Para que serve?
“Para que serve?” parte da conferência dedicada ao tema “Para que serve a cultura?, realizada por José Maria Vieira Mendes, no Teatro Luís de Camões, em Lisboa. Na plateia, um público fora do comum em conferências: crianças (muitas!), que foram convidadas a participar com perguntas e respostas, dúvidas e provocações.
O resultado desse encontro, ao qual se juntaram as ilustrações de Madalena Matoso, deu origem a este livro.
Um livro que gosta de fazer perguntas.
Um livro que gosta mais de um mundo com perguntas do que de um mundo com respostas absolutas.
Um livro que em vez de responder às perguntas, faz perguntas às perguntas. Sobretudo às perguntas que aparecem muitas vezes.
Como é que isso se faz?
E para o que é que isso serve?
Boa(s) pergunta(s).
| Editora | Planeta Tangerina |
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| Categorias | |
| Editora | Planeta Tangerina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Maria Vieira Mendes |
José Maria Vieira Mendes escreve maioritariamente peças de teatro, mas também publicou ensaios e ficção. É membro do Teatro Praga e da sua direcção artística desde 2008. As suas peças foram traduzidas em mais de uma dezena de línguas. Faz traduções literárias e trabalha ocasionalmente com artistas plásticos e em cinema. Publicou, mais recentemente, Arroios, Diário de um diário (ficção, 2015, Dois Dias edições), Uma Coisa (teatro, 2016, Livros Cotovia), Para Que Serve? (infância, 2020, Planeta Tangerina) e Uma Coisa não É Outra Coisa (ensaio, 2022, Sistema Solar). É professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
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Arroios: diário de um diárioUm diário chega a casa, algures, num bairro de Lisboa, e põe-se a existir. Os dias sucedem-se. São anotados. Num desses dias lemos: Eis um diário. Não é mais que isto. É procurar, em consciência, uma palavra e depois outra e depois outra. Arroios: diário de um diário , de José Maria Vieira Mendes, surgiu pela primeira vez em formato blogue enquanto desafio auto-proposto - a escrita de um texto, todos os dias, durante um ano. Uma leitora assídua, Ana Teresa Ascensão, pouco antes desse ano terminar, propôs ao autor converter o blogue em livro, tendo por mote revelar a estrutura intertextual da narrativa, desta feita, na página. -
Uma CoisaUma Coisa recolhe cinco peças escritas entre 2010 e 2015: Paixão Segundo Max , Padam Padam, Terceira Idade, Um Mais Um e Bilingue. -
Uma Coisa Não É Outra CoisaO teatro e a literatura são diferentes porque são duas coisas, duas pessoas. À partida não há qualquer distância entre as duas artes, tal como não há entre uma viagem de barco pelo Amazonas e uma equação física ou entre a cidadania e uma pintura da Idade Média. As distâncias são fruto de uma proposta de relação que alimenta frustrações e imobiliza identidades. Aquilo que proponho implica reconhecer o outro no encontro e identificar o óbvio: eu não sou tu. A diferença deixa de ser eterna e constante, passa a ser negociável, mutável e não dependente da semelhança. Acontece a cada momento, comportando simultaneamente o que é conhecido, as histórias e as certezas. Nisto participa no jogo da existência, no mundo em movimento. -
Uma Coisa não É Outra Coisa – Teatro e LiteraturaAs distâncias são fruto de uma proposta de relação que, como tentei demonstrar, alimenta frustrações e imobiliza identidades. O que proponho implica reconhecer o outro no encontro e identificar o óbvio: eu não sou tu. A diferença deixa de ser eterna e constante, passa a ser negociável, mutável e não dependente da semelhança. Acontece a cada momento, comportando simultaneamente o que é conhecido, as histórias e as certezas. Nisto participa no jogo da existência, no mundo em movimento.Não há, à partida, qualquer contradição entre o teatro e a literatura, não existe qualquer oposição, dissociação ou diferença, nem qualquer relação necessária. O reconhecimento da separação e da intransponibilidade, o facto de eu não ser tu ou de uma pessoa não ser outra permite um pensamento mais livre sobre o teatro e a literatura porque não estaremos condicionados por um só tipo de relação, nem por um conhecimento exclusivo da disciplina; escaparemos, tanto quanto possível, a uma autoridade que precede e limita o objeto.A inexistência de uma solução para o problema da relação entre o teatro e a literatura conforme ele é apresentado ao longo dos tempos por diferentes histórias do teatro, autores teatrais e dramáticos, bem como críticos ou académicos, deve-se à própria formulação do problema. Ao reformular o problema, deixamos de estar dependentes de uma descrição epistemológica de cariz dualista que segue em busca de uma solução para as dúvidas e colocamo-nos dentro de um quadro de aceitação ou de reconhecimento de uma ontologia própria e escandalosa, abrindo esta relação ao quotidiano. É por isso que não devemos negligenciar o papel da vontade nesta equação. As descrições antiliterárias, pós-dramáticas ou a defesa do teatro literário insistem, porque é a sua vontade, em tornar compreensíveis e iluminar o que observam.Para complementar a afirmação de que uma coisa não é outra coisa é necessário então uma disponibilidade ou vontade própria do observador.Depois de descrições várias de teatro e da sua relação com a literatura, concluirei com o modo como o reconhecimento da vontade e um outro conceito de conhecimento podem afetar as descrições de espetáculos e literatura dramática, o olhar do leitor e do espectador e a relação deste com a obra que lê ou vê. Isto porque, mais do que abrir possibilidades e significados para o teatro e literatura, me interessa reconhecer outros pares, de que espetáculo e espectador são exemplos, capturados por uma lógica antinómica que limita significados.[José Maria Vieira Mendes] -
O Pior é que FicaTeatro? Romance? Literatura dramática para leitura em voz baixa? A resposta (ou a sua ausência) é o novo livro do grande dramaturgo português da sua geração, uma estreia na Tinta‑da‑china. O Pior É Que Fica é um livro com prefácio e sete capítulos que caminham para um derradeiro suspiro. Recorrendo a esta forma habitualmente associada ao romance, ou à prosa em geral, o livro inclina a literatura dramática para a leitura em voz baixa. Encontra‑se nele oito textos dramáticos que o autor decidiu juntar em jeito de retrospectiva sem nostalgia. Alguns deles são novidades, outros foram publicados em tempos antigos, mas contam hoje, pela ordem em que surgem e pelos anos que deixaram de os separar, uma história que não é cronológica. Sinaliza‑se com esta organização a possibilidade de um romance a espreitar pelo conjunto, com tudo o que escapa ou desaparece. É possível que se trate de um romance que recusa a responsabilidade de representar o que não é, mais interessado em falar sobre desaparecimento do que sobre aparições. Será um romance que não quer ficar, sabendo que ficará, porque só assim poderá não ficar? Mas também é possível que seja um livro de textos dramáticos, que se acumulam atrás da cortina, gesticulando para não ser vistos, de borracha e lápis na mão, com a falsa modéstia de quem não quer querendo.
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O Leão Que Temos Cá DentroNão tens de ser grande nem valente para encontrares a tua voz. Nem sempre é fácil ser pequeno. Mas quando o Rato parte em viagem à procura do seu rugido, descobre que até a mais pequenina criatura pode ter um coração de leão. -
Truz-Truz"Truz Truz! Quem é?! É a menina pequenina que tem uma meia rota no pé?" Assim começa esta pequena grande adivinha, contada em verso e cheia de humor, que dá vida a um bairro e a todas as personagens fascinantes que podemos encontrar no nosso dia a dia. -
O Príncipe NaboSer princesa e poder escolher um príncipe deveria ser uma tarefa fácil. Mas para a Princesa Beatriz, a quem nada nem ninguém satisfaz, é um tremendo aborrecimento, e ainda aproveita para zombar dos pobres pretendentes. Cansado dos caprichos da Princesa, o Rei decide dar-lhe uma boa lição... A coleção Educação Literária reúne obras de leitura obrigatória e recomendada no Ensino Básico e Ensino Secundário e referenciadas no Plano Nacional de Leitura. -
O Coala Que Foi CapazO Kevin é um coala que gosta de manter tudo na mesma, exatamente na mesma. Mas quando um dia a mudança surge sem ser convidada, o Kevin descobre que a vida pode estar cheia de novidades e ser maravilhosa! Dos criadores de O Leão Que Temos Cá Dentro, esta é uma história bem engraçada para quem acha que a mudança é um bocadinho preocupante. -
O Bando das Cavernas 43 - MicroscópicosUma fórmula secreta, uma tentativa de escapar ao teste de ciências e um pormenor aparentemente sem importância como, por exemplo, não lavar as mãos antes de ir para a mesa, dão origem a uma batalha incrível no mundo microscópico. Segue os nossos amigos nesta aventura cheia de criaturas estranhas e muuuuitos pormenores até um mundo que pode ser minúsculo, mas onde as gargalhadas são gigantes. Já sabes como é: diverte-te a ler e… Junta-te ao Bando! -
Graças e Desgraças da Corte de El-Rei TadinhoPlano Nacional de LeituraLivro recomendado para o 3º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada."Não se trata do retrato de mais um rei de Portugal. El-Rei Tadinho, sua futura mulher (uma fada desempregada, que entretanto se fizera passar por bruxa) e restante família vivem algumas desgraças ora do campo do quotidiano ora do fantástico. O rei oferece a filha (que não tem! — só mais tarde dá pelo engano) em casamento a um dragão; a única bruxa do reino, embora contrariada, decide ajudá-lo; o dragão engana-se e casa com esta última... É impossível não se achar graça, tal a ironia, a prodigiosa imaginação e o alucinante desenvolvimento. (A partir dos 8/9 anos)." -
Era Uma Vez Um UnicórnioSabes como nasceu o primeiro unicórnio? Tudo aconteceu numa floresta encantada, quando uma menina chamada Carlota descobriu uns pequenos cavalos a tentar voar e reparou que um deles não saía do chão. Ele estava muito triste, mas a Carlota encontrou uma maneira muito doce de fazer o seu novo amigo feliz. O que terá sido? -
O meu primeiro livro de IogaRasteja como um crocodilo, estica-te como uma raposa e salta como um gafanhoto para descobrires o mundo maravilhoso do IOGA!