A Mulher Sem Pálpebras
Uma novela enigmática sobre a também enigmática relação entre uma mulher e o mundo.
Libbie-Emília fica condenada a ver, a não fechar os olhos. A não dormir? A não sonhar? A narrativa, em dez actos, reflecte sobre o desejo, a morte, o tempo, o desajustamento, a imaterialidade das coisas. Matias, Megan, Olímpia, Helena Pyr, a Mulher-Gautama, Dante sem cabeça, Larry, Lora, Ágata, Ctónia, Deboni, Boaxi, John, Sávia, Badoloni, os sem-ouvidos, os seres-granadas, entre outras vozes, dão as mãos nesta dança da escrita. A Mulher sem Pálpebras descreve o itinerário de um corpo ao lado de tantos outros, também o dos poetas, dos artistas, dos místicos.
«Interessa, o agora. Essa hora. Aqui.
Libbie olha para baixo sem pálpebras. Os pés também não podem ver em excesso, tropeçam, enrolam-se um no outro. O ruído das botas vinha de cima como se as paredes não existissem e o chão fosse transparente. Para isso servem os objectos – estão ali, activam a memória que nada mais é do que um conjunto de presentes-agora sobrepostos a fabricar o futuro.»
| Editora | BookBuilders |
|---|---|
| Coleção | Ficções / BookBuilders |
| Categorias | |
| Editora | BookBuilders |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ana Marques Gastão |
Ana Marques Gastão é poeta, ensaísta, investigadora e coordena a revista «Colóquio-Letras» da Fundação Calouste Gulbenkian.
Escreveu Tempo de Morrer, Tempo para Viver (1998), Terra sem Mãe (2000), Três Vezes Deus, em co-autoria com António Rego Chaves e Armando Silva Carvalho (2001), Nocturnos (2002), Nós/Nudos – 25 poemas sobre imagens de Paula Rego (Prémio Pen Clube, Lisboa, 2004; Noeuds é o título da edição francesa, 2007), Lápis Mínimo (2008), Adornos (2011), L de Lisboa (2015) e O Olho e a Mão com Sérgio Nazar David (Rio de Janeiro, 2018). Publicou a antologia A Definição da Noite (São Paulo, 2003) e As Palavras Fracturadas (ensaios, 2013). Organizou o livro de entrevistas O Falar dos Poetas (2011) e editou o volume de ensaios de Ana Hatherly, Esperança e Desejo – Aspectos do Pensamento Utópico Barroco (2016). Advogada, foi jornalista cultural durante mais de 20 anos. É membro do CLEPUL da Universidade de Lisboa e consultora/assessora da cátedra Ana Hatherly da Universidade da Califórnia, Berkeley.
-
AdornosPartindo da temática dos cinco sentidos, Adornos, de Ana Marques Gastão, consiste numa reflexão sobre as faculdades da alma na sua dimensão física e etérea, tendo em conta as questões do desejo e da interdição, do tempo e da liberdade, do amor e da morte, da memória e do esquecimento. O livro integra cinco capítulos com doze poemas cada um: «Antevisão», «Rapto», «Ondulações», «Inflorescências» e «Confeitos». -
O Falar dos PoetasNesta obra reúnem-se entrevistas realizadas ao longo de vinte anos, desde a década de 90 até hoje. Foram privilegiados diálogos que se detêm na obra (e não apenas num livro), bem como autores que acumulam actividades e dominam diversos domínios do saber. Atravessam este volume poetas também ficcionistas, ensaístas, artistas plásticos, antropólogos, professores do secundário e universitários, jornalistas, críticos, editores, sacerdotes, engenheiros, matemáticos, juristas, políticos, investigadores, historiadores, bloguistas, sendo alguns tradutores. Uns distinguem-se pela escrita, outros são brilhantes no modo de ser do discurso. Por vezes, unem as duas facetas quando dissertam sobre o poema como algo que transforma e se separa de quem o criou. Há-os afectivos e intensos, emocionais e generosos, arrogantes e desconfiados, dóceis e intratáveis; há-os professorais e humildes, inseguros e assustados, tímidos e polémicos, conscientes ou inconscientes da sua grandeza. Alguns deles são tudo isso e ainda mais: poliédricos e misteriosos, jogam, encenam, surpreendem. Entrevistas a: Alberto, Álvaro Lapa, Ana Hatherly, Ana Luísa Amaral, Ana Paula Tavares, António Carlos Cortez, António Franco Alexandre, António Gancho, António Osório, António Ramos Rosa, Armando Silva Carvalho, Bernardo Pinto de Almeida, Casimiro de Brito, Eduardo Pitta, Eugénio Lisboa, Fernando Echevarría, Fernando Eduardo Carita, Fernando Guimarães, Gastão Cruz, Gonçalo M. Tavares, Helder Macedo, Helena Carvalhão Buescu, Helga Moreira, Hélia Correia, Jaime Rocha, João Rui de Sousa, José Agostinho Baptista, José Tolentino Mendonça, Luís Quintais, Manuel António Pina, Manuel Gusmão, Maria do Rosário Pedreira, Maria Teresa Horta, Natércia Freire, Nuno Júdice, Pedro Tamen, Rosa Alice Branco, Silvina Rodrigues Lopes, Vasco Graça Moura, Yvette K. Centeno. -
L de LisboaL de Lisboa é o primeiro livro de poesia a solo que Ana Marques Gastão publica na Assírio & Alvim, após a sua estreia no catálogo da editora em 2001 com o livro Três Vezes Deus, em coautoria com Armando Silva Carvalho e António Rego Chaves. E embora a cidade de Lisboa esteja aqui omnipresente este é um livro que transcende largamente essa unidade temática. Portugal, História e identidade, os tempos presentes, o impuro e a beleza. «Lisboa sim ou talvez não.» -
As Palavras FracturadasAna Marques Gastão é poeta, crítica literária e ensaísta. Coordena desde 2009 a revista Colóquio-Letras da Fundação Calouste Gulbenkian. Este volume de ensaios, que a Theya Editores escolheu como cartão de visita, recolhe 13 textos sobre o diálogo entre escrita e dança, explorando a forma como estas expressões artísticas se interligam. São ainda abordadas matérias ligadas à origem da escrita e a sua relação com o corpo e a imagem, ao reflexo da melancolia em obras de natureza e épocas distintas (da Idade Média à contemporaneidade), ao diálogo entre poesia e prosa, à filosofia hermética e à psicanálise como eventuais «métodos literários». A aglomeração de saberes e artes na construção romanesca ou poética, bem como a vivência poliédrica, interessaram à ensaísta enquanto temas de reflexão. São analisadas, entre outras, obras de autores tão diversificados como Fernando Pessoa, Rainer Maria Rilke, Yvette K. Centeno, António Vieira, Ana Hatherly, Armando Silva Carvalho, Clarice Lispector, Julia Kristeva, Louise Bourgeois, Mário de Sá-Carneiro, Maria Teresa Horta, Sophia de Mello Breyner, Herberto Helder e Vasco Graça Moura. O conjunto destes ensaios resulta do trabalho de alguém que se dedicou, durante mais de vinte anos, à crítica literária, de dança e de artes plásticas, tentando decifrar algumas (im)possíveis ressonâncias de sentido no plano da construção textual e simbólica. -
Lápis MínimoCríticas de imprensa«Esta [dimensão poética] não elide ou apaga um espaço de reflexão. Através dela dir-se-ia que se procura "o fundamento do texto", mesmo que ele se anuncie como perda ou carência: "Da memória agonizante emerge uma paisagem definitiva». Há um tom deceptivo que se diria afirmar-se existencialmente: Nem imagens, nem ritmos, nem palavras, corpo que nomeia». Ora é esta presença existencial - que já não é uma expressão de subjectividade ou de lirismo - que vem caracterizar fundamentalmente este livro.»Fernando Guimarães, JL -
EbookLápis Mínimo«Ana Marques Gastão é, quanto a mim, entre os poetas chegados ultimamente à poesia portuguesa, o caso de talento mais sólido e criativo.»Maria Teresa HortaVer por dentro: -
EbookAdornosPartindo da temática dos cinco sentidos, Adornos, de Ana Marques Gastão, consiste numa reflexão sobre as faculdades da alma na sua dimensão física e etérea, tendo em conta as questões do desejo e da interdição, do tempo e da liberdade, do amor e da morte, da memória e do esquecimento. O livro integra cinco capítulos com doze poemas cada um: «Antevisão», «Rapto», «Ondulações», «Inflorescências» e «Confeitos».Ver por dentro: -
OníricasPartindo da transcrição de sonhos ao longo de várias décadas, Oníricas cruza a rememoração dessas paisagens além-consciência, transfiguradas pela palavra poética, com o ímpeto de captar os seus matizes e vibrações através de uma série de desenhos digitais que acompanham estas composições. O real confunde-se com o onírico numa corrente de matéria apenas traduzível pela palavra, ou, para descrevê-lo como a autora: «Foi como se eu me sentasse no chão e o riscasse, a giz, ao som da música do desconhecido.»
-
NovidadeVemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
NovidadeDeus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
NovidadeO ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
NovidadeO EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
NovidadeManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
NovidadeUma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
NovidadeUma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet