Primavera Silenciosa
«Estamos neste momento, no ponto onde duas estradas divergem. Mas, ao contrário das estradas do famoso poema de Robert Frost, estas não são igualmente justas. A que vimos percorrendo há muito é enganadoramente fácil, uma imensa auto‑estrada lisa, onde avançamos a grande velocidade, mas em cujo final está o desastre. O outro braço da bifurcação da estrada — a “menos percorrida” — oferece-nos a última, a única hipótese de chegarmos a um destino que garanta a preservação da nossa Terra.» Rachel Carson descreveu assim a situação a que havíamos chegado em 1962. Apesar do estilo poético característico da autora, Primavera Silenciosa é uma obra crua na demonstração inabalável dos malefícios da utilização de pesticidas químicos. A investigação pioneira de Carson provou que o uso em grande escala de DDT e outros pesticidas agrícolas era devastador para a fauna e a flora, e que havia uma relação direta entre vários tipos de cancro nos seres humanos e a exposição a estes químicos. A indústria química não estava disposta a perder a confiança do público, ou que a sua integridade fosse questionada, e a obra foi alvo de violentos ataques críticos. A obra chegou à atenção do presidente John F. Kennedy, que desencadeou inquéritos à escala federal e estatal para comprovar as afirmações de Carson. Resultaram daí leis reguladoras do fabrico e da aplicação de pesticidas químicos. Primavera Silenciosa despertou também um movimento social novo de consciência ambiental. A cada leitura, a obra compele a uma reavaliação da relação entre ser humano e natureza, a um debate sobre como atingir a justiça ambiental, e à reflexão acerca da inseparabilidade entre saúde pública e ambiente.
| Editora | Imprensa da Universidade de Lisboa |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Imprensa da Universidade de Lisboa |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Rachel Carson |
Rachel Carson (1907–1964) foi bióloga marinha. O seu percurso começou no Colégio para Mulheres da Pennsylvania, onde a propensão para a literatura deu lugar a uma especialização em biologia. Como bolseira, estudou no Laboratório Biológico Woods Hole e na Universidade Johns Hopkins, onde completou o mestrado em zoologia em 1932. Sem meios económicos para continuar os estudos, trabalhou como assistente de laboratório na Escola de Saúde Pública, onde adquiriu conhecimentos de genética experimental. Ao escrever artigos jornalísticos sobre história natural percebeu que podia unir os seus dois interesses, a ciência e a escrita. Trabalhou a tempo parcial no Serviço Federal de Pescas de Baltimore, como escritora de guiões sobre a vida marinha para a rádio, enquanto, à noite, escrevia artigos em regime independente. Em 1937, tornou-se a segunda mulher a trabalhar no Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA. Pela sua aptidão literária,
foi-lhe atribuída a revisão dos relatórios de campo, que usou para expandir e aprofundar o seu conhecimento de ciência, da natureza, e das políticas científicas. Em 1949, ocupava o cargo de editora-chefe das publicações do Serviço e era autora de um folhetim sobre o sistema de proteção da vida selvagem. No final da década de 1950, Carson era considerada a escritora científica mais respeitada da América. Recebeu várias distinções e prémios, entre os quais o Prémio Nacional do Livro; uma bolsa Guggenheim; o prémio de Conservacionista do Ano da Federação Nacional da Vida Selvagem; a medalha de ouro da Associação Zoológica de Nova Iorque. A título póstumo, foi-lhe atribuída a Medalha Presidencial da Liberdade.
-
Silent SpringNow recognized as one of the most influential books of the twentieth century, "Silent Spring" exposed the destruction of wildlife through the widespread use of pesticides. Despite condemnation in the press and heavy-handed attempts by the chemical industry to ban the book, Rachel Carson succeeded in creating a new public awareness of the environment which led to changes in government and inspired the ecological movement. -
Maravilhar-se - Reaproximar a Criança da NaturezaCom prefácio de Viriato Soromenho-Marques. Co-editado por Edições Sempre-em-Pé e Campo Aberto - associação de defesa do ambiente, com apoio do Programa Ambiente da Fundação Calouste Gulbenkian. Para que uma criança mantenha vivo o seu sentido inato do que é maravilhoso sem que lhe tenha sido dado tal presente pelas fadas, ela necessita da companhia de pelo menos um adulto com quem possa partilhá-lo, redescobrindo com ele a alegria, o entusiasmo e o mistério do mundo em que vivemos. É este o fulcro deste curto texto da mais célebre escritora de natureza e do ambiente, a quem se deve o livro Primavera Silenciosa, de 1962, cujos 50 anos de edição são celebrados em 2012-2013. Em Maravilhar-se, nada de técnico, mas o essencial do que constitui a verdadeira educação ambiental: a experiência direta da natureza pela criança, a sua impregnação desde a mais tenra idade, com a ajuda de um adulto. Para comemorar a data 1962-2012, Maravilhar-se inclui em apêndice, de responsabilidade dos editores portugueses, uma pequena mas muito informativa cronobiografia da Autora.
-
Eu Vi uma Flor Selvagem«O objectivo destas páginas é dar a conhecer um dos domínios mais admiráveis da Natureza: o das flores selvagens dos nossos campos. Estas flores são verdadeiros esplendores acessíveis a cada um de nós. Porém, é possível passarmos toda uma vida sem nunca nos debruçarmos sobre elas para as admirar. Deste modo, passamos ao lado de alegrias que, por certo, se renovam todos os anos. Este prazer requer aprendizagem. Saber reconhecer estas flores exige paciência, mas, por outro lado, revela-se imensamente gratificante, dada a variedade de flores selvagens que se nos apresentam de diferentes formas consoante as fases das suas vidas - e da nossa. Para facilitar esta iniciação, gostaria de partilhar a minha relação pessoal com cada uma destas flores.» Hubert ReevesCada flor é ilustrada por fabulosas fotografias a cores de Patricia Aubertin, tiradas no campo de Malicorne. -
A Origem do TempoComo foi possível o universo ter criado condições perfeitas para o aparecimento da vida?Stephen Hawking e Thomas Hertog trabalharam juntos durante vinte anos, desenvolvendo uma nova teoria do cosmos para o explicar.Hawking estudou a origem do big-bang que criou o universo, mas o seu trabalho inicial foi posto em causa quando um modelo matemático previu vários big-bangs dando origem a um multiverso - incontáveis universos diferentes, a maioria dos quais demasiado bizarros para serem compatíveis com a vida. Recolhidos no Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica de Cambridge, Stephen Hawking e o seu amigo e colaborador Thomas Hertog trabalharam neste problema durante vinte anos, desenvolvendo uma nova teoria do cosmos com o objetivo de explicar o aparecimento da vida. Juntos, encontraram um nível mais profundo de evolução, no qual as próprias leis físicas se transformam e simplificam até as partículas, as forças e o próprio tempo. Esta descoberta levou-os a uma ideia revolucionária: as leis da física não são imutáveis; nascem e coevoluem à medida que o universo que elas governam toma forma.A Origem do Tempo é a última teoria de Stephen Hawking, uma nova e impressionante visão do nascimento do universo que transformará profundamente a maneira como pensamos sobre o nosso lugar na ordem do cosmos. -
Insectos, Aranhas & SerpentesCerca de 300 espécies de insectos, aranhas e serpentes, ilustradas, identificadas e descritas em três diferentes secções. Textos acessíveis, com símbolos que permitem, de forma rápida e directa, o acesso à informação. -
Breves Respostas às Grandes PerguntasO LEGADO DEFINITIVO DO ASTROFÍSICO MAIS RELEVANTE DO SÉCULO XXNova edição na chancela Crítica com uma nova capa.Este é o último livro deste muito admirado cientista e que já vendeu mais de 21 mil exemplares em Portugal.As derradeiras reflexões do conceituado cientista, em busca de respostas para as grandes perguntas e desafios da humanidade.Existe um Deus?Como começou tudo?Podemos prever o futuro?Viajar no tempo será possível?Existirá mais vida inteligente no universo?Ficará a Inteligência Artificial mais inteligente do que nós?...Respostas simples às grandes perguntas e desafios da humanidade.Um clássico da ciência de leitura obrigatória. -
Sobre o FuturoUm olhar provocador e inspirador sobre o futuro da Humanidade e da CiênciaAtingimos um ponto crítico. O mundo como o conhecemos está a transformar-se depressa demais. Durante o próximo século enfrentaremos riscos existenciais com várias consequências, positivas e negativas. Contudo, a nossa abordagem ao futuro é caracterizada pelo pensamento a curto prazo, debates polarizados, retórica alarmista e pessimismo. Para Martin Rees, é necessária uma abordagem diferente no planeamento a longo prazo. O futuro da Humanidade está ligado ao futuro da ciência e depende dosucesso com que conseguirmos adaptar os avanços tecnológicos aos desafios. Se queremos utilizar a ciência para resolver os problemas enquanto evitamos os seus riscos distópicos, temos de pensar de forma racional, global e otimista a longo prazo. Os avanços na biotecnologia, cibertecnologia, robótica e inteligência artificial, se aplicados de forma sensata, podem ajudar a superar as ameaças que a Humanidade enfrenta na Terra, desde as alterações climáticas à guerra nuclear. Simultaneamente, novos avanços na ciência espacial permitirão ao ser humano explorar o sistema solar e ir mais além. Mas não existe “plano B” para a Terra – não há alternativa viável se não estivermos conscientes de que o planeta é a nossa casa. -
Apocalipse Nunca - Como o Alarmismo Ambiental nos Prejudica a TodosMichael Shellenberger luta há décadas por um planeta mais verde. Ajudou a salvar as últimas sequoias desprotegidas do mundo. Concebeu, com outros, o antecessor do atual Green New Deal. E liderou o esforço bem-sucedido de cientistas do ambiente e de ativistas para manter centrais nucleares em funcionamento, prevenindo um pico de emissões.No entanto, em 2019, no momento em que alguns diziam que «milhares de milhões de pessoas vão morrer», contribuindo dessa forma para aumentar a ansiedade, desde logo nos adolescentes, Shellenberger decidiu que, enquanto ambientalista de longa data, reputado especialista em energia e pai de uma filha adolescente, devia tomar uma posição para separar a ciência da ficção.Apesar de décadas de atenção proporcionada pelas notícias dos media, muitos não sabem factos essenciais. Por exemplo, as emissões de carbono atingiram o máximo no passado e têm vindo a diminuir há mais de uma década nas nações desenvolvidas. E o risco de Aquecimento da Terra para temperaturas muito altas é cada vez mais improvável graças ao abrandamento do aumento da população e à existência de gás natural abundante. -
Origens"É impossível imaginar alguém melhor do que Neil deGrasse Tyson para explicar o cosmos." - The New York Times As nossas origens não são apenas humanas, nem terrestres, mas também cósmicas. Com base nas mais recentes descobertas científicas, e no cruzamento de conhecimentos de geologia, biologia, astrofísica e cosmologia, Origens explica as etapas acidentadas da nossa compreensão do cosmos. Da primeira imagem do nascimento da galáxia à exploração de Marte e à descoberta de água numa das luas de Júpiter, os autores conduzem-nos numa viagem galvanizante pelo cosmos, com clarividência e exuberância. Uma verdadeira carta de amor à ciência e aos mistérios, cada vez menos misteriosos, do universo. -
Cerâmicos Técnicos - Fabrico, Propriedades e AplicaçõesO conceito de cerâmica, que deriva do grego keramikos (terra queimada), refere-se não só ao material, mas também à arte/tecnologia de produzir objetos cerâmicos e a todo o conhecimento científico nele contido. Os materiais cerâmicos englobam desde os artefactos cerâmicos pré-históricos, que não sofreram qualquer processo de cozedura, até aos cerâmicos tecnicamente mais avançados, dirigidos às indústrias aeroespacial, eletrónica e médica.Este livro inclui capítulos da autoria de diversos especialistas na área e versa sobre o fabrico, as propriedades e as aplicações dos Cerâmicos, nas mais diversas áreas da Engenharia.EDITORESAUTORES