Tóssan
«Tóssan era o humorista total, o poeta do absurdo, o declamador de memória prodigiosa, o incrível conviva que reinava em jantares e festas, desfiando ininterruptamente histórias fantásticas que muitas vezes eram apenas episódios da sua vida real, o eterno apaixonado pela infância, que brindava as crianças, que não teve, com jogos desenhados e papéis recortados. Tóssan era o vulcão explosivo que contagiava tudo o que tocava. Foi assim no Teatro Lethes em Faro, no TEUC em Coimbra, na Embaixada do Brasil, no Diário de Lisboa e na editora Terra Livre. Escrevia para a gaveta, em centenas de papéis rabiscados com ideias, esboços e poemas completos, de um nonsense e humor irresistíveis, a dar um sentido à vida que Tóssan acreditava absurda. A célebre Ode ao Futebol, escrita em 1945, só veio a público em 1969, declamada no Zip Zip e impressa no jornal A Bola. Raul Solnado e Mário Viegas apreciavam-no e vaticinavam glórias que Tóssan nunca quis cumprir. Na memória dos seus contemporâneos, avessa a registar datas e papéis, ficou para sempre o Tóssan absurdamente cómico e genialmente humano. […] Animalista exuberante, os seus gatos, rãs, macacos, girafas e elefantes, bicharada da sua predileção, compuseram um bestiário decorativo a que chamou Lógica Zoológica, e que generosamente espalhou pelo jornal O Bisnau e pelas casas de familiares e amigos.»
| Editora | Abysmo |
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| Editora | Abysmo |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jorge Silva |
É um designer editorial especializado na direção de arte de publicações periódicas. Foi diretor de arte do Combate, jornal político trotsquista, entre 1978 e 2003. Neste jornal iniciou uma estimulante e duradoura ligação à ilustração editorial. Foi diretor de arte d’ O Independente de 1991 até 2000. Entre 1998 a 2001 colaborou com o Salão Lisboa, mostra de banda desenhada e ilustração, organizado pela Bedeteca de Lisboa. Para o jornal Público, criou em 1999 os suplementos Y e Mil Folhas, dos quais fez a direção de arte nos anos de 2000 e 2001. Entre 2002 e 2004 esteve na revista Pública. Foi diretor de arte das revistas 20 Anos e Ícon. Em 2000 foi convidado para a remodelação da revista LER e em 2001 criou o atelier Silva! designers para desenvolver a revista LX Metrópole, da Parque Expo. Tem regularmente assumido funções docentes em workshops e cursos de pós-graduação em várias escolas de Lisboa e Porto, nas áreas de direção de arte e especificamente na direção de arte de ilustração. Leciona a disciplina de Design no Mestrado de Edição Infantil na Universidade Católica em Lisboa e a de Direção de Arte no Mestrado de Design Editorial da ESBAP. É responsável pela Coleção D, livros dedicados à história do design e dos designers portugueses, editada pela Imprensa Nacional. Tem vários livros editados pela Arranha-céus nesta área da história da ilustração e do design.
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Dorindo CarvalhoA Coleção D é uma coleção dedicada aos designers portugueses de várias gerações, com especial enfoque nos criadores contemporâneos. São monografias essencialmente visuais, que pretendem ser um primeiro encontro com a rica mas ainda mal estudada história do design português, sublinhando a sua excelência e importância no presente e no futuro do ensino e da prática do design. O Nº13 desta coleção é dedicado à Dorindo Carvalho, artista plástico português de reconhecido mérito cuja versatilidade abrange modalidades tão distintas como o design gráfico, a ilustração, a pintura, a fotografia, a cenografia e a gravura.Nas palavras de José Bártolo: «Dorindo Carvalho faz parte de uma extraordinária geração de designers gráficos portugueses cujo talento se torna particularmente evidente, porque livremente expresso, a partir de Abril de 1974». Edição bilingue (português e inglês) -
O Sono Desliza Perfumado - Publicidade ilustradaDo prefácio: "Pedaços de uma História da publicidade comercial sem princípio, meio e fim, revelam a vitalidade da ilustração portuguesa, a partir dos muitos milhares de páginas impressas que sustentaram os sonhos dos leitores e a independência de revistas, jornais e almanaques. Numa relação estreita com o jornalismo e as notícias, a publicidade sempre foi uma outra maneira de contar o Mundo. A viagem percorre, a alta velocidade, as primeiras seis décadas do século vinte, visitando anúncios que, se hoje nos fazem sorrir ou indignar, foram espelho fiel do seu tempo, cúmplices e motor do progresso tecnológico dos meios de reprodução, do desenvolvimento do comércio, indústria e cultura. Designers, pintores, ilustradores e arquitetos deram o melhor do seu talento à publicidade. Desenhada por mestres que amamos ou por artífices anónimos perdidos no tempo, passa por aqui alguma da melhor ilustração do século vinte." Organizados em torno de eixos temáticos, reproduzem-se 227 anúncios de autores como Alfredo Morais, Almada Negreiros, Bernardo Marques, Cottinelli Telmo, Fred Kradofler, Stuart Carvalhais, Luís Filipe de Abreu ou Lima de Freitas. -
M. Lapa - IlustraçãoDo prefácio de José Bártolo: "O valor metafórico deste acaso histórico indicia-nos uma obra de Manuel Lapa ainda escondida, a exigir um trabalho de investigação e reunião que a presente exposição e catálogo cumprem com inegável mérito. Não que Manuel Lapa seja um nome obscuro para quem já se abeirou da história da ilustração e do design gráfico português da segunda metade do século XX. Pelo contrário, a sua autoria é reconhecida e valorizada pelos leitores de photobooks enquanto director de arte do Mundo Português, Imagens de uma exposição histórica 1940, pelos cinéfilos enquanto autor dos figurinos para Amor de Perdição (1942) de António Lopes Ribeiro, pelos investigadores da área da tapeçaria enquanto autor de desenhos para alguns magníficos tapetes da Manufactura de Tapeçarias de Por-talegre ou ainda por um perfil de historiadores, no qual me incluo, particularmente atentos às publicações periódicas portuguesas, enquanto responsável gráfico de algumas magníficas revistas, da Atlântico à Prelo, passando pela Mundo Português e Diana. Faltava desenvolver, sobre esta obra vasta, diversa e dispersa, um esforço de sistematização e operar sobre ela uma justificada leitura crítica. Lapa é um dos expoentes maiores da geração de artistas-decoradores nascidos na década de 1910 e que se afirma na década de 1940, onde se incluem nomes como Maria Keil, José Espinho ou Frederico George e cuja obra será laudatoriamente apresentada ao público na exposição As Artes ao Serviço da Nação realizada no Museu de Arte Popular em 1966. (…)" -
Crime e CastigoA literatura policial editada em Portugal ao longo do século XX esconde um belo pedaço da riqueza da ilustração editorial portuguesa, em livros, fascículos, revistas e jornais. O género Literatura Policial, muitas vezes desvalorizado como categoria literária, sempre teve uma regular atenção de ensaístas e escritores, no afã da catalogação e caraterização estilística da sua escrita.Tal não acontece com a ilustração associada à publicação impressa do género. o panorama histórico da ilustração da literatura policial revela, a par da excitante morbidez do tema e da sua iconografia simbólica, a inesgotável liberdade autoral de designers e ilustradores que, mais que delimitar uma ilustração temática, manifestaram o seu programa estético, enraizado no seu tempo e espaço.Crime e Castigo rouba o título a um clássico de Dostoievski, reconhecido como pioneiro do género, e atravessa 100 anos da história das artes visuais portuguesas, de 1909 a 2008. E revela muitos dos seus maiores criadores, que deixaram a assinatura em emocionantes ilustrações ou se esconderam no anonimato, acompanhando a ruidosa multidão de pseudónimos anglo-saxónicos que muitos escritores portugueses utilizaram, por ratice comercial ou por vergonha, e nos deixa ainda muita pesquisa detectivesca por fazer. -
TomDentro de um contexto da história do design português, Tom surge como um autor próximo, do qual se conhece algum trabalho, o que leva, por abusiva transposição da parte para o todo, a tomá-lo como autor conhecido. O presente livro-catálogo ajuda a desmontar essa falácia - a obra de Thomaz de Mello é imensa e largamente diversificada, reinventou-se sucessivamente no tempo e, acresce, encontra-se pulverizada, face à ausência de uma coleção expressiva que a reúna e de uma instituição que a acolha. (…) Como a observação atenta do trabalho de Tom evidencia, a sua obra não pode ser corretamente compreendida se retirada das suas circunstâncias - artísticas, culturais, económicas, sociais e políticas - e nesse corpo a corpo entre a poética e o programa, entre o trabalho e o contexto, um contribui para a dilucidação do outro. Neste sentido, a quem interessa entender a história do design português durante o século XX não deverá deixar de dedicar a devida atenção a um dos seus designers maiores, com atividade intensa entre as décadas de 1920 e 1980, multiplicando-se pela ilustração, design gráfico, design expositivo, design de interiores, design de mobiliário, design têxtil, de vidro e cerâmica, associando, além disso, o lado empresarial e o sentido cooperativo que o destacam como protagonista ímpar e de extraordinária relevância para o design português. José Bártolo, do ensaio introdutório -
Eva - Ilustradoras Portuguesas do Século XX"Apesar das contingências da sua educação escolar e familiar, e do expectável papel que a sociedade patri-arcal lhes reservava, muitas mulheres conseguiram afirmar um percurso ou uma carreira como ilustrado-ras editoriais, realizar uma obra inspiradora e inspira-da nas vanguardas dos movimentos estéticos e pugnar por um papel igualitário na sociedade do seu tempo. Alice, Mily, Raquel, Guida, Laura, Ofélia, Sarah e Ma-ria, oito dessas artistas, apresentam-se aqui em frag - mentos relevantes da sua obra gráfica e cinco delas revelam o seu talento nas páginas da revista Eva. Te-mas recorrentes na sua obra, como a literatura para crianças, a educação e os manuais escolares, a moda ou o mundo rural (mesmo que idealizado), devem ser apreciados mais como manifestações de um livre e objetivo desígnio e menos como estigma de uma sen-sibilidade de género ou de um constrangimento fami-liar e profissional. Fechamos com a artista Fernanda Fragateiro, também notável ilustradora editorial, com obra de impacto apreciável em jornais e revistas das duas últimas décadas do século XX."Jorge Silva, no Prefácio -
João CarlosJoão Carlos é apenas metade de uma personagem complexa, mestre em muitas artes e ofícios. Assinando com os apelidos Celestino Gomes, é poeta, prosador e ensaísta, e também divulgador científico, na rádio, televisão e jornais, associado ao seu labor de médico higienista. Assinando João Carlos, pinta, ilustra e entalha a madeira. Eternamente enamorado por Ílhavo, onde nasce em 1899, conta e pinta a gesta heróica da comunidade piscatória e grafa a sua pitoresca linguagem. O traço sinuoso e preciso, a ausência de perspetiva e a ornamentação onírica e orientalizante que encontramos na sua produção gráfica, são todo um programa de arte e vida do artista prolífico que espalha tinta da china em folclóricos quadros para revistas e jornais, glosa as peripécias da história da Medicina em propaganda de laboratórios farmacêuticos e devota-se à dramática biografia de Jesus em livros e fascículos colecionáveis. Espiritual e humanista, fascinado pela gravura do japonês Hokusai, os Primitivos de Quatrocentos, as artes bizantina e oriental, e pelos XX Dessins do pintor Amadeo de Sousa Cardoso, João Carlos constrói, no seu horror ao vazio, uma emocionante epopeia gráfica, à margem do modernismo oficial e estilizado da Política do Espírito do Estado Novo. Falece em Lisboa em 1960. -
José de LemosJosé de Lemos (Lisboa, 1910-1995) é um caso à parte na multidão de génios da ilustração portuguesa do século XX. O seu traço modernista, de altos contrastes, não terá mestre nem discípulos. A literatura para crianças e o vespertino Diário Popular marcarão a sua vida e obra. Sob o signo do absurdo, sua criação literária e gráfica para crianças cristaliza-se em livros da editora Ática, ao longo dos anos quarenta e cinquenta, negando o naturalismo, a paródia cartoonesca e os valores morais e pedagógicos do Estado Novo. Cumprirá integralmente os 49 anos do Diário Popular, cujo primeiro número se publica em setembro de 1942. Lemos ilustra generosamente todo o jornal, mas dois suplementos, o Volta ao Mundo e o Sábado Popular, criados nos anos 50, revelarão a excelência da obra gráfica do artista, em ilustrações a tinta da china ou guache, aos quais aplicará tramas fotomecânicas coloridas. Riso Amarelo, a mais célebre rubrica de Lemos, aparece em 1965 e acompanhará o jornal até à derradeira saída das rotativas, em 28 de setembro de 1991. O Riso será o retrato lisboeta do país e do conformismo cívico dos últimos anos da ditadura. A sua interminável galeria de tipos humanos vale um ensaio antropológico e social, num diálogo magistral entre a linha e a mancha. -
Cristina Reis«É invulgar alguém que não escreve textos nem encena espetáculos ter um papel tão determinante na especificidade artística de uma companhia de teatro como teve Cristina Reis no Teatro da Cornucópia. Neste nosso tempo de designações tecnocráticas (as artes deixaram de oferecer-lhe resistência), poderá dizer-se que a cenógrafa, figurinista e designer gráfica Cristina Reis foi «diretora artística» do Teatro da Cornucópia conjuntamente com Luís Miguel Cintra. Não será caso único, nem mesmo em Portugal, mas não parece possível que um trabalho de natureza visual seja mais determinante na identidade de uma companhia de teatro do que aqui.» in Prefácio
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Novas Cartas Portuguesas«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução» -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Espanha e Catalunha - Choque entre NacionalismosA Constituição espanhola, aprovada em referendo em 1978, num período de transição para a democracia, consagra a Espanha como uma nação que pode comportar várias nacionalidades. Esta foi, à época, a formulação jurídico-constitucional encontrada para acomodar as diferentes aspirações de autonomia ou independência (como no caso do País Basco) de várias regiões, em especial a Catalunha, o País Basco e a Galiza. Durante décadas, estas aspirações estiveram adormecidas, com a excepção evidente do País Basco, onde uma facção radical, a ETA, quis impor o seu projecto independentista através da luta armada.Foi a crise económica, a par de uma revolução gradual no sistema político bipartidário espanhol, que reavivou a aspiração independentista da Catalunha, culminando nos acontecimentos de 2017: um referendo (considerado ilegal à luz da Constituição) e a declaração unilateral de independência (a DUI). O Estado espanhol, dominado por algumas franjas nacionalistas, reagiu, a sociedade catalã dividiu-se e os acontecimentos precipitaram-se.Esta obra visa facultar ao leitor o necessário enquadramento histórico-político para perceber a evolução dos acontecimentos. -
A Zona de InteresseUm dos mais polémicos romances das últimas décadas. O que acontece quando descobrimos quem verdadeiramente somos? E como é que lidamos com essa revelação? Intrépido e original, A Zona de Interesse é uma violenta e obscura história de amor que se desenrola num cenário do mais puro mal o campo de extermínio de Auschwitz , bem como uma viagem às profundezas e contradições da alma humana. -
NovidadeIlíadaA Ilíada é o primeiro livro da literatura europeia e, sob certo ponto de vista, nenhum outro livro que se lhe tenha seguido conseguiu superá-la – nem mesmo a Odisseia. Lida hoje, no século XXI depois de Cristo, a Ilíada mantém inalterada a sua capacidade de comover e de perturbar. As civilizações passam, mas a cultura sobrevive? É nesse sentido que parece apontar a mensagem deste extraordinário poema épico, que decorre durante o décimo ano da guerra de Tróia, tratando da ira, do heroísmo e das aventuras e desventuras de Aquiles (em luta contra Agamémnon), apresentando-nos personagens como Heitor, Eneias, Helena, Ájax e Menelau, bem como episódios que marcam toda a história da nossa civilização.Nas palavras de Frederico Lourenço, é um «canto de sangue e lágrimas, em que os próprios deuses são feridos e os cavalos do maior herói choram». -
NovidadeArte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
História da União EuropeiaEste livro vem responder a questões que muitos de nós se põem acerca da realidade em que Portugal se integra desde 1986 a União Europeia.
