ubi audio. Santo Agostinho: a alegria da Palavra, 2012; Sim Cremos. O Credo comentado pelos Padres da Igreja, 2013; As origens do Cristianismo. Padres Apostólicos, 2016; A via da misericórdia na sabedoria dos Padres do deserto, 2016; Padres do deserto. Palavras do silêncio, 2019; Justino, filósofo e mártir do século II. Em defesa dos Cristãos, 2019; Os Padres da Igreja. Dos Apóstolos a Constantino, 2020; Potâmio de Lisboa. Escritos (em co-autoria com José António Gonçalves); Os espaços litúrgicos dos primeiros cristãos. Fontes literárias dos primeiros quatro séculos, 2021. É membro da Direção da Faculdade de Teologia da UCP e membro integrado do CITER-UCP.b
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Os Padres da Igreja - Dos Apóstolos a ConstantinoSão muitos e diversificados os manuais de Patrologia ou Teologia patrística publicados noutros países. Faltava, porém, um manual feito e editado em Portugal, a pensar, não apenas nos estudantes de teologia, mas também em todos os interessados pela literatura cristã antiga e seus autores a que chamamos “Padres da Igreja”. Este volume propõe-se como um guia essencial para a leitura destes “Pais” da nossa identidade cristã que marcaram decisivamente o código genético da cultura de que somos, mais ou menos conscientemente, “filhos”. O presente volume, que abrange o perídio que vai das origens à viragem constantiniana (séc. I-IV), está pensado como a primeira parte de um segundo tomo que prosseguirá até final da idade patrística (séc. IV-VII). Longe de querer substituir a leitura direta dos textos, o leitor encontrará neste manual uma introdução essencial ao contexto, obras e pensamento dos autores pré-nicenos, com o intuito de conduzir e incentivar à leitura das suas obras. -
A Oração dos Cristãos - O Pai Nosso comentado pelos Padres da igrejaPorque tudo o que é muito usado tende a desgastar-se, os crentes de hoje revelam um manifesto cansaço relativamente às fórmulas antigas de oração. A resposta para esta fadiga poderia passar pela «modernização» dessas formas tradicionais ou até pelo abandono das mesmas, substituindo-as por modelos novos e adaptados a cada tempo e lugar. Sem negar a necessidade de uma permanente atualização das linguagens e formas de experiência orante, pensamos não ser menos proveitoso reaprender a orar, regressando às fontes e momentos fundantes dessa experiência.É o caminho proposto neste livro em que a palavra principal é dada aos Padres da Igreja, isto é, aos mestres da espiritualidade que, ao longo dos primeiros séculos cristãos, rezaram, meditaram e comentaram o Pai Nosso, no qual viram uma síntese do Evangelho e o protótipo de toda a oração. Os comentários patrísticos ao Pater evidenciam, por um lado, a particularidade da oração cristã, por outro mostram-nos que a «Oração do Senhor» é, ao mesmo tempo, o «compêndio» de todas as orações e um modelo inspirador para todo o homem e mulher orante.
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Cartas a um Jovem AteuNo livro Cartas a um Jovem Ateu, Nuno Tovar de Lemos, sj estabelece um diálogo fascinante entre um jovem biólogo e ele próprio, explorando questões de fé e amor. Uma obra cativante, editada pela Frente e Verso, que nos leva a refletir sobre as complexidades da vida e da fé. Ateus ou não, todos temos perguntas sobre Deus, a Igreja, a vida: ser ateu ou agnóstico? Que fazer quando Deus nos desilude? Haverá algo depois da morte? Que se ganha em ter fé? Estas e muitas outras perguntas preenchem as páginas deste livro, dando vida e corpo às cartas que o compõem, num diálogo constante entre o autor e o seu correspondente imaginário. Mais do que simples respostas, estas cartas constituem uma profunda reflexão sobre a vida, o amor, as relações, Deus e cada um de nós. Com o bónus de se lerem como um romance, cheio de revelações sobre os protagonistas. Imperdível! -
Confissões«O êxito, o valor e a sedução das Confissões estão sobretudo no facto de nelas Santo Agostinho «confessar» com sinceridade, humanismo e flagrância os problemas da sua vida de homem religioso e atormentado, que são afinal os problemas de todos nós. As suas dúvidas, interrogações e respostas, sendo ecos da vida humana, refletem também ecos da nossa vida e por isso permanecem vivas e atuais.»Lúcio Craveiro da Silva, S.J.«Talvez que a mais profunda atualidade de Agostinho resida, justamente, no seu fantástico e sublime anacronismo. Queremos dizer, na sua incompatibilidade profunda – ao menos na aparência – com a pulsão cultural que domina hoje não apenas o Ocidente mas o mundo inteiro.»Eduardo Lourenço -
História das Religiões - Da Origem dos Deuses às Religiões do FuturoEste livro é uma viagem. E «viajar é estar vivo»...Por onde vamos viajar? Por uma geografia que se estende da Escandinávia até África e do Brasil até à China, com epicentro na região do Crescente Fértil. A cronologia principia no terceiro milénio a.C. É espantosa a influência que estas tradições religiosas tiveram na nossa cultura. Pense-se nas ideias de Juízo Final, de ressurreição e de Paraíso.Ou nos revivalismos a que algumas deram lugar, como no caso das mundividências celta e escandinava, com a sua celebração da Natureza, visível na obra de Tolkien. Quem não conhece O Senhor dos Anéis?Na primeira parte, são apresentados seis politeísmos antigos: as religiões étnicas (com exemplos de Moçambique e do Brasil); as religiões da Mesopotâmia (em especial, da Suméria); a fabulosa religião do Antigo Egito; os casos dos Celtas e dos Nórdicos; e as religiões da Grécia e da Roma antigas, sementes da ideia de Europa. Há ainda um capítulo sobre o Zoroastrismo - o monoteísmo dual que foi a religião oficial da Pérsia durante doze séculos.Na segunda parte, uma mão experiente propõe-nos uma antevisão dos modelos religiosos do futuro: o teocrático; o da religião oficial nacional; o secular radical; e o multirreligioso. A terceira parte é dedicada ao Taoismo, a joia espiritual da China Antiga. O Tao Te Ching de Laozi é, depois da Bíblia, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo. Um seu continuador, Zhuangzi, também maravilhou muitos pensadores ocidentais, de Heraclito a Heidegger.Vale a pena a experiência desta leitura. Como escreveu Tolkien, «nem todos os que vagueiam estão perdidos». Fizemos, por isso, uma obra rigorosa e muito didática. Embarque connosco, porque - dizia Eduardo Lourenço - «mais importante do que o destino é a viagem»! -
Se Deus é Bom, Porque Sofremos?Reflexões intensas e provocadoras sobre o sofrimento e a bondade de Deus: um e outra contradizem-se? Que se entende por bom quando se fala de Deus? Como sofremos e porquê? Perguntas difíceis para respostas exigentes, numa obra que não faz concessões à facilidade. Segundo o autor, "o sofrimento toca a todos", podendo "revoltar alguns e desanimar outros". No entanto, "há sempre um senso comum de que, no fundo, pode não ser assim tão mau. Antes, até nos pode fazer crescer; e vale a pena tentar ajudar outros: pelo menos para que não lhes aconteça coisa pior". Cada leitor é convidado pelo P. Vasco Pinto de Magalhães, a "parar, agradecer a realidade e tentar relê-la com olhos Bons", pondo "por escrito o caminho que fez e vai fazendo: as luzes e as sombras, os sucessos e as crises. Estas, quando partilhadas, podem ajudar muito o próprio e os outros. Não se trata de eliminar o sofrimento, mas de saber viver e crescer com ele. Trata-se de pôr a render, comunicando, a maior riqueza que temos: a nossa realidade, (onde anda Deus!), sem esconder fragilidades". -
Papa Francisco JMJ Lisboa 2023 - Discursos e HomiliasNum mundo abalado por incertezas, escândalos e divisões, surge um convite à unidade, à compreensão mútua e à ação concreta. Independentemente das diferenças que nos separam, somos todos parte de uma única família humana, que partilha sonhos, aspirações e o desejo de um mundo melhor. Francisco apresentou um conjunto de propostas sobre temas que tocam as vidas dos jovens: fé, justiça social, cuidado com o meio ambiente, diálogo inter-religioso e a importância da solidariedade global. Cada página é um testemunho da capacidade de liderança espiritual do Papa, que transcende fronteiras e conecta gerações, inspirando-nos a olhar além das adversidades e a construir um mundo de amor, de compaixão, de tolerância. Uma mensagem de esperança para «todos, todos, todos»! -
Vem para Fora! - A Promessa do Maior Milagre de JesusNeste novo e fascinante livro, o padre James Martin, SJ, explora a história do maior milagre de Jesus – a ressurreição de Lázaro dos mortos. Ele faz uma fusão entre a exegese bíblica com reflexões diferenciadas sobre a história de Lázaro, representada na cultura mais ampla da arte, da literatura, do cinema. Sempre focado sobre o que Jesus quer dizer quando chama cada um de nós a «LEVANTAR-SE». De forma meditativa e cuidadosa, o autor conduz-nos, versículo a versículo, oferecendo reflexões profundas sobre as lições de Jesus sobre amor, família, amizade, tristeza, frustração, medo, raiva, liberdade e alegria. Assim, James Martin ajuda-nos a abandonarmos as crenças limitantes que nos impedem de experienciar a presença de Deus em nossas vidas. Precisamos apenas de nos abrir à história transformadora de Lázaro e confiar que Deus pode usá-la para nos libertar, e darmos início, como Lázaro, a uma nova vida. -
100 Minutos com o AlcorãoO Corão é tão precioso para os Muçulmanos, que muitos conseguem recitá-lo de cor do início ao fim. No entanto, para aqueles que estão fora do Islão, é um livro fechado. Baseado num modelo introduzido por Shah Wali Allah em meados do século XVIII, o presente livro tem por objectivo tornar a profunda orientação do Corão acessível a todos. Ficará certamente surpreendido por ler sobre inúmeras personagens históricas, que poderá também encontrar nos livros Cristãos e Judeus. Para os Muçulmanos, este pequeno livro poderá revelar novos aspectos sobre o Corão. Fácil de ler, torná-lo-á acessível mesmo para os não-Muçulmanos. -
Construindo uma Ponte - Como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem Estabelecer uma Relação de Respeito, Compaixão e SensibilidadeEste livro constitui um modesto convite para que a Igreja Católica crie uma maior proximidade pastoral relativamente à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros). Mais especificamente ainda, trata da aproximação entre a Igreja e os católicos LGBT ao mesmo tempo que analisa igualmente de que modo a comunidade LGBT poderá empreender um diálogo mais frutífero com a Igreja institucional. Trata-se de uma «ponte» de dois sentidos, embora o ónus do lançamento da primeira pedra para a construção dessa ponte recaia sobre a Igreja. O papa Francisco assumiu, de múltiplas maneiras, a liderança na construção de pontes: para começar, tornando-se o primeiro Papa a usar a palavra «gay» em público e, a propósito deles, aproveitando para perguntar, porventura na sua declaração mais famosa: «Quem sou eu para julgar?»