Separados de Fresco
Porque há vida depois do divórcio. Mas é uma merda.
Em Portugal, 70% dos casamentos acabam em divórcio. Portanto, se está a começar uma relação, ou a pensar casar, compre este livro, para não lhe acontecer o mesmo que aos autores. Ana Garcia Martins e David Cristina separaram-se recentemente. Não um do outro, porque estavam casados com outras pessoas, mas terminaram os respetivos casamentos e, num exercício catártico (mas também por dinheiro, claro), criaram um podcast para falarem sobre todas as causas e consequências das separações e dos divórcios. O êxito foi tal, que chegou a número 1 em Portugal e deu origem a espetáculos ao vivo. Agora, surge em formato livro, misturando na perfeição seriedade e humor. No fundo, trata-se de uma espécie de livro de autoajuda, mas bom. E útil. E divertido.
A dificuldade da decisão, os medos e as expectativas, a dor e a depressão, os filhos, os amigos, a família e, claro, questões tão importantes como o regresso ao mercado ou a psicoterapia são abordados nestas páginas. Ana Garcia Martins e David Cristina contam o que viveram, na expectativa de que isso possa servir de conforto a quem lê. Nunca de inspiração. Aliás, os autores garantem que, se os leitores fizerem tudo como eles fizeram, só serão bem-sucedidos na arte de alcançar a separação. Mas não se preocupe. Há vida depois do divórcio. Só que é uma merda.
| Editora | Contraponto |
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| Categorias | |
| Editora | Contraponto |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ana Garcia Martins, David Cristina |
Ana Garcia Martins nunca pensou numa data de coisas. Nunca pensou ser jornalista, mas licenciou-se em Ciências da Comunicação e acabou a escrever para publicações como o jornal A Capital ou a revista Time Out Lisboa. Nunca pensou criar um blogue, mas tem um há 18 anos («A Pipoca Mais Doce»). Nunca pensou publicar um livro, mas acabou a lançar cinco (seis, a contar com este!). Nunca pensou fazer humor, mas acabou a percorrer o país numa digressão de stand up comedy. Nunca pensou fazer televisão, mas acabou por se tornar comentadora. Nunca pensou ganhar um prémio na vida, mas arrecadou cinco vezes o título de uma das «25 Mulheres Mais Influentes do País». E também nunca pensou ver o seu casamento chegar ao fim, e eis que acabou divorciada. É um currículo invejável? «Longe disso», garante a própria, mas quem faz o que pode, a mais não é obrigado.
David Cristina já fez montes de coisas que não importam nada para aqui. Doutorou-se em Genética na Universidade da Califórnia, em São Francisco, o que não aquece nem arrefece. Foi assessor do Governo de Portugal, que também não tem nada que ver. Criou uma empresa de Biotecnologia para desenvolver curas para doenças graves, que é o que é. E agora trabalha como investidor para uma grande multinacional, o que também não acrescenta grande coisa. Além disto, é um comediante com mais de dez anos de palco pelo país fora, incluindo no Levanta-te e Ri. É residente no Lisboa Comedy Club, cofundador dos podcasts Conta-me Tudo e Separados de Fresco e foi o primeiro humorista a marcar presença no Rádio Observador. Mas no meio de tudo isto, o que o qualifica para escrever este livro é o seu talento inigualável para não se conseguir manter casado.
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A Pipoca Mais Doce - AgendaPara todas aquelas pessoas que não confiam a organização das suas vidas a agendas eletrónicas e que não vivem sem o virar das páginas e o cheiro a papel, esta é a proposta ideal. Para além dos habituais calendários e da planificação do dia a dia, poderá encontrar alertas sobre datas importantes a não esquecer e as mais variadas dicas, desde moda, a viagens e férias, consoante os meses. -
Estilo, Disse ElaVai conhecer os seus futuros sogros? Vai dar de caras com a actual namorada do seu ex? Vai à bola pela primeira vez? Vai a uma entrevista de emprego? Está com insónias por não saber o que vestir? Não desespere. Ana Garcia Martins ajuda-a a encontrar o estilo que melhor se adequa a qualquer situação. Porque o importante é termos noção do nosso corpo e saber tirar o melhor proveito possível dele, saia do armário e aprenda a estar bem. «A ideia de que tamanhos acima dos 40 têm de se enfiar em sacas de batatas já lá vai há muito, e não faltam por aí cheiinhas que dão 15 a zero a muitas meninas escanzeladas.» «Não a vale a pena guardar tudo o que comprou desde 1970 (…) é verdade que a moda é cíclica, (…) mas não volta igualzinha ao que era. As tendências repetem-se, mas como reinterpretações e não como cópias.» -
O Problema Não És Tu Sou EuCom base nas perguntas levantadas pelas leitoras do seu blogue e nas que atormentavam as protagonistas da série O Sexo e a Cidade, Ana Garcia Martins reuniu 40 grandes questões que todas as mulheres já colocaram a si mesmas… Mas nem sempre quiseram saber a verdadeira resposta. -
O Problema Não és Tu, Sou EuAna Garcia Martins reuniu 40 grandes questões que todas as mulheres já colocaram a si mesmas… Mas nem sempre quiseram saber a verdadeira resposta. Com muito humor e frontalidade, O Problema Não És Tu, Sou Eu promete revolucionar o namoros e casamentos deste país: acabaram‐se as desculpas esfarrapadas.
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».