A exposição de textos, fotografias e outros objectos com
que aqui se evoca a vida e a obra de Sophia de Mello
Breyner Andresen (1919-2004) surgiu como um
prolongamento natural da doação do espólio, pela sua
família, à Biblioteca Nacional de Portugal, primeiro passo
para a abertura do acesso de um público amplo a uma
parte importante, de quase todos desconhecida, dessa
vida e obra. [ ]
Organizámo-lo em duas secções: Vida e Obra.
Respeitámos em certos casos a transversalidade própria
de alguns objectos, e noutros, pareceu-nos interessante
criar associações que poderão dar novos sentidos ao que
será visto neste catálogo e na exposição.
Não haverá porventura modo melhor de celebrar a obra de um Escritor do que ler a sua obra, despreocupadamente ou de modo criticamente informado. Os ensaios agora reunidos, da Autoria de alguns dos mais reputados estudiosos da obra da Autora, são publicados como homenagem a Luísa Dacosta, para que a "irrealidade dos espelhos" não seja princípio de dissolução, mas "lago mágico" de que emerge o que escreveu, perene memória para quem a saiba ler. Este é um livro fundamental para o conhecimento de uma obra das mais importantes da nossa Literatura moderna.
Com este livro, Teresa Amado convida-nos a percorrer alguns temas de indubitável interesse sobre a obra de Fernão Lopes. Entre eles encontram-se o contexto europeu da Lisboa do seu tempo, as intertextualidades, a questão da verdade histórica, os modelos e a originalidade, para mencionar apenas alguns. Porque uma leitura nunca é igual consoante o tempo em que a fazemos, reveste-se da maior pertinência a revisita que lhe propomos a uma das mais importantes testemunhas de uma época histórica de imenso fascínio.
«Celebrando-se em 2019 o centenário do nascimento de Fernando Namora (1919-1989), desenvolveram-se em várias sedes actividades dando conta da efeméride, actualizando o estado da arte no que respeita à vida e à personalidade do escritor, incluindo a sua biografia e o seu percurso de cidadão e de profissional da medicina, conjugando elementos pessoais e contexto em que decorreu a sua vida literária. O Congresso Internacional Fernando Namora – “e não sei se o mundo nasceu” integrou se nesse esforço de renovada memória do Escritor, para tal reunindo os esforços conjugados de várias instituições, reforçando os laços firmes e já duradouros entre o Centro de Estudos Comparatistas (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), o Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira), a Associação Portuguesa de Escritores e a Casa-Museu Fernando Namora (Condeixa) (…) Salienta-se a indispensável relação de Namora com o contexto em que foi produzindo os seus textos: por um lado, interrogando a consciência histórica e de cidadania que perpassa a sua relação com o Neo-Realismo, daí resultando uma revisão de lugares-comuns que persistem e é necessário criticar; por outro lado, focando o crescimento do escritor-pessoa que vemos complexificando-se desde a evocação das suas origens aos tempos de Coimbra, à experiência do jovem médico e à maturidade que os modos de escrita vão demonstrando. Torna-se claro, por exemplo, que os géneros e subgéneros que praticou, sobretudo na narrativa mas também com incursões no registo da poesia, vemos Namora a percorrer uma paleta estilística muito ecléctica, sempre com resultados de alta qualidade a que os estudos de caso dão a devida atenção. A figura de Namora fica, esperamos, iluminada pelo halo persistente da sua actualidade como artista e como escritor, da sua inteireza e, sobretudo, da necessária recuperação do que escreveu para os escaparates (como vem sendo feito na reedição em curso das obras na Caminho, sob a orientação sábia e segura de José Manuel Mendes). A par de companheiros vindos da juventude e de outros que se lhes juntam ao longo do caminho, a paleta da literatura contemporânea em Portugal não pode dispensar o seu gosto firme, a sua escrita dúctil em todos os registos, o modo múltiplo do seu lugar cimeiro num século XX que nos dá rosto e consistência.»
[Paula Mourão]
Este livro, Jonas Savimbi - o Homem e a Obra, foi escrito na base da experiência política do autor, tendo-se também apoiado numa vasta bibliografia e em testemunhos de diversas personalidades. O autor foca a sua principal atenção no percurso político do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, ao longo de uma fase muito turbulenta da História recente de Angola. Contudo, o livro dá também espaço a uma quantidade enorme de personalidades nacionais e estrangeiras que, de uma maneira ou de outra, influenciaram o trajecto político de Jonas Savimbi.
No decorrer destas páginas, o autor dá um contributo às respostas de perguntas muito pertinentes: Porque é que, em 1975, não foi possível proclamar-se a independência do país num ambiente de paz e harmonia entre todos os angolanos? Afinal, nas negociações que levaram aos Acordos de Bicesse de 1991, que grandes diferenças havia entre a UNITA e o Governo da República Popular de Angola? Como foi possível a Jonas Savimbi lutar tantos anos na mata? Porque é que – ao contrário do que muita gente pensava – com a morte de Jonas Savimbi em 2002, a UNITA não desapareceu? Dos diversos objectivos perseguidos na luta de Jonas Savimbi, quais são os que ainda hoje são actuais?
Em resumo, esta obra oferece uma visão detalhada e perspicaz de um período importante da história angolana, sendo recomendada para leitores interessados no tema.