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Sinopse

"O mergulho intenso no leito de um rio de poesia.

""27.

É julho, agosto, setembro

Sol, sol, sol.

Sabe a laranjada, a sal,

a dias sem fim.

O perfume das tílias,

a bola que foge dos pés.

Os dias que alternavam sem terminarem,

voltavam ao pequeno almoço

com pão e manteiga e marmelada quanto baste.

De vez em quando, alguém se despedia até depois,

sem direito a nuvens e camisola suadas.

Mudava-se de cenário para as dunas que ainda

não eram divãs, onde se escondiam divas

francesas debaixo do sol.

Hora de trocar os heróis dos livros aos

quadradinhos.”

O tempo atravessa a poesia de Eduardo Arimateia com um exército de memórias aparentemente perdidas, que engolem o leitor desde o primeiro verso. Em “A lesma arrasta-se”, seu livro de poesia, há um convite a um mergulho intenso num leito de um rio que segue o caminho do pensamento, entre o corriqueiro e algo de singularmente místico da experiência humana.

Numa dança ora suave, ora violenta, a palavra une o corpo do poeta ao do leitor, que necessariamente se detém em sensações familiares e também estranhas. O ritmo dos versos é pulsante, mas as ideias emaranham-se lentamente naquilo que se apresenta, com todo o nexo, no absurdo - como a lógica de um sonho longo do qual não se consegue acordar.

Numerados e encadeados, os poemas da obra de Arimateia não se pretendem constituir numa narrativa lógica, mas no desdobramento de pensamentos suspensos e não lineares, próprios da vitalidade de sentimentos que nem sempre conseguimos expressar, mas que, num lugar comum da metafísica da experiência, conhecemos."


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Autor

Eduardo Arimateia

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