A Evolução do Direito no Século XXI - Estudos de Homenagem ao Professor Arnoldo Wald
PREFÁCIO
Em meados de 2006, os signatários deste prefácio decidiram coordenar obra jurídica em homenagem ao eminente jurista Amoldo Wald, entregando sua veiculação aos tradicionais editores de obras jurídicas produzidas por universidades portuguesas e brasileiras, a Editora Almedina.
A par de todos os autores que colaboraram e realçaram sua notável tra-jetória, no Brasil e no exterior, participando da admirável contribuição que sempre dá à evolução do direito, nos dias atuais, os coordenadores quiseram permitir que renomados juristas pudessem trazer à reflexão do público leitor especializados estudos, trabalhos e teses do moderno pensamento jurídico, em sua homenagem. Nestes trabalhos, inúmeras concepções e instituições jurídicas foram revisitadas, propiciando instrumentos para a melhor adaptação da sociedade a um mundo em permanente e célere mudança.
Nesta apresentação, não nos deteremos no exame da figura de Amoldo Wald. Seu currículo, colocado ao final da presente obra, é suficientemente extenso e denotador de sua brilhante trajetória, para falar por si só. Diante de seu conteúdo, quaisquer palavras adicionais seriam imperfeitas e pobres para descrever o homenageado.
É importante, todavia, realçar que, sobre ser jurista no mais amplo sentido, é figura humana impar, constituiu sólida e bela vida familiar, grangeou amizades, conquistou alunos e leitores, num caminhar pelo tempo que se tornou fecundo.
Foi recepcionado, por um dos coordenadores, na Academia Paulista de Direito, com as seguintes palavras: "Certa vez, U, em Pierre Charles, ao comentar a parábola do bom samaritano, que o gesto generoso daquele viajante que acolheu a vítima de assaltantes de estrada e a deixou em um albergue, ofertando o dinheiro necessário para que fosse cuidada pelo seu proprietário, não permitiu visualizar o trabalho silencioso, mas duradouro, do estalajadeiro que o acolheu e dele cuidou até sua recuperação. A grandiosidade do ato do viajante escondeu a permanência da ação do hospedeiro, que, na economia da salvação daquele homem, foi tão relevante quanto a do que prestou os primeiros socorros.
Assim ocorre, também, com Amoldo Wald. O jurista é mais conhecido que o homem justo. O advogado, que o homem bom. O cidadão público, que o homem generoso.
São estas três facetas de Amoldo, pouco conhecidas, embora não de seus amigos mais íntimos que as admiram tanto quanto a do professor — indiscutível orgulho das letras jurídicas do país — que pretendo sublinhar.
Arnoldo é um homem justo na plena acepção da palavra. Davam, os israelitas, há dois mil anos atrás, particular relevo à expressão "justo" que compreendia o homem pleno. Era justo quem, interior e exteriormente, não se deixava levar pelo orgulho, pela soberba e tratava todas as pessoas com a equidade necessária que se atribuía a cada um.
Além de justo, Amoldo é um homem bom. Muitos entendem que na virtude da justiça, está incluída aquela da bondade. E têm razão. Nem por isto se deve amalgamá-las, visto que possuem características próprias. A bondade reside no fato de não só dar a assistência que as pessoas merecem por dever de justiça, mas ser a elas dedicado, disposto a dar o exemplo de respeito e consideração, além de transmitir-lhes, também, a necessidade de serem boas. A justiça comutativa, que é apenas jurídica, a justiça distributiva que a transcende e a justiça social que lhe dá plenitude, principalmente a última, têm, na virtude de "ser bom", seu alicerce maior. E aquilo que Amoldo vive.
Mas além de justo e bom, é Amoldo Wald um homem generoso. Quem o conhece sabe bem de que forma está sempre disposto a colaborar, a auxiliar, a ajudar todos os que o procuram. Nunca vi Amoldo dizer não a alguém. O professor é, normalmente, um homem generoso, pois devecuidar de futuras gerações. Nem todos o são, todavia. Alguns vêem no ensino apenas forma de veicular sua vaidade sendo, o aluno, um mero espectador de suas virtualidade s. Infelizmente, ainda que condenável tal tipo de falsos mestres, mesmo que bons conhecedores das matérias que lecionam, ainda alguns vicejam no país.
Não é este o perfil do Amoldo Wald, que para os alunos e para os estudiosos, está sempre disponível, colaborando, analisando, orientando os jovens e os menos jovens, com a paciência própria de mestres como Sócrates, Platão e Aristóteles, filósofos, mas tão professores quanto filósofos".
Essa maneira de ser "waldiana", admirável e envolvente, fez com que, tão logo convidados os diversos autores para participar desta obra, aceitassem com particular alegria e subida honra, professores, todos eles, de importantes Universidades brasileiras e estrangeiras.
Trata-se, pois, de uma coletânea de atualíssimos e originais artigos sobre as áreas de reflexão permanente de Amoldo Wald (Direito Constitucional, Administrativo, Tributário, Económico, Internacional, Financeiro, Processual e de Arbitragem, além de Direito Civil, pois catedrático na Universidade Estadual do Rio de Janeiro), razão pela qual esperam, os coordenadores e a Editora Almedina - hoje instalada nas duas pátrias irmãs (Brasil e Portugal) - que a obra venha a ser de particular utilidade aos operadores de direito nas províncias jurídicas enunciadas.
Só nos resta augurar: "Bem haja"! à sua carreira editorial, no cenário luso-brasileiro.
DIOGO LEITE DE CAMPOS
GILMAR FERREIRA MENDES
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS
- Coordenadores -
| Editora | Almedina |
|---|---|
| Coleção | Estudos de Homenagem |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Gilmar Ferreira Mendes, Ives Gandra da Silva Martins, Diogo Leite de Campos |
Professor Catedrático de Direito (Jubilado). É autor de trabalhos preparatórios de projetos de lei, e de mais de duzentas monografias, lições e artigos sobre temas de Direito Comercial, Direito Civil, Direito Tributário, Direito da Regulação, etc.
-
Estudos sobre o Direito das PessoasNota Prévia Os estudos que se seguem são alguns dos relatórios de mestrado apresentados na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, no ano lectivo de 2005/6, na cadeira de Direito Fiscal cuja regência me estava confiada. São publicados tal como foram apresentados para análise e discussão pelos seus autores. Não sendo mais do que um dos elementos de avaliação dos estudantes do mestrado, estavam sujeitos a limitações pré-fixadas de tempo e de extensão. Agradeço à Fundação Luso-Americana, e ao seu Presidente Doutor Rui Chancerelle de Machete, o subsídio concedido para esta publicação e à Almedina mais este serviço ao Direito Luso-Brasileiro. Aos Autores, o meu profundo apreço. Diogo Leite de Campos Professor Catedrático da Faculdade de Direito Coordenador da Secção de Ciências Jurídico-Civilísticas Índice A Esfera Privada da Trabalhadora no Acesso ao Emprego e na Formação Profissional - Ana Paula Araújo Leal O Idoso Institucionalizado no Contexto Sócio-Jurídico Português - Ana Teresa dos Santos Bárbara Liberdade de Procriar e o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana - Clarissa Bottega Uma Visão Intimista do Direito de Visita dos Avós Construída sob os Pilares da Família Moderna e do Novo Relacionamento entre Pais e Filhos - Daniele Gervazoni Delanheze A responsabilidade civil dos pais pelos atos ilícitos dos filhos menores - Fernanda Matos de Oliveira O Negócio Usurário e a Coisificação da Vítima - Frederico de Souza Leão Kastrup de Faro Transexualismo: um olhar sobre a Cirurgia de Redesignação de Sexo e seus Reflexos Jurídicos - Laura Dutra de Abreu Algumas considerações acerca dos direitos do homem sobre seu próprio cadáver - Lectícia Soromenho A Identidade Pessoal e a Cirurgia de Redesignação de Sexo - Maria Ignez Franco Santos A Autonomia Privada na Contratação Eletrônica sem Intervenção Humana - Miguel Marques Vieira O Valor Do Corpo Humano, Considerações sobre os atos de disposição do próprio corpo e os transplantes de órgãos intervivos - Sandra Marques Magalhães Disposições Antecipadas de Vontade, A Experiência Estrangeira Possibilidade de Enquadramento no Direito Português? - Selma Marina Lopes Martins -
Direito TributárioIntrodução - A Ordem Tributária Objecto do Direito Tributário Interpretação-Aplicação das Normas As Normas Estruturantes do Direito Tributário O Princípio da Justiça O Princípio da Liberdade Normas Excepcionais de Consideração Económica O Princípio da Certeza O Princípio da Segurança As Garantias da Privatividade-O Sigilo Fiscal e o Sigilo Bancário Os Sujeitos de Imposto, as Posições Jurídicas e as Relações Jurídicas Tributárias Aplicação da Lei Fiscal no Espaço Direito Tributário Internacional Fontes do Direito Tributário Internacional Elementos de Conexão Impostos Sobre o Rendimento A Prevenção Fiscal Internacional A Obrigação Tributária O Facto Tributário e o Nascimento da Obrigação Tributária Os Sujeitos Objecto da Obrigação Tributária As Garantias do Crédito Tributário A Extinção da Obrigação Tributária -
O Sistema Tributário no Estado dos CidadãosA necessidade de cobrar receitas suficientes para sustentarem o poder político leva a que, em matéria de impostos, lei se confunda frequentemente com poder e justiça com positivismo legalista, reduzindo-se a democracia à vontade de alguns. Impostos elevados e pouco atentos à justiça e à liberdade individual e colectiva, permitem a sua rejeição social, ao não serem vistos como Direito. O Autor propõe uma via para um Direito fiscal (fundado na justiça e na vontade popular), através da recuperação da auto-tributação (princípio democrático) e da participação dos contribuintes na criação e aplicação dos impostos (transformados em contribuições), com a limitação prévia do respeito pelos direitos da personalidade. Descrevendo o caminho percorrido neste sentido no Direito Português com as garantias de terceira geração típicas do Estado-de-Direito-dos-cidadãos. Índice Globalização e Regionalização em Matéria de Impostos Justiça e Arrecadação nos Impostos Portugueses um sistema esgotado O Estatuto Jurídico da Pessoa (Direito da personalidade) e os Impostos O Novo Contrato Social: Dos Impostos às Contribuições A Arbitragem em Direito Tributário A Razão Descentralizadora e Desuniformadora e os Impostos: a Regionalização As Garantias dos Contribuintes: A terceira geração -
Estudos de Direito FiscalNota Prévia Os estudos que se seguem são alguns dos relatórios de mestrado apresentados na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, no ano lectivo de 2005/6, na cadeira de Direito Fiscal cuja regência me estava confiada. São publicados tal como foram apresentados para análise e discussão pelos seus autores. Não sendo mais do que um dos elementos de avaliação dos estudantes do mestrado, estavam sujeitos a limitações pré-fixadas de tempo e de extensão. Agradeço à Fundação Luso-Americana, e ao seu Presidente Doutor Rui Chancerelle de Machete, o subsídio concedido para esta publicação e à Almedina mais este serviço ao Direito Luso-Brasileiro. Aos Autores, o meu profundo apreço. Diogo Leite de Campos Professor Catedrático da Faculdade de Direito Índice A Responsabilidade Fiscal no Brasil e em Portugal Adriana da Rosa Silva Acordos Prévios em Matéria de Preços de Transferência Ana Clara Azevedo de Amorim O Estabelecimento Permanente Conforme o Modelo da OCDE de Convenção Fiscal sobre o Rendimento e o Património e os Métodos para evitar a dupla Tributação Internacional Anderson Heineck Schmitt O Princípio da Capacidade Contributiva e as Normas de Simplificação do Sistema Fiscal: Conflitos e Convergências Gustavo Caldas Guimarães de Campos Análise de Fatores de Atração do Investimento Direto Estrangeiro sob a Ótica das Ciências Jurídicas e Económicas: Regime Contratual e Incentivos Fiscais Leandro Schuch Silveira Regime de tributação dos Planos de Pensões "Qualificados", no momento da atribuição de rendimentos aos participantes beneficiários de direitos adquiridos Maria Inês V. de Oliveira Martins A Cláusula Geral Anti-Abuso Qualificado à luz da Lei Geral Tributária e da Lei Fundamental da República Renata da Cruz Almeida Cardoso Introdução Geral do Sistema de Iva Chinês Shen Hao -
A Subsidiariedade da Obrigação de Restituir o EnriquecimentoDissertação de Doutoramento em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra ÍNDICE GERAL Parte I - A Génese da Subsidiariedade - Definição de um conceito provisório de subsidiariedade - História da subsidiariedade no direito germânico - História da subsidiariedade no direito francês - História da subsidiariedade no direito português - Explicação histórica da subsidiariedade. Confronto entre os direitos francês e alemão Parte II - A Subsidiariedade no Actual Direito Português - Âmbito do enriquecimento sem causa determinado pela subsidiariedade - Fundamento da subsidiariedade - Funcionamento processual Parte III - Conclusões Gerais -
No TempoÍndice A) Fora do Tempo A margem de onde vim B) No Tempo A travessia do rio Coisas simples C) Fora do Tempo A margem para onde vou -
Contrato a Favor de TerceiroA presente obra versa um instituto. O contrato a favor de terceiro, do maior relevo científico e prático. Sendo transversal à ordem jurídica, o contrato a favor de terceiro é solicitado constantemente para definir o regime jurídico dos mais diversos contratos, do seguro à compra e venda, passando pelo crédito documentário, titularização de créditos, etc. Expõe-se o instituto na sua estrutura e preenche-se esta com o regime jurídico das múltiplas situações que a jurisprudência e a doutrina apontam como necessitadas de tutela no âmbito deste contrato - nunca esquecendo que uma obra jurídica como esta se justifica pela sua aptidão a resolver problemas. Índice Capítulo I - Conceito, Natureza e Evolução Capítulo II - Distinção das Figuras Próximas Capítulo III - Relação Promissário-Prominente Capítulo IV - O Terceiro - Relações com os outros Sujeitos -
A Arbitragem Tributária -ÍNDICEA) A arbitragem na leitura do Estado, da Constituição e do DireitoB) A descoberta da normaPARTE I - O cidadão, o juiz e o advogadoIntrodução1. Do Estado-dos-poderes-dos juízes, à sociedade-dos-cidadãos-dos-advogados2. Do problema da arbitragem voluntária ao problema da jurisdição do Estado3. Algum desgaste do Direito e do Juiz do EstadoPARTE II - O Estado-dos-poderes-impostos (e os juízes)4. A herança de Roma: o Estado; os funcionários; os impostos5. A manutenção das relações de dominação6. O desmascarar dos governantes7. A humanização do imposto8. A centralização e a absolutização do poder e o monopólio da administração da justiça por juízes togados9. O autoritarismo do Estado em matéria de impostos10. O culminar do poder do Estado. O desmontar do Estado11. O Estado organizador e referencial12. A arbitragem em Direito fiscalPARTE III - A Sociedade dos Cidadãos (e os advogados)13. A natural auto-composição dos conflitos14. A subjectividade absoluta: a subjectividade do privado15. Crise dos valores e do Direito a subjectividade16. Arbitragem. O Estado-dos-Cidadãos17. O Direito e a sua fundamentação18. Justiça, lei e Direito19. A positivação dos valores da justiça20. O desmascarar dos poderosos21. A administração da justiça por juízes togados: do monopólio ao problema22. Os advogados na sociedade dos cidadãosPARTE IV - A Arbitragem em Direito Tributário23. O ponto de partida do debate24. O direito à tutela jurisdicional efectiva25. Cont. As vantagens da arbitragem26. Cont. A rapidez das decisões27. A arbitragem e os princípios da legalidade e da tipicidade28. A indisponibilidade dos créditos tributários29. Âmbito da arbitragem tributária:referênciaPARTE V - Regime Jurídico da Arbitragem Tributária30. Colocação do problema31. Natureza jurídica32. Conceito de arbitragem tributária33. O órgão arbitral34. Os primeiros tipos de arbitragem35. Cont. A necessidade de decisão mais rápida36. O âmbito dos conceitos indeterminados ou a utilização de conhecimento técnicos não-jurídicos
-
História do Direito PortuguêsAo ponderar a informação de que a última tiragem do presente livro se esgotara, reparei que constavam do exemplar de trabalho vários retoques, sobretudo resultantes de lapsos de revisão, algumas breves reflexões complementares e actualizações, mormente bibliográficas. Nada muda a linha e a substância fundamentais da exposição, embora as melhore. Aliás, só ao leitor mais atento alguns desses ajustes serão facilmente detectáveis. Surgiu, assim, o dilema de uma simples reimpressão ou de uma reedição. Em obediência à cumplicidade transparente que garanto aos leitores, optei pelo segundo termo da alternativa, que é mais rigoroso, posto que, se não fosse a celeridade requerida, me lançasse a maiores desenvolvimentos. Ficam para depois.Ainda uma outra advertência. Esta edição conserva as regras ortográficas das anteriores.8 de Dezembro de 2011Mário Júlio de Almeida CostaÍndiceIntrodução - Considerações Preliminares. Plano da ExposiçãoParte I - Elementos de História do Direito PeninsularCapítulo I - Período Primitivo Capítulo II - Período Romano Capítulo III - Período Germânico ou Visigótico Capítulo IV - Período do Domínio Muçulmano e da Reconquista Cristã Parte II - Elementos de História do Direito Português Capítulo I - Periodização da História do Direito Português Capítulo II - Período da Individualização do Direito Português Capítulo III - Período do Direito Português de Inspiração Romano-Canónica Capítulo IV - Período da Formação do Direito Português Moderno -
História do Direito Português I (1140-1415)ÍNDICE (abreviado)INTRODUÇÃODirectrizes e periodificação da História do Direito Português; problemas metodológicosPRIMEIRO PERÍODOCapítulo I — A justiça e o direito suprapositivoSecção I — A justiçaSecção II — O Direito — Abordagem conceptualSecção III — O direito suprapositivo e o direito humanoCapítulo II — direito positivo «Supra Regna». O direito canónico e o direito romanoCapítulo III — «Ius Regni»Secção I — Direito legisladoSecção II — Direito outorgado e pactuadoSecção III — Costume e direito judicialSecção IV — Direito prudencial. Introdução. Enquadramento geralSecção V — Direito prudencial. Especificação do caso portuguêsSecção VI — Direito notarialSecção VII — O direito puramente consentido: direito judaico e direito islâmicoCapítulo IV — Conjugação das fontes normativas e dos elementos formativos do direito portuguêsCapítulo V — A organização políticaSecção I — A organização política da «Respublica Christiana»Subsecção I — Portugal e o PapadoSubsecção II — Portugal e a «Iurisdicto Imperii»Secção II — Organização Política da Comunidade NacionalSubsecção I — A RealezaSubsecção II — As CortesCapítulo VI — A AdministraçãoSecção I — A Organização JudiciáriaSecção II — A Administração do Reino e Administrações específicasCapítulo VII — Nota de encerramento -
Lições de Lógica e Argumentação JurídicasEsta obra aborda a argumentação cujo sucesso depende da observação de técnicas de persuasão e retórica. Na aferição científica da validade das conclusões expressas na argumentação judicial por advogados (no debate) e juízes (na fundamentação) recorre-se à lógica jurídica de natureza material oposta à lógica formal relativa às ciências exatas. A argumentação, a criação, a interpretação e a aplicação da lei são limitadas em maior ou menor grau pelas correntes positivistas e jusnaturalistas. No jusnaturalismo contemporâneo tal limite decorre do respeito pela vida e dignidade humanas. Mercado alvo ou preferencial: Advogados; Advogados-Estagiários; Magistrados -
Introdução ao Direito e ao Pensamento Jurídico - Por Uma Teoria Geral do Direito UniversalistaEste livro debate e apresenta os temas comuns, nucleares, da introdução ao estudo do Direito e do pensamento jurídico. Assume a metodologia jurídica como doutrina da aplicação do Direito não niilístico, não eticamente indiferente, porque axiologicamente fundado. Parte da identificação do direito como sistema conexionado da consistência reflexiva metodológica da teoria do direito e da norma(tividade) com a fundante base filosófica (porque humana) do Direito. Na maior crise do neopositivismo (pós 1945) com, entre mais, a invasão do Iraque, guerra na Síria e, delirante e ditatorialmente, invasão e horrenda guerra na Ucrânia, (re)desvela e reafirma uma Teoria Geral do Direito cujo objeto de estudo é o direito positivo umbilical aos jusvalores essenciais e universais porque da espécie. A Teoria Geral do Direito, do sistema e da normatividade jurídica (princípios e normas) emergente e densificadora da Filosofia do Direito - Enquanto Teoria Geral dos Valores Jurídicos. -
Introdução ao Estudo do DireitoNOTA PRÉVIA À 3.ª EDIÇÃOA terceira edição da Introdução ao Estudo do Direito pretende desenvolver alguns aspetos, em particular no que diz respeito à teoria da norma, bem como atualizar alguma bibliografia mais relevante. À semelhança do afirmado na nota prévia à segunda edição, muito haveria ainda a corrigir e a desenvolver, mas trata-se de uma tarefa que verdadeiramente só terá fim quando o autor deixar de lecionar a disciplina que justifica a publicação deste livro.ÍNDICE (abreviado)CAPÍTULO I - NOÇÕES E PROBLEMAS ELEMENTARES1. Direito, direitos, interesse, norma, sistema e lei2. Perspetivas interna e externa do Direito3. A metodologia jurídica4. Alguns princípios fundamentais5. Direito, justiça e paradoxo6. As funções do direito7. A diferenciação das disciplinas jurídicasCAPÍTULO II - FONTES DO DIREITO1. Primeira noção; ambiguidade da expressão «fontes do direito»2. A teoria tradicional das fontes do direito3. As fontes do direito como problema metodológico ou dogmático, e não teórico4. Os tipos principais de experiências jurídicas5. As fontes de direito no sistema jurídico portuguêsCAPÍTULO III - DIREITO E INTERPRETAÇÃO1. Introdução2. Os critérios ou argumentos da interpretação3. Desenvolvimento do direito vinculado à lei4. Desenvolvimento do direito para além da lei5. O método subsuntivo de aplicação do direito, os seus pressupostos e os seus limitesCAPÍTULO IV - DIREITO E TEMPO1. Dimensão temporal das fontes, em especial a lei e os seus desvalores2. Entrada em vigor das leis3. Cessação de vigência das leis4. Simplismo da alusão a início e fim de vigência5. Contacto do caso decidendo com leis sucessivas6. Sucessão de leis, justiça e segurança jurídica7. A experiência da retroatividade; primeira noção8. Doutrinas sobre sucessão de leis9. Graus de retroatividade10. Direito transitório11. O artigo 12.º do Código Civil 12. Leis sobre prazos13. A lei interpretativa14. Leis de conteúdo mais favorável15. Estrutura das leis retroativas e sua relevância constitucional 16. A ausência duma proibição genérica de retroatividade no Direito português17. O problema da retroatividade da jurisprudência18. Justiça retroativa?CAPÍTULO V - DIREITO E NORMATIVIDADE1. Introdução2. Linguagem prescritiva3. Normas4. Normas prescritivas5. Normas jurídicas6. Classificações das normas jurídicas7. Breves noções de lógica das normas; o paradoxo de Joergensen8. Direito subjetivo9. As posições jurídicas subjetivas segundo W. N. Hohfeld CAPÍTULO VI - DIREITO E PODER1. Direito, poder, força2. Coação e direito3. Sanções4. Execução coerciva5. Princípio da proibição de autotutela6. Limites e exceções à proibição de autotutela 7. Uso de meios coercivos pelas forças de segurança8. Uso de armas de fogo9. O fundamento dos casos de autotutela e o princípio do monopólio estatal da forçaCAPÍTULO VII - DIREITO E MORAL1. Relações entre direito e moral2. Direito e justiça3. A justiça segundo Aristóteles4. Conceções clássicas do direito natural5. Conceções modernas do direito natural6. PositivismoCAPÍTULO VIII - FUNCIONALISMO JURÍDICO1. Introdução2. Análise económica do direito3. Os Critical Legal Studies4. A conceção do direito segundo a teoria dos sistemas de Niklas Luhmann -
Introdução ao Estudo do Direito - Sumários das Aulas Práticas e Hipóteses ResolvidasNota prévia da Autora à 4ª ediçãoA quarta edição destes sumários de Introdução ao Estudo do Direito reconduz-se a brevíssimas alterações de actualização de diplomas legislativos.Deixo, como habitualmente, um especial agradecimento aos alunos, pelo facto de, passados oito anos desde a primeira edição, continuarem a manifestar interesse pelo livro. Foi a pensar neles e para eles que este trabalho foi feito.Plano GeralParte ICAPÍTULO I: A ordem jurídica1. Ordem natural e ordem social2. Diversidade de ordens normativas3. Relações entre o Direito e a moral4. Caracterização da ordem jurídica5. Os fins do Direito6. Sociedade politicamente organizada7. Ramos de DireitoCAPÍTULO II: Fontes de Direito8. Considerações gerais sobre fontes de Direito9. O costume10. A jurisprudência11. A doutrina12. A lei13. O direito internacional14. Os princípios fundamentais de Direito15. A hierarquia das fontesCAPÍTULO III: Interpretação16. A interpretação em sentido restrito17. A integração de lacunas18. Novas perspectivas metodológicas de concretização ou desenvolvimento do Direito19. Considerações finais: exemplos práticos e dúvidas da doutrinaCAPÍTULO IV: A norma jurídica20. Noção e estrutura da norma jurídica21. Características da norma jurídica22. Classificação das normas jurídicasParte IICAPÍTULO I: Existência, validade e eficácia da lei23. Considerações iniciais24. Inexistência jurídica25. Invalidade: nulidade e anulabilidade26. IneficáciaCAPÍTULO II: Publicidade e início da vigência das leis27. A publicação28. Rectificações29. Entrada em vigorCAPÍTULO III: Cessação ou termo da vigência da lei30. Cessação da vigência da lei e suspensão31. Modalidades de cessação da vigência da leiCAPÍTULO IV: Sucessão de leis - Aplicação da lei no tempo32. A problemática da sucessão de leis33. Critérios de resolução do problema da aplicação da lei no tempoCAPÍTULO V: Sanções34. Noção e considerações gerais35. Classificações de sanções: critériosCAPÍTULO VI: Tutela pública e tutela privada36. Tutela jurídica: considerações iniciais37. Tutela pública38. Tutela privada -
Guia da Pesquisa Jurídica - Metodologia da Investigação Científica em Direito. Aspectos Teóricos e PráticosEste livro apresenta, de modo gradual e objetivo, os passos basilares e os caminhos da investigação científica em Direito. Reconhecendo e respeitando a complexidade da pesquisa jurídica, os autores pretendem avivar a investigação em Direito, confiando que os aspetos centrais do ato de conhecer, ao menos o classicamente concebido enquanto conhecimento científico aplicado ao Direito, revelem-se ao leitor. Este Guia da Pesquisa Jurídica visa, para tanto, fornecer as bases teórico-metodológicas necessárias para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e de diferentes tipos de trabalho de investigação, tais como artigos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutoramento em Direito. -
Lições de História do Direito Romano, Peninsular e PortuguêsComo se sabe, o estudo introdutório da História do Direito Peninsular e Português não dispensa, antes exige, o estudo prévio da História do Direito Romano. São, em ambos os casos, matérias básicas do ensino jurídico, nas Faculdades de Direito de excelência. A 3.ª edição da História do Direito Romano, Peninsular e Português (2020), globalmente revista e ampliada, inclui textos novos sobre algumas instituições sociais juridicamente determinantes, na sua evolução histórica: é o caso do casamento; e é o caso das Misericórdias, no âmbito da assistência social em Portugal. O autor é Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, regente das disciplinas de História do Direito I e II da mesma Faculdade desde 2006/2007 e Investigador integrado do CIJE, centro de investigação da FDUP.

