Veneza, Versão de Antero de Quental
«O texto Veneza foi publicado em 1881 n'A Europa Pittoresca, volume editado em Paris por Salomão Sáragga, amigo de Antero de Quental desde o tempo das Conferências Democráticas. Ao contrário do que afirmaram alguns dos primeiros comentadores, não se trata de um texto redigido integralmente por Antero. Na verdade é uma tradução de Venice, de Thomas George Bonney, e de Voyage en Italie, de Hippolyte Taine, e simultaneamente uma recriação, pois Antero insere na sua versão inúmeros trechos de sua própria autoria.
O texto de Bonney, retirado do primeiro tomo de Picturesque Europe – recolha de crónicas de viagens publicada em Londres – pode considerar-se a base e o ponto de partida da edição portuguesa trabalhada pelo poeta açoriano, que apenas traduz algumas partes da versão inglesa. De maneira geral, Antero traduz Bonney (ou John Ruskin, por ele citado) no que diz respeito às descrições de algumas obras de arte, itinerários, paisagens – como a dos canais, dos barcos e das gôndolas, ou de determinados aspectos peculiares da cidade, como os pombos – juntando amplas traduções de Taine e parágrafos de sua própria mão, quando tenciona sublinhar a relação entre arte, ser humano, paisagem e história, ou quando pretende enriquecer e enaltecer o estilo. Os excertos do livro do pensador francês, pelo contrário, são fielmente traduzidos, imprimindo uma marca poética, que antes não tinha: o resultado final é portanto um novo texto, um híbrido, entre tradução e «transplantação». — Andrea Ragusa
| Editora | Edições do Saguão |
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| Editora | Edições do Saguão |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Antero de Quental |
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Poesia Completa - Caixa com 3 VolumesCaixa com 3 volumes da edição crítica da Poesia de Antero de Quental:Poesia I - Odes Modernas, Primaveras RomânticasPoesia II - Sonetos CompletosPoesia III - Poemas Dispersos, Alterados ou DestruídosPretende-se com esta edição distribuída por três volumes, disponibilizar ao leitor de hoje o conjunto da obra poética do Autor: a que ele publicou em livro e manteve; a que publicou em livro, mas destruiu ou de algum modo alterou; e a que publicou dispersamente ou deixou inédita. -
Os Sonetos CompletosA imagem do cavaleiro andante em busca do mundo ideal é uma das representações possíveis da poesia de Antero de Quental, profundo conhecedor da alma humana. Se, por um lado, encontramos o eterno sonhador, por outro, deparamo-nos com a face noturna de quem se desiludiu pelo caminho -
Sonetos«Escrevendo estas breves páginas à frente dos Sonetos de Antero de Quental tenho a satisfação íntima de cumprir o dever de tornar conhecida do público a figura talvez mais característica do mundo literário português, e decerto aquela sobre quem a lenda mais tem trabalhado. Estou certo, absolutamente certo, de que este livro, embora sem eco no espírito vulgar que faz reputações e dá popularidade, há de encontrar um acolhimento amoroso em todas as almas de eleição, e durar enquanto houver corações aflitos, e enquanto se falar a linguagem portuguesa.» Do Prefácio de Oliveira Martins -
Causas da Decadência dos Povos PeninsularesMais de um século e meio depois, a Tinta-da-china volta ao texto que marcou as Conferências do Casino e onde Antero de Quental esmiúça as três grandes causas do declínio das civilizações ibéricas: a Contra-Reforma, o Absolutismo e os Descobrimentos.Esta edição inclui um ensaio de Eduardo Lourenço.«O texto de Antero é menos o do passado que questionou que o do futuro para que abriu e onde estamos órfãos dum sentimento que mereça esse título e saudosos dele.»Eduardo Lourenço«Portugal poético, como nação independente, adormeceu com Gil Vicente e metade de Camões, e só despertou com Antero.»Fernando Pessoa«Ninguém jamais possuiu um verbo de tanta solidez, harmonia, finura e brilho.»Eça de Queiroz -
As FadasNova edição de As Fadas, de Antero de Quental, com leitura de João Grosso e ilustrações inéditas de Ana Ruepp.De dentro do baú do Tesouro Poético da Infância, a antologia coligida pelo próprio Antero de Quental, sai de novo o poema As Fadas, o único que o escritor compôs de propósito para essa obra dedicada às crianças.Além da existência independente que ganhou por direito próprio, As Fadas está agora de volta com ilustrações inéditas de Ana Oliveira Martins Ruepp, uma introdução de Ana Maria Almeida Martins e uma leitura pela voz de João Grosso, em CD - um registo muito diverso, e por isso enriquecedor, em relação às obras de Antero de Quental já publicadas antes pela Tinta-da-china.«Cada criança representa verdadeiramente, na sua constituição mental e psicológica, um resumo exacto da primordial e incipiente humanidade.»Antero de Quental -
Poesia I - Odes Modernas, Primaveras RomânticasODES MODERNAS. «Este livro é uma tentativa, em muitos pontos imperfeita, seguramente, mas sempre sincera, para dar á poesia contemporânea a cor-moral, a feição espiritual da sociedade moderna, fazendo-a assim corresponder á alta missão que foi sempre a da Poesia em todos os tempos, no Rigg-Védda ou nos Lusiadas, em Thyrteu como em Rouget de L’Isle – isto é, a forma mais pura d’aquellas partes soberanas da alma collectiva de uma epocha, a crença e a aspiração.»Antero de Quental PRIMAVERAS ROMÂNTICAS. «Se me perguntarem porque publico estes versos, marcos poeticos tão distanciados já no caminho da vida real, e cujo merecimento moral (salvo a moralidade intima da intenção, a sinceridade no sentimento) é talvez ainda inferior ao merecimento litterario – responderei: porque não me envergonho de ter sido moço. Ter sido moço é ter sido ignorante, mas innocente.»Antero de Quental -
Poesia II - Sonetos CompletosEste é o segundo volume da edição crítica da Poesia de Antero de Quental, onde se reúnem todos os sonetos conhecidos. Pretende-se, com esta edição distribuída por três volumes, disponibilizar ao leitor de hoje o conjunto da obra poética do Autor: a que ele publicou em livro e manteve; a que publicou em livro mas destruiu ou de algum modo alterou; e a que publicou dispersamente ou deixou inédita. -
Poesia III - Poemas Dispersos, Alterados ou DestruídosEste é o TERCEIRO volume da edição crítica da Poesia de Antero de Quental, onde se reúnem todos os sonetos conhecidos. Pretende-se, com esta edição distribuída por três volumes, disponibilizar ao leitor de hoje o conjunto da obra poética do Autor: a que ele publicou em livro e manteve; a que publicou em livro mas destruiu ou de algum modo alterou; e a que publicou dispersamente ou deixou inédita. -
Veneza, Versão de Antero de QuentalO texto "Veneza" foi publicado em 1881 n' "A Europa Pittoresca", volume editado em Paris por Salomão Sáragga, amigo de Antero de Quental desde o tempo das Conferências Democráticas. Ao contrário do que afirmaram alguns dos primeiros comentadores, não se trata de um texto redigido integralmente por Antero. Na verdade é uma tradução de "Venice", de Thomas George Bonney, e de "Voyage en Italie", de Hippolyte Taine, e simultaneamente uma recriação, pois Antero insere na sua versão inúmeros trechos de sua própria autoria. O texto de Bonney, retirado do primeiro tomo de "Picturesque Europe" recolha de crónicas de viagens publicada em Londres pode considerar-se a base e o ponto de partida da edição portuguesa trabalhada pelo poeta açoriano, que apenas traduz algumas partes da versão inglesa. De maneira geral, Antero traduz Bonney (ou John Ruskin, por ele citado) no que diz respeito às descrições de algumas obras de arte, itinerários, paisagens como a dos canais, dos barcos e das gôndolas, ou de determinados aspectos peculiares da cidade, como os pombos juntando amplas traduções de Taine e parágrafos de sua própria mão, quando tenciona sublinhar a relação entre arte, ser humano, paisagem e história, ou quando pretende enriquecer e enaltecer o estilo. Os excertos do livro do pensador francês, pelo contrário, são fielmente traduzidos, imprimindo uma marca poética, que antes não tinha: o resultado final é portanto um novo texto, um híbrido, entre tradução e «transplantação». Juntam-se na presente edição, além da versão portuguesa realizada por Antero de Quental, também as ilustrações originais, e o texto inglês original de Thomas George Bonney. Organização, Introdução e Notas de Andrea Ragusa. -
As FadasMuitos foram os nossos grandes escritores que embora escrevendo essencialmente para adultos nem por isso olvidaram os pequenos leitores dedicando-lhes alguns dos seus escritos sob formas tão diferentes como a poesia e a ficção e com objectivos igualmente tão diversos como a formação educativa, didáctica e pedagógica, o meramente recreativo ou estas ambas vertentes. Citamos, a título de exemplo, João de Deus com a sua Cartilha Maternal e lindos poemas para a infância, Afonso Lopes Vieira com Os Animais nossos Amigos, Gomes Leal com Jesus Cristo para as Criancinhas Lerem, Guerra Junqueiro com os seus Contos para a Infância, António Sérgio com as adaptações de vários contos mitológicos e populares, Jaime Cortesão com o seu Romance da Ilhas Encantadas, Aquilino Ribeiro com o seu Romance da Raposa, e Antero Quental com o Tesouro Poético da Infância, livro coligido e ordenado por ele, que inclui o poema As Fadas, agora reeditado com as belíssimas ilustrações de Raquel Pinheiro. Neste belo poema é recriado, com a fértil e sensível imaginação do poeta, o universo fantástico e encantador das fadas que desde tempos imemoriais tem encantado e feito sonhar sucessivas gerações de pequenos e grandes leitores. Quem nos verdes anos da sua infância não terá dito ou pensado: «As fadas… eu creio nelas» e acreditado piamente na sua existência?
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».