A Política como Vocação seguido de A Ciência como Vocação
Duas conferências fundamentais para o pensamento filosófico e sociológico moderno publicados pela primeira vez de forma integral em língua portuguesa.
Os dois célebres textos de Max Weber (1864-1920), aqui propostos, são circunstanciais, mas ganharam o estatuto de "clássicos", e vale sempre a pena revisita-los.
A Política como Vocação é a famosa conferência pronunciada no Inverno de 1017 diante de estudantes, onde se desenha, de modo muito conciso, o aparecimento e o perfil do "político profissional", mas enquadrado numa reflexão filosófico-política de grande fôlego que, entre outras coisas, aborda o magno problema da relação entre a ética e a política.
O escrito A Ciência como Vocação resulta de uma comunicação a estudantes alemães em 1919 e deixa aparecer em vislumbres rápidos a visão, até certo ponto trágica, que Max Weber tem da cultura, palco de uma "luta de deuses", ou seja, de mundividências antagónicas, entre si incompatíveis e sem fundamento disponível de justificação, em contraste com as quais se alça a ciência, com o seu intuito modesto de conhecimento (possível) das diversas realidades.
Este volume conta com uma introdução de contextualização e reflexão da autoria de Miguel Morgado.
| Editora | BookBuilders |
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| Editora | BookBuilders |
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| Autores | Max Weber |
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Conceitos Sociológicos FundamentaisDos múltiplos prismas que compõem a personalidade científica de Max Weber (historiador, sociólogo, economista e político), o de teorizador sociológico não é dos menores.Este livros constitui o primeiro capítulo da grande obra sociológica Economia e Sociedade. Para podermos avaliar do seu conteúdo, eis alguns dos temas tratados por Max Weber: A Relação Social; Luta, concorrência e selecção social; Associação e acção associativa; Ordem administrativa; Empresa, união e instituição; Associação, política e Estado. -
A Ética Protestante e o Espírito do CapitalismoA obra mais conhecida de Max Weber, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, cuja publicação original remonta a 1904 causando grande polémica, é ainda hoje uma leitura poderosa, fascinante e indispensável que estabelece os parâmetros para o debate sobre as origens do capitalismo moderno. O estilo acessível de Max Weber é justamente uma das muitas razões para a notoriedade deste livro, um clássico incontornável que examina a profunda influência da ética protestante no surgimento de uma nova mentalidade económica-uma nova forma de economia que tornou possível e encorajou o desenvolvimento do capitalismo no Ocidente. É apontada por uma vasta maioria como a obra mais eloquente até agora escrita sobre os efeitos sociais do capitalismo e um dos livros mais importantes do século XX. -
Sociologia das Religiões e Consideração Intermediária«Historicamente, a análise sociológica da religião ocupou um lugar central no trabalho desenvolvido pelos grandes sociólogos clássicos, como Max Weber e Durkheim. As ideias destes dois grandes teóricos constituem, ainda boje, o núcleo da sociologia da religião. A obra de Durkheim aborda o papel da religião enquanto "universal funcional" capaz de contribuir para a integração social, perspectiva esta que seria continuada pelas teorias funcionalistas da religião e pelas teorias estruturalistas (...). Em contrapartida, o interesse de Weber centra-se na análise comparativa das diferentes formas de crença e de instituições religiosas, bem como dos respectivos contributos para o desenvolvimento da racionalidade e para a mudança social.» Da Apresentação -
A Ética Protestante e o Espírito do CapitalismoEste livro é, indiscutivelmente, o trabalho sociológico mais importante do século XX. "Em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Max Weber atribui a ascensão da economia capitalista à crença calvinista nos valores morais do trabalho duro e do alcançar da satisfação através do cumprimento dos deveres mundanos." -
A Ciência e a Política como Ofício e VocaçãoA ciência e a política são duas vocações divergentes. A primeira exige modéstia, rigor e disponibilidade intelectual. Por sua vez, a política, dilacerada entre a ética da convicção e a ética da responsabilidade, padece de uma contradição que lhe proíbe a certeza científica e a procura da verdade -
Conceitos Sociológicos FundamentaisDos múltiplos prismas que compõem a personalidade científica de Max Weber (historiador, sociólogo, economista e político), o de teorizador sociológico não é dos menores.Este livros constitui o primeiro capítulo da grande obra sociológica Economia e Sociedade. Para podermos avaliar do seu conteúdo, eis alguns dos temas tratados por Max Weber: A Relação Social; Luta, concorrência e selecção social; Associação e acção associativa; Ordem administrativa; Empresa, união e instituição; Associação, política e Estado.VER POR DENTRO Ver página inteira -
A Política Como Vocação seguido de A Ciência Como VocaçãoDuas conferências fundamentais para o pensamento filosófico e sociológico moderno publicados pela primeira vez de forma integral em língua portuguesa. Os dois célebres textos de Max Weber (1864-1920), aqui propostos, são circunstanciais, mas ganharam o estatuto de clássicos, e vale sempre a pena revisita-los. A política como vocação é a famosa conferência pronunciada no Inverno de 1017 diante de estudantes, onde se desenha, de modo muito conciso, o aparecimento e o perfil do político profissional, mas enquadrado numa reflexão filosófico-política de grande fôlego que, entre outras coisas, aborda o magno problema da relação entre a ética e a política. O escrito A ciência como vocação resulta de uma comunicação a estudantes alemães em 1919 e deixa aparecer em vislumbres rápidos a visão, até certo ponto trágica, que Max Weber tem da cultura, palco de uma luta de deuses, ou seja, de mundividências antagónicas, entre si incompatíveis e sem fundamento disponível de justificação, em contraste com as quais se alça a ciência, com o seu intuito modesto de conhecimento (possível) das diversas realidades. Este volume conta com uma introdução de contextualização e reflexão da autoria de Miguel Morgado. *** Max weber (1864-1920) é um dos mais importantes nomes da Sociologia e do pensamento moderno. O autor, reputado sociólogo alemão, teve um percurso que abarcou também a filosofia, o direito, a participação política (fundou o Partido Democrático Alemão) e a investigação em ciências sociais, sendo, a par de Durkheim e Marx, considerado um dos fundadores da moderna sociologia. Parte da sua notoriedade advém do facto de ter escolhido como objecto da sua investigação questões associadas ao desenvolvimento do capitalismo e de uma certa modernidade. Numa das suas obras mais conhecidas A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo faz uma síntese brilhante entre sociologia económica e sociologia da religião. Esta edição junta o texto das duas palestras que Max Weber dedicou ao tema, a primeira em Munique, em 1917 (e que inclui a sua célebre definição de Estado), a segunda em 1919. -
Economia e SociedadeRaymond Aron considerou Economia e Sociedade «a obra-prima de Max Weber e de toda a sociologia». Este texto fundacional das ciências sociais foi aclamado como o mais importante do século XX e a construção mais monumental alguma vez tentada nesse campo. Nele, Max Weber estabelece as bases para a compreensão das relações entre ação individual, ação social, ação económica e instituições económicas, ao mesmo tempo que apresenta a classificação das formas políticas que moldou o debate acerca da natureza e do papel do carisma, da tradição, da autoridade legal e da burocracia. Esta edição apresenta o texto tal como o autor o deixou quando morreu, em junho de 1920, com os três primeiros capítulos concluídos e parte do quarto. -
Economia e SociedadeRaymond Aron considerou Economia e Sociedade «a obra-prima de Max Weber e de toda a sociologia». Este texto fundacional das ciências sociais foi aclamado como o mais importante do século XX e a construção mais monumental alguma vez tentada nesse campo. Nele, Max Weber estabelece as bases para a compreensão das relações entre ação individual, ação social, ação económica e instituições económicas, ao mesmo tempo que apresenta a classificação das formas políticas que moldou o debate acerca da natureza e do papel do carisma, da tradição, da autoridade legal e da burocracia. Esta edição apresenta o texto tal como o autor o deixou quando morreu, em junho de 1920, com os três primeiros capítulos concluídos e parte do quarto.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novas Cartas Portuguesas«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução» -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Espanha e Catalunha - Choque entre NacionalismosA Constituição espanhola, aprovada em referendo em 1978, num período de transição para a democracia, consagra a Espanha como uma nação que pode comportar várias nacionalidades. Esta foi, à época, a formulação jurídico-constitucional encontrada para acomodar as diferentes aspirações de autonomia ou independência (como no caso do País Basco) de várias regiões, em especial a Catalunha, o País Basco e a Galiza. Durante décadas, estas aspirações estiveram adormecidas, com a excepção evidente do País Basco, onde uma facção radical, a ETA, quis impor o seu projecto independentista através da luta armada.Foi a crise económica, a par de uma revolução gradual no sistema político bipartidário espanhol, que reavivou a aspiração independentista da Catalunha, culminando nos acontecimentos de 2017: um referendo (considerado ilegal à luz da Constituição) e a declaração unilateral de independência (a DUI). O Estado espanhol, dominado por algumas franjas nacionalistas, reagiu, a sociedade catalã dividiu-se e os acontecimentos precipitaram-se.Esta obra visa facultar ao leitor o necessário enquadramento histórico-político para perceber a evolução dos acontecimentos. -
IlíadaA Ilíada é o primeiro livro da literatura europeia e, sob certo ponto de vista, nenhum outro livro que se lhe tenha seguido conseguiu superá-la – nem mesmo a Odisseia. Lida hoje, no século XXI depois de Cristo, a Ilíada mantém inalterada a sua capacidade de comover e de perturbar. As civilizações passam, mas a cultura sobrevive? É nesse sentido que parece apontar a mensagem deste extraordinário poema épico, que decorre durante o décimo ano da guerra de Tróia, tratando da ira, do heroísmo e das aventuras e desventuras de Aquiles (em luta contra Agamémnon), apresentando-nos personagens como Heitor, Eneias, Helena, Ájax e Menelau, bem como episódios que marcam toda a história da nossa civilização.Nas palavras de Frederico Lourenço, é um «canto de sangue e lágrimas, em que os próprios deuses são feridos e os cavalos do maior herói choram». -
A Zona de InteresseUm dos mais polémicos romances das últimas décadas. O que acontece quando descobrimos quem verdadeiramente somos? E como é que lidamos com essa revelação? Intrépido e original, A Zona de Interesse é uma violenta e obscura história de amor que se desenrola num cenário do mais puro mal o campo de extermínio de Auschwitz , bem como uma viagem às profundezas e contradições da alma humana.