A Grua e a Musa de Mãos Dadas
Jorge Carlos Fonseca já nos habituou a uma escrita impetuosa, de um ritmo fulminante de poeta. A GRUA E A MUSA DE MÃOS DADAS é mais um livro, cuja leitura nos remete para imagens e metáforas de extrema cognição incorporada, para mais enigmas do que certezas, sem preocupação que seja um conto ou uma história, o que o escritor escreve.
São textos cheios de leituras, cheios de referências e "peso". Há uma ideia de crónica, de diário, de poema, tudo ao mesmo tempo...
Uma pérola que nos chega pelo Atlântico, desde a África Ocidental.
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Versos a pedido, no início de um diário sem fim à vista
… Até que lhe surgem outras preocupações bem menos desagradáveis.
Uma, tentar agarrar e, sobretudo, perceber o que pode ser uma «noute encardida». Outra, imaginar e, se possível, desenhar, um «fino cone de anca». Pelo caminho, há um poeta a quem pedem versos fluentes e generosos. Oferecem-lhe cinco ingredientes:
1. Uma paixão que é um submarino;
2. O exílio de uma garça atacada por absinto, escondido numa jarra bela e frágil;
3. Le sabre et l’esprit chez Napoléon («A la longue le sabre est toujours vaincu par l’esprit»);
4. Puíra-o o caruncho dos afectos;
5. Sempre traiçoeiros os nomes que não sejam de perdição. Nem Messi, nem Ronaldo, mas o chato do Cruyff.
Pobre poeta!
Lá se foi, então, o trecho do jornal e a maldição da escrita a ameaçar insónia prolongada.
(Excerto de um início de diário, num 2 de junho de 2017, dia de começo e de retoma, porque o anterior pertencia às criancinhas, aos baloiços e às praias absolutamente irrespiráveis e iridescentes.
[Pergunte-se a Nabokov, conselho dado a rapazolas e pupilos crentes de que lêem muito]).
In Página 9 “A Grua e a Musa de Mãos Dadas”
| Editora | Editorial Novembro |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Editorial Novembro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jorge Carlos Fonseca |
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
Nascido em Cabo Verde, na cidade de Mindelo, São Vicente, em Outubro de 1950, casado e pai de três filhas.
Jorge Carlos Fonseca realizou, com distinção, os seus estudos primários e secundários no país de origem. É Licenciado em Direito e Mestre em Ciências Jurídicas, pela Faculdade de Direito de Lisboa, tendo obtido a classificação de Muito Bom. Foi Assistente Graduado na Faculdade de Direito de Lisboa, durante vários anos, tendo leccionado designadamente as disciplinas de Processo Civil III (Recursos), Direito Penal e Direito Processual Penal. Foi investigador na área do Direito Penal no Instituto Max-Planck, em Freiburg im Breisgau (Alemanha - 1986), Professor de Direito e Processo Penal no Instituto de Medicina Legal de Lisboa e Director Residente e Professor Associado Convidado na Universidade da Ásia Oriental, em Macau (1989-1990). Tem já uma vasta obra científica nas áreas do Direito Penal, Processual Penal e Constitucional – uma dúzia de livros e mais de cinquenta trabalhos doutrinários em revistas – que está publicada em mais de uma dezena de países. Tem igualmente várias dezenas de escritos sobre política, cultura, democracia, direitos humanos e cidadania, em revistas da especialidade cabo-verdianas e estrangeiras.
– Publicou um total de vinte e dois livros, entre obras jurídicas, literárias e de outro cariz.
– Foi, até ser eleito Presidente da República, Presidente e Professor do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais de Cabo Verde e Presidente da Fundação «Direito e Justiça», sendo, também, fundador de ambas as instituições.
– Participou na elaboração da Constituição de Cabo Verde (1992) e, enquanto Jurisconsulto e Investigador, foi o autor de variados projectos de diplomas que marcam os contornos da nova ordem jurídica cabo-verdiana, designadamente dos Projectos do Código Penal, do Código de Processo Penal, de uma Lei de Execução das Sanções Criminais, do Projecto de Lei de Apoio às Vítimas de Crimes Violentos e da Lei das Infracções Fiscais Aduaneiras. Dirigiu e coordenou o «Estudo sobre o Estado da Justiça em Cabo Verde» (2001).
– Participou, como perito contratado pelas Nações Unidas, nos trabalhos de elaboração da Constituição de Timor-Leste (2001 e 2002).
– É Fundador da Revista «Direito e Cidadania» que se editou, em Cabo Verde, desde 1997 até 2011.
– Figura como colaborador permanente da Revista Portuguesa de Ciências Criminais e como membro do Conselho Editorial da Revista de Economia e Direito (UAL- Portugal).
Jorge Carlos Fonseca militou pela independência de Cabo Verde, desde os dezassete anos de idade, nas estruturas clandestinas do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde). Durante o regime de partido único, e em ruptura com ele (1979), fundou os Círculos Cabo-verdianos para a Democracia (C.C.P.D. -1980) e a Liga Cabo-verdiana dos Direitos Humanos (1982).
– Foi Director-Geral da Emigração e Serviços Consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde e o primeiro Secretário-Geral desse Ministério (1975-1979).
– Esteve ligado à fundação do MPD (Movimento para a Democracia) e foi o primeiro Ministro dos Negócios Estrangeiros da 2.ª República (1991 e 1993) tendo, nessas funções, conseguido que o país fosse eleito para o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
– Jorge Carlos Fonseca é considerado, justamente, como um dos fundadores da II República.
Jorge Carlos Fonseca é também escritor e poeta, com cinco livros publicados («O silêncio acusado de alta traição…», «Porcos em delírio»; «O albergue espanhol», “A sedutora tinta das temas jurídicos, culturais, literários e políticos, em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Brasil, Espanha, Senegal, Estados Unidos da América, Macau, México, Turquia, Japão, Angola, Áustria e Hungria.
– Foi candidato a Presidente da República de Cabo Verde em 2001;
– Em Agosto de 2011 foi eleito Presidente da República de Cabo Verde;
– Em Outubro de 2016 foi reeleito Presidente da República de Cabo Verde;
Distinções Honoríficas:
2.º Grau da Ordem Amílcar Cabral (Cabo Verde);
1.º Grau da Ordem do Vulcão (Cabo Verde);
Grande Oficial da Ordem do Rio Branco (1979- Brasil);
Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique (2012-Portugal);
Ordre National du Lion – Grand Croix (2014 – Senegal) ;
Ordem do Cavaleiro/Ordre du Lion d’Or de Nassau (Condecoração conjunta de S.A.R. o Grão Duque do Luxemburgo e Rei dos Países Baixos e S.M. o Príncipe d’ Orange Nassau – 2015);
Ordem da República da Sérvia, em faixa (Fevereiro de 2016);
Medalha de Honra pela Universidade Hradec Králové da República Checa (Junho 2016);
Grande-Colar da Ordem da Liberdade (10/04/17 – Portugal);
Troféu Raça Negra pela Faculdade Zumbi dos Palmares, Ouro Preto, Brasil 20 de Novembro de 2017;
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lisboa, a 23 de Novembro 2017;
Cidadão Honorário da Cidade Velha (Cabo Verde, Património Mundial);
Sócio Emérito do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM -Brasil);
Presidente Honorário do Festival Sete Sóis-Sete Luas;
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Ouro Preto, a 21 de Agosto de 2019;
Laureado, por unanimidade do júri, do Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia - Cabo Verde 2020;
Doutor Honoris Causa pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dacar, a 06 de Dezembro de 2019;
Medalla Ius et Iustitia ( Facultad de Derecho de la Universidad de Huelva- 2020);
Medalha Amílcar Cabral (Guiné-Bissau, Janeiro de 2021);
Diploma de Honra e Mérito (Universidade «Colinas de Boé» - Guiné-Bissau, Janeiro de 2021);
Prémio Especial do Júri-Equipa da RDP África(2021), «Pelo seu especial contributo para a democracia nos países africanos de língua portuguesa”;
Doutor Honoris Causa pela Universidade Portucalense (Porto, 2021).
– Praticante de desporto durante a infância e juventude, nomeadamente futebol, futebol de salão(futsal), voleibol e ténis de mesa (foi campeão individual da Praia de ténis de mesa). Mais tarde praticou karaté.
– As suas paixões: a liberdade; a poesia; a política; o futebol; as ciências criminais.
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A Sedutora Tinta de Minhas NoutesO livro A Sedutora Tinta das Minhas Noutes, de Jorge Carlos Fonseca, um dos grandes poetas contemporâneos de Cabo Verde, é uma seleta de textos poéticos, uns inéditos, outros de livros anteriores do autor, feita pelo seu conterrâneo o escritor Arménio Vieira, assim como textos de fortuna crítica sobre o conjunto da sua obra poética por parte de ensaístas e de escritores. O livro - décima publicação da coleção poética Rose is a rose is a rose, da Rosa de Porcelana Editora - de pendor abstracionista, sendo o autor um dos cultores da poesia surrealista na literatura cabo-verdiana, tem como figurino de capa um quadro do artista plástico e poeta luso-cabo-verdiano António Pedro, no ano de celebração do 110º aniversário do seu nascimento. -
O Albergue EspanholO Albergue Espanhol, de Jorge Carlos Fonseca, constituído de textos híbridos e fluídos, desafia todos quantos defendem esgotado o género romanesco. Não se definindo como romance, o livro centra-se sobre a procura incessante por uma ficção de longo alcance, onde a descontinuidade vence a linearidade dos descritivos, ora em prosa, ora em verso. A história, que se compõe de estórias, tem amparo de remissivas intertextuais, de notas de rodapé e doutras sinalizações de escrita ensaística.Há neste livro referências sinfónicas de quase toda a literatura universal (da clássica à contemporânea). De todo, um sabor cabo-verdiano que não se recusa (nalguns cenários, tramas e personagens) em portar uma cosmovisão, fio de Ariadne com o que o autor encaminha o leitor para fora do labirinto. -
A Grua e a Musa de Mãos Dadas 3.ª EdiçãoJorge Carlos Fonseca já nos habituou a uma escrita impetuosa, de um ritmo fulminante de poeta. A GRUA E A MUSA DE MÃOS DADAS é mais um livro, cuja leitura nos remete para imagens e metáforas de extrema cognição incorporada, para mais enigmas do que certezas, sem preocupação que seja um conto ou uma história, o que o escritor escreve. São textos cheios de leituras, cheios de referências e "peso". Há uma ideia de crónica, de diário, de poema, tudo ao mesmo tempo... Uma pérola que nos chega pelo Atlântico, desde a África Ocidental. – 1 – Versos a pedido, no início de um diário sem fim à vista … Até que lhe surgem outras preocupações bem menos desagradáveis. Uma, tentar agarrar e, sobretudo, perceber o que pode ser uma «noute encardida». Outra, imaginar e, se possível, desenhar, um «fino cone de anca». Pelo caminho, há um poeta a quem pedem versos fluentes e generosos. Oferecem-lhe cinco ingredientes: 1. Uma paixão que é um submarino; 2. O exílio de uma garça atacada por absinto, escondido numa jarra bela e frágil; 3. Le sabre et l’esprit chez Napoléon («A la longue le sabre est toujours vaincu par l’esprit»); 4. Puíra-o o caruncho dos afectos; 5. Sempre traiçoeiros os nomes que não sejam de perdição. Nem Messi, nem Ronaldo, mas o chato do Cruyff. Pobre poeta! Lá se foi, então, o trecho do jornal e a maldição da escrita a ameaçar insónia prolongada. (Excerto de um início de diário, num 2 de junho de 2017, dia de começo e de retoma, porque o anterior pertencia às criancinhas, aos baloiços e às praias absolutamente irrespiráveis e iridescentes. [Pergunte-se a Nabokov, conselho dado a rapazolas e pupilos crentes de que lêem muito]). In Página 9 “A Grua e a Musa de Mãos Dadas” -
Escritos Ucranianos«Não fala e nunca se queixa. Ninguém garante que durma ou alvitra como se alimenta. Sabe-se lhe, porém, o nome, também ofício nenhum e o olhar distante. O que veste, as sandálias gastas, naturalmente. Dele se diz - mera desconfiança - que, afinal, se corresponde com mulher na estranja, tem alguns vícios e liga o rádio pela madrugada. Está sentado, horas a fio, naquele banco descolorido e frágil, só e com um minúsculo bloco de papel e um lápis, que nunca escreve. Sentido não lhe fará sala de visitas. Pensará em destinos de prazer inalcançáveis? Sorrirá largamente quando ouve falar em deles fazer mapeamento? O certo é que, por mais voltas que deem as coisas e a vida, não há quem possa adivinhar o que vai na cabeça daquele homem. Por isso que haverá sempre mundo.» [Fragmento LXXXIV] in Contracapa
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NovidadeVemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
NovidadeDeus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
NovidadeO ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
NovidadeO EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
NovidadeManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
NovidadeUma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
NovidadeUma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet
