Política
Política, de Aristóteles, é a primeira tradução directa do Grego para Português, incluindo o original de referência, de um dos livros mais influentes da história do pensamento social e político do Ocidente. O carácter de grande exigência que se pretendeu atribuir-lhe foi assegurado pela excelência dos vários intervenientes que contribuíram para a sua elaboração, quer no plano da tradução e índices, quer no da revisão científica, quer na cuidada introdução, dedicada ao leitor especializado ou não, quer mesmo ao nível da riqueza de notação e dos índices, que a torna próxima de uma edição crítica. O relativo esquecimento a que a Política foi votada durante mais de duzentos anos (de 322 a.C. a 80 a.C.) é frequentemente explicado por porventura ter ficado sepultada numa cave em Scepsis, juntamente com a biblioteca e obra inédita de Aristóteles. A obra aristotélica, incluindo a Política, passaria a dominar o pensamento medieval, estendendo a sua força e prestígio até aos nossos dias. Tratado essencialmente resultante do ensino oral ministrado pelo seu autor, a Política é constituída por oito livros relativamente independentes, cuja sequência foi, no fundamental, determinada pelo próprio Aristóteles, e para cuja leitura se torna necessário nunca perder de vista os traços característicos do seu modo de pensar – a minúcia da observação, a perspectiva comparativa, a filosófica paixão pelo concreto.
| Editora | Nova Vega |
|---|---|
| Coleção | Biblioteca Clássica |
| Categorias | |
| Editora | Nova Vega |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Aristóteles |
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) foi um filósofo grego do período clássico. Faz parte, juntamente com Sócrates e Platão, de quem foi discípulo, da tríade de fundadores da filosofia ocidental. Depois da morte de Platão, em 347 a.C., abandonou a Academia desavindo com a nova direção. Depois da morte de Alexandre Magno, de quem foi precetor, fundou a sua própria escola, o Liceu, ou escola peripatética. Os escritos que dele nos chegaram versam sobre física, metafísica, estética, lógica, retórica, política, ética, biologia, linguística, economia e zoologia.
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Da Alma (De Anima)Nesta discussão dos problemas principais respeitantes à alma, que é o princípio vital de todos os seres vivos, Aristóteles visa fundamentalmente delinear uma teoria geral sistemática de um tema que pode ser considerado metafísico e abstracto. -
Categorias / Da Interpretação«Uma longa tradição com origem no século I a. C. colocou as Categorias e o tratado Da Interpretação , no início do Organon , como as duas primeiras obras de leitura obrigatória para qualquer estudante de filosofia. Serviam assim de preparação para o estudo da silogística, isto é, da parte central da lógica. Durante cerca de seiscentos anos, as Categorias , em particular, exerceram um enorme fascínio sobre os filósofos das várias escolas - estoicos, platónicos, peripatéticos - e foram objeto de intensos e prolongados debates. Mas o interesse por estas obras sobreviveu ao fim do mundo antigo. Um famoso regulamento da Universidade de Paris de 1252 exigia que todo o estudante da faculdade de artes assistisse a pelo menos três lições sobre as Categorias e o tratado Da Interpretação . Um tal lugar de honra fez destas, muito provavelmente, as obras mais lidas, traduzidas, comentadas e influentes de toda a história da filosofia. No seu conjunto, as Categorias e o Da Interpretação são hoje valorizadas, não pela função pedagógica que a tradição lhes atribuiu, mas pela riqueza filosófica do seu conteúdo, pelo interesse intrínseco dos temas e dos problemas nelas abordados, sejam eles de metafísica, de lógica ou de filosofia da linguagem.» -
RetóricaA Retórica de Aristóteles é uma das mais influentes obras da Antiguidade, tendo penetrado profundamente os estudos literários e filosóficos até aos nossos dias, para além da incidência que exerceu sobre as áreas da lógica, da psicologia e da moral. A revalorização da disciplina pelos autores da «Nova Retórica», no século XX, contribuiu para testemunhar, de um novo modo, a atualidade do pensamento aristotélico a este respeito. Tradução direta do original grego, de acordo com a edição de W. D. Ross para a série Oxford Classical Texts. Coordenação de António Pedro Mesquita. -
Meteorológicos«Os Meteorológicos inserem-se no grande grupo dos tratados de física, isto é, de filosofia (ou ciência) natural, mais precisamente eles situam-se entre, de um lado, a Física, o Sobre o Céu e o Sobre a Geração e a Corrupção e, do outro, os tratados biológicos (de facto, zoológicos, dado que não chegou até nós nenhum tratado de botânica de Aristóteles). Nesse sentido, assim como os meteoros no cosmo, os Meteorológicos ocupam no corpus físico aristotélico uma posição mediana. […]Em compensação, o final do prólogo apresenta a investigação meteorológica como uma transição para o estudo das plantas e dos animais que vivem na região intermédia.» Tradução, introdução e notas de Cláudio William Veloso, com a colaboração de Hiteshkumar Parmar e a revisão científica de António Pedro Mesquita, coordenador das Obras Completas de Aristóteles. -
PoéticaCom a edição de «Poética», de Aristóteles, traduzida por Eudoro de Sousa, pretende-se "que a Arte Poética, outrora lida e relida entre nós, no texto grego original e nas famosas paráfrases latinas e italianas do Renascimento, como códice da mais perfeita técnica da epopeia e da tragédia, voltasse agora a ser lida e relida, em texto português, como a grande obra de ciência e de erudição que na verdade é."Através do prefácio, da introdução, dos apêndices e do comentário de Eudoro de Sousa cumpre-se um outro objetivo da edição: acompanhar o leitor na reflexão, que a leitura deste eterno clássico da cultura universal inerentemente proporcionará. -
História dos Animais (Livros VII-X) - Vol. II«Não é decerto a componente científica aquela que, na produção pluridisciplinar de Aristóteles, mais atrai as atenções dos modernos. Séculos de progresso na investigação e na teorização terão tornado obsoletos os resultados obtidos pelo sábio do Liceu. Mas um mérito lhe permanece adstrito: o de ter validado, com suporte teórico, a fundação das Ciências.Assim sinteticamente formulada, esta conquista pressupõe a consolidação de passos essenciais no que constrói o verdadeiro espírito científico: empenho e rigor na investigação, perspicácia na observação e experimentação e finalmente a capacidade de definir uma metodologia adequada à exposição do trabalho científico. São estas as linhas do perfil de um sábio de que a "História dos Animais" constitui expressivo testemunho.Esta tradução teve por base a edição de D. M. Balme, "Aristotle, Historia animalium", VII-X (Cambridge), 1991.»Coordenação de António Pedro Mesquita, com tradução de Maria de Fátima Sousa e Silva e consultoria científica de Carlos Almaça. -
Sobre as Cores e Outros Tratados Pseudoaristotélicos - Vol. IX, Tomo III«A tradução dos vários tratados segue as edições julgadas mais fidedignas e credíveis. O corpus pseudoaristotélico reúne um conjunto de pequenos tratados atribuídos comummente, desde a Antiguidade, a autores desconhecidos pertencentes à escola aristotélica. De autoria incerta, mas quase seguramente peripatética, embora posterior a Aristóteles, os opúsculos dispostos neste volume prosseguem, sob matizes diferenciadas, estudos desenvolvidos anteriormente por outros autores, nomeadamente pelo próprio Aristóteles, deixando outrossim larga influência para períodos subsequentes. Contemplam-se várias temáticas, designadamente no âmbito da fisiologia, da fisiognomonia, da botânica, da paradoxografia, da matemática e da geografia.»Coordenação científica de Pedro António Mesquita -
Ética a NicómacoÉtica a Nicómaco trata da felicidade como projecto essencial do ser humano. Das virtudes, da sensatez, do que se pode e do que se deve fazer. Trata da possibilidade de se existir de acordo com as escolhas que fazemos. De se ser autónomo, de viver com gosto. Trata da procura do prazer pelo prazer - e do prazer pela honra. Da justiça. Das formas de vida que levam à felicidade. Da procura do amor. É um livro fundamental para a cultura do ocidente. -
As Constituições Perdidas de AristótelesNestas curtas passagens de textos perdidos atribuídos a Aristóteles vamos encontrar momentos fundadores do modo ocidental de pensar o Estado e a Cidadania, mas encontramos muito mais: um olhar sobre os costumes e os comportamentos dos povos antigos, a definição primordial de mitos como de medidas, ou seja, do eterno grandioso e do quotidiano mínimo, um conjunto não raras vezes iluminado pelo fulgor poético.Esta obra de carácter fragmentário pode ainda ser lida simplesmente como relato caleidoscópico de viagem. Viagem que agora, pela primeira vez em português por via de tradução directa, podemos acompanhar e continuar.Inicia uma colecção dedicada à tradução de textos clássicos e à publicação de ensaios sobre eles.Tradução de António de Castro Caeiro.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»
